Bofes, Tanques Guerras e Amassos escrita por meehdotta, Brenda Vitoria


Capítulo 18
Cap.18 – As cores.


Notas iniciais do capítulo

Douglas voltou?
Espero que gostem desse capítulo!
Beijos.



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Relembrando: “PORQUE NÃO OLHA PARA ONDE ANDA?” - gritei. Quando olhei para quem iria ser morto por mim, levei o maior choque de todos: “Douglas, o que faz aqui?”

Ingrid PDV.

O que ele faz aqui? Essa pergunta ecoava em minha cabeça. Ele voltou? Ele veio por minha causa? Porque ele teve coragem de voltar? Mais perguntas estavam em minha cabeça e nenhuma resposta se formava para elas.

“Er... Oi Ingrid” - Douglas disse estendendo a mão.

“Oi Douglas.” - levantei sem nem mesmo segurar em sua mão.

“O que faz aqui?” - perguntei.

“Eu sei que você não vai gostar, mas eu voltei.” - ele disse despreocupado.

“É, você me conhece bem.” - estava brava. Como ele ousa voltar? - “Mas, porque voltou?”

“Porque minha mãe resolveu que as outras escolas eram piores que essa e me transferiu de volta.”

“Mas você foi expulso!”

“Sim. Mas a diretora aceitou minha volta. Estranho né?”

“Ah, claro muito estranho.” - disse irônica, dinheiro resolvia tudo, ainda mais com essa mão na grana da Elisabeth.

“O que foi? Porque o tom irônico?” - ele perguntou.

“Nada. Só que dinheiro resolve tudo.” - sussurrei.

“O que? Acha que minha mãe subornou a diretora?” - ele estava incrédulo.

“Não falei nada disso.” - disse ignorante.

“Okay. Não quero brigar com você.” - ele olhou para atrás de mim e levantou o olhar.

Olhei para trás e vi o Jake olhando com raiva para o Douglas, segurei a mão dele e ele me olhou. Olhei-o com cara de “Não faça nada” e ele se acalmou.

“Seu segurança?” - Douglas perguntou.

“Não, namorado da Bela.” - Jake interrompeu. Que legal, não é? Terá mais briga hoje.

“É. Eu vou embora e já arranja outro.” - ele me olhou com desprezo.

“Sabe, a fila anda e já faz alguns meses.” - retruquei.

Ele sussurrou um “Desculpa” mas eu não entendi, acho que estava pirando, ele me olhou com raiva, ia falar algo, mas parou e se virou.

“Até amanhã, Isa.” - Isa o Carlisle.

“Tchau.” - disse fria.

Quando o vi indo embora, algo no meu coração se apertou, eu não vou pará-lo, não vou então me virei e abracei o Jake, ele me abraçou forte e voltamos para as cadeiras. Quando viramos todas as meninas nos olhavam, a Mêeh estava olhando para o Douglas com raiva, enquanto as meninas só olhavam com surpresa.

“O que aconteceu?” - Mêeh perguntou.

“Nada demais, só que o Douglas vai voltar e...”

“O QUE?” - Cahzinha interrompeu.

“Isso mesmo.” - Falei.

“Merda” - Bebeh falou.

“Porra.” - Cahzinha continuou.

“Se eu matar o Douglas vocês me escondem?” - Mêeh disse refletindo.

“Nada de armas como facas e de fogo Mêeh.” - Tatinha repreendeu.

“Não estava pensando nisso.” - Mêeh ainda refletindo.

“Nada de prendê-lo num porão.” - Tatinha continuou.

“Huum.”

“Melissa Dotta, para com isso, você sabe que o calabouço não está aberto.” - Tatinha riu.

“Ah, Tainá Lopes, você acaba com a felicidade.”- Mêeh disse com raiva.

Todos começaram a rir, menos eu. Até que o calabouço seria uma boa idéia.

“Mas eu não entendo por que...” - Tatinha perguntou.

