Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 18
Fugindo do Maldito Passado


Notas iniciais do capítulo

DISCLAIMER: Eu não sou proprietária ou dona da saga TWILIGHT, todos os personagens e algumas características são de autoria e obra de Stephenie Meyer. Mas a temática, o enredo, e tudo mais que contém na fanfiction JUST JUSTICE, é de minha autoria. Dessa maneira ela é propriedade minha, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.
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, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.
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N/A: Olá meus amores!

Como estão? Espero que todos estejam bem e absurdamente loucos para ler este capítulo! *HUAHUAHUAHUA*

Ele pode ter demorado um pouquinho, porque assumo pensar como Bella, sentir o que ela sente me desgasta muito, principalmente quando o capítulo é absurdamente longo (26 páginas e mais de 11 mil palavras), e essencial para sabermos o que aconteceu com os dois para ter ocorrido o divórcio deles. SIM! Neste vamos descobrir o que aconteceu com eles.

Como eu sei que estão todos ansiosos, vou parando por aqui, só agradecendo a todos que lêem, comentem, se manifestam loucamente no twitter fazendo mil e uma perguntas, às vezes conseguindo pouquíssimas respostas de mim e normalmente se frustrando com todo o mistério que eu faço sobre essa fic, salvo o motivo final, a Tod, minha beta não sabe também de nada, nem mesmo quem é o infiltrado, acho que nem eu sei direito, então fiquem tranqüilas, isso é algo que só irei contar no decorrer da história. *KKKKKKKKKKK*

Obrigada a todos, porque como já cansei de dizer aqui, esta fanfic eu escrevo para vocês, sempre procurando melhorar o máximo que eu posso na minha escrita, deixando o texto o mais redondinho e instigante para ler. Obrigada realmente para quem lê, comenta ou não, favorita, recomenda, é cada gesto minúsculo deste que me deixa mais e mais feliz em escrever isto aqui.

E quem ainda não sabe, sempre alguns dias antes de postar o capítulo eu coloco um spoiler, às vezes grande outros não no meu blog, então sempre dão uma olhadinha lá, ok? Aqui o link, é só substituir a palavra ponto pelo símbolo: http:/ima-dramaqueen(ponto)blogspot(ponto)com/

AGRADEÇO MAIS UMA VEZ PELO CARINHO IMENSO DE VOCÊS.
OBRIGADA MESMO POR TUDO, AMO MUITO CADA UM DE VOCÊS
POR FAZER ISSO AQUI ALGO ESPECIAL PARA MIM.

Boa leitura e nos falamos mais adiante. ;D

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JUST JUSTICE

capítulo dezessete
Fugindo do Maldito Passado

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"Não poucas vezes esbarramos com o nosso destino
pelos caminhos que escolhemos para fugir dele.
"
- Jean de La Fontaine

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Isabella Swan

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Eu me sentia exausta. Acordei bem humorada e mais bem disposta impossível acreditando que hoje teria boas notícias sobre o maldito caso que me faz perder noites de sono, que me deixa estressada e irritada com uma freqüência inestimável, mas na realidade não eram boas notícias que esse maldito dia me trouxe, foram péssimas. Terríveis notícias.

Primeiro, por ser mais uma vez investigada pelo assassinato cruel e torpe de alguém. Sendo considerada uma das suspeitas de ser quem trai a investigação que me esforcei e me esforço arduamente para punir os verdadeiros culpados.

Como alguém poderia duvidar de mim? E porque acreditar que eu sou a maldita infiltrada que passa informações para um falso italiano que tenta provar sei lá o que para não sei quem?

Eu me sentia como se tivessem me acusando de terrorismo. Como se eu fosse à responsável pelos ataques terroristas que nosso país sofreu em 2001. Era como se eu fosse, aos olhos de quem me investigava, Osama Bin Laden ou Saddam Hussein, duas pessoas frias, calculistas e psicóticas que haviam declarado guerra ao país, o levando para o caos que conhecemos hoje.

Mas ainda tinha outro fator, a segunda péssima notícia deste maldito dia para piorar ainda mais todo o meu dilema interno, fazendo me sentir ainda mais suja e culpada do que diariamente me sentia. Porém neste caso, eu sabia que tinha uma parcela de culpa. Uma enorme parcela de culpa.

Outra pessoa havia descoberto sobre aquilo que tento tão arduamente fugir, e, inutilmente, esconder por tanto tempo. Aquela maldita sombra que vire e mexe vinha me assombrar.

Quer dizer...

Ela nunca se afastava, ainda mais nos últimos meses; ela vivia constantemente me cercando sempre trajando ternos bem cortados que pareciam ter sido feito sobre medida, para aquele corpo alto e ligeiramente musculoso, que possuía ombros largos e exalava uma masculinidade arrebatadora, sempre aguçada ainda mais, por seus incríveis e perspicazes olhos verdes e seus sedutores cabelos bronzes constantemente bagunçados.

Como eu ainda podia-me sentir tão afetada por Edward? Depois de tudo o que ele me fez passar, como eu podia ainda perder meus pensamentos em seu corpo, ou em seu perfume, ou então na forma como ele passa os dedos por seus cabelos bronzes cheio de sensualidade, ou ainda por que eu vivo me perguntando como estaríamos hoje se nada daquilo tivesse acontecido.

Os 'e se' eram muitos e sempre me deixavam inquieta e irritada. E tudo por causa de um papel, um título, um erro, uma nuvem negra que paira sobre mim nos últimos anos que parecia nunca esvair, e então, eu havia sido descoberta por mais uma pessoa. Pessoa que eu não conseguia confiar, pessoa essa que na merecia e não deveria saber.

Ninguém deveria saber, na realidade, nem sequer deveria ter acontecido à merda desse erro.

As mesmas perguntas que já havia me feito incansavelmente nestes quatro anos e meio, e nunca tinha conseguido obter uma resposta clara e objetiva parecia me sufocar mais uma vez:

"Porque aceitei me casar com Edward? E principalmente, porque fizemos aquele maldito pré-nupcial?"

E as resposta para ambas era tão ridícula quanto às perguntas em si.

"Amor, paixão, companheirismo, encanto, confiança. Idiotice."

Era exatamente isto: uma imensa idiotice que havia nos custado muito caro e causado danos irreparáveis, pelo menos em mim.

Encostei minha cabeça contra o volante de meu carro, tentando controlar o meu emocional que estava tão frágil como nunca esteve antes.

Não fazia a mínima ideia de quanto tempo me encontrava na garagem de meu prédio, dentro do meu carro, analisando a merda completa que havia sido meu dia, assim como era a minha vida. Eu queria fugir, esquecer de tudo isso, mas me parecia a cada dia, mais e mais impossível. Como gostaria de ter o poder de voltar no tempo e fazer tudo diferente.

Soltei um suspiro cansado. Não tinha como voltar ao passado, à única coisa que devo fazer é conviver com ele e não cometer os mesmos erros no futuro, ou pelo menos era isso que tentava manter em mente.

Observei o painel do meu carro, já fazia um bom tempo que tinha saído do departamento, levando em conta isto, constatei que permaneci quase duas horas dentro do meu carro na garagem do meu próprio prédio, pensando em Edward.

Definitivamente eu não estava nos meus melhores dias. Recolhendo pasta, bolsa e casaco, sai do carro para que finalmente encontrasse o aconchego do meu lar, mesmo que sozinha, já que James andava fazendo seguidas horas extras para conseguir entender como podia comandar uma equipe que antes era liderada pelo finado agente Sam Uley e que se encontrava amedrontada e um caos total neste momento.

Um arrepio de pensar em Sam Uley passou por meu corpo. Ainda não conseguira absorver o impacto que foi ver seu corpo e de sua noiva Emily Young serem retirados de sua casa parcialmente queimados.

Felizmente meu apartamento encontrava-se organizado e limpo, por mais que gostava de cuidar de casa, me sentia imensamente agradecida por James ter me convencido a contratar alguém para manter a casa limpa para nós, por que eu realmente não sentia muito pique para encarar uma faxina depois de um longo dia de trabalho, principalmente nos últimos meses.

Deixei minhas chaves na mesa próxima à entrada, ao lado de uma pilha de correspondências, que veria mais tarde, andando desconfortavelmente – por causa dos saltos que usava desde manhã – caminhei até o quarto, colocando de qualquer jeito minhas coisas sobre uma poltrona e tirando com uma agilidade impressionante para mim, meus sapatos.

Eu necessitava de um banho urgente, considerando o fiasco que foi meu dia, nada melhor que um banho quente e relaxante de banheira, ao som de uma melodia tranqüila e suave de alguma música clássica.

Impressionantemente a água quente e aromatizada, junto com o som tranqüilo da melodia que havia selecionado, foi mais que suficientes para afastar todo o cansaço que estava sentido, sendo até mesmo possível que eu tenha adormecido durante meu banho, pois em certo ponto notei que a água já estava gelada e deixando minha pele toda enrugada. Sai da banheira, secando em uma das toalhas felpudas e macias que havia escolhido meses atrás, quando James e eu decidimos morar juntos.

Sorri com a lembrança.

Fora algo tão inesperado e tão bom que parecia pertencer à outra pessoa não a mim mesma. Com essas lembranças em mente voltei ao quarto, escolhendo para vestir uma das roupas mais confortáveis e aconchegantes que podia encontrar: uma calcinha de algodão e uma camiseta do time de lacrosse de James. Depois de vestida, fui até a cozinha preparar um lanche, estava faminta, mas sem muita empolgação para cozinhar ou pedir algo.

Com meu lanche e um copo de leite em mãos, peguei as correspondências que deveria abrir e segui rumo à sala de televisão, para sei lá, ver algum sitcom ou reality show ridículo. Encontrei Hell's Kitchen e comecei assistir a estupidez e a irritação de Gordon Ramsay aos candidatos a chef de cozinha. Aí está uma coisa que nunca entendi sobre esse programa, como pessoas talentosas deixam ser humilhadas por alguém como Gordon? É simplesmente patético.

