Tatinha PDV

 

Estou ficando maluca, ainda mais estou atrasada, daqui a pouco ele aparece aqui e... AHA! Vou com essa roupa. Oh, my God que horas são? 6:20. Ainda faltam vinte minutos, tenho pouco tempo...

Depois daquele dia é sempre assim, ele vem sempre me buscar. Federico Devito, ele mesmo. Desde aquele dia começamos a ficar ainda mais próximos. Os acontecimentos de alguns meses atrás apareceram em minha cabeça.

 

Depois daquelas visões da Mêeh saímos da colina. Eu desci com o Fê - estava tão concentrada na beleza dele que nem vi as outras meninas indo embora. Estávamos sozinhos próximos ao carro dele, então ele se virou pra mim e disse:

“Você vai querer carona?”

“Se não for muito incômodo pra você, já fez muito por mim hoje!”

“Que nada, eu levo você” – sorriu pra mim.

“A tudo bem então, já sabe onde é minha casa mesmo né? Fiquei sabendo que moramos perto!” - fiz aquela cara de novidade, que na verdade nem era novidade mesmo.

“Verdade, então... Vamos né? Já esta ficando tarde demais.”

Nós entramos no carro e eu não conseguia disfarçar, não parava de observá-lo, era lindo demais pra estar ali do meu lado. E me dando carona ainda! Ele foi ficando um pouco vermelho, eu tentei parar mais não consegui então ele me olhou e perguntou:

“Você é tão diferente, a única menina que se aproximou de mim desde o ano passado...”

“Nossa você tão bonito desse jeito, sendo rejeitado? NEM CREIO!”

“Sério, eu era mil vezes mais tímido no ano passado, nas outras escolas, os garotos me zoavam por ser diferente, tímido né, nessa idade os meninos não costumam ser tão tímidos assim, mais eu sou.” – ele é fofo isso sim, mais enfim, ele continuava vermelho.

“Você vai ser assim por muito tempo ainda, mais é muito fofo!” - então uma ação muito estranha de vontade compulsiva me atingiu, dei um beijão no rosto dele, queria que esse beijo fosse em outro lugar do rosto, mais não sou tão atirada assim.

Ele até deu um sorrisinho, mas continuou corado, dessa vez um pouco mais.

De repente, ele parou carro, não tinha reparado onde estávamos, então fiquei assustada, mas logo vi que já estava em casa .

“Bem, chegamos...” – disse ele, com um pouco de vergonha - eu acho...

“É, então boa noite!”

“Até amanhã...”

“Até...”

Ele me olhou por um bom tempo, parecia que tinha algo entalado na garganta, eu esperei, mas ele não disse nada, então ia me virando pra ir para casa quando ele disse:

“Você não quer que eu venha te buscar amanhã cedo?” – sorriu de lado.

“Ah, pode ser, se não for muita ousadia minha, não é?”

“Que nada, faço questão, passo aqui às 6:40?”

“Pode ser...”– mal terminei de falar ele me deu um selinho, que foi demorado demais para um selinho, então vamos dizer que foi um beijo... ESPERA! UM BEIJO? AI MEU DEUS!

“Tudo bem assim?” – ele ainda pergunta? TUDO ÓTIMO, BEIJA-ME LOGO, claro que eu não disse isso.

Depois disso eu entrei, então resolvi ligar pra Ingrid...

 

E depois acabei contando tudo para ela., mas você deve se perguntar “Isso faz meses! Como, o que?”. É que agora estamos namorando. SIM, ESTOU NAMORANDO ELE! Depois de três dias do acontecimento do 'selinho' (sim, eu conto), ele acabou se declarando para mim.

 

Como em um dia normal, estávamos no carro dele indo para minha casa, ele me levava para casa quase todo o dia, não sei por que, mas esse menino é doido. E eu sou cada vez mais doida por ele.

“Tatinha, posso te levar para um lugar diferente. Muito diferente da cidade?” - Meu Deus, aonde ele quer me levar?

“Pode sim.” - só falei isso. Tinha minhas dúvidas. Ele passou direto da minha casa, e foi reto para uma estrada diferente, mas muito linda, imagina aquelas folhas de outono caindo das árvores na rua e na calçada, parecia filme! Depois de um tempo dirigindo, ele parou em um campo médio, poderia jogar beisebol nesse campo. Estou dizendo que parece filme.

“Tatinha, agora temos de ir a pé.”

“A pé, por quê?”

“Você vai ver. Confia em mim?” - Ele tava tirando isso de livros.

“Confio!” - quase gritei, ele sorriu e foi me guiando para dentro do campo.

