Mêeh PDV.

“Pode me dizer agora, ou vai ficar aí congelada?” - Nicole se limitou a dizer.

“Ficarei congelada se for necessário para não te falar nada.” - falei.

“Qual é?” - ela reclamou - “Por favor, só quero saber disso.”

“Não irei te contar nada.” - suspirei.

“Okay então, pode me confirmar só uma coisa então?” - acenei com a cabeça. - “Ela era sua melhor amiga mesmo?”

“Era.” - dizze apenas o que trouxe a ira nela.

“Merda, vai se fuder...” - ela cruzou os braços.

“Não posso.” - sorri.

“Porque não?” - perguntou curiosa voando do assunto.

“Porque não tenho escolha de meninos para me fuderem oras.” - falei sorrindo e ela riu.

“Idiota.” - murmurou entrei risos.

“Ué, você perguntou.” - levantei os braços indiferente.

“Ta, mas voltando.” - minha cara ficou vazia - “Se você era mesmo amiga dela, porque agora virou inimiga?”

Suspirei pelo interrogatório - “Porque ela mudou, ela ficou malvada, sádica, e queria a sua morte e a da Ash. Apenas por causa disso. Sastifeita?” - suspirei novamente.

“Okay.” - ela amarrou o cabelo. - “É que vocês serem amigas...não achei que isso...er...não pode ser sério...” - ela desabafou.

“Mas é sério.” Falei.

“Nada disso. Teremos de falar com a Caroline.” - eu a olhei assutada.

O que falar com a Caroline, nem morta!

“Mas e as meninas?”- Não achava outro meio dela parar com isso.

“Elas que se virem, agora você que tem de arrumar isso.” - arrumar?

“Mas não foi por minha causa que isso aconteceu!” - Falei irritada.

“Meia parte foi sim!” - ela falou.

“Não foi nada, tudo foi por culpa dela, culpa que ela consumiu. E foi a raiva dela que causou isso, foi pelo ódio dela que acabei com aquela amizade.” - sussurrei.

“Eu sei. Mas se você tivesse ficado com ela, talvez ela não daria uma louca por aí!” - ela sussurrou também.

“Merda, odeio quando essas coisas acontecem.”

“Você vai ter que falar com ela.” - Nicole disse colocando os braços na mesa.

“Seu cu que vou falar.” - quase rosnei.

“Meu cu não fala.” - Eu comecei a refletir a resposta dela, mas ela me cutucou e eu a olhei -“Mas se as meninas descobrirem, disfarça, mente...engana se for necessário.”

“Nâo faria isso. Não é nada de mais. Eu não vou falar com aquela despresível da Carol.” - Eu acabei dizendo Carol? Que merda, não queria falar Carol.

“Carol...claro...ainda chama ela assim? Com tanto amizade em jogo?” - Não entendi.

“Amizade?!” - refleti e gritei.

“Sim, amizade.” - ela rosnou - “Vamos falar logo com a Caroline!”

“Me recuso.” - emburrei.

“Mêeh você tem que acabar com isso. E se ela ainda gosta de você?” - Gostar de mim. O CU DELA!

“Não crie esperanças falsas. Mesmo se eu vá falar com ela, ela me odeia. E eu a odeio.” - falei com todo o ódio de minha possível mente.

“Isso eu não posso dizer pois...”

“Meninas, o que tanto querem falar com a Caroline?” - Uma voz feminina interrompeu a Nicole, ia me virar para matar a desgraça, mas quando olhamos para cima, era a Belinha.

Isso não será interessante.

Nicole PDV.

Ingrid? Merda, caralho, eu estava quase fazendo a menina aqui ir falar com a Caroline, e ela interrompe. Vai se fuder Ingrid.

“Coisas que não lhe interessam.” - comentei.

“Me interessam sim, conheço vocês, sei que estão armando.” - ele sussurrou.

“Se sabe, então porque pergunta?” - ameacei.

“Porque sei que querem fazer algo com a Caroline, mas quero saber o que é.” - ela argumentou.

“E quem te dá o direito de querer saber alguma coisa sobre isso?” - indaguei.

“Porque sou amiga da Mêeh, e quero ajuda-la.” - já estou fazendo isso, obrigada.

“Desculpe, ajude-a mais tarde.” - me levantei puxando a Melissa.

“ESPERA” - Ingrid gritou. - “Não quero ser a última a saber, podem me contra por favor.” - ela perguntou.

“Como assim?” - Mêeh finalmente se manifestou. - “A última a saber? É por isso que você está tão interessada? Em saber e ir correndo para as meninas e mais pessoas para contar o que soube?”

“Claro que não, você me conhece!” - ela disse assustada.

