Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 2
Capítulo 2 Ele


Notas iniciais do capítulo

Vamos conhecer o nosso Edward????????w Espero que gostem dele apesar de tudo que ele fará! Beijos minhas lindas!



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EDWARD

Eu acredito que amor se constrói, não é algo mágico que nos faz delirar assim que vemos a pessoa. Acredito que ele vai sendo construído e moldando conforme a convivência e as circunstâncias vão sendo apresentadas a nós. Amor para mim é Kate Masen, eu a conhecia desde o jardim de infância, nossos pais se conheciam a vida toda.

Eu e ela brincávamos juntos quando pequenos e depois nos separamos. Formamos nossos grupos na escola, ela nunca foi a líder de torcida, mas eu fui o jogador de futebol mulherengo que pegava as líderes de torcida e olhava para ela no final de cada jogo. Ela foi a certinha que tirava as notas boas e eu o problemático de detenção.

Kate é a mulher mais centrada e honesta que um dia andou por essa terra, acordar com ela é saber que o dia pode ser qualquer coisa menos entediante, ela conseguia fazer com que fazer um bolo virasse um evento engraçado e divertido. Ela conseguia colocar as flores nos lugares certos, dizer as palavras exatas que te fariam mudar de assunto, olhar para você e expressar um: eu te amo.

Nós ficamos realmente juntos quando nos reencontramos na faculdade, ela havia pedido transferência por causa da mãe que estava doente, eu e ela nos juntamos pela dor. Minha mãe tinha acabado de morrer e a dela estava morrendo. Entender a dor do outro fez diferença, nós nos conhecíamos e agora tínhamos mais isso em comum. Ficamos os dois anos da faculdade como amigos e depois quando tudo acabou, a mãe dela morreu, resolvemos tentar. No dia da formatura nossos pais estavam felizes e sorridentes, segundo meu pai Carlisle a melhor notícia desde a perda de Esme.

Eu a pedi em casamento em uma viagem a Espanha, ela estava linda um pouco mais corada pelo sol do verão. A viagem tinha sido perfeita e nós nos amamos como se fôssemos dois jovens apaixonados, éramos isso e tudo foi perfeito. Ela queria um casamento de contos de fadas e demorei seis meses para vê-la entrando na pequena igreja italiana em que seus pais casaram. O pai dela estava muito choroso, não era para menos, ela recriou o vestido da mãe e fez um penteado parecido, estava linda.

Nosso casamento era uma dinâmica agitada, ela era design de interiores e passava muito tempo fora na pesquisa de novas coisas para seus clientes. Alguns bem exigentes, eu com meu pai estava na empresa que administrava a fortuna de grandes empresários. Fazíamos o trabalho chato, o burocrático, o que eles sonhavam se tornarem realidade. Isso me deixava bastante tempo fora de casa, mas quando ela me pediu um filho eu contratei Jasper Hale. Ele seria meu representante, ficamos uns bons meses apresentando eles aos clientes, fazendo com que todos ganhassem sua confiança e mostrando o potencial do jovem.

Quando ela descobriu que nossas tentativas não estavam funcionando, procuramos um médico. Era algo fácil de se resolver, eu teria que fazer uma cirurgia para que meus espermatozoides saíssem com mais facilidade e depois de três meses conseguimos um positivo. A vida estava completa e ela animada e mais feliz do que nunca. Os empregados diziam que nunca viram uma grávida tão bem, ela não teve enjoos ou desmaios, minha esposa nem ao menos teve desejos.

O bebê mexia frenético quando ouvia a minha voz e eu gostava de pensar que um laço estava sendo criado desde já. Quando ela fez seis meses o sexo do bebê: um menino. Ela quis homenagear meu avô, o nome dele seria Antony e ela sabia como aquilo era essencial para mim. O meu avô foi meu mentor, o meu guia nos momentos mais difíceis e perder ele foi um golpe duro no início do casamento. Ele iria curtir muito o bisneto e com certeza seria o melhor bisavô que um bebê poderia ter.

Só que agora eu estava aqui olhando minhas mãos e me perguntando o que seria da minha vida. Eu não tinha poder e nem conhecimento para tirar Kate daquele hospital, eu só poderia confiar que os médicos estavam fazendo o seu melhor. Eu pensava que se o bebê não resistisse poderíamos ter outro, depois eu pensava como iríamos superar uma perda dessas e em outras eu pensava como seria ser pai sem Kate. A ideia de perder ela me deixava tonto e sem vida.

- Sr. Cullen. – a voz do médico soou na sala de espera. Havia outras pessoas ali e quando ouviram o meu nome todas elas se assustaram. Sim, olhei para ela, eu sou o homem que está casado com a mulher que o filho de vocês atropelaram. – Vamos até minha sala.