Depois de um tempo andando no campo, um GRANDE tempo, eu vi a imagem mais linda do mundo. Era um rio enorme e azul como o céu, como já era quase 5:30 o sol estava quase sumindo, deixando o grande céu meio rosa e azul. Lá no final do rio dava para enxergar uma cachoeira ou era impressão minha? Não sabia o que falar.

“Meu Deus, isso é lindo.”

“Eu sei, eu conheci esse lugar no primeiro dia que vim para cá. Depois disso, sempre venho aqui.” - ele estava encostado em uma arvore me olhando, senti o rubor subir e então virei o rosto. Fiquei olhando o rio, quando braços me envolveram, eu sabia que era ele, então não fiz nada, só me surpreendi um pouco.

“Tatinha, eu quero te falar algo.” - ele sussurrou no meu ouvido, o que me fez tremer. O que ele queria dizer? Meu Deus...

“O quê?” - sussurrei.

Ele me virou e me olhou profundamente.

“Você quer namorar comigo?” - Meu Deus, o quê? Hã? O que ele disse?

“Eu-eu-eu-eu...” - bendito dia para gaguejar.

“Você não quer né. Desculpa, mas é que eu... eu... eu amo você.” - Meu Deus! OBRIGADA! Por trazer esse anjo para minha vida.

“Eu-eu... Isso é mentira, pois eu amo você!” - disse isso de uma vez só. Ele me olhou assustado, mas feliz, ele abriu seu sorriso de vários dentes (não quero contar agora) e me abraçou.

Como ele era perfeito, ele era MEU, só MEU! MAS DE NINGUÉM! E ele quer namorar comigo. Isso parece um sonho, me belisca...

Ele segurou meu rosto em suas mãos e me beijou. SIM, agora foi um beijo avassalador, eu nunca senti isso por ninguém, foi aquele beijo quente, mas mágico, foi incrível. Eu o amava. (Isso foi lindo).

Quando o beijo terminou, abraçamo-nos e ficamos sentados debaixo de uma árvore.

“Você me ama mesmo?” - perguntei.

“Claro que sim, porque duvida?” - ele perguntou surpreso.

“Não sei, é porque parece mais um sonho.” - ele riu.

“E você me ama?” - ele perguntou apreensivo.

“É claro que te amo. Sempre te amei”

Ele apenas sorriu, um sorriso que mata qualquer uma e me beijou, um beijo que me mataria a qualquer momento.

 

Bebeh PDV.

 

As flores lá fora estão nascendo, sementes sendo plantadas nas varandas e eu me arrumando para ir para a escola e...

É ir para a escola, acabou com a felicidade. Sabe por que estou tão feliz, porque estou com meu amor, meu Biel, OMG, você não sabe o que aconteceu? Foi tão lindo que parece que foi ontem...

 

Eu queria que ele sentisse o quanto eu sofri.

Corri que nem idiota para meu carro, cambaleava por não enxergar direito por causa das lágrimas que caiam no meu rosto. Nada mais importava, só queria sair dali. Olhei para trás e vi a Mêeh e a Ash falando com o Gabriel, mas o quê? Não quero saber. Só quero ir embora.

Entrei no meu carro rapidamente, nem coloquei meu cinto, só fechei a porta e acelerei, ufa, sai daquilo, daquele terror, daquele sofrimento e...

Meu celular começou a tocar, peguei-o, nem olhei quem era e atendi.

“Para esse carro sua louca, quer se matar!”

Desliguei o telefone na cara dele. Quem ele é para me mandar parar e... Se matar, eu não vou me matar, ele acha que eu vou...

“AHHHHHHHHHHHH” - gritei.

E mais nada vi. Depois acordei fora do meu carro, espera, eu tinha dormido?

Quando vi estava nos braços do Gabriel. Ele estava me olhando assustado.
“Bebeh, meu amor, você está bem?”

Meu amor... Meu god.

“Estou. O que aconteceu?” - perguntei saindo de seus braços.

“Você bateu o carro naquela arvore” - ele apontou me apertando mais contra seu corpo. - “Er...Bebeh, me desculpa. Eu não queria te fazer sofrer.”

Ai, que lindo. Ele disse isso mesmo?

Saí de seus braços rapidamente, ele me olhou triste e então eu olhei ao redor. Estava fora da escola, um carro da polícia e um de bombeiros rebocando o meu carro, que estava todo amassado. E tinha uma arvore meio caída para o lado, mas não foi derrubada.

“Meu Deus, eu fiz isso!”

“Não, foi minha culpa eu...” - tampei a boca dele.

“Sim, foi sua culpa. Mas pare com isso.”

Ele abaixou a cabeça e eu a levantei.

“Só quero saber por que foi embora.” - supliquei.

“Não acredito que está preocupada com isso! Você não está sentindo dor? Nada do tipo?”

“Não. Eu não estou sentindo nada.”

“Senhora, você já pode ir. Mas tem seguro do carro?” - uma voz estranha me perguntou.