“Eu te conheço. Muito bem. E é por isso que não quero que saiba. Não entende? Tem muita coisa em jogo, além de um simples plano!”- Mêeh gritou.

“Mas algo vocês bolaram, e eu quero saber, se todas nós estamos juntas nisso, devo saber!” - Ingrid disse de volta.

“Eu pensei que você me ouviria Ingrid.” - eu e a Ingrid olhamos assustadas para a Mêeh, cadê o Belinha? - “E quero que me ouça agora, não irei lher contra nada.” - a Mêeh suspirou - “Não lhe interessa nada disso, não quero que mais problemas lhe cerque, por favor, só peço isso, Ingrid, não pergunte mais nada.”- e então ela saiu andando em direção ao vestiário.

“Ela não precisa de sua ajuda.” - falei enquanto a seguia.

Ingrid PDV.

O que eu acabara de ouvir?

Melissa me chamando de Ingrid, e depois não me contando algo?

O que está acontecendo com esse mundo?

Vi ela saindo em direção ao vestiário.

“Ela não precisa de sua ajuda.” - Seu cu que não fala que ela não precisa.

Enquanto via a Nicole a seguindo, vi que ela precisa da minha ajuda mais do que a ajuda da Nicole, MUITO MAIS.

Segui as duas apesar de longe, quando as vi entrarem no vestiário me enfiei atrás de uma porta para ver se conseguia ouvir algo.

“Eu não queria ter sido tão rude.” - a Mêeh falou.

“Precisava, era o único jeito.” - jeito de que? - “Pode me falar agora?” - Nicole continuou.

“Não irei lhe contar nada sobre a nossa amizade anterior.” - amizade anterior?

Nicole suspirou. - “Então porque me quer aqui?”

“Eu não te quero aqui.” - se não estivesse com raiva, riria. - “Você que me interrogou.”

“Por favor Mêeh, eu quero também saber o que a Caroline tanto odeia.” - Nicole choramingou.

“Mas isso você já deveria saber.” - Mêeh falou.

“Claro, eu e a Ash.” - suspirou.

“Não.” - Mêeh olhou incrédula a uma Nicole em dúvida - “Ela me odeia.” - Nicole arfou.

“Como assim?” - Nicole acalmou - “Ela é sua amiga, sempre foi, amigas não se odeiam.”

“Você ainda não entendeu?” - Mêeh suspirou. - “Nicole, a Caroline me odeia. Ela cria todas essas coisas não só por inveja, mas porque sabe que estou nelas.”

“Como assim, eu não entendo.” - até eu não entendia.

“Seu atropelamento, foi mera inveja, e idiotice por causa da raiva que sentia por você.” - Mêeh encostou no armário - “Mas porque você acha que ela voltou? Por você?” - Nicole assentiu com a cabeça e a Mêeh riu, nos fazendo ficar ainda mais confusas.

“Se fosse por isso, seria fácil.” - sua risada virou pó. - “A Caroline irá me seguir pela vida inteira, até me ver morta. Saindo de sua vida eu a causei dor, mágoa, machucados sentimentais, pois era eu a confidente dela, e eu sou a única que sabe tudo dela, a única que a ajudou desde 2 anos atrás, eu conheci ela MUITO antes de vocês. A única coisa que me surpreendeu foi a Selena ter aparecido, pois sabia que ela tinha uma irmã, mas não sabia que era ela, só tinha visto a irmã quando tinha 5 anos, não me lembraria agora.” - a Mêeh suspirou novamente e tudo se encaixou.

“Então, ela quer ver você sofrer como ela, por isso está machucando seus amigos.” - Nicole se manifestou.

“Aleluia santa inteligência. Conseguiu ligar os cabos.” - Mêeh sorriu forçado.

“Mas, quando ela irá parar?”

“Só quando saber que a vingança dela está feita, acho que só quando me ver morta literalmente.” - Mêeh abaixou a cabeça e Nicole sentou numa cadeira.

“Porque não prendem ela?” - Nicole falou.

“Porque não temos provas de seus atos, e ainda mais, ela tem cumplices. Douglas, Selena. Ela é esperta.” - Mêeh falou ainda de cabeça baixa.

“Entendo. Mas porque ela não te afeta, em vez da gente?” - Nossa mano, que pergunta inútil Nicole.