Depois de ingerir meu lanche e rir das idiotices do programa, resolvi começar a abrir as correspondências que havia trazido comigo. Elas eram basicamente contas para pagar, propagandas, menus de restaurantes, convites para lançamento de livros, lojas ou de restaurantes, cartas dos meus pais, cartas para James, mas a última: um envelope pardo com um símbolo vermelho muito conhecido por mim, me fez ficar surpresa e na falta de uma palavra melhor, apreensiva.

Era muito parecido com o envelope que recebi quando fui admitida em Harvard, mas porque eles estariam me mandando algo quatro anos depois que havia me formado era o que eu não conseguia compreender. Rapidamente comecei a abrir a carta e lê-la logo em seguida, mas a minha reação depois que terminei de ler foi choque, revolta e irritação.

Sim, o mais absoluto e incrível sentimento de repulsa.

- Mas nem me pagando muito dinheiro! – exclamei para ninguém, jogando o papel ao lado, no mesmo instante que James entrava na pequena sala.

- Nem pagando muito dinheiro o quê? – questionou curioso, vindo até mim dando um ligeiro beijo em meus lábios.

- Um convite que recebi. – disse dando de ombros, o trazendo mais próximo de mim, para beijá-lo avidamente.

- Convite do quê? – inquiriu, fugindo dos meus braços.

Bufei irritada, cruzando meus braços em meu peito fazendo um ligeiro bico.

- De uma cerimônia antiquada, cheia de velhos babões e ex-colegas impertinentes de Harvard. – falei com descaso.

- Daquelas que eles homenageiam os melhores alunos de cada ano? – perguntou impressionado.

- Aham. – disse sem muita emoção analisado clinicamente as pontas dos meus cabelos.

- Uau! – impressionou-se. – Você se formou com honrarias não é mesmo, Bella? – inquiriu com um sorriso nos lábios, dei de ombros. – Bella, meu amor, eles querem te homenagear! – exclamou todo animado.

- E daí? – revidei com descaso. – Eu não vou mesmo. – falei, desligando a televisão e me levantando do sofá.

- Como não, Bella? – perguntou confuso e surpreso. – As universidades da Ivy League gostam de se gabar de seus melhores alunos, principalmente quando eles alcançam tamanho sucesso como você conseguiu, e você está me dizendo que não vai lá receber estas honras e ter esse prazer de ver a cara de muita gente que ficará surpresa em ver uma mulher tão jovem, bonita, sexy como você, já comandando uma subseção inteira no FBI? – provocou James, com um misto de animação e orgulho.

- Tanto faz. – dei de ombros, mais uma vez. – Eu não vou! – exclamei. – Não tenho que me gabar por nada. – disse enfática. – Você vem para a cama? – perguntei sedutora, mudando rapidamente de assunto. – Tinha planejado lhe fazer uma massagem. – provoquei dando uma piscadela.

- Bella... – alertou-me.

- Bem, estarei a sua espera, nua. – falei, antes de sair da sala rebolando o máximo que podia. Mal dei três passos, para que os braços fortes e firmes de James me agarrassem pela cintura, e me levassem em seu colo o mais rápido possível para nosso quarto.

XxXxXxXxXxX

Infelizmente quando acordei na manhã seguinte – com o som irritante do meu despertador -, não encontrei o corpo quente e másculo de James contra o meu, encontrei somente o vazio, nem mesmo os lençóis estavam quentes mais. Abracei seu travesseiro sentindo o perfume impregnado ali, no mesmo instante que soltava um grito de ódio. Eu necessitava de um sexo maravilhosamente bom e estimulante hoje pela manhã para começar o meu dia melhor.

Lutando com todas as minhas forças, que insistiam que me mantivesse na cama, sai dessa rumando diretamente para o banheiro, onde tomei um longo banho me preparando para mais um longo dia de frustração, irritação e a maldita sombra do meu relacionamento com Edward rondando minha cabeça.

Por que o passado não podia simplesmente sumir?

Depois do meu longo ritual matinal, que era composto por um banho, maquiar-me e domar meus cabelos que pareciam ter acordado no melhor estilo bad hair day, fui procurar algo que vestir, infelizmente havia me esquecido que precisava ir à lavanderia, por isso a única roupa que não era tão casual como calça jeans e camiseta, ou tão vulgar como uma micro-saia de pregas xadrez e regata, era um vestido preto um pouco acima dos meus joelhos de mangas longas, mas extremamente justo e com um decote em forma de coração que pode deixar muito para a imaginação de algumas pessoas.

E para completar, como a minha sorte é algo inestimável e impressionante, ontem tive a capacidade de manchar com café um dos meus casacos preferidos e como os outros também haviam sofrido com a minha falta de habilidade manual com líquidos, o único que ainda sobreviveu ao desastre ambulante que sou era um que não usava com muita freqüência, primeiro por causa de sua cor, um rosa claro cheio de babados e botões que ganhei da minha mãe quando ainda fazia faculdade, e segundo por causa das lembranças que ele me trazia.

Até mesmo um maldito casaco conseguia me fazer lembrar Edward, ainda mais quando em um momento onde tive um surto psicótico, ou uma experiência fora do corpo, enfrentei o frio estúpido, intenso e grotesco de Boston e fui até seu dormitório usando o maldito casaco e uma – linda, por sinal – lingerie de renda preta e com alguns detalhes em rosa claro, que foi o suficiente para que Edward me perdoasse depois de uma discussão boba que tivemos durante uma aula de Direito Penal.

Definitivamente desenterrar coisas do passado não era algo muito bom, principalmente quando você encontraria alguém dele que com toda certeza se lembraria muito bem de que forma o usei e como ele quase acabou com o maldito casaco, assim como fez com a lingerie.

Como eu queria fugir, esquecer, apagar tudo isso de mim.

Respirei profundamente, não tem como fugir de nada, ainda mais dele. Sem mais discussões internas sobre a minha vida, coloquei meus sapatos pretos estilo boneca que estavam em sua caixa, pegando com agilidade minhas coisas que havia colocado sobre a poltrona na noite anterior e sai o mais pesarosa que podia de casa, para enfrentar dia que parecia destinado a ser um pesadelo.

Nem mesmo parar em uma cafeteria no caminho conseguiu me tranqüilizar ou me aquietar, todos pareciam me analisar de cima abaixo. Me sentia como uma puta de luxo, voltando do trabalho de acompanhar algum empresário ou político em um jantar e depois estender a noite em seu quarto de hotel.

Maldita seja minha memória. Maldita seja a minha falta de sorte. Maldita seja minha coordenação motora. Maldito seja esse vestido. E principalmente, maldito seja esse casaco.

Tentando me controlar ao máximo para não ter um colapso antes do meio dia, voltei ao meu carro, seguindo agora definitivamente para o FBI. Por ainda faltar vinte minutos para as nove da manhã – horário que inicia o expediente para boa parte do prédio – o estacionamento já estava um inferno, praticamente lotado, a não ser por uma vaga extremamente afastada e minúscula.

Deus ilumine meu dia porque ele será um caos.

O caminho até a minha sala foi tranqüilo, ou pelo menos sem nenhum dano permanente, porque primeiro meu cartão de acesso não estava querendo liberar a porra da catraca e segundo porque escorreguei em um maldito piso molhado, onde não colocaram aquele maravilhoso aviso amarelo que indicava que estava molhado. Sim, no que mais o meu dia podia piorar?

Quer dizer, foi só pensar a respeito que tudo ficou realmente pior.

- Bom dia, raio de sol! – disse um animado Edward que entrava pela a porta de seu escritório.

- Só se for para você! – respondi ácida.

- Outch! – fingiu-se de ofendido. – Que foi Bella, anda precisando de uma ajudinha? – perguntou cinicamente, dando uma piscadela.

- Não sua! – devolvi. – Me faça um favor Edward: vai para o inferno! – exclamei entrando em minha sala.

- Ei! – gritou, entrando logo em seguida pela minha sala. – Este casaco por uma acaso é aquele casaco? O daquela vez? – questionou malicioso, balançando suas sobrancelhas.

- Agrrr... some da minha frente. – berrei, tacando-lhe a primeira coisa que vi, uma pasta de arquivo.

- Obrigado por responder. – disse desviando-se da pasta. – Você ainda fica linda nele, só falta mesmo aquela lingerie. – provocou, no mesmo instante em que dava mais um berro de ódio enquanto ele saia da minha sala fechando a porta e gargalhando alto.

Maldito bastardo. Maldito passado. Maldito casaco. Maldito dia.

XxXxXxXxXxX

O restante do dia ocorreu como todos os outros: comigo lendo pilhas de arquivos tentando procurar algo que sei lá se existia, por vezes consultando Edward e sempre que fazia isso me frustrando mais do que é naturalmente possível.

Porém, ainda tinha muito chão para o dia acabar, e fora por volta das três da tarde que Eleazar me chamou para que fosse a sua sala para uma reunião de emergência.

Evidentemente não foi nenhuma surpresa encontrar Edward indo também para lá, pelo jeito ele queria saber como estava andando as coisas sobre o il dio, ou nos informar algum dado novo.

Lauren, sua secretária, assim que nos viu pediu para que entrássemos, pois Eleazar estava a nossa espera. Edward e eu nos entreolhamos surpresos, nunca – nem mesmo nos casos mais urgentes Lauren pedia para que entrássemos sem antes informar seu chefe que estávamos ali. Pelo jeito era algo realmente muito importante e urgente.