“O Douglas...” - Cahzinha interrompeu.

“Voltou?” - Bebeh completou.

“Parem com isso, estão parecendo gêmeas” - Mêeh resmungou.

Todos riram de novo, até eu, mas parei, pois a pergunta delas é a que eu queria ter uma resposta. Porque Douglas voltou?

 

Mêeh PDV.

 

Carlisle... Porque aquele filho de uma mãe voltou? Só para fazer a Belinha aqui sofrer? Er, legal, Belinha, começar a chamar ela assim. Comecei a rir só que não tinha percebido que estava rindo alto demais e todos estavam me olhando com cara de “que?”, só fiz um não com a cabeça e continuei rindo.

O sinal bateu, uêba, minha hora de jogar, jogar com a Selena e a Caroline, epa, calma aí, as meninas perderam?

“Merda, vocês perderam?” - Ingrid perguntou.

“Sim, elas são boas.” - Ash disse.

“Não melhores do que eu.” - disse com cara de malvada.

“Medo de você Mêeh, mas adoro quando você fica má no vôlei.” - Nicole disse.

“Eu também, Cole.” - Ingrid falou e Nicole a olhou brava.

“Eu também” - Bebeh riu malvadamente.

“Parem, Cole, Belinha e PRR.” - Cole me olhou brava, Ingrid me olhou com cara de “O que você me chamou?” e Bebeh, bem estava olhando para a Selena com cara de má.

“Do que você me chamou?” - Belinha perguntou.
“De Belinha, oras. O Jake te chama de Bela, e as meninas de Ingrid, oras eu sou criativa.” - ela riu.

“Para com isso, Belinha é idiota”

“Por isso mesmo, dã.” - coloquei a mão na testa mostrando que ela era a idiota, e ela me deu um tapa no braço.

“Ai, doeu. Agora vamos jogar.” - Falei me posicionando.

O professor apitou e o jogo começou, a Belinha que sacou, é Belinha é idiota, voltando, ela sacou e a Caroline pegou e jogou para a Selena, que levantou a bola. A Caroline cortou, o bloqueio não defendeu então a Bebeh e eu saímos correndo para tentar pegar e acabamos conseguindo, a bola voou para a Tatinha que a levantou e, com isso, eu cortei mas a Selena conseguiu pegar.

A Selena foi jogar para a Caroline, mas jogou errado e acabou indo para uma menina que não joga nada, e acabou errando.

Meninas gatas 1 X 0 As vagabas

O jogo decorreu normalmente...

Meninas gatas 10 X 8 As vagabas

Depois de uns 10 minutos...

Meninas arrasando 26 X 15 As putas.

Estava faltando 5 minutos quando a Selena marcou ponto e a Caroline sacou. Ela meteu bomba naquele saque e a Fernanda até caiu no chão pegando a bola, a bola subiu e eu a levantei para a Bebeh cortar, mas ela fingiu que cortava enquanto a Ingrid cortou mesmo, o que nos fez ganhar.

Meninas lobas 27 X 16 As fraquinhas.

Resumindo, foi um bom jogo e ainda ganhamos! Selena e Caroline nos olhavam com caras bravas, não sabem nem perder. Para mostrar nossa felicidade, eu, a Ingrid, a Fernanda, a Bebeh e a Cahzinha fizemos a dançinha do “Se fudeu” e quando elas viram nos mostraram aquele dedinho maldito.

“Enfia esse dedo no seu cu!” - Tatinha gritou. Olhamos para ela com cara de “NOSSA!” e ela riu.

Fomos para a sala e tivemos o intervalo que nada aconteceu. E depois aulas normais, chatas, mas normais, tivemos Química e depois Geografia, eu gosto dessas aulas. Bateu o último sinale todos gritaram “ACABOU!” e correram para o estacionamento. Pela primeira vez, eu irei correr pelo estacionamento para ir pro meu carro, emoção.

