Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 19
Dolorosas Lembranças Esquecidas


Notas iniciais do capítulo

DISCLAIMER: Eu não sou proprietária ou dona da saga TWILIGHT, todos os personagens e algumas características são de autoria e obra de Stephenie Meyer. Mas a temática, o enredo, e tudo mais que contém na fanfiction JUST JUSTICE, é de minha autoria. Dessa maneira ela é propriedade minha, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.



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N/A: Olá meus amores!

Como estão? Espero que todos estejam bem, apesar do SURTO geral que aconteceu em nosso país nos últimos dias. Tudo culpa de quem? ROBSTEN, não me perguntem como em meio a surto, seguido de surto no twitter eu consegui escrever esse capítulo, porque acho que nem eu sei exatamente como consegui essa proeza.

Mas enfim... é um capítulo GIGANTESCO, essa fic nunca viu algo assim (não falo eu Carol, porque em INEXPLICAVELMENTE AMOR, eu conseguia essas coisas fáceis), porém tem 32 páginas e exatamente 14 mil palavras, de tudo o que todo mundo gosta, inclusive essa pessoa que vos fala. E pela primeira vez aqui, estou honrando aquilo que todos sabem que eu sou uma DRAMA QUEEN.

É meus amores, drama, drama poético, suspense, comédia, ódio e luxúria, isso aqui é uma novela mexicana escrita! LOL

Chega de enrolar, porque acho que ninguém deve estar lendo isso aqui.

Obrigada a todos, por tudo o que vocês me proporcionam. Obrigada realmente para quem lê, comenta ou não, favorita, recomenda, é cada gesto minúsculo deste que me deixa mais e mais feliz em escrever isto aqui.

E quem ainda não sabe sempre alguns dias antes de postar o capítulo eu coloco um spoiler, às vezes grande outros não no meu blog, então sempre dão uma olhadinha lá, ok? Aqui o link, é só substituir a palavra ponto pelo símbolo: http:/ima-dramaqueen(ponto)blogspot(ponto)com/

AGRADEÇO MAIS UMA VEZ PELO CARINHO IMENSO DE VOCÊS.
OBRIGADA MESMO POR TUDO, AMO MUITO CADA UM DE VOCÊS
POR FAZER ISSO AQUI ALGO ESPECIAL PARA MIM.

Boa leitura e nos falamos mais adiante. ;D

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JUST JUSTICE

capítulo dezoito
Dolorosas Lembranças Esquecidas

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"A própria consciência é o mais feroz acusador do culpado."
- Provérbio Judaico -

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Edward Cullen

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Torpor.

Foi a única coisa que consegui sentir assim que ouvi as palavras que Bella pronunciou em alto e bom som.

"Você me matou por dentro. Você matou o nosso filho. Meu filho, Edward!"

Cada letra, cada sílaba, cada palavra parecia ecoar em minha cabeça. Parecia ganhar proporções épicas. Era como gritar com um megafone no meio do Grand Canyon onde seus paredões de pedra fizessem que o som se amplificasse e repetisse inúmeras vezes suas frases, em especial: "matou o nosso filho."

Ainda anestesiado por conta de suas palavras, olhei para o seu rosto. Seu incrível rosto branco como a neve, que me impressionou desde a primeira vez que vi, quando suas bochechas se tingiram de vermelho, agora estava pálido, frio, triste, morto. A maquiagem que ela ainda usava fora manchada por suas grossas lágrimas que caiam sem nenhuma vergonha por aquele rosto de anjo. Seus olhos castanhos como chocolate derretido, espelhos de sua alma, como eu me lembrava, estavam vagos e sem nenhum brilho. Estavam opacos como a própria morte. Seus lábios que sempre mantinham uma cor natural, mesmo quando ele usava algo neles estavam brancos, e talvez meio arroxeados, tremiam como se ela estivesse no meio da neve não usando nada, e quando rolei os olhos por todo o corpo constatei que ele tremia compulsivamente.

Eu gostaria de trazê-la aos meus braços, confortá-la, acalmá-la, mas eu não conseguia, porque simplesmente eu estava em um estado catatônico, letárgico, era como se alguém estivesse me desferindo inúmeras facadas contra o meu peito, sentindo cada vez que era perfurada minha pele e assim só me vinha a dor, a ânsia, o desespero de estar morrendo, de sentir o grosso sangue escorrendo pelo meu corpo. Tentei erguer minhas mãos que estavam ao lado do meu corpo, mas elas pareciam chumbo e tremiam de maneira grotesca. Meu corpo todo tremia de maneira grotesca.

Tentei falar, mas algo estava impossibilitando que as minhas cordas vocais emitissem algum som. Meu cérebro estava nublado, era como se tivesse parado de funcionar e não conseguia mandar nenhuma ordem para nenhum sistema do meu corpo, foi com uma imensa surpresa que senti lágrimas gélidas escorrendo por ele, passando por meus lábios para que eu sentisse o gosto salgado delas.

Fechei meus olhos, tentando controlar, sabe-se lá o quê estava sentindo. Era como se meus próprios olhos se achassem indignos de encarar os olhos de Bella.

- Você não se lembra? – a voz rouca, baixa e ainda abarrotada de rancor de Bella inquiriu. Imediatamente abri meus olhos, e vi um misto de repulsa, incredulidade e pesar em seu rosto que ainda estava marcado pela tristeza de outrora.

Tentei dizer alguma coisa, mas era como se de repente eu tivesse ficado mudo, sem voz, sem alma, como se uma mão invisível apertasse minha garganta me sufocando lenta e dolorosamente. Procurei engolir o nó que estava crescendo em proporções alarmantes ali, mas falhando miseravelmente. O mais lentamente, por que era como se estava em total slow motion, neguei sua pergunta com minha cabeça.

Seus olhos castanhos se ampliaram, a raiva, a repulsa, o ódio, a tristeza, pareciam se multiplicar por milhares de vezes através daquele simples olhar. Desta vez a mão invisível não apertava a minha garganta, ela apertava, estrangulava, arrancava do meu peito meu coração, o quebrando, esmigalhando em tantos pedaços que conseguia.

- Você não se lembra de nada? – repetiu uma Bella desolada. Novamente somente consegui lhe negar com a cabeça. – Eu... ah... – ela soltou um suspiro pesado, abaixando sua cabeça tamanha era sua incredulidade. – Eu não acredito que você não se lembra de nada daquela noite, como isso é possível? – perguntou nervosa. – Hein Edward, diz alguma coisa, pelo o amor de Deus! – implorou, enquanto uma nova enxurrada de lágrimas era derramada por seus olhos, da mesma maneira que uma era derramada pelos meus.

Novamente fechei meus olhos, tentando entender o que estava acontecendo ali, naquele momento, enquanto ía sentindo como se a terra tivesse se abrindo sobre meus pés, me arrastando para uma escuridão sem volta. Busquei respirar profundamente, tentando fazer com que o maldito nó em minha garganta se esquivasse, mas falhando quase que miseravelmente. Eu sentia as ondas de desespero que emanavam do corpo de Bella vindo até o meu me arrastando para o mesmíssimo limbo de desespero.

- Não. – murmurei com uma força hercúlea. – Não me lembro de nada. – completei, sentando-me corretamente no chão, uma vez que estava antes de joelhos, enquanto minhas mãos puxavam meus cabelos buscando respostas.

- Por isso... por isso... – Bella repetia bobamente. – Por isso que você nunca entendeu o real motivo da nossa separação? Por isso que você age como se nada tivesse acontecido? – perguntou retoricamente. – Porque para você nada aconteceu! – exclamou surpresa. – Como isso é possível? – questionou inquieta.

- Não sei. – respondi ainda atônico. – Nada está fazendo sentido no momento. – disse frustrado.

- Como nada está fazendo sentido, Edward? – questionou irritada, subindo uma oitava a sua voz.

- Porra! Eu não sei Bella! – explodi ainda tentando unir o quebra cabeça das imagens que as palavras dela me traziam. – Eu não sei, a merda daquela noite é um borrão na minha cabeça, eu não lembro como voltei para o meu dormitório, eu não lembro nem quem eu vi, conversei ou o que bebi. – disse, recuperando de forma surpreendente minha capacidade de falar.

- Isto é impossível Edward! – exclamou. – I-m-p-o-s-s-í-v-e-l. – soletrou.

- Pelo jeito não. – murmurei frustrado, enterrando meus dedos em meus cabelos e os puxando com força.

"Por que você não me disse que estava grávida?" – finalmente perguntei, olhando para Bella. Seus olhos se arregalaram, enquanto suas bochechas eram tingidas timidamente de vermelho.

Ela soltou um suspiro cansado, abaixando sua cabeça.

- Eu ia te contar. Ia te contar aquela noite. – respondeu envergonhada, levantando lentamente sua cabeça, torcendo em nós seus dedos, atraindo minha atenção para seus trejeitos. – Eu estava desconfiada, muito desconfiada, há mais de um mês, quando a minha menstruação não veio, e... porra... tudo indicava isso, parecíamos dois coelhos fazendo sexo – murmurou a última parte. -, mas então veio um borrão só, e achei que era alarme falso. – disse com pesar.