Eleazar estava sentado atrás em sua gigantesca e imponente mesa de madeira lei, lendo despreocupadamente e com um sorriso em seu rosto algo que não conseguia imaginar o que fosse. Olhei rapidamente para Edward, procurando, sei lá, uma resposta, mas ele deu de ombros, enquanto nos sentávamos nas duas cadeiras em frente à mesa.

Foi somente quando Edward coçou sua garganta cinco minutos mais tarde que Eleazar levantou sua cabeça e nos encarou. Fazia dias que não o via pessoalmente, na verdade, desde o assassinato de Sam Uley e sua noiva Emily Young, e nesse período de uma semana, parecia ter envelhecido anos, seus cabelos que antes eram todos pretos estavam começando a ser manchados por alguns fios grisalhos, sua pele estava mais pálida do que me lembrava e seu rosto extremamente abatido.

Eu havia me esquecido que todo o erro, toda falha, toda a merda que acontecia no FBI ou em qualquer ramo da justiça estadudiniense caia sobre os ombros de Eleazar. Eu poderia apostar que ele estava se sentindo o maior fracasso, o maior incompetente no momento. Eu me sentia assim e não tinha um terço da responsabilidade que ele tem.

- Nossa! Vocês foram rápidos, Edward e Isabella. – disse com um sorriso animado. – Por favor, não me olhem com essas caras de que morreu alguém, não trago más notícias desta vez. – manifestou-se.

- E o que seria então, senhor? – perguntou Edward curioso. Eleazar sorriu maliciosamente.

- Bom... me deixe começar com uma pergunta inocente. – falou com um sorriso fraternal. – Vocês sabem me dizer em que faculdade adquiri meu diploma de bacharel em Direito? – perguntou polidamente.

- Harvard, senhor. – respondi com um sorriso.

- Exatamente, Isabella. – concordou animado. – E quem mais se graduou nesta renomada Universidade? – inquiriu, nos olhando curioso.

- Nós. – respondemos em uníssono. Eleazar sorriu animado com a nossa resposta.

- Muito bom. – deu um ligeiro aceno de cabeça. – Desta maneira acredito veemente que vocês receberam uma carta recentemente os convidando para uma festa em homenagem aos ex-alunos? – perguntou cuidadosamente.

- Sim senhor. – respondeu Edward, enquanto acenava cuidadosamente com a cabeça em confirmação. Eleazar ampliou seu sorriso.

- Ótimo! – exclamou, esfregando suas mãos e nos encarando com um sorriso, arrisco a dizer, muito animado em seu rosto. – Assim facilita o pedido que tenho para fazer aos dois.

- E que pedido seria Eleazar? – perguntei curiosa. Mais uma vez ampliou seu sorriso.

- Bom, como além de me graduar em Direito e fazer mestrado em Harvard, sendo também por um breve período de tempo membro do corpo docente do curso de Direito – sorriu largamente. –, e atualmente como secretário da Defesa do país eles irão me homenagear, como John me disse ao telefone: 'a grande homenagem da noite pela contribuição na justiça do país será sua!' – expôs fazendo aspas com as mãos.

- Parabéns! – dissemos em uníssono.

- Obrigado, mas não é grande coisa. – falou, fazendo um gesto de como se deixasse para lá com sua mão. – Por isso eu preciso que vocês me ajudem em algo.

- Claro. O que seria Eleazar? – questionou desta vez Edward.

- A mãe de Carmen teve que ser internada por causa de um problema cardíaco, e infelizmente não posso deixá-la sozinha aqui em Washington, ainda mais com o nervosismo que ela está por conta dos pareceres médicos. – explicou concisamente.

- Espero que não seja nada grave. – solidarizei-me.

- Obrigado Isabella, significa muito. – disse com um sorriso simpático. – Por causa disto eu não poderei ir a esta homenagem, então gostaria de pedir para que vocês me representassem ao recebê-la, já que ambos além de serem convidados também serão homenageados. – explanou.

- Oh! – me surpreendi.

- Algum problema? – questionou olhando do meu rosto para o de Edward.

- Nenhum senhor. – disse rapidamente Edward.

- Hum... er... é que estava planejando em não ir senhor. – falei lentamente. Edward imediatamente virou sua cabeça para mim com um olhar inquiridor, enquanto Eleazar fechava seus olhos em fendas e me analisava clinicamente.

- E porque você não iria, Isabella? Tem outro compromisso por aqui? – perguntou autoritariamente.

- Não senhor. – respondi rapidamente. – É que hum... er... não gostaria de encontrar algumas pessoas. – disse timidamente, abaixando meu rosto envergonhado. Senti os olhos de Edward me observando, eles pareciam me queimar com tamanha curiosidade que seu dono sentia.

- Mas porque Isabella? Por causa do casamento de vocês? Tem alguém em Harvard que sabe deste detalhe? – especulou interessado.

- Não! – praticamente berrei.

- Então por quê? – questionou sem rodeios.

- Porque... porque... – as palavras me faltavam. Eu não sabia o que diria, na verdade nem eu sabia direito os motivos para que eu não fosse. Era algo dentro de mim, algo no meu íntimo que me dizia que era uma péssima idéia. – Porque existem muitas lembranças? – respondi, soando mais como uma pergunta.

- Porque existem muitas lembranças? – repetiu Eleazar estupefato. – Acredito que você viva com a lembrança diariamente. – explanou apontando para Edward, que me encarava inquieto.

- Desculpe-me senhor. – falei baixinho, com a cabeça baixa e totalmente envergonhada, se pudesse sumir naquela cadeira agora eu faria.

- Tudo bem Isabella. Só espero que você enfrente seus problemas como a adulta que é, e não ficar fugindo deles como você está fazendo agora, parecendo uma adolescente medrosa. – disse de maneira fraternal, muito parecido com o meu pai, quando ele me dava broncas na época da escola.

"Isto também vale para o senhor, Edward." – olhou agora para Edward, que voltou o seu olhar que estava em mim para Eleazar. – "Vocês fogem de algo que fizeram porque quiseram ninguém os obrigou a casar ou assinar aquele pré-nupcial, ambos eram maiores de idade e adultos quando fizeram. Foi à vontade dos dois, porque como vocês me contaram e o que li na ata de audiência, ninguém os coagiu a nada, nem mesmo um ao outro." – ponderou.

- Desculpe. – murmurou Edward.

- Eu não quero as desculpas de vocês, eu gostaria que vocês parassem de ficar fugindo, fingindo que não aconteceu nada! – exclamou Eleazar levantando-se de sua cadeira. – Vocês sabem que aconteceu algo e principalmente algo que acabou com o relacionamento de vocês que vem ajudando ambos a ficarem fugindo do passado, se odiando por algo que aconteceu há anos. Só espero que um dia vocês conversem sobre isto, e quem sabe consigam se entender por bem ou por mal. – disse cansado.

Edward e eu nos entreolhamos espantados. Nunca em hipótese alguma imaginei Eleazar nos dando uma lição de moral, ainda mais sobre algo tão pessoal quanto nosso relacionamento. Só espero que ele não saiba sobre o que aconteceu naquele fim de semana que resultou este desfecho.

- Bom, espero contar com os dois em Boston para receber a homenagem que vão fazer – falou, voltando ao seu tom superior e divertido. -, já comuniquei o Sr. White e ele está ciente que ambos receberão a homenagem por mim. Também tomei a liberdade e comprei as passagens e fiz as reservas no hotel para vocês. – explanou nos entregando um envelope para cada. – Fiquem tranqüilos vocês não terão que expor o segredinho de vocês. – disse irritado, sentando-se novamente em sua cadeira.

- Eleazar, perdoe-me por meu comportamento anterior, é um pouco difícil lidar com tudo isso. – disse séria.

- Tudo bem Isabella, não é meu problema e também não devo me meter. – sorriu apologético. – Espero que vocês se divirtam este fim de semana. Aposto que aqueles figurões da Harvard vão falar sobre os motivos para o meu não comparecimento. – explanou, gargalhando em seguida.

- Eles não sabem o motivo? – perguntou Edward com um sorriso torto.

- Lógico que não! – exclamou horrorizado. – Se descobrirem que eu não irei por causa da minha sogra aqueles palhaços vão ficar me chamando de frouxo para o resto dos meus dias. Disse-lhes que irei fazer a minha sétima lua de mel ou algo assim. – gargalhou novamente, Edward e eu compartilhamos de sua risada.

Eleazar entrou em um longo monólogo sobre seus antigos colegas de classe e também alguns membros do corpo docente que não o suportavam tê-lo entre eles. Previsivelmente que algumas figuras, ou museus e fósseis, como Eleazar e Edward apelidaram, continuavam praticamente enterrados em suas cadeiras, esperando serem homenageados ou receber um busto de bronze ou memorial.

Apesar das risadas e do clima leve que estava na sala, eu não conseguia me aquietar. Voltar aquele campus em que Edward e eu compartilhamos os melhores e os piores momentos de nosso relacionamento, não era algo que planejava tão cedo. Mas como fora obrigada a enfrentar aquele lugar que mantém vivo tantos fantasmas meus só espero não encontrar o principal deles, aquela maldita. A causa da minha ruína.

Deixamos a sala de Eleazar, após o mesmo nos dispensar para preparar nossas coisas para a viagem no dia seguinte. Fora somente quando estávamos longe da sala de Eleazar, no corredor próximo a nossa sala que Edward me parou.

- Bella... – começou. – Eleazar tem razão, precisamos conversar sobre o que aconteceu. – disse baixo e amorosamente.

- Talvez. – respondi, dando de ombros. – Mas não hoje e também não tão cedo, ainda não estou pronta para "conversar sobre o que aconteceu". – repeti sua frase fazendo aspas com os dedos, saindo o mais rápido possível de perto de Edward.

