Uma escolha escrita por hollandttinson


Capítulo 11
Faz tudo.


Notas iniciais do capítulo

Decidi que vou me dedicar mais á essa fic, acho que vocês merecem



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POV: ASTORIA.

– Onde você está me levando?- Perguntei enquanto Draco me tirava de casa para andar por uma praça no Beco Diagonal. Mas nós estávamos fazendo nada, apenas andando. Mas ele tinha me dito á alguns segundos atrás que estava me enrolando porque queria me levar á um lugar.

É sábado e faltam 6 dias para meu casamento com Draco. Fevereiro e já começa á esquentar o clima em Londres. Draco está trabalhando firme e apenas nos fins de semana temos a oportunidade de ficar juntos e se curtir, mas isso não muda nada entre nós, ainda temos nossa belíssima amizade colorida que eu amo.

– Se eu te contar vai deixar de ser surpresa.- Ele disse, balançando a cabeça. Colocou a mão no bolso e tirou um lenço preto de lá.- Você não vai poder ver onde vamos.

– Ah, Draco, que brincadeira chata, porque não me diz logo onde é e acaba com essa agonia?- Perguntei enquanto ele amarrava o lenço no meu rosto. Estou cega.

– Você vai saber quando chegarmos lá. Ouvi dizer que a pressa é inimiga da perfeição.- Ouvi a voz dele sussurrar no meu ouvido. Um arrepio percorreu minha espinha, Draco era o único homem do mundo que consegue me deixar assim, maluca, alucinada, querendo.

– Você é chato.- Eu disse, sorrindo. Ouvi ele gargalhar. Devagar ele pegou a minha mão e aparatamos.

O chão que eu pisava era... Quente. Quente e estranho. Tinha um barulho calmo e um ar salgado. Estávamos na praia.

– Draco, porque não me disse que vinhamos á praia? Não precisava de tanto suspense.- Eu disse, balançando a cabeça. Ouvi Draco bufar, minha curiosidade o estava irritando.

– Não é só a praia sua pequena irritante.- Ele disse, enquanto me puxava para andar na areia. Era uma sorte que eu estivesse usando uma sapatinha, mas a areia entrava no meu sapato e eu já estava começando á agoniar quando ele parou de andar.

– Finalmente!- Eu disse e ele gargalhou. Suas mãos afagaram minha face e eu senti seus lábios tocarem os meus. Eu sorri sobre o beijo. Draco era são... Calmo. Não era nada parecido com aquele Draco assustado de Hogwarts. Alguma coisa mudou nele e eu sou muito feliz por fazer parte desta coisa.

– Quando eu aceitei trabalhar no Ministério, eu tinha objetivo com isso.- Ele disse, sua voz agora vinha de trás de mim.- Eu queria tirar os vestígios da vida que meu pai me fez viver até agora, porque eu não acho que você mereça viver com um homem com essa vida, entende? Eu queria que você tivesse motivos para gostar de mim, porque eu gosto de você.- Suas mãos giravam meu corpo.- Você merece ter uma vida boa ao lado do seu marido, se infelizmente o seu marido serei eu... E eu não lamento por isso.- Ele tirou a venda dos meus olhos.- Acho que merece viver num lugar bom, também.

– Você construiu uma casa na praia para mim?- Eu perguntei enquanto arregalava os olhos para a enorme mansão na minha frente. Era maior do que a Mansão Malfoy, com certeza, e era linda. De madeira escura, maciça e tinha uma varanda... E um jardim nas varandas dos quartos de cima. Eu sorri abertamente.- Draco, ela é linda!

– Que bom que você gosto. Mas quanto ao que você disse no começo: Não fui eu quem construí, eu paguei pessoas para fazer isso.- Ele disse enquanto eu virava para ele sorrindo. Joguei meus braços ao redor de seus pescoço enquanto ele sorria e continuava sua história.- E não é só para você. É para nós dois e para o filho que a gente vai ter quando a gente se casar e começarmos á ter uma vida conjugal de verdade.

– Seu idiota.- Eu disse, mostrando a língua para ele. Draco tinha concordado com as minhas condições sobre o casamento, mas não estava feliz com elas. Draco me respeitava mais do que as pessoas podem pensar e eu posso imaginar e sentir.- Mas quanto á casa: ela é perfeita para nossos filhos, sim. Grande o suficiente para um pelotão.

– Serão fortes como um, não serão? A força da mãe...

– E a insistência pela força do pai. Serão fortes, claro.- Eu disse, beijando-o.

A escolha pela praia foi o que me mais me impressionou. Foi nesse lugar em que demos o nosso primeiro beijo de verdade. É á esse lugar que a gente vem sempre que estamos precisando ficar sozinhos e pensar, e principalmente, ficar juntos. Quando os nossos pelotão nascesse, teríamos uma bela história para contar sobre o lugar que ele carinhosamente chamaria de lar.

(...)

Voltei para casa depois do jantar. Eu e Draco voltamos para o Beco e jantamos para comemorar a nossa nova casa. Quando cheguei em casa, mamãe sorriu para mim.

– Hoje Dafne e Caleb vieram jantar conosco.- Ela disse enquanto eu colocava a mão no corrimão da escada. Eu revirei os olhos. Não estava querendo conversar com mamãe, mas fazer o quê?