"Mas algo... uma coisa dentro de mim dizia que não era alarme falso que tinha algo acontecendo dentro do meu corpo." – disse girando sua mão em frente sua barriga. – "Eu queria fazer um teste desses de farmácia, mas sei lá, tinha medo de que desse negativo e me frustrasse, você sabe como eu sou quando tenho a expectativa de algo." – explicou, somente confirmei com a cabeça, pedindo para que ela continuasse.

"Então, nós fomos naquele restaurante, próximo ao porto, lembra?" – novamente confirmei com a cabeça. – "E quando veio o salmão que pedimos, comecei a passar mal, mas tanto eu quanto você achávamos que era somente por causa do meu estresse." – tomou uma respiração profunda. – "Viemos para a minha casa depois e fiquei pensando nisso, porque como eu disse, eu sabia que algo estava acontecendo comigo, por isso que eu já não bebia uma gota de álcool ou então não comia aquelas coisas absurdas e estranhas que vira e mexe eu comia." – deu de ombros.

"Foi quase duas semanas até que eu tivesse coragem de fazer algum exame. Eu novamente estava atrasada, mas sei lá, não queria criar falsas esperanças, até que finalmente fiz um exame de sangue para acabar com toda e qualquer dúvida." – ela deu um suspiro cansado, baixando sua cabeça. – "Eu já vivia constantemente irritada e inquieta e quatro dias esperado esses malditos resultados foram piores, e acabou que..." – eu a interrompi.

- Nós brigamos. – completei. Ela somente acenou com a cabeça, mordiscando seu lábio.

- Então eu recebi o teste em casa, e não conseguia acreditar no que meus olhos viam, eu fiquei extasiada, estava de três meses e nem sonhava com isso. – ela sorriu triste, enquanto novas lágrimas dançavam em seus olhos. – Naquele segundo eu só queria uma prova concreta, liguei para o laboratório no mesmo momento perguntando se teria como fazer uma ultrassom, e – ela sorriu quase que animada, enquanto lágrimas rolavam por seu rosto. -, bem... eles disseram que tinha um horário disponível dali a trinta minutos, não sei como consegui ir até o laboratório com tanta rapidez em meio ao trânsito quase que caótico desta cidade na hora do almoço de uma sexta-feira, mas eu consegui. – ela sorriu mais uma vez tristemente.

"Foi tão espetacular ver aquele vulto, por assim dizer, naquela telinha em preto e branco, ouvir seu coraçãozinho bater, um pedacinho de nós, ali vivo, crescendo, ganhando forma, ganhando nossas características..." – Bella engoliu em seco, apertando seus olhos enquanto lágrimas grossas continuavam deslizando por seu rosto. – "E quando o médico me disse que era..." – novamente ela engoliu em seco, fazendo mais lágrimas caírem por sua face perfeita, enquanto todo o seu corpo tremia, me deixando ainda mais angustiado. – "Quando ele disse quer era um menino, a única coisa que eu conseguia pensar era em você. Que ele seria uma miniatura do pai." – suspirou pesadamente, fechando seus olhos mais uma vez, deixando lágrimas caírem contra o tecido de seu vestido.

- Por que você não me ligou? – perguntei inesperadamente.

- Eu liguei, mas seu celular estava dando como desligado. – respondeu com pesar. – O que era de se esperar já que você estava em seu estágio. – deu de ombros. – Bem... com a notícia do sexo do bebê e a primeira fotografia dele eu fui para casa, passei no mercado, comprei tudo o que você gostava para fazer um jantar especial e te contar a notícia, contar que eu estava pronta para assumir para todo mundo nosso relacionamento. – sorriu melancolicamente.

Olhei em seus olhos castanhos tomados por lágrimas e vi a dor ainda presente ali, como tudo o que ela estava narrando parecia machucar mais e mais ela, mas era como se ela não conseguisse mais parar, como se fosse uma obrigação dividir comigo sobre o que aconteceu. E realmente era; eu queria saber o que tinha acontecido. Eu precisava saber. Era como se tudo finalmente viesse a fazer sentido.

- Êxtase. Nunca tinha sentido tanta felicidade como naquele momento, era como se o amor que eu sentia por você tivesse se multiplicado. Como se o meu coração tinha dobrado de tamanho e de repente começou a amar outra pessoinha de maneira tão intensa que me deixava plena. – explicou com um sorriso pesaroso.

"Continuei tentando te ligar, mas sempre dando como desligado a merda do seu celular. Eu queria ligar no escritório e pedir para falar com você, mas me faltava coragem. Passei longos minutos ensaiando o que diria a você, ou como começaria." – ela riu inquieta. – "Idiotice a minha. Quando eu me dei por vencida, vendo que você nunca ia atender o celular, comecei a discar para o escritório, no mesmo instante que bateram na porta do meu apartamento." – o sorriso melancólico que ela estampava, mudou-se para uma feição raivosa, ferina, quase monstruosa. – "Eu tinha certeza que era você, tanto que fui correndo atender a porta, e inocentemente clamando por seu nome" – Bella riu sem humor algum. – ", mas não era você. Eu tinha acabado de contar o meu segredo para a última pessoa que imaginava na face da terra." – disse com rancor.

- Quem era na porta? – inquiri temeroso. Um riso de puro escárnio que fez os pêlos de minha nuca se arrepiar saiu por seus lábios.

- Sua amiguinha. Renesmee. – respondeu com um ódio palpável.

- O quê? O que ela foi fazer na sua casa? – perguntei confuso.

- Eis a pergunta de um milhão de dólares! – exclamou cheia de escárnio.

- Bella... – comecei, mais fui cortado quase que imediatamente por ela.

- Lógico que ela ficou surpresa por me ver gritando o seu nome, então ela perguntou se eu estava esperando alguém, tentei me esquivar da pergunta, perguntando o que ela estava fazendo na minha casa – Bella fez uma pausa, rolando seus olhos. -, então ela começou um longo monólogo, de que teve uma crise existencial e que algum ser celestial disse que ela não deveria guardar mágoa de ninguém e que deveria se aproximar de pessoas com quem ela tinha diferenças e blá blá blá. – disse entediada.

"Óbvio que não acreditei em nenhuma palavra que saiu da boca daquela vagabunda, porque algo me dizia que aquilo era simplesmente fachada dela, então meu telefone tocou..." – Bella suspirou pesadamente. Eu podia sentir sua irritação de onde estava. – "Era uma mensagem de texto, daquelas do tipo: "tal número está disponível para receber chamadas.", era do seu número, eu queria te ligar naquele instante, mas como com aquela coisa no meio da minha sala?" – ela balançou sua cabeça em negação, como se ainda não acreditasse no que havia acontecido.

"Abaixei minha cabeça por segundos, mas foi o suficiente para que ela de repente, do nada, começasse a sorrir radiante, como se tivesse acabado de encontrar a fonte da eterna juventude." – riu mais uma vez sem nenhum humor. – "Então inesperadamente ela disse que tinha um compromisso e saiu sem dizer mais nada pela porta, mal se despedindo de mim. Achei estranho, claro, mas eu tinha outras coisas na minha cabeça, como falar com você. Isso era a única coisa que tinha em mente: falar com você, lhe contar tudo, gritar para o mundo que éramos o casal mais feliz do universo." – ela deu de ombros.

- Mas você não ligou. – afirmei.

- Sim, eu liguei Edward, mas seu telefone continuou dando como desligado. Então liguei em seu dormitório e seu colega, Brian, disse que você passou rápido por lá, só para se trocar e saiu. – explanou.

- Eu não fui para o meu dormitório depois que sai do escritório, sexta-feira era o dia que podíamos ir à vontade e eu sempre ia de roupa comum, então não teria necessidade de me trocar. – expliquei confusamente.

- Na hora eu não pensei nisto Edward, eu só precisava falar com você! – exclamou. – Continuei tentando ligar em seu celular, enquanto começava a preparar nosso jantar.

- Por que você não mandou uma mensagem de texto? – perguntei curioso.

- Porque eu queria ouvir sua voz, porra! Eu queria poder sentir a vibração da nossa reconciliação, nosso filho queria isso. – respondeu irritada, fazendo com que as palavras "nosso filho", ecoassem mais uma vez em minha cabeça.

- Tudo bem, e depois? – perguntei com expectativa e ao mesmo tempo temor.

- Bem... meu telefone tocou, era uma ligação horrível, bem chiada, algo estranho. Era a voz de um homem, parecia com a do Brian, mas também parecia com a sua, mas não posso dizer com certeza, enfim, dizia para que eu fosse ao Black Rose, porque você estava lá, e putz... eu necessitava te ver, te abraçar, contar a boa notícia. – balançou novamente a cabeça em negação. – Então eu fui até o Black Rose, aquele lugar estava abarrotado de gente, lotado como eu nunca tinha visto antes, era a final de algum jogo do Boston Celtics, era impossível encontrar alguém.

"Mas seu colega de quarto me encontrou, e começou a querer me abraçar, me beijar, foi algo nojento, aquele idiota bêbado querendo me tocar. E com isso ele não me deixava entrar na porra do bar e te procurar." – Bella riu em descrença mais uma vez. – "Foram duas horas agüentando o bafo de pinguço daquele filho de uma puta em cima de mim, tentando me beijar. Foi um abençoado Nahuel que conseguiu me tirar de perto daquele... idiota." – disse com nojo.