Virei-me e vi um bombeiro lindo mesmo. Muito musculoso, FOCO!

“Sim. Tem seguro sim. Posso ir?”

“Pode, mas tome cuidado da próxima vez, pouca atenção pode matar.” - Mas eu... ‘Tá, não tenho nada para minha defesa.

Levantei-me e fui andando, alguém me segurou.

“Ei, aonde você vai?”

“Vou para a casa.” - Sim, ia andando!

“Andando não. Você pode estar bem fisicamente, mas não sei se mentalmente você está!”

“Nossa, obrigada! Só precisava disso para melhorar meu dia!” - disse com arrogância.

“Para com isso. Deixa que eu te levo para sua casa.” - Ele queria o quê?

Não falei nada e continuei andando. Ele me segurou, mas dessa vez acabou meu puxando, o que fez eu me bater de frente com ele.

“Você não vai a lugar nenhum.” - ele disse nervoso. Abraçando-me forte.

“Ah, é? Duvido.” - tentei sair daquele abraço forte dele, mas não consegui. Então eu bati nele.

“Me solta!” - gritei.

“Não vou te soltar!” - ele gritou de volta.

“Por quê?” - disse secamente.

“Porque eu te amo!” - ele disse.

E então eu congelei. O que ele disse? O que? Ele me ama. Ele me ama! Meu Deus!

“O-o-oque?” - sim, eu gaguejei.

“Eu disse que te amo, não entende?”

“Entendo, mas... Eu não acredito, porque não me disse antes?”

“Porque você não me deixou dizer mais nada” - eu abaixei a cabeça. Seria tão melhor sem minhas frescuras.

“Desculpa. Eu...”- tentei começar mas ele me interrompeu.

“Não diga nada. Apenas diga que me ama também.”

Eu o olhei e não falei nada. O meu rosto estava frio. Ele me olhou com tristeza... Ele caiu na minha armadilha, então eu o beijei. Ele se surpreendeu, mas depois começou a me beijar e o mundo caiu dos meus pés, eu estava voando. O beijo começou quente e terminou fervendo, ele beijava tão bem, aquela boca macia dele se encaixava perfeitamente na minha. ‘Tá, parei.

Quando o beijo acabou, estávamos ofegando. Ele apenas sorriu para mim.

“Então você também me ama.” - ele disse.

“Desde o começo.”

Ele olhou para baixo e ficou triste.

“Desculpa, eu não queria que você soubesse de nada.”

“Espera, de nada o quê?”

“Eu não quero lhe contar porque fui embora. Mas eu preciso lhe contar, eu preciso.” - ele olhou para mim e segurou minha mão.

“Desde o começo foi medo, medo de você não me querer mais, pois você nunca falou nada comigo e quando se afastava, pensei que não me queria mais. Mas depois não foi medo, foi necessidade.”

“Necessidade. Como assim?” - eu perguntei aflita - “E medo. Eu nunca iria deixar você, eu só me afastava, pois pensava que você não me queria.” - ele me olhou mais profundamente e seus olhos brilharam.

“Necessidade, pois eu descobri que eu tinha uma irmã, que só tinha visto quando tinha um ano e depois ela sumiu. E que ela morava no Rio, então decidi que te deixando iria ser melhor para você. Eu queria conhecer a minha irmã, mas quando cheguei no Rio, além do aperto de ter te deixado, eu descobri que ela fora para São Paulo pensando que eu estivesse aqui. Quando eu voltei algum tempo atrás, marcamos de nos encontrar e ela falou que iria estudar comigo, mas aconteceram coisas no Rio, negócios de família a fizeram pensar em ir embora e ela foi hoje.” - ele terminou.

Umas lágrimas saíram do meu rosto, ele não queria ir, mas queria conhecer a irmã, isso foi tão lindo.

“Mas dois anos!” - eu estava irritada. O que ele fizera?

“É que eu só tinha dinheiro para a ida e então tive que trabalhar, até juntar um dinheiro para pagar onde eu morava, a comida e ainda guardar para a passagem de volta, demorou muito.” - Own, ele é lindo demais.

“Você é perfeito” - nem terminei direito e abocanhei aquela boca que tanto queria para mim, ele seria meu, para sempre, por toda a nossa vida.

 

Fim, pensei. Não. Sem fim! Porque agora estamos juntos, mais juntos que o possível. Nunca quero pensar em como seria minha vida se eu o perdesse, pois nunca irei perdê-lo! NUNCA!

Quando percebi estava jogada na minha cama, com os olhos fechados, só imaginando como foi perfeito aquele dia. Meu celular começou a vibrar no meu bolso, quando peguei vi uma mensagem.

 

De: Ash

Para: PRR.

Ei amor, cadê você?