Se eu teria que ir a um coquetel e depois a um baile de gala precisava comprar algo e também se iria rever o lugar em que foi tanto a minha felicidade e ruína em menos de alguns anos, eu necessitava de pelo menos uma hora de terapia, para que não entrasse em colapso na frente de alguém importante.

Entrando em minha sala, peguei minhas coisas com agilidade, caçando meu celular em minha bolsa, enviei rapidamente uma mensagem de texto para James dizendo que iria me atrasar, pois iria ao shopping fazer algumas compras. Assim que a mensagem foi enviada busquei na agenda de telefone o número do meu terapeuta, pedindo para que me encaixasse com urgência para ainda hoje, felizmente ele disse que me atenderia às sete e meia da noite, como faltava um pouco mais do que três horas, optei por ir primeiro ao shopping fazer as malditas compras.

XxXxXxXxXxX

Após as minhas compras no shopping que além de dois vestidos novos para usar um no coquetel de sexta-feira e outro no baile de sábado, comprei algumas peças para trabalhar – já que meu guarda-roupa estava bastante precário -, saias, calças, camisas, blusas, jaquetas e mais dois novos casacos, porque eu pretendia nunca mais usar essa coisa horrenda e cheia de lembranças que estava usando hoje, aproveitando que todo o shopping estava em promoção, por ser depois das festas de fim de ano, adquiri também alguns sapatos e para a felicidade de James, algumas lingeries.

Em menos de duas horas e trinta minutos tinha gastado o suficiente para pelo menos até o meio do ano. Observando que estava perto do meu horário no terapeuta, comi algo no primeiro restaurante que vi: um cheeseburguer com batatas fritas e um copo gigante de refrigerante, para em seguida ir a minha terapia.

Doutor Stuart não estava muito feliz em me ver, disse que se toda vez que uma crise se aproximasse eu tivesse que me consultar com ele, nunca que iria conseguir melhorar. Eu sabia que ele tinha razão, mas como eu pago muito caro para que ele me atenda, não adiantava de nada seus comentários, por mais certos que eles sejam.

Assim que sentei na poltrona de couro vermelho que normalmente ocupava em nossas conversas, comecei a narrar para ele sobre os acontecimentos dos dois últimos dias.

Sobre aquela maldita e impertinente Mestre dos Magos ter descoberto sobre o segredo que eu e Edward mantemos e como não confio nela sobre isso. Óbvio que ele disse que eu deveria me aproveitar da chance e começar a me relacionar melhor com mulheres as tendo como amigas, por que isso me ajudaria na superação dos meus problemas e blá blá blá. Eu sabia que essa abordagem de ser amiga de mulheres nunca funcionaria para mim, nem mesmo no meu leito de morte.

Falei com muita indignidade sobre a nova acusação que estavam explicitando em mim. Henry Stuart ouviu toda a minha revolta sobre isso em silêncio, o que era comum quando entrávamos sobre os assuntos do FBI, uma vez como ele havia me dito quando lhe perguntei, ele não tinha conhecimento para dar qualquer palpite e não cabia a ele expor suas opiniões, não que ele não às tivessem, desta maneira ele me informou que quando este fosse o enfoque da 'nossa' conversa ele seria tipo um padre, alguém que eu confessasse meus problemas e pecados sem nenhuma intervenção, salvo quando elas abalavam meu estado psicológico, o que segundo ele era irrelevante perante meu estado psicológico já bastante danificado.

Porém, o enfoque maior desta sessão foi para a questão mais preocupante: ir a Boston. Retornar ao campus da Harvard onde passei por tantos problemas, reviver os caminhos que Edward e eu fizemos, e, possivelmente encontrando um dos motivos de nossa separação. Ele me orientou para que aproveitasse essa situação e contasse tudo o que aconteceu naquela sexta-feira e nas semanas seguintes logo após nossa separação, mas ainda não me sentia pronta para contar tudo a ele e provavelmente nunca estaria.

Por conta disto entramos em uma longa conversa sobre superação, perdão, benevolência e mais um monte de merda, porém, Dr. Stuart sabia muito bem como eu era teimosa e nada o que ele me instruía eu seguia, ainda mais quando era sobre Edward e nosso maldito passado.

Com o fim da sessão ele pediu para que eu fizesse um resumo diário dos próximos dias, para que o entregasse na próxima semana para que ele entendesse o que senti ao voltar onde tudo começou. Não gostei muito da idéia, mas como ele pediu e disse que isso de certa forma seria importante aceitei fazer o maldito diário.

XxXxXxXxXxX

Para o meu azar a hora do meu embarque para Boston veio com mais rapidez do que eu gostaria e como James estava trancafiado dentro do prédio do FBI trabalhando, decidi ir de taxi até o aeroporto, o que realmente foi uma excelente escolha porque o trânsito da cidade estava literalmente um caos.

Felizmente consegui chegar a tempo para pegar o vôo, apesar da imensa fila no balcão da companhia aérea para fazer check in, assim que o fiz segui imediatamente para a sala de embarque que já começava com os procedimentos do mesmo. Entrei na aeronave e encontrei a minha poltrona e me surpreendi ao encontrar Edward já ali, submerso em um livro.

- Edward. – cumprimentei polidamente.

- Bella. – replicou sem desviar a atenção de seu livro. Fiquei surpresa com isto, Edward não era assim, não perdia uma chance de fazer qualquer comentário por mais sutil que seja, acho que esta ida a Boston estava fazendo tão mal para mim quando para ele.

Uma hora e quarenta minutos depois estávamos aterrissando na fria e impressionante Boston. Com poucas trocas de palavras entre Edward e eu, decidimos compartilhar um taxi, uma vez que ficaríamos no mesmo hotel.

Sem demora estávamos em frente ao hotel que Eleazar tinha reservado para nós, próximo a Harvard. Edward agindo como um perfeito cavalheiro carregou a minha mala até a recepção do mesmo que estava uma verdadeira loucura de tão lotado. Após intermináveis minutos, finalmente começaram a nos atender. Edward permanecia calado conforme o recepcionista digitava nossos dados.

- Senhor Cullen? Senhorita Swan? – chamou o recepcionista de pele amarelada, olhos puxados e cabelos negros, imediatamente Edward e eu olhamos para o rapaz. – Aconteceu um pequeno imprevisto com as suas reservas. – disse cautelosamente.

- Que tipo de imprevisto? – perguntei lentamente.

- A comitiva do senador do Texas veio com um membro a mais, então tivemos que ceder um dos quartos e como as reservas estava no nome de Eleazar Campbell, cedemos uma delas. – explicou apreensivo.

- Mas como vocês fazem isto? E o respeito ao cliente? – inquiri irritada.

- Me perdoe senhorita Swan, nosso gerente pediu para que lhes oferecesse a estadia totalmente gratuita com todos os benefícios que possuímos no hotel se concordarem em dividir o mesmo quarto. – expôs rapidamente.

- Nenhuma chance de algum quarto ficar desocupado ou então vocês nos encaminharem para algum outro hotel? – questionou Edward, ligeiramente nervoso.

- A cidade está recebendo inúmeras festividades este fim de semana, e todos os hotéis e pousadas estão completamente lotados. – falou com pesar.

Edward e eu nos entreolhamos, seus olhos me faziam uma pergunta muda, mas que eu sabia perfeitamente o que significava: se tinha algum problema. Tinha imensos problemas, o fato de estar de volta a esta cidade já era um imenso problema, porém como não tinha escapatória, concordei com um aceno de cabeça.

O recepcionista cuidou dos detalhes restantes com rapidez, para em seguida chamar um ajudante para levar nossas coisas ao quarto, afirmando que em alguns minutos estaria enviando ao quarto um delicioso coffee break.

Bastou o ajudante que trouxe nossas bagagens, deixá-las próxima a entrada do quarto e deixando-nos a sós que Edward falou após observar a cama que estava estrategicamente no meio do quarto:

- Não é como se nunca tivéssemos dividido a mesma cama. – somente rolei meus olhos indo até a minha mala em busca de uma roupa confortável para um bom e longo banho.

Após sair do banheiro encontrei Edward sentado em uma das cadeiras da pequena mesa que tinha no quarto desfrutando o tal coffee break que haviam nos prometido, só percebendo que estava realmente faminta quando vi as guloseimas em cima da mesa, por isso sentei-me ao lado de Edward e comemos em silêncio.

Era estranho o nosso silêncio, porque parecia que ambos estavam medindo palavras para sei lá o que, era como se tivéssemos medo de dizer algo que pudesse piorar uma situação que estava à beira de um colapso ainda maior. Terminamos o tal lanche da mesma maneira que começou: silenciosamente. Edward murmurou algo como tirar um cochilo, enquanto eu buscava o livro que estava lendo durante o vôo e me acomodando no sofá para a leitura.

Fora por volta das seis e meia, quando Edward acordou com seu telefone, e disse que deveríamos nos arrumar, pois o tal coquetel começaria as oito. Assim que ele entrou no banheiro, fui até a minha mala buscando o vestido que comprei para a ocasião, e como já tinha tomado banho mais cedo, tratei de vesti-lo com rapidez.

O tecido de cetim preto, com a renda verde por cima deslizou por meu corpo, abraçando todas as minhas curvas. O decote tomara que caia em formato de coração não era chamativo ou vulgar, o cumprimento era um pouco acima de meus joelhos, deixando que o padrão da renda formasse a barra. Na cintura uma fina faixa de cetim preto, quebrava o intenso verde da renda. Subi o zíper lateral do vestido, para em seguida buscar meus sapatos pretos – estilo pumps – na mala, juntamente com um dos casacos pretos que havia comprado e minha maquiagem que estava em um pequeno estojo.

Coloquei meus sapatos e casaco sobre uma cadeira e caminhei com meu estojo de maquiagem até a penteadeira com espelho que tinha ao lado do armário do quarto, começando a me maquiar com agilidade. Após terminar minha maquiagem, soltei meus cabelos do coque em que estavam deixando-os deslizando ondulados por minhas costas, no mesmo momento que Edward saia do banheiro somente de cueca boxer.