Foi o caminho mais longo que já fiz em toda minha vida. Entrei na sala e olhei a sala fria e sem vida.

- Sente-se.

- Vou ficar em pé. A minha esposa...

- Ela não resistiu. – eu senti a dor percorrer meu corpo, como um veneno agindo sem piedade. – Fizemos o que podíamos, mas devidas as circunstâncias foi impossível. Ela estava com uma hemorragia interna que não conseguimos parar mesmo na sala de cirurgia e depois ela já tinha perdido algum sangue no próprio local.

- O bebê...

- Senhor Cullen eu diria que ele já estava morto antes de tirarmos ele na cesárea de emergência, a batida foi frontal, nenhum bebê resistiria a isso. Sua esposa chegou desacordada devido ao impacto. Seria impossível salvar ele.

Eu lembrei dela pela manhã. Falando em comprarmos o berço, que não tínhamos nada preparado, eu abracei ela e disse: temos tempo. Não tínhamos, acabou. Lágrimas escorreram e gritei um pouco indignado um pouco doente e sofrido. Meu coração estava sangrando, meu corpo doía e eu queria ir com ela.

- Edward...

A voz do meu pai soou atrás de mim. Ele me abraçou e me amparou. Eu perdi a mulher que eu amava, a mãe do meu filho. Eu perdi meus sonhos e planos. Ela era vida em mim e tudo que havia feito até decidir casar com ela era para ela.

- Filho...

- Ela morreu. Ele também... Anthony papai... nosso bebê...

E o mundo estava estático, as pessoas não tinham rostos. Eu pedi para ver ela e encontrei ela deitada numa maca fria no necrotério. Seus cabelos loiros , seu rosto um pouco machucado. Toquei suas mãos e pensei como conseguiria seguir sem os seus carinhos, sem seu amor e conselhos. Chorei agarrando seu corpo frio e sem vida pedindo para ela voltar para mim. Me declarando e dizendo que ela era tudo. Kate era o raio de sol e a chuva fina e quando nenhum dos dois estavam presentes, ela era alegria da casa e tudo que nos movia.

Papai me tirou do necrotério e então eu vi o bebê enrolado. Não dava para ver seu corpo, mas era um bebê pelo tamanho. Eu quis pegá-lo, mas Carlisle afirmou que não seria nada parecido com que eu imaginei. Fui retirado quase a força e chorei olhando ela agora pelo vidro. O que eu estava vivendo não era natural. O natural seria sairmos juntos do hospital com nosso filho, passarmos as noites em claro, termos brigas por quem iria pegar o bebê no berço. Aquilo não era natural. Subi para o segundo andar, eu precisava assinar os papéis da liberação do corpo, meu pai estava no celular pedindo para a agência funerária ser rápida e o mundo passava devagar.

- Eu não vou fazer isso com ela. – a voz do rapaz soou atrás de mim. – Se não contarmos a ninguém, ninguém vai ser incriminado Jéssica, o carro explodiu e nós estamos abalados. É essa versão, Taylor também vai falar isso. Não lembramos!

- Um merda que não lembramos! E se conseguirem provas.

- O carro explodiu assim que saímos para olhar a mulher.

- Isabella vai sair imune como sempre!

- Ela não teve culpa Jess! Não culpe ela!

- Ela estava dirigindo, a santinha estava lá no volante e matou aquela mulher grávida.

- Pare de falar dela assim.

- Você a ama e nem o fora que levou dela acabou com essa coisa inútil que sente por ela.

- Ela queria o Taylor, eu respeito isso.

- Ela queria é ter todo mundo! Bem feito!

Ele a puxou bruscamente.

- Se contar que Isabella estava dirigindo eu conto para sua mãe que você e James transaram e que você fez um aborto ilegal há alguns meses. Não acabe com a vida dela por besteira, ela vai para faculdade, vai ser uma grande mulher e depois casar e ter filhos. Isabella merece isso e você sabe.

Os dois se afastaram sem perceber a minha presença na recepção. Eu absorvia as informações e digeria o nome Isabella. Ela merecia viver e minha esposa não? Ela teria a vida que Kate não teve depois de matar minha esposa?

- Filho, já assinou?

- Pai quem é Isabella?

Ele estreitou os olhos.

- Uma das... tinham vários jovens, ela está na mesa de cirurgia, parece que deslocou alguma coisa com a batida.

- Eu quero tudo sobre ela.

E a dor deu lugar ao ódio.


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Notas finais do capítulo

Quero saber o que se passa na cabeça de vocês meus amores!!!!!!!!
Comentem se puderem!