– Sério? E como está a Dafne?- Perguntei. O filho de Dafne nasceu á 3 semanas. Ela lhe colocou o nome de Liam. Ele nasceu moreno como Dafne, mas tem belíssimos olhos negros como o pai. Liam nasceu grande e forte, seus choros á noite também.

– Dafne está terrível. Olheiras fundas e horríveis. Chorou o jantar todo. Ela acredita que o Caleb vá traí-la, de tão terrível e gorda que está.- Mamãe dizia enquanto balançava a cabeça. Que tipo de mãe fala desse jeito da própria filha? Essa é a minha mãe. Fico imaginando o que ela não fala de mim para os outros.

– Vai passar. Quando o Liam estiver maior, ela vai poder se cuidar mais.- Eu disse, colocando o pé no primeiro degrau da escada.

– Eu disse á ela que devia contratar uma babá, mas parece que o Caleb não quer ninguém cuidando de seu filho. É claro que ele não quer, não é ele quem vai acabar a sua vida. Caleb continua sendo o grande jogador de Quadribol que sempre foi, Dafne quem está desgastada.- Disse mamãe, me atrapalhando. Eu suspirei. Senhor, dai-me paciência.

– Cada um com a sua opinião, não é? Deixe que Caleb faça o que quiser, mas que ele não mande em Dafne. Ou será que ela não tem moral suficiente para dizer que quer uma babá e simplesmente contratá-la. Por favor, Dafne não é muda ou demente... Talvez seja um pouco demente por ter engravidado tão cedo. Mas isso não é da minha conta. Tenha uma boa noite, mamãe.- Eu disse, subindo mais alguns degraus.

– Esteve com o Draco? Já faz um bom tempo que não o vejo.- Disse mamãe. Eu respirei fundo. Hoje eu subo!

– Ele anda trabalhando muito, eu já te disse, ele é o chefe de tudo lá, ele está ligado á tudo diretamente, as pessoas precisam dele. Além disso, nós duas ficamos por meses comprando coisas para o casamento, não temos tempo nem para respirar, quer dirá ver Draco.- Eu disse, balançando a cabeça.

– Você parece ter nascido com aquele tipo de sorte grande, o bum bum virado para a lua como a maluca da sua amiga diz.- Não via Thamyris á 8 dias. Ela está muito ocupada saindo com Blásio Zabini. Sim, ela conseguiu fisgar o cara.

– Eu pareço, não é? Terrível sorte.- EU disse com um sorriso sarcástico. Nunca me pareceu ser um tipo de sorte me sentir obrigada á fazer tudo o que meus pais mandam. A única sorte foi Draco ter aparecido no meio de mais uma decisão idiota deles. Pelo menos agora parece que algo vai dar certo.

– Draco Malfoy não era para qualquer uma, nunca foi. Mas agora... Agora ele está se superando totalmente. Você leu o jornal hoje?- Perguntou mamãe, pegando o Profeta Diário na mesa de centro da sala de estar. Draco estava sorrindo numa foto ao lado do conjunto da Liga Brasileira de Quadribol. Draco viajou para o Brasil á 5 dias atrás e voltou ontem, radiante por ter conseguido fechar um contrato lá. Parece que vamos ter um jogo entre o Brasil e a Inglaterra logo, logo.

– Claro que eu li. Draco estava muito feliz por ter conseguido.- Eu disse, sorrindo de orgulho. Draco só me dava mais alegrias á cada dia. Faziam poucos meses que tinha começado á trabalhar no Ministério e já tinha conseguido muito.

– O Ministério também está muito feliz. Estamos com um time maravilhoso. Temos Caleb e a Weasley nele. Estamos apostando na próxima Copa. Draco está fazendo grandes contratos e transações, estamos nos beneficiando muito com isso.- Disse papai surgindo da cozinha com um pote de biscoitos.

– Draco é muito eficaz, foi um erro o Ministério não tê-lo procurado antes.- Eu disse. Papai deu de ombros.

– Acho que estavam esperando que ele fosse, muito raramente o Ministério de mexe para chamar alguém, o fato de ele estar prestes á se casar desencadeou a vontade de Kingsley. E a gente tava precisando de um novo chefe na liga.- Disse papai, dando de ombros. Eu concordei com a cabeça.

– Vou dizer ao Draco isso tudo. Ele ficará feliz em saber que alguém além de mim está feliz com o seu trabalho.- Eu disse, sorrindo.

– O Ministério e o Profeta Diário são só elogios para ele, Astoria, ele não te mostrou? Não te disse? O pai dele anda esbanjando sorrisos enormes pelo Ministério enquanto lê o Profeta.- Disse papai com os olhos estreitos.

– É a cara dele, mesmo. Draco não me conta muita coisa porque não temos tempo suficiente para isso. Quando casarmos eu ficarei sabendo das coisas.- Eu disse. Casar é uma ideia maravilhosa quando me lembro que o noivo é Draco.

– Espero que você seja feliz com Draco, filha. Você merece. Fez tudo por nós e já faz tudo por Draco...Ele tem que fazer tudo por você, também.- Disse mamãe, sua expressão era tão suave que eu nem pude acreditar que era ela mesmo falando ali. Dei um sorrisinho.

– Draco já faz tudo, mãe.- Eu disse, lembrando da casa na praia. Draco já faz tudo.

(...)


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