"Nahuel tentou me acalmar, porque... caralho, aquele babaca do seu amigo havia me estressado ao extremo, e aquele bar lotado estava me dando fobia." – fechou seus olhos como se tentasse apagar algo de sua memória. – "Nahuel, felizmente, conseguiu me tranqüilizar, então começou a me ajudar a procurar você por aquele mar de gente, então novamente encontramos aquele babaca do seu colega de quarto, quase comendo aquela vagabunda da Megan Green, minha ex-colega de quarto" – o nojo em sua voz dessa vez era mais que perceptível, era palpável. – ", mesmo indo contra os meus princípios, perguntei para eles onde você estava, então disseram que você tinha acabado de sair, que foi para uma festa em uma fraternidade, a que é conhecida por só aceitar vadias, a Gamma Alpha Delta, inclusive sua amiguinha era membro da dita." – completou com aversão.

"Como o coitado do Nahuel 'namorava' aquela coisa, sabia muito bem chegar à maldita fraternidade, então em seu carro fomos para lá." – a expressão de Bella mudou drasticamente, toda a dor misturada com felicidade que ela sentia antes, parecia ter sumido, só amargura, rancor, ódio se via ali. – "De fato estava ocorrendo uma festa naquele antro de prostituição, Nahuel e eu saímos perguntando de você, e todos sem exceção responderam que te viram entrando na casa carregado." – ela riu incrédula.

"A idiota aqui ficou toda preocupada com o 'marido' dela e saiu praticamente correndo para dentro da tal casa, que milagrosamente estava vazia, sem a zona que se encontrava do lado de fora." – Bella suspirou irritadiça. – "Comecei a procurar no térreo da casa, naquelas milhares de salas e todas aquelas merdas que tem, mas eu não encontrei, então... só restava o andar superior, onde ficavam os quartos, fiquei desesperada que tinha te acontecido alguma coisa, que você tinha bebido demais ou sofrido algo" – ela mordeu com força seus lábios, marcando seus dentes na pele pálida. – ", imbecil que eu fui." – balançou sua cabeça em negação, enquanto tomava uma respiração profunda.

"Abri seguidas portas, de todos aqueles quartos cheios de fru-frus, transbordando cor de rosa e falsidade, já estava achando que era um engano, que ninguém havia te visto que era só uma especulação idiota, que você estaria no meu apartamento me esperando, para me amar, para comemorar a boa notícia." – seus olhos agora eclipsados por uma raiva desconhecida brilhavam com as lágrimas que nasciam ali. Eu poderia pedir para que ela parasse, mas eu sabia que deveria ouvir até o final, entender o que tinha acontecido naquela maldita casa.

"Então ouvi um gemido, uma lamúria, vindo de uma porta no final do corredor, eu conhecia, conheço muito bem seu tom de voz para saber que aquele gemido era seu, então corri para a origem da voz, porque pelo seu tom, parecia ser algo grave" – Bella fechou seus olhos, respirando profundamente, e com os olhos fechados mesmo continuou: - ", a porta estava entre aberta, algumas luzes precárias como de abajures e velas iluminavam o quarto." – Bella apertou seus lábios juntos, como se tivesse lutando com as palavras, enquanto finalmente abria seus olhos e fitando com intensidade os meus.

"O mais suavemente possível para não te assustar, abri a porta para ver aquela vagabunda cavalgando em cima de você!" – sua voz estava cheia de repulsa. – "Os dois nus, suados, embriagados de prazer, as mãos delas enterradas entre seus cabelos, nos cabelos que eram minha propriedade, beijando seu pescoço que era meu! Sua boca, boca que me adorou, que me beijou seguidas vezes, não só meus lábios, mas todo o meu corpo, que prometeu me amar por todos os dias da nossa vida, que dizia que me amava, que havia me pedido em casamento, beijando, sugando, lambendo, mordiscando os seios daquela vagabunda. Enquanto seu pau deslizava para dentro daquela... daquela coisa." – eu podia sentir o nojo que Bella expelia por suas palavras.

"Suas mãos, mãos que tantas vezes haviam me acariciado, me amado de tantas formas, apertava de maneira vulgar as coxas e a bunda dela, marcando seus dedos naquela pele maldita. Ela gemia de prazer, murmurando seu nome com adoração, e depois dela repetir seu nome sei lá quantas vezes, você afastou sua boca do seio dela, e arrastou beijos por seu pescoço, procurando seus lábios, da mesma maneira que fazia comigo, e depois de um beijo avassalador, você sussurrou em seu ouvido que a amava, que ela era tudo para você. Mesmas palavras que você disse tantas e tantas vezes para mim."

A voz de Bella estava aguda e frenética, seu corpo todo tremia, uma de suas mãos passava por seu rosto, enterrando-se em seus cabelos, os bagunçando enquanto ela os puxava, tamanho era o desespero, a outra por sua vez, batia com força contra o seu peito, era como se ela tivesse tentando arrancar seu coração. Eu sabia que deveria pedir para que ela parasse de falar, mas eu simplesmente não conseguia, era como se todo meu corpo quisesse compreender, sentir a dor, a tristeza, o sofrimento que ela estava sentindo e sentiu naquela ocasião.

- Então... então você olhou para a porta e viu que não estava sozinho com aquela vagabunda, que tinha outra pessoa sendo voyer de vocês. Eu vendo vocês dois juntos – berrou, batendo com as duas mãos em seu peito desesperada. -, seus olhos estavam nublados de luxúria, prazer, coisas que vi tantas vezes quando estávamos juntos, então você sorriu. Sorriu aquele seu maldito sorriso torto para mim, aquilo foi à maior hipocrisia que podia acontecer. A porra daquele seu sorriso gritando para mim que eu era a maior idiota, a maior imbecil da face da terra, por ter entregado a minha vida a você! – exclamou com desgosto.

"Não consegui pensar, sequer lembrar-se da minha situação naquele momento, eu só precisava sair de lá. Então eu devo ter esbarrado ou batido em algo que chamou a atenção de vocês, e você me viu, chamou meu nome, mas eu não conseguia, eu não queria olhar para sua cara nunca mais. Comecei a correr por aquele corredor enorme daquela casa, trombando com Nahuel que estava andando a esmo por ali, ele tentou me acalmar, mas não conseguiu, lutei contra ele, e de repente ele me soltou, deve ter sido pela visão que teve: você nu saindo do quarto da namorada dele, seguido por ela também nua." – disse com repulsa.

"Eu corri. Você correu até mim, gritando o meu nome. Obviamente como você é mais rápido do que eu, alcançou-me próximo a escada, agarrando com força meus braços. Você tentava falar algo, mas eu não queria ouvir o que saia da merda da sua boca, por isso eu só conseguia te xingar e tentava lutar contra seus braços que me apertavam, porque eles estavam me machucando. Eu gritava, você gritava, era tudo desconexo, então você me soltou e eu comecei a rolar escada a baixo. A porra de vinte e um degraus eu rolei, e você ficou só assistindo." – lágrimas dolosas escorriam por seu rosto, da mesma maneira que também escorriam pelo meu.

"Comecei a sentir uma contração absurda em meu ventre, uma dor alucinante, como se alguém tivesse enfiando uma faca em minha barriga e cortando tudo o que era encontrado ali, imediatamente aquele sangue extremamente vermelho e grosso manchou a calça jeans que estava, assim como o piso de mármore branco daquela maldita casa, você nu desceu aquelas escadas em uma velocidade alarmante, tentando me socorrer, sei lá me tocar, mas eu não queria que você me tocasse, comecei a berrar para você se afastar, e te chamar da única coisa que eu podia no momento... te chamar de..." – começou, mas eu a interrompi.

- De assassino. – Bella confirmou com a cabeça, no mesmo instante em que a minha mente parecia ter se lembrado do lapso temporal que sofreu, que me fez esquecer aquela noite, enquanto seguidas imagens começaram a dançar por meus olhos, lembrando exatamente de cada mínimo detalhe possível.

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Flashback

O relógio do meu computador no escritório passava as horas lentamente, quase que parando, na verdade eu podia apostar que ele estava brincando comigo e fazendo cada minuto durar mais que sessenta segundos, provavelmente três mil e seiscentos segundos.

Soltei um suspiro cansado.

Revisei mais uma vez a petição que havia digitado para entregar ao advogado assinar e depois mandar enviar para o malote que iria protocolar no fórum. Como eu já tinha observado antes – nas minhas duas revisões anteriores – não havia nem um erro, nem uma maldita vírgula fora do lugar. Suspirei pesadamente enquanto mandava a mesma ser impressa. Passei os dedos pelos meus cabelos, tentando controlar meu estado de espírito. Eu ainda estava meio atônico com a discussão que tivera com Bella na noite de quarta-feira, ela parecia tão inquieta naquele momento, como se algo tivesse acontecendo com ela, mas não queria se abrir comigo.

Apertei a aliança que estava presa em um cordão em volta do meu pescoço, era como se o metal frio do ouro acalmasse minha alma. Eu sabia que hoje ainda eu iria atrás dela e me ajoelharia em seus pés pedindo perdão, e se ela quisesse iria desfazer a parceria no trabalho de Direito Ambiental, nem que para isso ficasse sem nota na matéria.