“Agora vai dar uma de Stefany?” - Ingrid perguntou.

“Não, Belinha. Vou embora mesmo.” - Ela me olhou irritada, mas depois riu.

“Belinha. Só você para criar isso.” - ela começou a rir, e eu também.

Todos nós estávamos no estacionamento, despedimo-nos e fomos para nossos carros. Bem vamos dizer que:

Eu fui no MEU carro.

Tatinha foi no do Federico.

Bebeh no dela junto com o Biel.

Belinha na moto do Taylor.

Nicole foi com a Melody no carro da Ash.

E Cahzinha foi no dela também.

Quanto carro!

Quando estava indo para meu carro, ouvi alguém me chamar, quando olhei para trás não vi ninguém, só carros. Entrei assustada no meu carro, liguei e coloquei o cinto. A viagem não foi longa, alguns minutinhos só.

Cheguei em casa e, como sempre, um silêncio, acho que a Say está no jardim. Dei a volta na casa até o jardim dos fundos, não tinha ninguém. Achei estranho, mas vai que ela está em casa. Entrei pela porta dos fundos, que dá para a cozinha e nada, fui para a sala e minha mãe estava sentada no sofá com a cabeça baixa.

“Mãe?” - ela não respondeu.

Fui a sua direção e parei de frente a ela. Ela estava chorando, pois lágrimas caiam em suas mãos, reparei que em uma delas tinha uma carta.

“Mãe? Mãe o que foi? Say, cadê você?” - senti uma mão segurando a minha e olhei para baixo. Uma carta estava na minha mão, o que seria? Meu pai? Abri a carta e lá estava escrito:

O amor não é uma opção, é um poder que poucos têm, uma dádiva que poucos conseguem. E que depois tem que chegar ao final.

Desculpa, mas tive que ir.

Eu amo vocês, Say.

Deixei a carta cair e olhei para minha mãe, que me olhava chorando, olhei-a brava.

“O que você fez?” - acusei.

“O que? Como assim?” - ela perguntou.

“Porque a Say foi embora?” - disse já sentindo as lágrimas.

“Eu não sei... Eu não sei.” - ela murmurou.

“Eu acho que sei. Foi porque você não dá valor para o que tem!” - gritei.

Ela me olhou e se levantou.

“O que você disse?” - ela disse nervosa.

“Quer que eu repita?” - retruquei vendo que a raiva subia. Ela ficou quieta e eu continuei. "Você não dá mesmo valor ao que tem. Qual foi a última vez que falou com a Say?”

“Eu...” - ela parou.

“Viu e comigo? Qual foi a última vez?” - ela não respondeu - “Não sabe, pois eu sei, foi quando você soube que papai não voltaria mais, foi a última vez que você falou comigo, me chamando de idiota.” - ela me olhou triste, e assustada.

“Eu nunca te chamei de idiota!”

“Não? Então o que foi aquilo de” - Comecei a imitá-la “Você é uma idiota, foi por isso que seu pai foi embora. Naquela época estava com 4 anos, mas entendia bem, foi por isso que fui para meu quarto e de lá, nunca mais saí. Sempre esperando por você indo me abraçar, e me ajudar e pedir desculpas, mas a única coisa que recebia era “Oi filha.” e só. Nem boa noite. Acha que só você sofre? Acha que só você que sofre pelo papai não estar aqui?” - ela me olhava chocada. - “Só quero que me peça desculpas e queria que você dissesse que me ama, mas até hoje nada disso aconteceu. Você nunca mais falou comigo, você nunca mais me perguntou “Oi filha como foi seu dia?”, você nunca mais quis saber de mim, só queria saber de si mesma, acho que você me esqueceu.”

“Eu nunca te esqueci. Eu apenas sou ocupada e eu também sofro!” - ela gritou.