“Bem que eu queria, mas quem ela irá acertar? Minha mãe que vive trabalhando? Meu pai que morreu? Ou que tal minha tia que sumiu?” - Mêeh levantou o rosto que estava ficando vermelho. - “Ela sabe que meus pontos fracos são vocês, mas não quero que os machuquem mais. Não viu a Ingrid.” - me assustei denovo pelo fato do nome Belinha não ter aparecido mais em sua boca. - “Ela está sofrendo pelo Douglas, e o Douglas também sofre, isso é uma dor dupla que me atinge, foi por isso que te deixei naquele hospital, não aguentava mais ouvir aquela história dele, ouvir o sofrimento na voz dele.” - que história? Sofrimento? O que perdi?

“Eu não sei o que dizer. E eu não sei o que fazer para te ajudar!” - Nicole se levantou.

“Você não pode fazer nada, o único jeito dela parar, é se eu “morrer” para ela, se eu ir embora.” - ir embora? MAIS UM! NEM PENSAR! Pode ir qualquer um, menos a Melissa!

“Você não vai embora desse buldega de estado!” - vociferei saindo de trás da porta. - “Nós iremos destruir aquela vadia, mas você não vai a porra de lugar nenhum, e sim, você precisa da nossa ajuda.”

As duas me olharam ainda mais assutadas, percebi que a Mêeh me olhava com os olhos brilhando, ela piscou, e uma lágrima desceu para sua bochecha.

Mêeh. Não tinha percebido o quanto isso lhe fazia sofrer.

“Está criando mais problemas não?” - ela perguntou.

O que?

“Como assim?”

“Não quero que se sinta obrigada a me ajudar...”

“Não estou sendo obrigada, você não é o único alvo da Caroline, e a Caroline não é só seu alvo.” - interrompi sorrindo. - “Melissa, você tem de confiar mais em seus amigos. Quem foi a louca que me prometeu que iria cuidar de mim quando ninguém mais cuidaria, em?”

“Fui eu.” - ela sorriu.

“VIU! Você tenta fazer de tudo para nos ajudar, e esquece de você, você deveria se preocupar por si mesma, e dar créditos para nós, não é difícil, também quero acabar com a cara daquela desgraçada.”

Ela correu na minha direção e me abraçou, devolvi o abraço fortemente.

“Sempre pode contar comigo idiota.” - sussurrei.

“Claro que sim, sou cega demais ara ver isso.”

“É eu sei. Já disse, você é idiota.”

“Valeu, mas o momento Xingando a Melissa acabou okay.” - ela se afastou, e me olhou, não aguentamos e começamos a rir.

“Só você mesmo. É só chamar todo mundo,que acabamos com aquela despresível. Só não acho que você ficará muito feliz, ela é sua amiga.” - fiz sarcasmo e ela me bateu.

“Ei, doeu!” - reclamei.

“Isso foi por você ser tão idiota a ponto e achar que sentirei pena daquela vaca, arrumei os pontos, agora quero ver vocês batendo nelas.” - ela sorriu.

“Opa cai dentro.” - comecei a rir.
“Ei, meninas. Também posso bater nelas?” - Nicole se manifestou.

“Claro, está convidada.” - Mêeh chamou.

“Então esperaremos pelo ataque elas, e devolveremos o que ela nos causou.” - falei.

“Certo.” - Nicole disse.

“Muito certo.” - Mêeh completou.

Saimos daquele vestiário rindo. Estavamos felizes por termos acertado essaes pequenos erros, quando estávamos no refeitório, tinha gente de mais, e a velinha piscou em nossa mente. Já era hora do intervalo! Assustadas sentamos numa mesa, Mêeh ficou falando coisas com a Nicole, a Tatinha estava com o Federico...CLARO....E eu estava ocupada demais procurando meu Jake, que eu acho que estava preocupado comigo.

“Gente, onde está a Bebeh e a Ash?” - Mêeh perguntou.

“E a Melody.” - Nicole completou.

“A Melody está comigo hoje.” - Jared se intrometeu dando um susto em todos da mesa.

“Obrigada pelo susto menino.” - Mêeh ofegou.

“Dinada.” - Jared sorriu.

“Melody, e Jared...” - Mêeh começou a fazer duas 'pessoinhas' com os dedos, e começamos a rir.

“Besta.” - Jared ficou vermelho. - “Hey, garotas. Etsá um calor intenso esses dias não?” - afirmamos com a cabeça, sem entender. - “Ah, é que meu tio tem um clube, sabe aquele clube perto da casa da Tatinha.”

“Sim, conheço... Mas não é só para convidados?”- Tatinha perguntou.

“Por isso mesmo! Estou convidando todos vocês a irem, acho que a maioria da escola vai, então espero vocês lá!” - Jared olhou para nós, e sorriu.

