Uma escolha escrita por hollandttinson


Capítulo 9
Costumes.


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez foi rápido!



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POV: ASTORIA.

Eu e Draco andávamos de mãos dadas pela Vila de Hostshire, onde ficam algumas mansões do mundo bruxo, inclusive a de minha família que é a última da vila, a maior e mais antiga também.

– E então, nos vemos amanhã no bar?- Perguntou Draco depois que passamos pelo portão. Podíamos ter aparatado direto nos jardins da mansão, mas preferimos mostrar nossa alegria.

As pessoas podem dizer que nós estamos apaixonados, mas eu posso confirmar com toda certeza que esse não é o caso, não estamos apaixonados um pelo outro. Eu e Draco ficamos muito tempo presos no mundo que as pessoas idealizaram para nós, que inventaram e enfeitaram, hoje a gente está vivendo as consequências de nossos atos e pela primeira vez isso não resultou em lágrimas, em tragédia ou tristeza, a consequência de tudo o que nossos pais fez por nós nos trouxe á isso, nossa amizade. Talvez os pais estejam certo quando dizem que no final tudo é para o nosso bem.

– E quando que eu não vou para o bar? Eu amo aquele lugar.- Eu disse, dando de ombros. Ele deu um sorrisinho.

– É um dos lugares mais sujos e mal habitados do Beco Diagonal, Astoria.- Ele disse, balançando a cabeça. Dei de ombros de novo.

– Eu vou lá, e eu sou boa pessoa.- Eu disse. Ele concordou com a cabeça.

– Você está sempre do meu lado o que torna o lugar mais sujo.- Ele disse. Soltei sua mão e cruzei os braços irritada, bufando. Ele revirou os olhos.- O que é? Você sabe que é assim que as pessoas pensam.

– Eu não estou ligando para o que as pessoas pensam, e você devia saber disso á muito tempo, Draco Malfoy.- Eu disse, ainda de cara fechada. Ele deu uma gargalhada e eu bati em seu peito, irritada.- Não ria de mim!

– Desculpa, é que eu acho a sua expressão irritada hilária.- Ele disse, recuperando o fôlego, a sua expressão era extremamente divertida e eu não consegui me manter raivosa diante ao seu sorriso. Draco vinha sorrindo mais á cada dia, e á cada dia seu sorriso se tornava mais bonito, mais brilhante, mais iluminado, mais do jeito que eu amo.

– Isso não tem graça.- Eu disse, revirando os olhos.

– Você é uma gracinha, Astoria Greengrass.- Ele disse, colocando a mão no meu pescoço rodeando a nuca. Ele ia se aproximando de mim. Eu acho que nunca tinha beijado Draco por tanto tempo, tantas vezes, nem quando estávamos expostos ao público... Agora é diferente, aqui somos apenas eu e Draco nos deixando levar pela porcaria dos nossos hormônios.

– Eu preferia voltar do trabalho e ver minha pequena lendo um livro, talvez.- Ouvimos a voz de papai atrás de nós e nos separamos. Eu corei vendo o sorriso encantado de papai.- Parece que vocês já estão se dando um pouco melhor, não é mesmo?

– As coisas mudam, Sr. Greengrass, as coisas mudam.- Disse Draco, sorrindo e passando as mãos pelos seus belos cabelos loiros. Eu revirei os olhos. Do jeito que ele falava até parecia que eu e Draco nos amávamos. E era assim que as pessoas pareciam achar: Que nos amávamos.

– Ah, isso é bom... As mudanças, elas são ótimas para a vida.- Disse Papai, sonhador. Depois balançou a cabeça e sorriu para Draco.- Acabo de voltar de sua casa, estive com o seu pai falando sobre você, gostaria que você estivesse no momento então eu os convidei, á você e sua mãe, para jantarem conosco hoje. Imaginei que estivessem juntos. Acredito que logo, logo eles estarão aparatando aqui. Que tal entrar?- perguntou Papai, colocando a mão em minhas costas, me guiando e á Draco para dentro da casa. Quando entrei mamãe nos olhos espantadas e depois sorriu.

– Olá. Não esperava ter tanta visita hoje. Draco, você está ótimo.- Disse mamãe, se aproximando de Draco e dando um leve abraço nele.- Você demorou, te esperei o dia todo para sairmos. Está deixando toda a coisa do casamento comigo, a noiva é você, interaja!

– Sinto dizer que a culpa é toda e absolutamente minha, Sra. Greengrass. Eu sequestrei Astoria o dia todo.- Disse Draco, abraçando a minha cintura.- Passamos o dia todo fora, mas eu prometo que amanhã ela vai com a Senhora.

– Ah, com certeza ela vai.- Disse papai, tirando seu blazer e entregando a minha mãe. Ele deu um leve beijo na bochecha dela e acenou com a cabeça.- Vou tomar um banho antes do jantar. Com licença.

– Seria uma ótima ideia que você também fosse, Astoria. Pelo que eu sei, você deve estar podre.- Disse mamãe, olhando para mim com olhos penetrantes. Dei de ombros e olhei para Draco.

– Já volto.- Fiquei na ponta dos pés e lhe dei um beijo em sua bochecha antes de subir para o meu quarto.

Joguei a bolsa em cima da cama e tirei as sandálias rasteiras, tinha muita areia nelas. Sorri. Eram as lembranças de um dos melhores dias da minha vida. Tirei minha roupa e entrei na ducha. Estava quente, como os abraços de Draco, talvez, só um pouco mais fria, um pouco. Nada se compararia aos abraços de Draco.

– Ah, que bom, pensei que tinha perdido a minha noiva para o ralo.- Disse Draco. Estava na descida da escada com a mão no corrimão, acho que se preparava para subir. Eu mostrei a língua para ele que me estendeu a mão, quando a segure ele me puxou para um abraço.- Você está linda.