Por Bella eu faria qualquer mínima coisa, tudo para ver seu sorriso novamente.

Notei que a impressão da petição já havia terminado. Retirei-a da máquina, conferindo se todas as páginas estavam corretas, depois as grampeei e fui até a sala do advogado, Doutor Robert Jones, um homem em seus quarenta e poucos anos, mas com uma carreira na advocacia de dar inveja a qualquer um.

Robert Jones era uma figura peculiar, apesar de ser centrado e sério quando entrava no modo advogado em um tribunal, seu rosto e sua postura provavam exatamente como ele era. Seus cabelos eram negros tendo alguns pontos fios grisalhos -, mas nada muito alarmante – viviam ligeiramente bagunçados, muito parecidos com os meus. Seu rosto de um homem jovem, porém maduro, era marcado por um cavanhaque que misturava fios brancos com negros. Mas o ponto mais peculiar, por assim dizer, eram seus olhos de um castanho intenso e sempre como se tivessem prestes a contar uma piada. Como ele mesmo dizia: "antes perder um amigo do que uma piada."

Sim, o cara era um piadista.

Nem mesmo seus ternos caríssimos e bem cortados, sempre acompanhados de gravatas de seda, conseguiam desfazer essa sua expressão, apesar de muitas pessoas o temerem.

Suavemente bati em sua porta, praticamente em seguida com sua voz grave e profunda pediu para que entrasse.

Sua sala era enorme.

Uma imensa mesa de carvalho de formato em 'L' resplandecia no centro da mesma, atrás desta uma enorme cadeira de couro marrom era ocupada por Robert, enquanto atrás de si uma bancada do mesmo tom de carvalho de sua mesa abrigava uma micro-biblioteca, um frigobar e algumas gavetas. Acima da bancada algumas fotografias de suas façanhas, sejam amorosas ou nas caças esportivas. Armas de fogo, diversas emolduravam a decoração na parede da bancada, existia para todos os gostos e preços, uma vez que ele era um colecionador.

Na parede em que ficava a outra parte de sua mesa, seu computador emitia uma luz azulada em seu rosto, enquanto outras armas eram expostas ali. De frente para seu computador a imensa janela mostrava a marina de Boston, com seus veleiros e barcos espalhados no oceano azul. Robert estava em seu telefone, mas assim que me viu o desligou imediatamente.

- Edward, meu rapaz, estava mesmo ligando para seu ramal. – disse, enquanto indicava com sua mão para que me sentasse em uma das cadeiras em frente a sua mesa. – Acredito que você terminou a peça que pedi para que me fizesse? – inquiriu sério, mas seus olhos estavam divertidos.

- Sim senhor. – respondi, estendendo o papel para ele. – Demorei porque estava conferindo tudo, pois eu sei que esta é uma causa importantíssima.

- Oh sim, uma causa de trilhões de dólares contra o banco do governo, que felizmente não pode recusar a pagar. – riu divertido, enquanto passava o olho sobre as folhas. – Perfeito Edward! – exclamou.

- Obrigado senhor. – murmurei, enquanto ele assinava a petição.

- Como você executou um excelente trabalho, vou te dar o restante do dia de folga. – explanou me encarando com seus profundos olhos castanhos. O encarei confuso.

- Por que senhor? Ainda não deu nem duas da tarde. – expliquei.

- Por favor, Edward. Tenho te observado, quando iniciou seu estágio aqui você estava radiante, mas de uns meses para cá, você perdeu esse entusiasmo, e nestes dois últimos dias você tem estado um lixo! – esbravejou, sem nenhuma cerimônia.

- Alguns problemas. – dei de ombros.

- Mulheres? – devolveu inquiridor.

- Uma mulher. – respondi, com um sorriso torto.

- Da fotografia sobre sua mesa? – questionou curioso, somente confirmei com a cabeça. – Ela é esplendorosa, como se chama? – sorri com sua curiosidade.

- Isabella. Bella para todos os efeitos. - disse com um sorriso em meus lábios, enquanto seu nome saia por eles.

- Bella – murmurou. -, la bella donna. – falou em um italiano perfeito. – O que você fez a ela? – questionou sem rodeios.

- Perdão? – devolvi atônico.

- Pela sua cara algo me diz que vocês brigaram. O que aconteceu? – questionou mais uma vez.

- É complicado. – me esquivei. Robert ergueu suas sobrancelhas em descrença.

- Nada é complicado. – afirmou, sem rodeios. Sorri com sua afirmativa, uma vez que era seu bordão judicial.

- Bem... Bella e eu somos casados – comecei meio inquieto. -, é meio que um segredo nosso, uma vez que todos em Harvard acreditam que nos odiamos, mas desde quando nos conhecemos há alguns anos, antes de começarmos a faculdade, já tínhamos uma história. – expliquei.

- Interessante. Relacionamento escondido. Brigas calorosas. Sexo selvagem é bem mais satisfatório. – ponderou com um sorriso sacana.

- Algo assim. – disse, enquanto sorria ligeiramente envergonhado.

- O que causou essa última briga de vocês? – inquiriu, enquanto sua mão passava por seu cavanhaque.

- Não faço à mínima ideia. Bella é meio temperamental, muda de humor como se muda de roupa. Ela simplesmente gritou e pediu para que saísse do seu apartamento. – dei de ombros.

- Mulheres, impossível entendê-las, tanto quanto é impossível ficar sem elas. – refletiu com um sorriso. – Bom, já que eu dei o dia de folga para você, porque não faz algo especial para ela, algo que implore seu perdão? – sugeriu.

- Como o quê? Bella é uma mulher difícil de agradar, principalmente porque ela é diferente das mulheres comuns. – explanei.

- Edward, meu rapaz, como dizia a saudosa Marilyn Monroe: "Diamantes são os melhores amigos de uma mulher", vá e compre um anel, ou uma nova aliança para sua Bella, tenho certeza que ela irá te perdoar. – disse dando uma piscadela, ao mesmo tempo em que seus lábios faziam um ruído, algo como um clique.

- É talvez seja uma boa ideia. – murmurei contemplativo.

- Com certeza é uma excelente ideia, ou de que outra forma você acha que coleciono essas beldades? – falou apontando as fotografias de inúmeras modelos e atrizes com quem já havia saído.

- É... vou fazer isso. Acho que tenho algo em mente. – disse dando um sorriso apologético.

- Aposto que sim. – devolveu com uma gargalhada, entregando a petição que havia assinado antes. – Vá e faça sua mulher feliz. – comandou.

Com uns últimos agradecimentos e despedidas, me retirei de sua sala o mais rápido que minhas pernas podiam sem correr, pegando minhas coisas sobre a minha mesa, enquanto desligava o computador e saia rapidamente do incrível prédio em que trabalhava, parando somente para deixar a petição no almoxarifado para ser protocolada.

Tentei ligar para Bella e implorar seu perdão, porém seu telefone teimava em dar fora de área, por isso optei por fazer as outras coisas que estavam em meus planos, como ligar em um dos melhores hotéis da cidade e pedir para que fizessem uma reserva de uma de suas suítes, e que espalhassem lírios e velas no mesmo, enquanto ia a uma joalheria escolher o anel que eu gostaria de lhe dar.

Nunca considerei o fato de que escolher um mísero anel fosse tão complexo, mas definitivamente era. Passei cerca de duas horas e meia na maldita loja até que encontrei o que seria perfeito para ela. Em ouro branco, com um diamante padrão com seis pinos o segurando, enquanto aos seus lados, indo até a metade do anel, cinco diamantes menores lhe realçavam o brilho do mesmo. Era algo grandioso não tenho dúvidas, mas era ao mesmo tempo tão Bella, que foi impossível não escolhê-lo.

Com o anel em mãos, guardado estrategicamente embaixo do banco do motorista de meu carro, voltei a ligar para Bella, mas novamente seu celular deu fora de área. Aquilo estava me irritando, já era final da tarde, e até então nada de conseguir falar com ela. Sabendo que o meu nervosismo era infundado e ridículo, optei por dar uma parada no Black Rose e beber algo que me acalma-se.

O bar estava estranhamente abarrotado de gente, como logo constatei era a final de algum campeonato, onde o Boston Celtics estava disputando algo, apesar da lotação do bar, consegui um banco em frente ao balcão.

Tom, o barman que já me conhecia há tempos rapidamente me serviu de um chope Guinness, acertando exatamente o que eu queria. Virei à primeira caneca com fervor, não imaginava que estava com tamanha sede, seguindo rapidamente de uma segunda, depois uma terceira.

Fora quando estava no meio da quinta caneca, tentei novamente falar com Bella, mas falhando mais uma vez. Decidi, então, que tomaria aquele chope e iria até seu apartamento, no mesmo instante que Brian O' Dell, meu companheiro de quarto, aparecia ao meu lado. Começamos uma conversa divertida e regada de cerveja, que logo ficou mais animada com a namorada de Brian, Megan Green – ex-companheira de quarto de Bella -, e Renesmee Moore minha colega de classe e parceira no projeto de Direito Ambiental, que sentaram-se à mesa conosco.