Fechei meus olhos com incredulidade.

- Você não poderia ter se vestido no banheiro? – perguntei, evitando olhar seu reflexo no espelho, mas falhando miseravelmente.

- Ah, por favor, Bella. Não tem nada aqui que você não tenha visto antes. – disse com descaso, procurando algo em sua mala.

- Mas mesmo assim Edward, esta situação já é ridícula e você ainda piora! – exclamei ligeiramente irritada.

- Ei! Desculpa, eu me esqueci, ok? – ponderou. Soltei um suspiro cansado.

- Tudo bem. – disse vencida, fechando meu estojo de maquiagem e voltando a minha mala para guardá-la.

Felizmente Edward não demorou muito para se arrumar, vestindo uma calça social preta com blazer preto e uma camisa cinza escura, em minutos ele estava pronto. Coloquei com agilidade meus sapatos e casaco e fomos para o maldito coquetel que seria realizado no próprio campus.

Havia me esquecido como era absurdamente frio em Boston no mês de janeiro e óbvio que do caminho do táxi até o local que iríamos passei muito frio. Edward ofereceu-me seu casaco – que ele espertamente havia colocado sobre se blazer, mas recusei-me, por questões pessoais. Afinal já bastava estarmos em um local repleto de memórias e ainda usaria algo seu? Sem chances.

Maldita memória. Maldito frio. Maldita Boston. Maldito coquetel. Maldito vestido. Maldito casaco por não me esquentar o suficiente.

No local estavam presentes alguns ex-alunos, segundo a recepcionista da festa, somente aqueles que se formaram nos primeiros lugares em cada ano e membros do corpo docente foram convidados.

Como nem eu, muito menos Edward, conhecíamos todos ali, passamos a noite um do lado do outro, volte e meia conversando com alguns dos nossos professores que perguntavam sempre duas coisas: o que estávamos fazendo hoje em dia, trabalhando em que área da justiça estadudiniense, e/ou se estávamos casados, namorando ou noivos, já que estava usando o anel que James havia me dado.

Definitivamente não foi uma das melhores noites para nenhum de nós dois, desta maneira duas horas e meia depois que havíamos chegado, saímos da dita festa voltando para o nosso hotel.

Assim que saímos do táxi, Edward disse para que eu subisse, pois ele iria dar um tempo no bar do hotel, e como estava extremamente cansada concordei com ele e voltei para o quarto, onde depois de tirar a roupa já estava colocando um pijama de inverno extremamente quente e confortável, fui retirar a maquiagem do meu rosto e fazer minha higiene pessoal noturna, cai sobre a cama aconchegante e convidativa em um sono profundo e sem sonhos.

XxXxXxXxXxX

Acordei com um estalo na manhã seguinte, sentindo uma sensação estranha. Mesmo com a minha falta de coordenação motora me sentei com agilidade sobre a cama, observando todo o quarto.

Ele parecia exatamente da mesma maneira que havia deixado na noite anterior, salvo pelas roupas de Edward colocadas cuidadosamente sobre uma cadeira e com ele dormindo profundamente ao meu lado.

Entrei em choque.

Mais rápido do que meu cérebro comandou, meus olhos foram para mim, notando que ainda estava completamente vestida com o pijama que havia colocado na noite anterior. Suspirei aliviada, pelo menos por um segundo, antes de olhar para Edward.

Ele estava dormindo de barriga para baixo, seus braços estavam por baixo do travesseiro, como se o tivesse abraçando. Sua boca estava ligeiramente aberta e ele roncava baixinho. Apesar de o cobertor estar próximo a sua nuca, percebi que ele vestia uma camiseta azul e sabendo que seria muita preocupação minha olhei por debaixo da coberta para verificar se ele estava de calças. Por uma sorte quase que milagrosa, felizmente ele estava vestindo uma calça de moletom.

Soltei um suspiro sonoro de alívio.

Pelo menos por essa noite Edward não estava sendo tão impertinente. O mais cuidadosamente e silenciosamente que podia, sai da cama indo até a minha mala buscando uma roupa confortável e quente, entrei no banheiro para tomar um banho que me despertaria.

Depois de estar extremamente aquecida e vestida, sai o mais silenciosamente possível do banheiro para guardar minhas coisas em minha mala, e felizmente, Edward continuava profundamente e belamente adormecido.

Parei por alguns segundos observando sua beleza paralisante. Seus braços relaxados por debaixo do travesseiro mostravam seus músculos definidos. Suas bochechas estavam rosadas, e contra o algodão branco dos lençóis parecia um querubim, contrastando com sua pele clara e macia. Seus cabelos bronzes estavam todos bagunçados deixando alguns fios sobre sua testa. Seus cílios longos e negros estavam encostados de maneira tão delicada contra suas bochechas escondendo seus incríveis e belos olhos verdes, como esmeralda.

Um suspiro de contentamento escapou por meus lábios sem a minha autorização, imediatamente me censurei por estar admirando Edward. Com uma raiva sobrenatural de mim mesma, peguei o casaco que vim de Washington, um cachecol e minha bolsa, saindo o mais rápido possível daquele quarto.

Ficar ali não estava fazendo bem a minha sanidade.

Voltar a esta cidade com Edward e reviver praticamente tudo o que aconteceu durante quase cinco anos não era o melhor para o meu emocional.

Optei por não tomar café da manhã no hotel e enfrentar as ruas abarrotas de Boston e ir a algum lugar onde eu pudesse ficar sozinha por mais tempo possível. Depois de parar em uma cafeteria na Harvard Square, enfrentando o vento gelado, segui andando pelas ruas longas e com inúmeras curvas até o Boston Common Park, um dos mais antigos e belos parques da cidade que é principalmente conhecido pelo cemitério que ele agrega onde estão enterrados o artista Gilbert Stuart; um dos primeiros poetas da América Charles Sprague; entre outros.

Aproveitei que apesar do frio incessante o vento havia parado e um tímido sol invernal saia por detrás das nuvens da cidade para sentar próximo ao lago observando inúmeras pessoas fazendo suas caminhadas matinais, ou pais brincando com seus filhos, ou ainda jovens casais de namorados.

Deixei a minha mente vagar por lembranças de uma época passada, aonde muitas e muitas vezes durante os sábados ou domingos Edward e eu vínhamos para este parque passar um tempo sozinhos, longe de toda a loucura que nos cercava no campus, onde não demonstrávamos que tínhamos alguma coisa.

Sem nenhuma autorização minha mente voltou para aquele fim de semana que marcou o fim do nosso relacionamento. Como me senti a pior pessoa do mundo. Traída. Sem amor. Sem expectativa. Sem nenhuma lembrança ou companhia comigo, somente as minhas lágrimas que manchavam meu rosto relembrando tudo o que tinha visto e o que tinha acontecido.

Novas lágrimas por conta da lembrança começaram a tomar meus olhos. Flashes daquela noite e de todo aquele trauma começaram a me tomar. Eu me sentia doente. Minha cabeça doía, me deixando fraca, quase desmaiando de tão terrível era tudo aquilo. Eu queria gritar, mas um nó de desespero acumulou-se em minha garganta. Eu tremia, mas não era de frio ou medo, mas sim de tristeza.

Eu não conseguia me controlar, era como se tivesse me afundando no mesmo limbo que estive durante meu último ano nesta cidade, onde não tinha forças para lutar contra, somente lamentando o que tinha acontecido.

Foi com um imenso susto que despertei do meu transe. Era uma mensagem de texto de Edward, perguntando onde eu estava, pois já era tarde e logo começaria o baile que deveríamos ir. Olhei a hora e notei que passei praticamente o dia todo ali, sentada e admirando a merda completa que era a minha vida e principalmente o que ela havia se tornado na última década.

Cansada e com fome, mas sem um pingo de vontade de comer algo, decidi pegar um táxi na volta para o hotel. Dentro do carro notei o crepúsculo avançando por meio aos prédios da cidade, um suspiro cansado saiu por meus lábios, no exato momento em que o taxista parava em frente ao hotel, joguei algumas notas para o motorista saindo o mais rápido possível do carro, caminhando pelo longo saguão que estava repleto de pessoas, todas em roupas de gala. Definitivamente eu estava extremamente atrasada.

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Após um longo banho e depois de comer algumas frutas, que Edward gentilmente pediu para que entregassem no quarto, comecei a me arrumar. Sequei meus cabelos, tentando fazer uma escova, que acabou deixando os fios não tão ondulados, mas mesmo assim ligeiramente desta maneira, maquiei-me o mais natural possível – não estava nem um pouco feliz em ir a este baile, saindo do banheiro de volta para o quarto para vestir o vestido que havia comprado.

Edward para não me constranger, havia fechado a porta do quarto enquanto ele estava na pequena saleta lendo algo. Retirei o roupão branco e felpudo do hotel que usava, revelando uma lingerie clara. Olhei-me no espelho a minha frente, era um belo conjunto. Uma calcinha de renda com as laterais médias e um sutiã tomara de caia do mesmo tom que contra o vestido não apareceria.

Peguei o longo vestido de chiffon de seda de um tom nude e o vesti. Era um vestido simples, de um ombro só franzido somente no busto sendo delimitada com uma faixa torcida do mesmo tecido que vinha logo abaixo, deixando que o tecido caísse solto até meus pés. Subi o zíper lateral e me olhei no espelho.

O tom claro, quase como creme, era praticamente o mesmo de minha pele pálida, mas que com meus cabelos castanhos escuros ondulados e uma maquiagem leve – que marcava bem meus olhos castanhos, o deixava mais sofisticado. Calcei meus sapatos estilo pumps nude, um pouco mais claro que o do vestido e sai do quarto para encontrar Edward em seu smoking preto sentado na sala.