Todos começaram a ficar animados com esse convite, o clibe parecia ser uma ótima ideia, mas acabei afundando em meus pensamentos...Pensei melhor em como acabar com a Caroline, pensei em o quanto ela afetou a Mêeh, e a todos nós. Só por isso, ela levaria uns quarenta tapas meus...Mas espera um pouco Acho que a maioria da escola vai. Disse Jared para nós, ele não percebeu o que as palavras dele significavam...A Caroline e a Selena estariam lá.

Bebeh PDV.

Fui pra escola porra nem pra não ter aula hoje, coloquei uma bata preta, quase um vestido, com uma meia fina vermelha e minha melissa preta de saltinho , ra eu tava linda.
Bom nada de importante aconteceu hoje, o professor passou uma prova, teve briga –de novo- o Biel, alias o Gabriel entrou na segunda aula, a Mêeh, a Nicole e a Ingrid sumiram.
E no almoço eu fiquei sentada sozinha porque , a Mêeh ficou conversando com a Nick, a Ingrid ficou com o Jake, a Tatinha com o Federico, a Ash não sei onde ficou só vi ela no final do almoço, e o Gabriel também sumiu, mas quando apareceu ficou com o Edu e o Joe em uma mesa do canto, já eu fiquei em uma mesa no pátio de fora no jardim , perto da mesa da Caroline que por sinal tava sozinha,
Ué cadê a pulga dela? -hum não entendi o negocio da pulga, mas não queria falar com a VNC
Toda cadela vira lata tem uma pulga, oras - Ta vamos falar sério, eu gostei disso.
Tanto faz sei q o dia foi um saco, mais o bom é que saímos mais cedo, nas poucas aulas que tivemos sentei sozinha de novo, no fundo, e acho que tive a impressão de que a Ash ficava me olhando. Bom mais no fim da aula foi direto pra casa e ninguém sentiu minha falta, assim magoa