O papo entre nós fluía com facilidade, sempre regado de muita cerveja. Eu literalmente havia perdido a noção do tempo. Pedi licença a todos e fui até ao banheiro, tentar falar com Bella, desta vez tendo sucesso, porém a ligação estava extremamente horrível e entrecortada. Não consegui ouvi-la muito bem, e duvidava que ela tivesse me ouvido também.

Derrotado voltei à mesa, para me despedir de todos e ir ao seu apartamento. Surpreendentemente a mesa estava vazia a não ser por Renesmee que bebia seu drink despreocupadamente. Seria imensamente rude da minha parte deixá-la sozinha, ainda mais com uma nova caneca de chope que haviam trazido para mim.

Trocamos poucas palavras, ainda mais porque o barulho no bar estava estrondoso. Porém no final dessa caneca, onde já havia me decidido que seria a última e sairia para procurar Bella, comecei a me sentir tonto, quase que dormente. Tudo a minha volta parecia brilhar como se tivessem em contraste máximo e tremer. Fechei meus olhos tentando controlar o que estava sentindo, talvez fosse o efeito de sabe-se lá quantas canecas de chope.

Quando abri meus olhos para procurar Renesmee e dizer que já estava de saída, encontrei sentada ao meu lado a última pessoa que imaginaria, mas era uma imensa felicidade: Bella estava em pleno Black Rose, sentada ao meu lado. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, seus lábios famintos atacaram aos meus em um beijo avassalador.

Suas mãos tão delicadas se enterravam entre meus cabelos os puxando levemente, enquanto sua língua dançava ferozmente junto com a minha. Minhas mãos apertavam sua cintura sem nenhum pudor ou beligerância. Logo estávamos arfantes e mais necessitados um do outro do que era possível.

- Vamos sair daqui? – perguntei olhando em seus olhos castanhos.

- Vamos. – disse com uma voz rouca. – Me dê à chave de seu carro, porque você não tem condições de dirigir Edward. – brincou, caçando a chave em meu bolso, esbarrando propositalmente em minha ereção já dura.

- Você brinca com fogo. – murmurei em seu ouvido, em seguida mordiscando sua orelha, a fazendo rir animada.

- Eu só estou começando. – respondeu, pegando em minha mão me guiando para fora do bar. Obviamente no caminho até onde estava estacionado meu carro paramos seguidas vezes para nos beijar, e praticamente nos entregar ao prazer ali mesmo, através de nossas roupas.

Dentro do carro, Bella guiou pelas ruas de Boston com maestria e velocidade, parecia que assim como eu ela estava ansiosa para nos entregar ao prazer. E visando isto, eu a provocava, beijando e lambendo seu pescoço, deixando que minhas mãos deslizassem por suas coxas e tocando vez ou outra seu sexo coberto com sua calça jeans, sempre que fazia isso um gemido de luxúria escorria por seus lábios.

Inesperadamente o carro parou e Bella começou a sair dele, sem hesitar a segui. Estava tão nublado de prazer, que nem me importei que ela optou por subir de escada até seu apartamento, só me importei assim que entramos por ele em tirar sua roupa e mergulhar em seu calor.

Bella estava radiante, murmurando palavras de sacanagem e luxúria em meus ouvidos. Somente de ouvi-la sussurrar aquilo, estava quase que me fazendo gozar sem o esforço de nem tirar as calças. Logo estávamos livres de toda e qualquer peça de roupa. Bella me beijava ferozmente, ao mesmo tempo em que me empurrava para a cama e subia em cima de mim. Eu podia sentir o quão molhada ela estava, o quão quente e preparada ela estava para mim. Sem mais conseguir esperar a penetrei com meu pau extremamente duro, lamuriando enquanto sentia mergulhando centímetro por centímetro em seu calor reconfortante.

- Estava contando os minutos para senti-la novamente, meu amor. – disse, no mesmo instante que me encontrava totalmente dentro dela. Ela ofegou em puro desejo.

- Eu também. – falou cheia de luxúria, começando a se mover sobre mim. Meus lábios não conseguiam se controlar, beijava, lambia e sugava seus seios com voracidade, minhas mãos apertavam com força suas coxas e bunda, sentindo meus dedos cravando em sua pele. Suas mãos por outra vez, se enterravam em meus cabelos os puxando com força, me fazendo gemer ainda mais contra seus seios.

- Porra, como eu te amo! – exclamei, enquanto sentia todo seu corpo sobre o meu, suas mãos apertando meus ombros, minhas mãos cravando em sua carne e meu pau mergulhando em seu calor único.

- Eu também te amo! – lamuriou, beijando com ferocidade meu pescoço.

Ela gemia meu nome, seguidas vezes, eu tinha que recompensá-la por isso, afastei meus lábios de seus seios, e comecei a arrastar beijos por sua pele clara, até seus lábios, onde os capturei em um beijo avassalador, enquanto continuava a penetrando sem nenhuma calma.

Inesperadamente vi um vulto próximo à porta, tive que sorrir satisfatoriamente.

Sempre quis que alguém nos visse consumido por nosso prazer, por nossa luxúria, observasse como nos encaixava como peças de um mesmo quebra-cabeça, sorri torto para a pessoa que nos encarava, mostrando como aquela bela mulher era somente minha, só eu que conseguia fazê-la gritar meu nome.

A pessoa percebeu que eu havia a visto, por isso começou a sair do quarto, mas esbarrando inesperadamente em algo que fez um barulho ensurdecedor, que atraiu a atenção de Bella e a minha para a origem do som, mas o que vi próximo a porta me assustou.

Era Bella.

Olhei para a pessoa que estava sobre mim, que até um segundo atrás jurava ser a minha esposa, mas era Renesmee.

Meu coração acelerou. 'Como isso foi acontecer?', me perguntava.

Gritei o nome da Bella, mas ela não olhou para trás, também quem olharia, dadas as circunstâncias. Com uma rudeza sobrenatural, misturada com uma raiva descomunal, tirei com força Renesmee que estava sobre mim, e a joguei sobre a cama, saindo o mais rápido possível atrás do meu amor, da minha esposa, da minha vida.

Bella corria pelo longo corredor o mais rápido que suas pernas pequenas e desajeitadas podiam. Corri atrás dela gritando seu nome. Eu estava desesperado, eu precisava me explicar.

Finalmente consegui alcançá-la próximo a escada, onde a segurei nos meus braços a fazendo me encarar. Seus olhos estavam tomados por lágrimas; que desciam por seu rosto triste e cheio de ódio.

Ela gritava palavras indistintas, enquanto batia seus punhos contra meu peitoral. Eu tentava acalmá-la, mas não conseguia nada. Eu não sabia o que eu fazia, mas vendo que estava a machucando soltei seus braços, mas não imaginava que estivéssemos tão próximos ao início da escada, e o que vi em seguida me deixou paralisado.

Bella rolava em câmera lenta – pelo menos para os meus olhos -, degrau após degrau, batendo sua cabeça, pernas, braços, seu corpo todo contra o mármore branco da mesma. Todos os sons do lugar haviam desaparecido. Tudo a minha volta havia sumido. A única coisa que conseguia ver era Bella caindo escada a baixo.

Tentei gritar seu nome, mas foi em vão. Então ela chegou ao fim da escada. Imediatamente ela urrou de dor, era um grito lacerante, no mesmo instante em que um sangue grosso e extremamente rubro começava a manchar sua calça e o piso de mármore branco, aquilo imediatamente me tirou do transe que estava, e tão rápido quanto podia desci as escadas ao seu encontro.

Eu queria confortá-la, pegá-la em meu colo e levá-la para um hospital, mas ela gritava, berrava para que me mantivesse distante, mesmo a contra gosto meu, segui suas ordens.

Porém quando ela viu a poça de sangue que se formava embaixo dela, o choque, o horror, o desespero tomou seu rosto e inesperadamente Bella começou a gritar outra coisa, e aquilo fez com que me congelasse no local.

- Assassino! Assassino! Assassino! Você acaba com tudo o que tem a sua volta! – esbravejava.

- Bella... eu... – comecei, mas ela me interrompeu.

- Desaparece da minha frente Edward, eu nunca mais quero te ver. Nunca mais, você é podre, você acabou com duas vidas nesse exato momento. – afirmava alucinadamente.

- Bella... – pedi mais uma vez com lágrimas grossas deslizando por meu rosto.

- Não dirija a palavra a mim nunca mais! – gritou, no mesmo instante que Nahuel descia pelas escadas e pegava Bella em seu colo. Tentei protestar, mas suas palavras me deixaram sem nenhuma reação.

- Olhe para si mesmo, antes de querer fazer alguma coisa. – eram palavras de ódio, rancor, raiva. Engolindo em seco, olhei para o meu corpo: minhas mãos e meus joelhos estavam manchados com o sangue de Bella, mas o que Nahuel estava falando, com toda certeza, era o fato de que eu ainda estava completamente nu.

Então a realização caiu sobre mim: Bella havia me visto fazendo sexo, com a pessoa que ela mais odiava a chamando de amor, consumido erroneamente pelo prazer. Comecei a tremer e chorar compulsivamente. Assustei-me quando senti um toque feminino em meu ombro, virei para olhar, sendo surpreendido por Renesmee com um sorriso vitorioso.