Seu olhar sobre mim deixou-me repentinamente constrangida, pude sentir minhas bochechas sendo tingidas de vermelho. Me senti quente. Tentando disfarçar peguei uma capa de lã marrom que havia comprado para usar sobre o vestido e a minha bolsa, mas mesmo assim ainda continuava a sentir seus olhos me analisando.

- Vamos? – pedi, finalmente falando e olhando para o seu rosto.

- Vamos. – respondeu um Edward meio atônico. – Você está linda, Bella. – elogiou.

- Obrigada. Você também não está nada mal. – brinquei com um sorriso. Edward somente sorriu torto me ajudando a sair do quarto.

Felizmente o frio não estava tão intenso como na noite anterior, mas mesmo assim o tecido fino do vestido não foi o suficiente para me aquecer, e desta vez não pude recusar o abraço de Edward para abrandar o frio, pelo menos até a entrada do local do baile.

Era como se tivesse voltado ao meu baile de formatura, acompanhada mais uma vez por Edward. Assim que deixamos nossos casacos com uma das recepcionistas inúmeras máquinas fotográficas começaram a tirar fotos nossas, eu me sentia cega com tantos flashes. Com um pouco de dificuldade conseguimos nos livrar dos fotógrafos e seguir para a mesa em que haviam nos colocado, junto com outras pessoas que se formaram conosco. Para a minha infelicidade.

Lado a lado Edward e eu começamos a seguir pelos corredores cumprimentando algumas autoridades e ex-professores nossos, e em alguns casos respondendo a mesma maldita pergunta: vocês estão juntos?

Aí está um dos grandes motivos para que eu não viesse.

Mas o principal motivo para que eu não viesse estava sentada na mesa em que deveríamos sentar, usando um longo e vulgar vestido cor de rosa.

Renesmee Moore, a mulher que havia conseguido acabar com a minha vida. Que havia feito do meu último ano nesta instituição um pesadelo que me aterroriza até hoje, estava presente. Assim que viu Edward e eu caminhando lado a lado a infeliz fez uma cara de surpresa que durou apenas alguns segundos antes de se levantar e vir ao nosso encontro.

Seus cabelos longos e castanhos de um tom muito parecido com os meus estavam presos em um rabo de cavalo baixo na lateral, com sua franja também de lado. Sua maquiagem era forte em tons de rosa e prata, chamando a atenção para seus olhos verdes, em seus lábios um batom cor de rosa os iluminava.

Apesar de sua simplicidade no rosto e cabelo, por assim dizer, seu vestido passava longe disto. O rosa do tecido conforme andava parecia brilhar e chamar mais a atenção se possível, ainda mais tendo um decote extremamente exagerado e vulgar exibindo seus imensos seios siliconados. O vestido que parecia um daqueles usados por misses em cerimônias do tipo 'Miss Universo' descia colado por seu corpo, mas o que não a impedia de andar com a sensualidade vulgar comum dessa maldita vagabunda, era uma enorme fenda frontal que vinha até o topo de suas coxas, em seus pés sapatos estilo peep toe prata.

Conforme caminhava em minha direção ela rebola provocativa e lançava olhares repletos de desejo a Edward. Senti o gosto de bile subindo, ela era a personificação de tudo o que eu mais odiava em uma mulher. E ainda mais vestida de rosa.

Se naquele filme com a Meryl Streep e a Anne Hathaway o Diabo vestia Prada no pesadelo da minha vida ele vestia cor de rosa e se achava a personificação de uma boneca Barbie.

Depois ainda me perguntavam por que não suportava esta maldita cor.

Tentei manter minha calma, apesar de minha respiração estar ruidosa, Edward rapidamente olhou para mim em uma pergunta silenciosa do que estava acontecendo, somente balancei a cabeça, como se tivesse afirmando que não era absolutamente nada, no mesmo segundo em que ela parava perto de nós. Frente a frente.

- Edward Cullen e Isabella Swan – começou com sua voz anasalada e infantil. -, quem diria que um dia os veria juntos. – provocou.

- Renesmee Moore! – exclamou Edward, indo abraçá-la. – Quanto tempo! Como você está? – questionou afastando-se e a observando de cima a baixo. Tive que lutar para não rolar meus olhos.

- Estou bem. – disse com um sorriso cínico, voltando seu olhar para mim. – Você está linda Isabella, não sabia que estavam juntos. – falou, me analisando clinicamente.

- Obrigada. – dei sorriso falso. – E não, não estamos juntos, infelizmente trabalhamos juntos e nosso chefe, o secretário de defesa, pediu para que viéssemos em seu lugar. – respondi com descaso.

- Uau! – exclamou espantada. – Vocês trabalham para Eleazar Campbell? – questionou.

- Sim, somos do FBI. – respondi com rudeza. – Agora se me dão licença vou cumprimentar o Senhor Carter. – expus com mau humor, me afastando dos dois.

Eu não conseguia acreditar como essa vagabunda ainda podia dirigir a palavra para mim, ainda mais com o que ela me fez, e ela sabia muito bem disso.

Maldita. Maldita. Maldita Renesmee Moore.

A noite não poderia passar o mais lentamente do que estava e mais irritante também. Não que eu tivesse algo com Edward, mas a biscate se insinuou para ele a noite toda, praticamente esfregando aqueles seios falsos na cara dele, sem contar, é claro, a sua mão que pousava indiscretamente em sua coxa, próxima a sua virilha.

Conversinhas ao pé do ouvido, risinhos compartilhados. Pareciam que havia esquecido que tinha outras pessoas na mesa que não estavam nem um pouco a vontade de presenciar um filme pornô.

Não tinha como uma criatura ser mais vulgar e baixa do que ela, Renesmee Moore, a vagabundinha de Harvard.

Obviamente que alguns ex-colegas de sala e professores, inquiriram sobre o anel de noivado que carregava felizmente no meu dedo anelar esquerdo, se não era de Edward de quem poderia ser, e foi com imenso orgulho e prazer que disse sobre o meu noivo, James, me gabando como ele era um homem perfeito, para o desespero de Edward que parecia querer arrancar o anel de meu dedo e me calar imediatamente.

Idiota! Fique com sua "amiguinha" que é o melhor para você.

Durante o jantar o foco da conversa mudou um pouco, pelo menos para os outros seis membros da mesa – já que a vagabunda e o otário continuavam em sua bolha de vulgaridade. O assunto fora sobre nossa carreira profissional; impressionei-me quando Robert Smith, um cara que quando estudávamos não estava nem aí para o curso, disse que havia se tornado um dos membros mais novos da Suprema Corte, como juiz.

Me surpreendi também com Julia Suzuki, que veio do Japão estudar Direito em Harvard se manteve no país, após se casar com Nicholas Jones, que também havia se formado conosco, e juntos havia se tornado sócios de um dos maiores e mais conceituados escritórios de advocacia de Manhattan.

Diane Harrison, uma das poucas mulheres da minha sala que eu conversava quando estudávamos, mas sempre nos limitando a assuntos da faculdade, havia se tornado especialista em Direito Eleitoral, sendo convidada por inúmeros políticos para trabalhar com eles, mas sempre recusando com a afirmativa, como ela disse, que não gostaria de se corromper.

A vagabunda Renesmee, que por incrível que pareça deu um tempo de dois minutos em acariciar Edward, para dizer que agora ela havia se tornado professora de Direito Ambiental em Yale e que às vezes fazia alguns bicos de advogada. Imagino a aula que essa infeliz devia dar e que conselhos jurídicos deve prestar a seus clientes.

O último membro da mesa, Nahuel Anderson, um latino-americano que sofrera muitos preconceitos para ser aceito em Harvard principalmente porque fora criado na fronteira com o México e por conta da naturalidade de sua mãe, havia se tornado um exemplo de Promotor Público na Carolina do Norte. Mas uma coisa eu podia ainda afirmar sobre Nahuel, ele ainda não havia superado sua 'namorada' da época de faculdade. Quem era ela? A criatura que havia acabado com a minha vida. A infeliz que agora dava em cima, descaradamente, do meu marido.

"Mas que porra é essa?" me censurei mentalmente. Edward de fato era meu marido, mas somente no papel, não tínhamos qualquer vínculo matrimonial e íntimo mais. Isso fazia parte do passado.

Nahuel fora quem me ajudou naqueles tempos sombrios, onde achei que a minha vida tinha acabado, pois da mesma maneira que eu fui traída, enganada por Edward, ele foi por Renesmee.

Tentei não pensar nestas lembranças. Eu me recusava a chorar na frente de Edward e principalmente na frente desta vagabunda. Deixei que os outros cinco conduzissem a conversa durante o jantar que antecipava as homenagens, que era a principal razão para virmos.

Finalmente as homenagens começaram, entregando placas de honra e respeito para pessoas que ajudavam a colaborar com a justiça no país e mais algumas outras homenagens sem sentido. Edward e eu subimos duas vezes no palco, uma para receber uma medalha de honra por sermos os melhores alunos dos últimos cinqüenta anos e a outra, a última homenagem, a de Eleazar, onde fizemos o pequeno mais extremamente profundo discurso que ele havia preparado.

Depois disto ouvimos vários parabéns, para que iniciasse o baile. Edward educadamente me convidou para a primeira dança, e com uma platéia significativa não pude recusar. Era fácil, simples e principalmente normal dançar com Edward. Seu perfume me inebriava conforme ele me guiava, enquanto uma de suas mãos deslizava por minhas costas, indo da base da minha coluna até meus cabelos, enquanto a outra segurava com firmeza uma de minhas mãos.

Edward mantinha de forma quase que proibida seus olhos grudados nos meus, transparecendo coisas que eu não conseguia e não queria decifrar. Por vezes seus lábios se aproximavam de meu ouvido, mas ele nada dizia.