Era umas 10:00 quando cheguei em casa , e como sempre não tinha nada pra mim fazer então eu almocei e fui dormir .Subi ate meu quarto coloquei uma camisola e me deitei não pretendia sair pra rua mesmo .Fiquei acordada por um bom tempo até que... Sonhei, sonhei que nadava no mais cristalino mar, do mais perfeito azul, cercada por uma linda praia de areia branca e fina. O dia estava lindo, o céu estava lindo, sem nuvem alguma, nele só reinava aquela magnífica bola amarela que parecia estar ali, bem ali propositalmente, como se um anjo o tivesse desenhado.
Pude sentir as ondas batendo levemente, em mim enquanto boiava pelas águas puramentemente limpas daquele lugar. Sentia claramente o sol aquecendo o meu corpo e tudo a volta dele.
Fechei os olhos por um momento, não imaginava o que viria a seguir. Ao abrir os olhos me deparei com algo completamente diferente. O mar cristalino e de um perfeito azul que me cercava e o céu límpido e claro, agora era de um tom de negro, triste e sombrio, ambos me davam medo.
Um desespero me abateu uma fúria incontrolável. Debatia-me sob as águas escuras, mais ouvi uma voz doce e angelical muito familiar.
“Calma ficara tudo bem, não se preocupe “- me revirava loucamente procurando a dona da voz que me soava mais como uma melodia
“Quem... quem ta... quem?”- mal conseguia falar, o mar começara a ficar agitado e as ondas pulavam por cima de mim com uma facilidade absurda me engolindo e me arrastando para alto mar.
Uma onda me invadiu e em quanto naufragava ao longe vi uma imagem meio confusa, um vulto vermelho vindo em minha direção, nadava como eu nunca vi ninguém nadar, na verdade, eu já havia visto, mas não acreditava que era ela.
“MÃE?”-Gritei histérica voltando à superfície
Sim era a minha mãe ela estava com seu vestido favorito vermelho longo, eu não a via há muito tempo nem sei como a reconheci, dela tenho apenas vagas lembranças.
“Mãe” Um canto glorioso se espalhava pelo local, adorava aquela canção, mas confesso, naquela hora me pareceu assustador, e ela já estava lá em minha frente um pouco longe mas estava. Vi uma onda maior, se aproximando atrás dela eu tinha que fazer alguma coisa tinha que salva lá mais não deu tempo, não pude fazer nada, a onda nos atingiu.
Fechei os olhos era como se tudo estivesse sumindo , afundava, eu não podia, não conseguia fazer nada, eu queria reagir, ou pelo menos me debater com dignidade, mas era como se algo me segurasse. Virei meu rosto e vi minha mãe afundando, seu vestido vermelho parecia cortar as águas negras. Quis ir atrás dela, mas não tinha forças.
Meus olhos então se fecharam desta vez sem permissão, senti como se uma estaca atravessasse meu peito , pude ter certeza, eu estava morrendo. Mas algo de verdade me segurou
“Mãe, mãe, mãe.”-alguém me sacudiu forte e acabei abrindo os olhos e saindo daquele terror.
“Está tudo bem?”-eu estava no meu quarto, tinha acordado ainda tonta e assustada olhei para o relógio, na minha mesa de cabeceira e era 12:30 - “Você esta bem ?”- era meu pai , mais por que ele tava no meu quarto?
“Sim to bem, mais ta fazendo o que aqui?”-Ele nunca, nunca entrava lá
“Você assustou a casa toda, você tava gritando...”-ele pareceu não querer falar o que eu gritava
Como se você não soubesse . Mãe, mãe...menina, para que gritar tanto? - Vnc estava de volta. Desgraçada.
Eu ouvi isso.
Não quero papo com você. - pensei relutante, e ela se calou.
“É, mas já to bem agora “-Queria que ele saísse do meu quarto-“ Não vou assustar mais ninguém não se preocupe “-ele olhou para o porta retrato que estava virado - escondendo a foto - na minha escrivaninha, olhou pra mim, andou até lá, pegou o quadro olhou a foto, e se eu não me engano vi uma lagrima escorrendo pelo seu rosto, e saiu deixando tudo como estava. Ele me deixou lá assutada, e não entendendo nada.
Olhei o relógio as, 13:00 ,as 13:23,as 14:15, as 14:38, depois daquele sonho eu não queria dormir , e ainda era de tarde me revirava , de um lado para outro , esperando que o tempo passasse logo mas o relógio não me ajudava, e só em pensar de fazer alguma coisa já me desanimava
Enfim 15:00, quanto progresso, não agüentava mais aquilo me levantei troquei de roupa peguei um casaco e sai de casa, comecei a andar pela vizinhança, fiquei pensando no sonho que tive, andei acho que pelo menos por uns quinze minutos, não sei direito, nem prestei atenção estava distraída demais! Olhei em meu celular e já era 17:28, que porra eu pensei ter andado por alguns minutos, mais acabo andando por horas. Sentei em uma calçada estava muito cansada, alguém gritou o meu nome.
“Brenda! Brenda” - Segui a voz grossa mas vertigiosa. Bernardo? - ”Brenda por que fez isso garota? Ficamos preocupados com você garota, ficou doida?”- me levantei, e ele continuou falando- “Seu pai esta muito triste e você aqui passeando “- nossa por que ele não cala a boca– ”Aqui é perigoso e ainda mais pra você, você... ” - ele falava algo que eu não entendia e aquilo tava me irritando.
“Bernardo Oi pra você também” - ele me fitou triste
“Sinto muito...”- senti muito por quê?
“Senti muito o que ?? “- Eu o fitei paralisada. Ele sentia muito, pelo que? Pelo Gabriel?
Ele olhou assutado, como se ele tivesse acabado de dizer algo que não deveria.
“É melhor seu pai te contar” - Ele disse se afastando. Meu pai?
"Mas o que meu pai tem a ver com o Gabriel?" - Ele paralisou e me olhou perplexo.
"Garbriel?" - seus olhos ficaram claros. - "Ah, claro. Ainda pensa nele? Se fosse só por isso..." - ele fechou a boca.
"Co-co-como assim?" -eu estava confusa.
“Como eu disse, seu pai explica. Deixa que eu te levo pra casa.”
“Espera me responde! “- segurei o braço dele – ” O que aconteceu?”
Ele me ignorou, e tirou a minha mão de seu braço. Ele se virou em direção ao carro.. - "Vem, entra no carro." - ele disse calmamente e entramos no carro.
Passado- se alguns minutos chegamos na minha casa , entrei disparada, cheguei até a sala, e estava todo mundo reunido, a Teresa nossa governanta, a Patrícia que é a secretaria do meu pai e meio que uma namorada dele, a qual só vi algumas vezes, e uma tia minha que eu não via há um grande tempo.
“O que aconteceu? “- Eu gritei entrando completamente na sala. Bernardo estava atrás de mim.
Papai me olhou triste. Nunca vira aquela expressão em seu rosto, a não ser quando mamãe tinha sumido.
Mamãe. - Vnc cortou meu pensamento.
Não está pensando que...Ele sabe onde mamãe está?
E eu vou saber? Não sou a VNC dele...na verdade...VDP...mas isso não vem ao caso.
Respirei fundo tentando não querer bater nela, na verdade, me bater...
“Temos que conversar filha, e é muito serio “ - papai atrapalhou minha sede de morte.
E quando ele disse isso, o meu coração deu um baque alto, e todos daquela sala ficaram em silêncio.