- Você não fez nada de errado Edward, ela que caiu sozinha. – disse amavelmente. Senti o ódio borbulhando dentro de mim.

- Ela é minha esposa! – exclamei. – Eu sou casado com ela, jurei fidelidade eterna a ela e a matei! Acabei com tudo por causa de um engano. – gritei.

- Edward, é normal sentir desejo por outra mulher. – disse acariciando meu rosto. Brutamente segurei suas mãos afastando-a de mim..

- Não é normal! Eu tenho tudo o que quero com ela. Você me enganou Renesmee! – exclamei novamente. – Você fingiu ser ela. – ela riu em descaso.

- E com um imenso prazer. Vai dizer que você não gostou? – piscou, tentando ser sedutora. – Porque você estava gostando muito e eu também, o que acha de continuarmos de onde paramos? – perguntou vulgarmente.

- Fica longe de mim. Você me enoja! – gritei, subindo com rapidez as escadas atrás de minhas roupas.

- Você ainda será meu, Edward. – berrou. Não lhe dei atenção, vestindo com urgência minhas roupas, eu precisava encontrar Bella.

Sai em uma velocidade incrível daquela casa que fora a minha desgraça, mesmo ainda zonzo e ligeiramente bêbado, comecei a procurar por Bella, mas não a encontrava, fora somente quando vi o sol nascer ao horizonte que me dei por vencido, voltando ao meu dormitório e caindo em um sono sem sonhos aquela noite.

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Fim do Flashback

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- Eu não acredito. – murmurei, enquanto enterrava meu rosto entre minhas pernas, e socava o chão ao meu lado.

- O que foi Edward? – perguntou uma Bella alarmada, próximo a mim.

- Desculpe? – disse levantando a minha cabeça e olhando para ela. – Bella me perdoa, eu... eu... oh meu Deus. – sacudi minha cabeça em descrença. – Eu me lembrei. – murmurei. Bella arregalou seus olhos.

- Se lembrou? – perguntou lentamente.

A olhei atordoado.

Suas lágrimas haviam cessado, mas seus olhos ainda estavam ligeiramente marejados. Em contrapartida, meus olhos derramavam lágrimas grossas e culpadas sem nenhuma vergonha.

- Do que aconteceu aquela noite. – murmurei outra vez.

- Como assim? – inquiriu confusa. Suspirei pesadamente.

- Acho que tive aquilo que chamam de stress pós-traumático, e... – ri sem humor. – e minha mente deve ter bloqueado os acontecimentos daquele dia, por isso que até alguns minutos atrás eu me lembrava só de um borrão. – disse cansado.

- Você se lembrou de tudo? – questionou curiosa.

- Cada mínimo detalhe, por assim dizer. – disse com pesar. – Bella... me perdoa. – pedi culpadamente.

- Edward... – começou, mas eu a interrompi.

- Eu não consigo entender como pude me confundir. – exasperei-me. – Como eu não percebi que não era você em meus braços. – balancei minha cabeça em negação.

- O que você está dizendo? – perguntou confusa.

- Eu tinha certeza que era você. Ela se passou por você! – exclamei irritado, ainda incrédulo que pude me enganar assim.

- O quê? – berrou. – Aquela vagabunda se passou por mim, mas como? E porque você acreditou nela? – questionou aborrecida.

- Eu não sei! Talvez porque eu estivesse bêbado, ou... – minhas palavras sumiram.

Lembrei-me dos efeitos daquela noite, de me sentir estranho antes de ver Bella ao meu lado no Black Rose.

- Ou... – incentivou.

- Ou talvez alguém tenha me drogado. – disse lentamente.

- Quê? – perguntou confusa.

- Bella – suspirei. -, antes de confundi-la com você, eu me senti estranho, como se tivesse tonto, tudo brilhava de maneira estranha, em alto contraste e tudo era meio desfocado, algumas coisas giravam, então quando olhei para o meu lado, lá estava você sentada, ou assim parecia aos meus olhos. – expliquei.

- Edward – começou alarmada. -, isso é efeito de... – engoliu em seco.

- GHB. – respondemos em uníssono.

- Quem pode ter lhe dado GHB? – perguntou confusa.

- Não sei. Renesmee talvez? – sugeri.

Vi os olhos de Bella se fecharem em fendas, enquanto ela bufava de raiva.

- Será que ela faria algo tão baixo? – questionou, mas não dando tempo para que eu respondesse. – Quer dizer, eu não duvido que ela tenha feito isso, mas por quê?

- Não faço à mínima ideia. – disse pesaroso. – Só existe uma maneira de descobrir.

- Qual? – perguntou Bella rapidamente.

- Perguntando a ela. – respondi, sem rodeios.

- Ela não vai confessar. – disse Bella com descaso.

- A não ser que eu finja um interesse nela. – falei lentamente.

Bella riu em escárnio.

- Você está pensando em seduzir aquela coisa para conseguir descobrir algo? – inquiriu incrédula.

- Na verdade, atraí-la até aqui e nós dois perguntarmos tudo a ela. – respondi pensativo.

- Você acha que eu vou ficar em um mesmo ambiente que aquela vagabunda? – questionou com irritação. – Você está louco Edward. – disse com exasperação. – Louco!

- Bella, ela é a única que pode nos ajudar a entender o que aconteceu. – ponderei.

- Edward aquela mulher é tudo o que eu mais odeio na face da terra! – exclamou.

- Por isso mesmo. – disse tirando meu celular do bolso. – Precisamos ouvir da boca dela. De sua confissão. – expliquei mais uma vez, enquanto Bella abaixava a cabeça derrotada, murmurando algo para si mesma.

Busquei seu número – que havia anotado há poucas horas em meu celular -, apertando o botão para iniciar a chamada ao mesmo tempo em que colocava no viva-voz para que Bella também ouvisse.

- Alô? – respondeu a voz anasalada e infantil de Renesmee.

- Nessie, é o Edward. – disse rapidamente.

- Ah... oi Edward. – cumprimentou se insinuado. – Achei que você não fosse me ligar, saiu tão apressado do baile logo atrás da Isabella. Algum problema?

- Oh sim, Isabella. Sabe como é, quando trabalhamos juntos acabamos sendo responsáveis por nossos parceiros e ela vem enfrentando alguns problemas. – disse dando de ombros.

- Oh é mesmo? Que tipo de problemas? – perguntou curiosa.

- Distúrbios alimentares. – respondi a primeira coisa que veio em minha mente, enquanto Bella rolava seus olhos com tamanho absurdo.

- Nossa! Como é possível? Ela me pareceu tão gorda hoje. – disse destilando seu veneno. Bella arregalou seus olhos e quase pegou o telefone, mas consegui segurar suas mãos, lhe dando um olhar de censura.

- Não sei também, mas não vamos falar disso. – pedi meio sedutor.

- Claro, sem Isabella. – explanou animadamente.

- Estava aqui pensando, o que você acha de continuarmos o que quase estávamos fazendo no baile? – provoquei, Bella estreitou seus olhos praticamente me fuzilando com eles.

- Sua parceira de trabalho não irá ficar incomodada? – questionou quase cedendo.

- Lógico que não, o seu quarto é praticamente do outro lado do hotel. – respondi dessa vez sem olhar para Bella, pois eu temia sua reação.

- Humm, isso soa tão gostoso. – murmurou tentando ser sexy. – Estou mesmo sem calcinha, e aquela sua... hum... protuberância... ui... me deixou toda molhada, morrendo de vontade de te sentir. – provocou vulgarmente.

- Er... hum.. er... isso é incrível Nessie, se você soubesse o tanto que eu quero me enterrar dentro de você. – tentei entrar em seu jogo.

Bella rolou novamente seus olhos e balançou a cabeça em irritação, bufando silenciosamente.

- Isso soa tão... – salivou. – delicioso. – completou lentamente.

- Perfeito então, posso ficar te esperando? – perguntei apreensivo.

- Pode-se dizer que já estou aí. – respondeu animada.

- Ótimo! – exclamei com um sorriso autêntico. – Vou pedir algumas coisas para o serviço de quarto, tenho grandes ideias.

- Ai Edward, você está me deixando louca com essas palavras. – expressou.

- Guarde este fervor para daqui a pouco. Ficarei te aguardando. – explanei, antes de encerrar a ligação.

Bella me fuzilou com seus olhos castanhos.

Eu podia sentir sua raiva vindo em ondas até onde eu estava.

- Tem certeza que não preciso deixar os dois a sós para praticar essa orgia? – incitou. Ri de seu ciúme.

- Ciúmes Bella? – provoquei.

- Não Edward, só acho que não preciso ficar ouvindo essas insinuações sexuais, acredito que já vi o suficiente. – falou.

- Bella, já lhe pedi desculpas, não foi algo proposital. – expliquei mais uma vez.

- E daí? Não importa! Você transou com aquele Monstro do Lago Ness enquanto estávamos casados. – disse virando seu rosto para a direção oposta de onde estava ao meu.

- Eu sei que eu sou culpado Bella, mas Renesmee nunca me atraiu, e nunca irá me atrair. – explanei.

- E a "protuberância"? – perguntou fazendo aspas na mesma palavra que Renesmee usou.