Obviamente Renesmee veio pedir para dançar com Edward, praticamente colando seu corpo com o dele. Tive que lutar com meus instintos assassinos que pediam para avançar naquela maldita e lhe arrancar os cabelos, porém os controlei indo até o bar buscar algo para beber.

Nunca virei uma taça de champanhe com tanta vontade como virei exatamente cinco. Fora quando ia começar a sexta dança que Nahuel aproximou-se de mim.

- Parece que você não o superou. – disse olhando para onde nossos ex dançavam.

- Nem você parece tê-la superado. – devolvi com um sorriso.

- É difícil superar nosso primeiro amor, Isabella. – falou pesaroso.

- Eu sei, agora imagine quando você divide um passado que pode arruinar sua vida, trabalhando lado a lado com essa pessoa. – expliquei virando mais uma taça.

- Edward ainda não sabe o que aconteceu naquele dia? – perguntou sem rodeios. Soltei um suspiro cansado.

- Não falamos do passado. Mas tenho certeza que ele sabe o que aconteceu naquele maldito dia, somente se faz de idiota fingindo que não teve culpa de nada. – explanei, pegando mais uma taça de champanhe.

- Renesmee foi mais objetiva. – disse tomando um longo gole de seu uísque.

- Imagino que sim. – repliquei indicando como ela estava se insinuando para Edward no meio do salão.

- Vamos dançar? – perguntou mudando de assunto. O olhei espantada, mas após receber um sorriso convincente dele, viramos nossas bebidas e fomos para o meio do salão dançar.

Foi inevitável não sentir os olhares tanto de Edward, quanto de Renesmee, mas ao contrário dos dois, Nahuel e eu agíamos como pessoas normais e decentes, não que queriam cometer um ato libidinoso na frente de todos.

Conforme a música tocava e bailávamos, mantivemos uma conversa amigável sobre nossos trabalhos e sobre James no meu caso e sobre sua namorada, uma biomédica chamada Rachel. Rimos juntos, sobre algumas coisas, até que meus pés não agüentavam mais me manter em pé.

Voltamos juntos para a mesa, onde tomei com uma sede surpreendente uma taça de água. Continuamos a conversar agora com a companhia de Julia Suzuki, Nicholas Jones e Diane Harrison. Pensando bem não fora uma noite tão terrível, ou pelo menos até o momento.

Sentindo o efeito dos líquidos que havia ingerido, pedi licença para todos e comecei a caminhar dolorosamente ao banheiro, mas quando estava próxima a entrada vi uma cena que fez com que meu corpo paralisasse e imagens piores do que as que via agora viesse em minha mente.

Edward encostado na parede com uma Renesmee entre suas pernas beijando seu pescoço enquanto suas mãos com unhas que mais pareciam garras massageavam sobre a sua calça seu membro. Senti o gosto de bile subindo por minha garganta, ao mesmo tempo em que um nó, uma vontade de gritar, crescia em meu peito, assim como lágrimas inesperadas e cheias de lembranças terríveis tomavam meus olhos.

Parecia que iria desabar, minhas pernas não tinham mais força alguma. Cenas de um passado que me assombra até hoje cruzaram a minha mente, no mesmo instante que estas novas imagens eram capturadas por meus olhos. E da mesma maneira que ocorrera naquela época, naquela noite, meus olhos castanhos encontram os verdes de Edward eclipsados por luxúria, enquanto aquele seu maldito sorriso torto nascia em seus lábios.

Não sei de que maneira, ou de que forma consegui me virar e sair o mais rápido possível daquele salão, ignorando até mesmo a capa que havia vindo quando sai dali.

Nem mesmo o vento gelado de uma madrugada invernal de Boston parecia congelar minhas lágrimas, pois o meu corpo já estava congelado, sem vida, morto. Mais uma vez eu me sentia morta. Morta pelas mesmas pessoas que me mataram de forma tão terrível no passado que até hoje guardava essas marcas.

De alguma maneira desconhecida por mim consegui pegar um táxi e indicar o endereço de nosso hotel. Fora desta mesma maneira que aconteceu há quatro anos e meio, a única diferença que naquela época, não existia a barreira de roupas entre eles e naquela situação tinha um belo lance de escadas que colaborou para a desgraça completa.

Fora somente quando entrei pela porta do quarto que desabei.

Me sentia fraca. Sem forças. Sem vontade. Triste. Com uma vontade assustadora de gritar, mas não conseguia. A única coisa que ainda conseguia era derramar lágrimas enquanto soluçava.

O buraco negro que estive durante aqueles dias, semanas, meses, anos, que somente no último ano comecei a enxergar alguma luz, me consumia mais uma vez me arrastando para aquele limbo de desespero, desilusão, terror que comumente me segue, que carrego dentro de mim.

Tentei, em vão, me arrastar até minha mala para buscar meus comprimidos para que sei lá, pudesse me acalmar, mas falhando miseravelmente. Somente encostei meu rosto contra o piso acarpetado do quarto e deixei-me mergulhar em minhas lágrimas, em minha tristeza.

Inesperadamente a porta do quarto se abriu em um rompante. Assustada, ergui minha cabeça para observar quem estava invadindo o meu espaço, sendo surpreendida por Edward que estava ofegante e... preocupado?

Mesmo estando um lixo, tentei me recompor sentando no chão e encarando Edward, que estava com a minha capa e seu casaco em suas mãos, fechando a porta e jogando nossas proteções contra o frio e o casaco de seu smoking sobre o sofá, ele se ajoelhou, alguns centímetros longe de mim, mas olhando com determinação em meus olhos.

O silêncio que pairava sobre nós era sufocante.

- O que aconteceu, Bella? – perguntou lentamente, quebrando o silêncio. Uma risada de escárnio saiu sem comando por meus lábios.

- O que aconteceu? O que aconteceu Edward? – repeti elevando a voz na segunda pergunta.

- Sim. O que aconteceu para que você saísse tão depressa do baile e... para estar neste estado? – questionou visivelmente preocupado.

- Quem é você? – devolvi. – Tem alguma síndrome de dupla personalidade? – perguntei cética.

- Como? – questionou confuso. Ri sem humor.

- Sua "amiguinha" não está te esperando no hotel dela? – provoquei.

- Quem? Renesmee? – disse confuso.

- Que outra amiguinha com benefícios que você tem? Que até alguns minutos atrás buscava algo entre suas pernas! – exclamei irritada.

- Você viu. – afirmou envergonhado.

- Claro que eu vi! – praticamente cuspi.

- Bella, me desculpa por isso, eu e Nessie estávamos conversando quando ela disse que estava passando mal e pediu para que eu a acompanhasse no banheiro, então ela me agarrou. – explicou.

- Mentira. – berrei.

- Bella, meu amor...

- Não me chame de meu amor. – o cortei.

- Ok. – disse respirando fundo. – Bella, porque eu faria qualquer coisa com ela, se só vim a esta viagem com sei lá, o intuito de que nosso passado fosse superado e voltássemos ser como era antes. – falou lentamente.

- Mentira. – repeti. – Você nunca se preocupou com o que a gente tinha. Você nunca me amou ou cumpriu todas as promessas que dizia, você sempre foi um falso, um cínico, um traidor Edward. – explodi.

- Muito pelo contrário Bella, sempre te amei mais que tudo, sempre preservei você, por mais que quisesse dizer, gritar aos quatro ventos que estávamos juntos, que nos amávamos. – ponderou, aproximando-se minimamente de mim.

- Mentira. – berrei outra vez.

- Por que seria uma mentira Bella? – perguntou confuso.

- Porque você é um grande mentiroso, manipulador. – explanei com a voz tremida. – Responda Edward quantas vezes você dormiu com outras quando estávamos juntos, ou quantas vezes depois de nossas brigas, procurou alguma vagabunda? Quantas vezes depois que nos casamos quando você não tinha sexo comigo procurava com as vagabundas de suas amiguinhas? – questionei, sentindo a raiva borbulhando dentro de mim.

- O que você está falando Bella? Eu nunca te traí. – ponderou confuso.

- Mentira. Mentira. Mentira. – gritei seguidas vezes, balançando minha cabeça em negação. – Para de mentir para mim, Edward – disse entre os dentes. -, seja honesto pelo menos uma vez em sua vida, é tudo o que eu quero de você. – pedi, sentindo uma nova onda de lágrimas escorrendo por meu rosto.

- Bella, eu nunca te trai. Sempre soube que nosso temperamento era difícil e complicava a nossa relação, mas eu sabia que acabaríamos nos entendendo, então porque eu arrumaria outra mulher, procuraria sexo com outra pessoa se eu estava mais do que feliz com você. – afirmou com seus olhos brilhando.

- Pára com isso Edward, pelo bem da minha sanidade. Assuma o que você fez. Se não quer assumir tudo, diga o que você fez no último fim de semana, em que estávamos "juntos". – pedi, fazendo aspas quando disse a última palavra.

- Eu não estou te entendendo Bella. – disse confuso. – O que você quer dizer com assumir o que eu fiz no nosso último fim de semana juntos? Eu não sei do que você está falando, a única coisa que me lembro daquele final de semana foi que você não me atendia e te procurei por toda a cidade, e quando te vi, você já veio com a história do divórcio. – explicou confusamente.

- Mentira! – berrei mais uma vez, tremendo de raiva. – Eu vi Edward. Vi perfeitamente você e aquela vagabunda da Renesmee juntos! – exclamei.

- Ela era a minha amiga. – protestou. Gargalhei em escárnio.

- Amiga muito íntima por sinal. – contrapus com descaso.

- Como assim íntima Bella? – perguntou confuso.