A aula vai começar em trinta e cinco minutos. CHEGA LOGO!

Se você não vier eu te mato!

 

Beijos s2

 

Muito carinhosa ela, não é? Oh, my God. Quanto? Trinta e cinco minutos! NÃO VAI DAR TEMPO! Corri que nem idiota para a cozinha, peguei um pacote de salgadinhos e fui para meu carro. Sim, ele estava bonitinho! Liguei-o e coloquei o cinto, sempre em segurança e fui que nem um jato, não, melhor, fui que nem o flash!

 

 

Ingrid PDV.

 

Ain, que chato, nada para fazer, estava na escola conversando com as meninas.

“Mas cadê aquela praga de gnomo?” - resmunguei.

“Eu não sei, Ingrid, eu já mandei uma mensagem para ela, deve estar a caminho!” - Ash disse.

“Sim senhora! Mas se ela não vier, eu arranco a cabeça daquele pingo de gente, ela precisa apresentar o trabalho, merda!” - estava doida. - “Em falar nisso cadê a outra demente?”

“Quem?” - Cole perguntou.

“Dert, Cole” - ela me olhou brava. Ainda odiava esse apelido, mas chamo mesmo e daí? - “A Mêeh, aquela pessoa super linda&absoluta, que também irei matar se não vier...”

“Seria aquela garota?” - Taylor nos interrompeu apontando para frente.

Todas nós olhamos para onde ele apontava e lá vimos um Cross Fox lindo, vermelho fogo mesmo. E adivinha quem sai do carro? Sim, a Mêeh. Ela saiu toda fabulosa e se achando. Eu tenho carro também, querida. Fui a caminho dela cantando.

“Eu sou linda tãnãnãnãnã, absoluta, tãnãnãnãnã, eu sou Stefany!” - ela sorriu e me acompanhou “No meu Cross Fox eu vou sair, vou dançar, me divertir, não vou ficar mais te esperando, pois agora. Eu sou... Demais!” - começamos a rir e nos abraçamos.

“Ganhou um carro, agora. Mais uma!” - ela riu da minha piadinha.

“Sim. Minha mãe me fez essa surpresa, quase surtei e morri junto!” - começamos a rir. Fomos para o grupinho onde todos estavam esperando a nova sortuda. E começamos a zoar e a brincar. Chegou a Cahzinha e a Melody, o que só melhorou, pois ficou ainda mais divertido. Uns dez minutos depois, adivinha quem chega? Sim, aquela cópia de gnomo.

“Ah, agora a Cinderela aparece. Demorou por quê?” - Ash brincou.

“Longas coisas. Acordei atrasada.” - começamos a rir. - “Cadê o Gabriel?” - ‘Tá bom de perguntar dele.

“Ele está ali.” - Apontei para a mesa que estava o Gabriel e o Edu. E ela saiu que nem um jato. MEU GOD.

Tatinha e Federico apareceram depois de mão dadas. Um casal tão lindo. Eles ficaram brincando com agente até que o sinal bateu e fomos para as aulas. E segunda era de... Matemorra!

Depois de uma aula matante de Matemática, com equações de 2º grau e talz, tivemos aula de Português, que foi pior que a de Matemática, tivemos que fazer muitos exercícios gramaticais. E depois da aula cruciante de Português o meu dia melhorou, pois agora seria Educação Física! IUPÊ!

Fomos para a quadra todos felizes, mas o professor iria dividir os grupos para jogar vôlei. Merda. Odeio segundas.

Quem não foi jogar - eu, Taylor, Tatinha, Mêeh, Bebeh, Cahzinha e outro pessoal - teve que ficar sentado esperando a segunda aula para jogar, sim duas aulas de Educação Física, UHUL! Mas esperar era muito chato, ainda mais vendo a Caroline e a Selena jogando, quero que a Ash, a Nicole e a Melody acabem com elas. Agora se elas ganharem vou detoná-las. Huunf.

Decidi dar uma descontraída no lugar, olhei para o lado e o Taylor estava jogando Guitar Hero no celular, ri discretamente, o que o fez me olhar e sorrir e o que levou a ...

“BELLA, DEVOLVE MEU CELULAR!” - ele não tinha reparado que eu peguei o celular dele e sai correndo que nem idiota.

“TENTA PEGAR DE VOLTA.” - Gritei e me arrependi no mesmo instante, quando ele saiu correndo, parecendo um lobo indo pegar sua presa.

Corri mais rápido e olhei para trás. Ele tinha parado, assustado olhando para mais alguém que eu não vi. Quando me virei bati em algo e caí. Ah, que merda.

“PORQUE NÃO OLHA PARA ONDE ANDA?” - gritei. Quando olhei para quem iria ser morto por mim, levei o maior choque de todos: “Douglas, o que faz aqui?”