- Você conhece a protuberância, e talvez ela fosse para você. – expus. – Talvez porque você esteja sexy pra caralho nesse vestido, e eu estivesse pensando mil formas de conseguir tirá-lo de seu copo.

- Hum... e como você faria isso? – arqueou uma sobrancelha. – Digo; conseguir tirá-lo do meu corpo sem nenhuma objeção minha? – questionou.

- Tenho meus meios. – repliquei com um sorriso torto, me levantando de onde estava sentado no chão.

- Duvido que eles fossem suficientes esta noite. – objetivou, erguendo sua mão para que a ajudasse a se levantar, virando-se rapidamente de costas para mim, enquanto, num impulso de precisar ver seus olhos mais calmos, ou consolá-la como queria há minutos atrás, eu puxei-a devolta para me encarar, colando nossos corpos.

Foi incrível sentir meus músculos se contraírem, enquanto minha pulsação e batimentos cardíacos se aceleravam ao mesmo tempo, quando seu corpo se moldava ao meu. Sua respiração quente e adocicada bateu em meu rosto, enquanto seu perfume floral com uma pitada cítrica me inebriava. Minhas mãos pousavam entre sua cintura e seu quadril. Nossos olhos que ainda mantinham as marcas das lágrimas de minutos atrás se encaravam sem nenhuma restrição.

Castanho no verde. Chocolate com o esmeralda, misturando-se em uma sincronia inestimável. Apesar da diferença de quase trinta centímetros entre nós, nossos rostos estavam extremamente próximos, aposto que ela podia sentir assim como eu, cada terminação nervosa de nossos corpos se conectando.

Era mágico o momento, por incrível que pareça.

- Eu disse que tinha meus meios. – murmurei com um sorriso torto. No mesmo instante em que ela se afastava de mim.

- Agrrr... porque você sempre tem que dizer coisas inapropriadas? – perguntou se afastando indo até a sua mala. Limitei-me a rir, enquanto tentava dar um jeito em algumas coisas na sala para questionarmos Renesmee.

Passamos longos minutos em silêncio, eu conseguia ouvir Bella que estava dentro do quarto, provavelmente se recompondo, enquanto procurava alguma bebida no frigobar, felizmente encontrando uma cerveja a bebendo praticamente em um gole. Foi inesperado o susto que tomei ao ouvir o som do telefone do quarto tocando.

- Nossa! – exclamou Bella, aparecendo na porta do quarto. – Sua 'amiguinha' não demorou nem quinze minutos, deve estar mesmo muito necessitada da sua "protuberância". – provocou.

- Bella... – avisei indo até o telefone.

- Ok, desculpa. – disse irritada, voltando para o quarto.

Atendi ao telefone onde o recepcionista perguntou se Renesmee podia entrar, pelo tom de sua voz, eu podia apostar que ele estava pensando que iríamos fazer um sexo a três, mas isso estava bem longe de acontecer.

Desligando o telefone, fui até o quarto encontrar com Bella, que estava sentada em uma cadeira olhando hipnotizada algum ponto na parede oposta, sua maquiagem estava refeita, se eu não tivesse presenciado suas lágrimas copiosas de alguns minutos atrás, nunca iria imaginar que ela havia chorado.

- Você está bem? – perguntei lentamente.

- Depende em que sentido. – respondeu dando de ombros, enquanto cruzava seus braços em seu peito.

- Bom... er... hum... eu vou dar corda para ela, quando você achar necessário intervir, fique a vontade. – propus.

- Uhum... – murmurou acenando afirmativamente com a cabeça. – Pode deixar, irei intervir. – falou no mesmo instante que Renesmee batia na porta.

- Me deseje sorte. – sussurrei. Bella limitou-se a rolar os olhos.

Respirei profundamente enquanto encostava a porta do quarto onde Bella estava, mas ainda assim possibilitando que ela ouvisse o que falávamos na sala adjacente, e caminhei a largos passos até a porta, onde hesitei por um segundo antes de abri-la.

Tive que lutar com a ânsia que parecia me tomar ao ver Renesmee. Eu ainda estava em estado de choque pela realização do que ela me fez fazer.

Ela ainda mantinha o mesmo vestido cor de rosa e vulgar da festa, parecia que ela nem havia feito qualquer esforço para retirá-lo, somente seu cabelo que descia ondulado, emoldurando seu rosto.

- Olá Edward. – cumprimentou assim que meus olhos repousaram em seu rosto, sorrindo provocativamente.

- Oi Nessie, por favor, entre. – pedi, tentando ser o mais educado possível. Ela ampliou seu sorriso.

- Acredite, fiquei extremamente surpresa com sua ligação. – disse parando ao meu lado na soleira da porta. – Achei que você não estava em sintonia comigo. – provocou deslizando suas mãos por meu abdômen. Tive que engolir em seco.

- Gosto de fazer meus mistérios. – respondi com um sorriso de lado. – Por favor, sente-se. – solicitei. Ela sorriu, enquanto seus olhos se fechavam em fendas.

- Não seria melhor sentarmos na cama? – incitou, olhando para a porta entreaberta do quarto. Sorri torto.

- Vamos primeiro curtir as preliminares. – ponderei, deixando que minha voz saísse meio rouca.

- Hum... – gemeu. – Isto parece... – salivou. – instigante. – falou, se sentando no sofá que eu indiquei exatamente de costas para a porta do quarto.

- Muito instigante. – repeti. – Você aceita algo para beber? No frigobar tem cerveja, água, champanhe, vinho, refrigerante? – questionei, tentando deixá-la à vontade.

- Champanhe soa maravilhosamente bem. – declamou, enquanto uma de suas mãos desenhava o contorno de seus seios, pelo decote do vestido. Tentei controlar a repulsa que sentia dela, enquanto abria a mini garrafa e derramava seu teor em duas taças, caminhando depois até ela e lhe entregando.

- Brindemos... – comecei, mas ela me interrompeu.

- A nós. – disse com um sorriso batendo delicadamente sua taça a minha e bebendo o líquido enquanto seus olhos verdes se mantinham aos meus.

Bebi em um gole só, tentando aplacar a repentina sede que parecia ter me dado.

- Nessie – comecei ainda em pé próximo a ela. -, hoje ainda eu estava lembrando-se da nossa primeira vez juntos.

- Primeira vez? – perguntou fingindo falso alarde, mas reconheci os seus olhos sorrindo em um orgulho indistinto.

- Sim, Nessie – comecei andando lentamente até me postar atrás dela no sofá. -, você sabe tão bem quanto eu que já transamos antes. – provoquei, praticamente sussurrando em seu ouvido.

- Er... – ela tentou começar. Sorri torto.

- Estava tão... incrível, mas infelizmente nos incomodaram. – sorri torto, ganhando um olhar amedrontado dela. – E é justamente aí que eu não consigo compreender, é como se existisse só um borrão em minha mente, porque você não me diz o que aconteceu aquela noite? – pedi, deslizando uma de minhas mãos por seu decote, parando em seus seios onde os apertei levemente, ganhando um gemido de aprovação dela.

- Hum... alguém nos viu. – disse nervosamente.

- Isso eu me recordo. Tivemos um voyer aquela noite. Tenho certeza que a pessoa ficou excitada me vendo entrando em você. – provoquei, sentindo nojo do meu próprio blefe. – Mas a questão é... quem era a pessoa? Você se recorda? – inquiri.

- Talvez... – provocou, enquanto cruzava suas pernas, mostrando através da fenda do vestido sua boceta descoberta. Afastei meus olhos dali, não suportando o tamanho de sua vulgaridade.

- Ah... Nessie, tenho certeza que você irá me contar quem foi a pessoa. – provoquei, dessa vez deslizando minha mão para dentro do decote de seu vestido segurando o seu seio, brincando com seu mamilo. Ela gemeu, fechando seus olhos e jogando sua cabeça para trás.

- Isabella. – gemeu.

Sorri vitorioso.

- Isabella? O que tem ela? – perguntei fingindo falsa surpresa, ainda brincando com seus mamilos.

- Ela... uhhh... que nos viu. – disse arfante.

Imediatamente retirei minha mão de seu decote, e parei na sua frente.

- Como? – questionei com minha falsa surpresa, porém Nessie deslizou suas mãos por meu abdômen, indo até minhas coxas, quase alcançando o meu pau, mas afastei-me com agilidade.

- Ela que entrou no quarto e nos viu. – respondeu, deixando suas mãos cair em seu colo.

- Como isto é possível? – perguntei curioso.

- Por que tanta curiosidade sobre isso tudo? Ela não é ninguém Edward! – exclamou, cruzando seus braços no peito, deixando seus seios ainda mais em evidencia, enquanto um biquinho de protesto brotava em seu rosto.

- Porque... – comecei, mas interrompi a minha frase, vendo Bella saindo do quarto com sua arma em punho.

Ela ficava quente como o inferno segurando seu revólver.

Tive que controlar meus desejos sexuais por ela naquele segundo.

- Porque eu quero saber. – disse autoritária apontando sua arma contra a nuca de Renesmee, não consegui controlar o sorriso de orgulho que brotou em meus lábios.

Os olhos de Renesmee se arregalaram de medo, provavelmente sentindo o metal gelado do revólver de Bella ou por ouvir sua voz fria e autoritária, ou ainda os dois, não sabia dizer. A morena que estava entre nós parecia prestes a ter um colapso.