- Não se faça de idiota Edward – protestei. -, eu vi claramente e por muito tempo por sinal, porque eu devo ser algum tipo de masoquista ou sei lá o que, você comendo aquela vagabunda, chamando-a de amor, gemendo o seu nome, e... – suspirei profundamente. - Quando me viu observando vocês dois, seus olhos estavam cobertos de luxúria, me dando aquele seu sorriso torto idiota, de quem diz: "viu sua imbecil, eu faço o mesmo que faço com você com qualquer uma. Chamo de amor como faço com você! Você é um nada." – disse cheia de ódio. Os olhos de Edward se arregalaram.

- O que você está dizendo? – perguntou bobamente.

- Pelo amor de Deus, Edward! Pára de se fazer de idiota! – repeti. – Eu não sou a imbecil que você pensa que eu sou! – exclamei irritada. – Eu vi muitíssimo bem, na verdade eu e Nahuel vimos, vocês dois fazendo sexo como dois animais, sem nenhum escrúpulo, sem nenhuma vergonha na cara. – disse com rancor. – Como você teve a capacidade de me pedir para casar com você, se na verdade queria era continuar solteiro, metendo em quantas vagabundas fosse possível? Por que Edward? Para me ver sofrer? – perguntei retoricamente. Edward ainda olhava incrédulo para mim.

- Bella, eu nunca fiz isto. – falou desesperadamente.

- Você fez mais do que isso Edward. Você acabou com a minha vida! – exclamei.

- O quê? – inquiriu confuso.

- Você me matou Edward. Você é um assassino! – disse com os dentes travados.

- Bella eu não estou te entendo. O que você está dizendo? Por que está me chamando de assassino? – perguntou ainda mais confuso.

Naquele momento eu vi vermelho. Como ele podia ser tão cego, tão idiota, não ver o que estava na sua frente, que durante semanas eu estava ensaiando para contar para ele? Foi como se eu não conseguisse controlar as palavras que saiam da minha boca naquele segundo, todo o ódio, toda a tristeza, toda a raiva e desgosto que carregava comigo durante anos, simplesmente explodiram dentro de mim como se finalmente implorassem, exigissem que saísse. Estourei aos gritos, quase sem reconhecer o que dizia:

- Você me matou por dentro. Você matou o nosso filho. Meu filho, Edward!

.

N/A: POR FAVOR, NÃO ME MATEM! IMPLORO POR PIEDADE!

Hey meus amores, eu sei, eu sei que neste segundo eu devo estar sendo xingada, amaldiçoada, recebendo inúmeras ameaças, mas este era exatamente o ponto que eu queria parar neste capítulo, para que no próximo com a narração do Edward algumas coisas ficassem mais claras. Então, por favor, não desejem a minha morte porque senão ninguém vai saber o que aconteceu, quem é o infiltrado ou como vai terminar tudo isto, ok?

Bom... vocês perceberam que o motivo da Bella odiar o Edward era muito maior e mais grave do que uma simples traição. Alguns chutaram muito corretamente que a Bella estava grávida na época e que acabou abortando, mas é mais que isso, e prometo esclarecer no próximo capítulo.

Como todo mundo sabe muito bem, eu não suporto a monstrinha, então vi a oportunidade perfeita de todo mundo odiá-la pelo menos um pouquinho aqui, sim, porque ela é uma vagabunda, biscate que armou para cima dos dois. Sim, sim, sim ela armou tudo isso, e ela vai se explicar, afinal tem algumas lacunas que somente ela pode preencher, então se preparem para o cinismo e a filha da putisse da vagabunda, e com uma Bella quase arrancando os cabelos da desgraçada. *muito ódio por essa coisa no momento*

Alguns vão dizer que enrolei muito no capítulo, mas a intenção era essa mesma, mostrar como a Bella briga consigo mesma por causa deste segredo, que finalmente foi revelado. E vamos falar: quer melhor cenário para isto ter acontecido do que Boston, onde aconteceu tudo? Óbvio que não! E eu sempre tinha considerado acontecer isso ai mesmo e desta maneira. Sim, coisas da minha mente maligna.

Outra coisa que alguns devem ter reparado a Bella ODEIA cor de rosa, assim como a pessoa que vos fala. É... somos meio parecidas, só não tenho um Edward a tira colo. *KKKKKKKKKKKK*

Uma dica para aqueles que ainda estão confusos, eu já tinha cantado a bola da traição e da monstrinha no capítulo nove – Contratos, durante o flashback, assim como no capítulo seguinte – Veneza, narrado pela Bella onde ela cita: "(...) mas quando o fiz uma das fotografias caiu, e uma foto preta e branca, meio embaçada, foi vista por meus olhos. Lágrimas desesperadas corriam pelo meu rosto, um novo nó se formou na minha garganta, me impedindo de gritar, eu não suportava ver, pensar no que aquela foto representava.", essa foi uma das maiores dicas que dei sobre a gravidez dela, afinal quem já viu foto de alguma ultrassom sabe que é preta e branca e meio embaçada.

Todo mundo deve estar agora: "Porra, como não pensei nisto?", assumo que também fiquei surpresa que ninguém deu muita bola para esse detalhe, porque ali matava muita coisa. E, é da mesma maneira com quem é o infiltrado, quem lê atentamente nota o tanto de dica meio escondida que já dei no decorrer da fic. *HUAHUAHUAHUA* Vejo todo mundo indo reler a fic! *KKKKKKKKKKKKK*

Quem ainda não faz idéia, aguardem logo esse assunto do infiltrado entra em pauta por aqui! ;D

Já falei demais aqui hoje. Obrigada a todos que leram, comentaram, favoritaram e/ou recomendaram, são vocês com estes pequenos gestos que me animam a cada dia escrever mais e mais, e JUST JUSTICE é uma história que vem até mesmo me surpreendendo pela maneira como estou conseguindo guiá-la, nunca me imaginei escrevendo algo deste gênero. Eu sei que ela é confusa, deixa todo mundo ansioso e especulando mil e uma coisas, mas é isso que faz disto tudo algo extremamente apaixonante.

Obrigada mesmo por todos que lêem e comentam, e aqueles que não comentam, façam: qualquer palavrinha de incentivo, de apoio, qualquer mínima coisinha é algo imenso para quem escreve, e não falo só de mim, mas de todas as outras autoras de fics que temos aqui no Brasil.

Antes que eu me esqueça, e já estava me esquecendo, todos me pedem para ler suas fanfics, comentar e afins, gente eu realmente gostaria muito de ler, mas ou eu leio ou escrevo, e acredito que a maioria prefere que eu escreva, assim que eu conseguir me desafogar dos meus problemas familiares e pessoais prometo arrumar um tempo para ler, ok? Obrigada por quem entende como é complicado acompanhar, e quem estiver duvidando eu mando um print do meu email para ver quantas fanfics tenho para ler. Me perdoem por explanar isto aqui. ;D

Bem... obrigada mais uma vez pelo carinho e atenção de vocês, eu realmente AMO muito cada um de vocês, que me ajudam de maneira desconhecida a superar muitos problemas. Obrigada mesmo!

Chega de falar Ana Carolina, nos vemos no próximo capítulo! ;D

Beijos,

Carol.

.

N/B: OMG! OMG! OMG! OHHHHHHHH MY GOOOOD! Finalmente aconteceu! Ai, Jesus!

Tá, menos, menos… RESPIRA, GENTE! Que eu tô tentando! HAUAHAHUHA.

É que vocês não fazem a mínima ideia de como esse capítulo era esperado por mim! Mesmo depois da Carol me falar, na semana passada, que o Edward teria sua parcela de culpa (porque até uns dias atrás, e isso por meeeeses, eu BOTAVA FÉ QUE A CULPA ERA SÓ DA BISCATE DA NESSIE XD) ainda sim eu tava eufórica demais pra ver as reações da Bella e do Edward. Daí entrou o Nahuel na história e o Baile em Harvard e tudo o mais que só encheu meu coração de beta e de fã com muito orgulho!

Agradeço as leitoras que me adicionaram no twitter e que me animaram nessa betagem de "menos de 24 horas"... não é pressão correr pro capítulo ficar pronto pra postar, galera! SOU BETA COM IMENSO PRAZER, dona Carol sabe que só não Beto antes por força maior mesmo, mas quando dá, eu deliro de alegria e faço rapidão!

Deu pra ver que a partir de agora, Il Dio, Camorra, até mesmo a relação com James e as investigações sobre a morte do Sam e da Emily vão dividir espaço com esse drama particular que é a vida amorosa e desgraça amorosa entre nossos dois lindinhos, né?

AINDA VAMOS TER MUITO DESESPERO E CRISES EMOCIONAIS, GENTE! Eu mesma quase chorei com a Bella. Meus olhos marejaram com o sofrimento dela... e nega mesmo, Bells... MAS VOCÊ AMA DE PAIXAO ESSE CULLEN, VAI! Nós amamos...rs!

Obrigada a todos que estão acompanhando essa fic ADORÁVEL! Pra mim é de longe, a sucessora de INEXPLICAVELMENTE AMOR. Num contexto policial e dramático como só a Diva consegue escrever! Agora deixem suas reviews! E não se esqueçam de prestigiar essa história em todos os sites que ela está sendo publicada, inclusive no www(ponto)twizonebr(ponto)com, que é o site de Twilight onde essa humilde beta trabalha como staff!

Bjos e nos vemos no cap. 18, que vai tá PODEROSÍSSIMO! Uhu!

Tod.

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Quer fazer uma pobre autora feliz? oO

Deixa uma review para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*

Ficarei encantada em ler!

É isso meus amores, obrigada novamente pelo carinho por essa minha fic.

Amo vocês!
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ps.: o próximo vem com a continuação desse drama, um flashback e uma vagabunda sendo cínica ao extremo alimentando pensamentos assassinos nos personagens! ;D


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