“Então porque eu acho que a Say dava mais amor para mim do que você?” - eu gritei e ela ficou quieta. - “Porque eu acho que a Say só foi embora porque ela queria que eu sentisse seu amor e que nós voltássemos a ser felizes juntas?” - gritei para ela, enquanto ela me olhava com dor e ódio por si mesma. Continuei colocando tudo para fora. “Porque você nunca mais foi minha mãe? Porque você parou de me fazer feliz como eu era?” - parei, e respirei fundo - “Porque eu acho que não sou sua filha?” - ela me olhava assustada e não disse mais nada. - "Quero que você não pense mais nisso, não vejo mais porque estar aqui.” - parei de falar e fui andando até a porta.

“Nunca pensei que você se sentisse assim.” - ela me disse segurando minha mão.

“Mãe, eu sou humana, eu tenho sentimentos. E quando você souber se desculpar, eu posso tentar voltar.” - ela soltou a minha mão e fui andando para fora de casa. Quando fechei a porta, saí correndo, aonde iria? Para o único lugar que conheço que me faz bem. A colina.

Corri até a colina pedindo a Deus que minha mãe me perdoe e que veja que estou certa. Enquanto corria, peguei meu celular e coloquei em qualquer música para me fazer pensar na vida, eu queria chorar, mas as malditas lágrimas não quiseram sair, porque sou tão fria assim? Coloquei em qualquer música, só apertei o play e ela começou a tocar. Vi que era essa música que eu queria.

 

O vento bate a porta e não me engana mais
A decoração branca não me satisfaz
Eu queria estar no seu lugar, mas não, estou

Acham que enlouqueci
Perguntam de você pra mim
E eu tento dizer que esta tudo bem

Estou igual, vivendo o irreal
Perguntei do final, pras flores
As flores, são parte do total
Já se tornou banal
Me sentir mal
Me sinto mal

As cores lá fora, me disseram pra continuar
Elas me disseram pra continuar
(E eu já superei)

Mas eu queria suas mãos nas minhas
Revelar as fotos que tiramos e ninguém sabia
Da sua partida (da sua partida)

E se foi, se jogou num mar aberto de ilusões
E as ondas te acertaram como eu planejei, eu exagerei

Um sentimento tão forte
Eu sei que tive sorte (aquilo não era o que eu sou)
Agora sei muito bem quem sou
E o que me tornou

Tão igual, vivendo o irreal
Perguntei do final, pras flores
As flores, são parte do total
Já se tornou banal
Me sentir mal
Me sinto mal

As cores lá fora, me disseram pra continuar
Elas me disseram pra continuar
(E eu já superei)

Mas eu queria suas mãos nas minhas
Revelar as fotos que tiramos e ninguém sabia
Dessa sua partida (da sua partida)

[ E tudo que eu penso parece ser você, eu tento, ouço, penso, mas não vou esquecer ]

Tudo o que eu falei
Eu te fazia chorar, não te ouvia falar
Só te peço perdão
Hoje canto pra que ouça
Dos céus que eu não duvidei do amor

Tão igual, vivendo o irreal

Tão igual, vivendo o irreal

Tão igual, vivendo o irreal

Tão igual, vivendo o irreal

Cine – As cores.

 

Quando a música acabou eu tirei os fones e joguei longe enquanto olhava o sol na colina, comecei a cantar o refrão da música sem nem me importar quem estava ouvindo.

“As cores lá fora, me disseram pra continuar” - Eu coloquei as mãos em meu rosto. - “Elas me disseram pra continuar” - E comecei a chorar. - “E eu já superei” - Fechei os olhos e tirei as mãos do rosto. - “Mas eu queria suas mãos nas minhas” - coloquei as mãos para frente, e senti algo as pressionando, depois senti que eram mãos segurando as minhas.

Quando abri os olhos, vi dois olhos verdes me encarando e ele era a última pessoa que eu pensei que viria aqui.

“Joseph.” - sussurrei.

 


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Notas finais do capítulo

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