Contenda escrita por Anastacia B, Kah Correia


Capítulo 3
Capítulo 3 - A Casa de Art




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Arthur e a família que ele protegia, viviam em uma pequena cidade na I-90 longe de Billings. A opinião dos Moroi em geral era se separar em lugares para morar. Alguém discutiu que cidades grandes eram melhores, já que elas permitiam que os vampiros se misturasse com a multidão. As atividades noturnas não chamavam muita atenção. Outros Moroi, como essa família, aparentemente optou por cidades com menos gente, acreditando que se houvesse menos pessoas para notar você, então você vai ser menos notado.

Bem perto do meio dia, Dimitri estacionou no meio fio. A casa era construída em um estilo luxuoso, com madeira pintada de cinza e grandes janelas pintadas também, para bloquear a luz solar. Parecia nova e cara e mesmo estando no meio do nada relativamente, era o que eu esperava de membros da realeza.

Pulei para fora do carro com expectativa, ao observar Dimitri conversando com um par de guardiões que estava de vigia. Ele lhes entregou um par de papéis que logo foram avaliados pelos mesmos e por fim, conseguimos a liberação para entrar.

-Guardião Belikov. – Um homem alto e bastante musculoso para um Moroi, apareceu na soleira da porta para nos receber. Seu cabelo estava parcialmente grisalho e ele parecia bastante feroz.

-Art! – Dimitri sorriu para ele e então algo extraordinário aconteceu. Os dois se abraçaram. Bem na minha frente. – Eu quero que conheça Rose. – Dimitri gesticulou para mim que de repente, me senti como um inseto. Os olhos de Arthur me varreram minuciosamente antes que ele voltasse a falar.

-Então esta é a aprendiz. – Toda a expressão aterrorizante do homem, se alterou por alguns segundos. – Muito prazer Rose.

-O prazer é todo meu. – Me apressei de forma tão natural, que Dimitri segurou o riso diante meu nervosismo.

-Podem entrar. – Ele abriu espaço para que passássemos pela pesada porta de mogno. – Os Moroi estão dormindo. Portanto podemos conversar um pouco.

-Dormindo? – Me adiantei. – Eles não vivem como humanos? – Perguntei de repente. Arthur nos guiou por um grande salão até que finalmente, encontramos um par de sofás de couro para sentar. Quando já estávamos devidamente sentados, ele continuou.

-Na maioria do tempo sim, mas o sol eventualmente os desgasta bastante. Essa família é bastante grande também e se torna complicado às vezes sair com todos da casa como no caso de hoje anoite, quando os pais das crianças irão a uma peça de teatro na cidade. Dessa forma, às vezes eles fazem revezamento também. – Arthur tocou sua testa um pouco suada e logo limpou sua mão em sua cashmere cinza. Eu honestamente não entendia como ele poderia estar sentindo calor, com a temperatura lá fora.

-É o ar condicionado. – Arthur piscou para mim, possivelmente após notar meu espanto com seu gesto. – As crianças principalmente, apreciam as altas temperaturas. – O que na verdade era meio novidade para mim. Altas temperaturas se associavam perigosamente a sol. Tudo parecia tão confuso.

-De qualquer forma, quero que saiba que não pretendemos tomar tanto de seu tempo. – Dimitri se adiantou, enquanto cruzava graciosamente suas pernas esbeltas. –Se for o caso, eu irei buscar um hotel com Rose e voltaremos quando estiver livre.

Wow. A ideia do hotel, Dimitri e a neve, era algo tentador.

-Não precisa. Podem ficar na minha casa dos fundos. – Arthur apontou com a mão. – Os Badica não gostam tanto de visita assim, mas me consideram como da família na maioria das vezes. Dessa forma, não há problema com isso.

-Art, nós podemos ficar em um hotel. – Dimitri insistiu.

-Por favor aceite. Por favor aceite. – Eu repetia para mim mesma, enquanto encarava Arthur.

-De forma alguma. Vocês ficam em minha casa.