– Obrigada.- Eu disse, corando. Estava usando um vestidinho leve e floral, costumava usar ele nos dias de verão, mas aqui dentro está aquecido o bastante. Meu cabelo estava num coque frouxo e eu não usava sapatos nem joias ou maquiagem.

– Astoria!- Narcisa disse com um sorriso e estendeu os braços para mim quando cheguei na sala de jantar.

– Olá! Eu não sabia que já tinham chegado! Como vão?- Perguntei, abraçando-a.- Sr. Malfoy.- Eu cumprimentei-o, ele acenou de leve. Me sentei em minha cadeira habitual.

– O que pretendia com essa reunião?- Perguntou mamãe á papai. Todos olharam para ele.

– Bom, acho que esse não é o momento de falar de coisas sérias, porque não jantamos? A comida parece ótima.- Disse papai quando Dália começou á servir a comida. Dália é um aborto que trabalha para nós desde sempre. Ela é uma mulher incrível apesar de ninguém saber disso. As pessoas também não sabem que ela é um aborto, nossa família tem seus próprios segredos.

– Kingsley me procurou esta tarde, segurava o Profeta Diário nas mãos e tinha um enorme sorriso.- Disse papai quando terminamos o jantar e fomos para a sala de estar. Draco se sentou em uma poltrona e eu me sentei no chão, escorada em suas pernas enquanto segurava sua mão.

– Bom, e o que isso tem á ver comigo?- Perguntou Draco, impaciente. Revirei os olhos. Pra quê tanta pressa? Papai sorriu.

– Quanta pressa... Bom, você é um Malfoy.- Disse papai. Eu e Draco reviramos os olhos enquanto Lúcio ajeitava a coluna com um olhar orgulhoso esperando o resto da conversa.

– Sim, mas?- Draco continuou com sua terrível impaciência.

– Bom, você tem um cargo no Ministério desde que nasceu e as pessoas esperam a sua presença no Ministério, oras!- Disse papai, sorrindo para Draco. Narcisa olhou para papai com os olhos estreitos.- Kingsley me disse que apesar de você ser uma pessoa rica e não precisar de um trabalho, agora você vai se casar e precisa ter um trabalho, pela família.- Disse papai, apontando para mim e Draco. Eu olhei para cima para ver a expressão do loiro, ele não tinha expressão.

– Draco está sendo chamado para trabalhar no Ministério?- perguntou Lúcio, com uma espécie de sorriso escroto. Ele não estava ligando para a vida de Draco, só estava querendo saber do fato de um Malfoy estar voltando para o Ministério.

– Draco está sendo convocado, sem direito á dizer não, á trabalhar no Ministério. Kingsley o espera amanhã ás 10:00hrs.- Disse papai, sorrindo para Draco.

– Ah, mas que grande e feliz notícia!- Disse Narcisa, sorrindo abertamente. Draco devia ter puxado dela o seu enorme e belo sorriso, e sua beleza, é claro. Do pai só herdou os olhos e o cabelo.

– Ás 10:00hrs?- Perguntou Draco.

– E quem se importa com o horário? Você foi chamado pelo próprio Ministro da Magia, não é pouca coisa.- Disse Lúcio "orgulhoso".

– Kingsley é uma pessoa muito gentil.- Eu disse, dando de ombros.

– Eu me importo com o horário.- Disse Draco, se arrumando na poltrona.

– Ah, por favor! Vai deixar de ir por causa de uma frescurinha de horário? Draco, não é sempre que você consegue uma oportunidade como essa, não depois da sua condição e...

– Condição esta que o senhor me colocou, não é Papai?- Perguntou Draco com um sorriso cínico. Eu me ajoelhei no chão, apertando a mão de Draco com força. Nada de uma discussão idiota agora.

– Isso não vem ao caso, não pode perder essa oportunidade.- Disse Lúcio, dando de ombros irritado.

– Ah, eu não vou. Mas não por você, não porque você acha que sabe o que é importante. Não vou perder essa oportunidade porque concordo com Kingsley e eu quero ter uma família á qual eu possa orgulhar apesar da minha "condição".- Disse Draco que se levantou irritado e foi para a porta de saída. Eu olhei para as pessoas ao redor. Narcisa pedia desculpas com o olhar enquanto Lúcio olhava irritado para a porta. Eu me levantei e saí correndo atrás de Draco. Ele estava na escadaria de pé com as mãos no bolso.

– Oi.- Eu disse, ficando do lado dele. A brisa fria me pegou desprevenida e eu tremi, me abraçando. Ele tirou, bem devagar, seu casaco e me entregou, vesti e senti seu cheiro de perfume caro.

– Será que ele nunca vai se importar de verdade comigo? Além das coisas que ele acha que são importantes para seu status?- Perguntou ele sem olhar pra mim.

– Eu pensei que você já estivesse acostumado.

– As vezes fica pior.- Ele disse, olhando para mim agora. O calor das águas calmas e azuladas do seu olhar se foram. Não existia calor e muito menos calma.

– Eu sei. Mas passa. Ele não vai mudar, e você não vai se acostumar.- Eu disse, dando de ombros.

– Ao menos eu tenho você pra me acalmar, não é?- Ele disse irônico, olhando para mim. Revirei os olhos.

– É claro, se quiser agradecer, pode começar, eu juro que não fico acanhada.- Eu disse. Ele revirou os olhos.

– Eu tenho uma bela forma de agradecer por isso.- Ele disse, colocando as duas mãos em minha cintura. Eu sorri.

– Ah é?- Perguntei 1 segundo depois de ele me agarrar e me agradecer por eu ser tão legal.

(...)


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Notas finais do capítulo

A "Vila de Hostshire" não existe, eu inventei.