A propriedade era ainda mais extensa do que eu imaginei. Seguimos pela neve dos fundos da mansão, até nos deparamos com uma casa de dois andares com acabamento em madeira. Embora ela fosse relativamente menor que a primeira, parecia bastante confortável aos olhos. Assim que entramos, Arthur a apresentou.

-Essa é minha casa. – Ele apontou ao redor. –Como passo a maior parte do tempo na parte de dentro da mansão ou com os Moroi, mal estou por aqui. Dessa forma, vou apresentar rapidamente como as coisas funcionam. Podem se sentir livres em mecher em tudo e por favor, sintam-se a vontade.

Me adiantei um passo e então, Dimitri me lançou um olhar significativo, deixando bem claro que não mexeríamos em absolutamente nada. Virando os olhos, cruzei meus braços no peito e aguardei.

-Muito obrigada por sua hospitalidade. – Dimitri sorriu de forma discreta, me fazendo mais uma vez virar os olhos.

Arthur correspondeu ao seu gesto e logo começou a nos apresentar a casa em um total. Quando começamos a subir a escada de madeira maciça para o segundo andar, Art parou e se virou para nós. – Só temos um problema.

Eu estava prestes a perguntar o que era, quando Dimitri mesmo o fez.

-O que se passa?

-Só temos um quarto e com uma cama de casal. – Ele tocou sua cabeça como se se sentisse chateado pela notícia. Prendi a respiração.

-Não se preocupe com isso. Eu posso dormir no sofá. – Dimitri voltou a sorrir, enquanto eu me corroía por dentro. Uma parte bem suicida dentro de mim, estava toda feliz com a ideia ilusória de dividirmos uma cama de casal. – Mas e você Art? Irá dormir aonde?

-Eu tenho um quarto na casa grande também. – Ele piscou para Dimitri.

Bom, pelo menos tudo não estava tão perdido assim. Eu dividiria uma pequena casa com Dimitri. Somente com Dimitri.

–Vocês podem ficar se preparando e amanhã, começaremos Rose. – Minha felicidade morreu ali.

Arthur Schoenberg nos deixou um tempo depois a sós, mas eu estava conturbada demais com o início dos testes, para pensar na possibilidade de alguma romance com meu maravilhoso instrutor. Meu futuro dependia daquilo e acima de tudo, Lissa dependia de mim. Eu não poderia errar com ela.

-Rose? – Dimitri apareceu na porta do quarto que Arthur havia cedido para mim. – Posso entrar?

-Ah sim. – Soltando minha camiseta de volta a mala, eu sorri para ele.

-Está com fome? – Ele perguntou de forma quase gentil. Pelo visto, Dimitri havia colocado um ponto final em nosso incidente no posto de gasolina.

-Na verdade sim.

Eu o segui para o andar debaixo e Dimitri me ofereceu um pacote de bolachas e um suco de caixinha.

-Vamos viver de comida de acampamento? – tentei fazer uma piada assim que aceitei os pacotes dele, mas foi em vão. Dimitri me lançou um olhar aborrecido.

-Vamos ficar com isso por enquanto. Vou perguntar para Art como funciona o esquema de entrega de comida por aqui.

-Oh – Virei os olhos, enquanto abria o pacote de bolachas. Dimitri me viu comer, mas sua atenção estava em um jornal que estava lendo. –Alguma novidade interessante?

Ele não me olhou e também não respondeu. Certo, talvez ele ainda estivesse bravo com a cena do posto de gasolina. Quando eu estava prestes a desistir do diálogo, Dimitri voltou a falar.

-Na verdade não tem nada demais. – Ele logo fechou o jornal e olhou ao redor, parando sua atenção em um relógio de pêndulo, próximo do sofá onde eu estava sentada já que ele estava isolado em uma poltrona marfim. – Já são quase quatro horas. Vou atrás de Art antes que os Moroi necessitem dele.

Dimitri então se levantou e começou a ir em direção a porta. De repente me toquei que talvez eu estivesse equivocada sobre um romance na neve. Dimitri teoricamente havia ativado seu modo negócios.


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Notas finais do capítulo

Oi gente!!!

Demorei um pouco, mas segue novo capítulo :)


Beijos e comentem heim! ;)



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