- O-o-qu-que v-vo-voc-você es-est-á fa-faz-fazendo a-aqui? – gaguejou.

Bella gargalhou alto.

- Você acha mesmo que alguém iria te seduzir, sem ter alguma intenção por trás? – inquiriu, segurando os cabelos de Renesmee com a outra mão, e os puxando para trás para que ela olhasse o rosto de Bella.

- O qu-que v-vo-voc-vocês q-que-rem sa-saber? – perguntou gaguejando outra vez.

- Tudo! – exclamou Bella. – Porque pode ter certeza eu não irei hesitar em meter uma bala em seu cérebro, tenho certeza que ninguém irá se importar. – ameaçou uma Bella cheia de ódio.

- E-Ed-Edw-Edward? – gaguejou Renesmee, pedindo meu auxílio.

- Não posso fazer nada, você prejudicou a nós dois. Armou para nós dois. Você sabia de algo sobre algo entre nós dois – disse apontando para Bella e eu. -, e agora queremos todas as respostas, queira você por bem ou por mal. – conclui, sentando na poltrona de frente a ela.

- Ma-ma-mas... – começou, porém Bella deu outro puxão em seu cabelo e armou seu revólver para disparar.

- Sem nenhum 'mas', você irá contar detalhadamente tudo o que você fez naquele maldito dia, ou antes dele, como ficou sabendo, o porque de ter feito isso e tudo mais que você lembrar – ordenou Bella. -, isso é claro se você tiver amor à merda que é a sua vida. – concluiu com escárnio.

- T-tu-tudo b-bem e-eu fa-fa-falo, ma-mas a-afa-afaste a a-ar-arma. – implorou. Bella rolou seus olhos, enquanto sorria torto.

- Bella, vamos ouvi-la, se ela não abrir a boca você pode atirar. – disse divertido.

Ela arqueou uma sobrancelha.

- Vai me dar licença para atirar Edward? – perguntou divertida. Somente confirmei com a cabeça.

- Po-por-por que v-vo-vocês qu-que-rem sa-saber se-se já-já se-se en-enten-entende-ram? – perguntou ainda com seu gaguejar descontrolado, devido à arma apontada em sua nuca.

- Porque existe um lapso temporal, uma sequência de fatos que só você pode nos responder. – respondi sua pergunta.

- Você irá mesmo nos contar exatamente tudo? – insistiu Bella.

- V-vo-vou. – respondeu Renesmee acenando com veemência a cabeça afirmativamente.

- Bom, vou afastar a arma, mas qualquer movimento de querer fugir, você irá ganhar uma cicatriz eterna, entendeu? – comandou Bella.

Novamente ela acenou freneticamente a cabeça, enquanto Bella afastava a arma de sua nuca, e vinha caminhando esbanjando sensualidade com seu revólver em punho, até onde eu estava e sentando-se ao meu lado.

Tive que sorrir torto por sua postura de doce dominatrix com seu vestido claro, porque sinceramente ela estava me deixando de pau duro só de ameaçar Renesmee. Seria praticamente impossível não atacá-la depois que essa desgraçada saísse do quarto.

- Então? – incentivou Bella, praticamente fuzilando a outra morena com seus olhos.

Renesmee tomou uma respiração profunda.

- B-be-bem... – começou com a voz tremida, ela fechou seus olhos parecendo controlar seu nervosismo antes de continuar. – Sempre foi inquietante a forma como vocês dois agiam, para todo mundo, sempre se provocando, brigando, sempre sendo contrários um ao outro na faculdade, o que era estranho uma vez que no primeiro semestre vocês pareciam tão próximos.

"Mas mesmo quando vocês brigavam ou se xingavam em meio a sala de aula, trocavam olhares cheio de luxúria e desejo e aquilo para quem observava de fora, ou prestasse a atenção, era no mínimo curioso." – deu de ombros. – "Edward sempre foi um cara que atraia qualquer mulher, e não foi difícil para que um pequeno fã clube dele surgisse em Harvard." – explanou.

- Liderado por você. – afirmou Bella cheia de escárnio, interrompendo Renesmee.

Sorri torto.

- Talvez liderado por mim, Isabella. – desafiou a outra morena. Bella só arqueou uma de suas sobrancelhas e apontou seu revólver para Renesmee, que engoliu em seco. – Desculpe. – pediu.

- Tudo bem. – disse abrasivo, pedindo para que continuasse.

- Porém você nunca dava bola para nenhuma das garotas, mulheres que davam em cima de você – explicou Renesmee, olhando diretamente para mim. -, o que era ainda mais frustrante. Então começou a correr uma lenda pelas mulheres que talvez você fosse gay. – praticamente sussurrou.

Bella e eu gargalhamos alto.

- Continue, isso está ficando divertido. – pediu Bella com sarcasmo.

- Bem... eu não conseguia me conformar com essa conclusão de que você talvez não curtisse a fruta. Mas então em uma festa te vi agarrado com uma mulher, entrando no banheiro, não consegui ver que mulher era, mas pelos gemidos dos dois, poderia apostar alto que estavam transando. – explicou. Olhei de relance para Bella que mantinha um sorriso divertido em seus lábios, provavelmente relembrando a noite em questão.

"Então começamos a crer que Edward tinha uma namorada, por isso que ele não nos dava muita bola. Namorada provavelmente de Chicago." – deu de ombros. – "Foi estranho, mas meio que me desencanei de Edward ainda mais que comecei a sair com Nahuel nessa época. Foi mais ou menos um ano depois que vocês entraram novamente em evidência para mim." – declamou.

- Como assim em evidência? – perguntei sem me conter.

- Megan Green, a colega de quarto de Isabella na época, me disse que ela tinha um comportamento estranho, saia no meio da madrugada, falava escondido ao telefone e às vezes trancava o quarto por dentro impossibilitando de que ela entrasse no dormitório, e nestas vezes ouvia gemidos. Barulho de sexo muito satisfatório. – explanou. – Ela ficou curiosa para saber quem poderia ser o companheiro da insuportável de sua colega de quarto, então saiu perguntando a todos quem era ele, até que algum nerd lhe disse que era Edward.

"Como ela me conhecia, pois estudamos no colegial juntas, veio me inquirir se tinha algum Edward na minha classe, e ficou surpresa quando o viu, mas assim como eu, ela não acreditou que poderia ser você, que vocês estavam juntos." – ponderou. – "Então fomos procurar uma outra pessoa que sabíamos que poderia nos dizer claramente o que era verdade ou não, o colega de quarto de Edward, Brian O'Dell que era quase um namoradinho de Megan."

"No inicio, óbvio, ele ficou relutante em dizer qualquer coisa, fora quase uma semana de pressão minha e de Megan para que ele dissesse alguma coisa, porém" – ela sorriu maliciosa. – ", Isabella fez algo que nos ajudou. Como ela pegou Meg mexendo em suas coisas e deu um surto para que todos pudessem ouvi-la, como também a agredindo, facilitou que Brian se solidarizasse com ela e abrisse o bico."

- Como não pensei antes que vocês armaram quase minha expulsão. – disse Bella cheia de rancor. – Estava tão evidente. – deu um sorriso nervoso.

- Continue Renesmee. – pedi, agora curioso.

- Brian, revoltado com o "estrago" que Isabella fez no rosto de sua "amada", começou a nos contar que desde quando Edward chegara a universidade, ele sempre se encontrava as escondidas com uma tal de Isabella, e o que acontecia com os dois era quase de incendiar todo o prédio. – explicou, rolando os olhos. – Mas ainda não podíamos provar que era a mesma Isabella que estudava comigo, mas Brian foi competente o suficiente e conseguiu encontrar uma foto de vocês dois e tudo ficou claro. – declamou.

- Aquele bastado, filho de uma puta mexeu nas minhas coisas? – exaltei-me. Renesmee confirmou com a cabeça. – Inacreditável. – murmurei ainda estarrecido.

- Foi então que Brian se aliou a mim, tecnicamente, e me contava sobre seus passos Edward, como você saia de casa e dormia fora, e principalmente como você sempre fugia das perguntas quando se tratava de Isabella Swan. – esclareceu. – Era como se mais ele tentasse tirar algo de você, mais obtuso e limitado você ficava em suas respostas. E acabar com o relacionamento de vocês dois parecia ainda mais distante.

- Mas porque acabar com nosso relacionamento? – questionou Bella curiosa.

Renesmee riu divertida.

- Você sempre foi uma puta com todo mundo Isabella, se achando à superior, só queria vê-la infeliz, sofrendo, sendo o lixo que você normalmente fazia os outros se sentirem. – explicou desafiadoramente.

- Humm... – murmurou Bella. – Interessante. Continue. – ordenou.

- Mas então vieram as férias, e seria praticamente impossível fazer qualquer coisa contra os dois. – Renesmee riu vitoriosa. – Porém o destino estava ao meu favor. Vocês foram para Vegas, cidade que é praticamente comandada por minha família e escolheram justamente o hotel de meu pai para ficarem hospedados. Quando em meus sonhos imaginaria isso? – questionou retoricamente.

"Nunca!" – exclamou. – "Claro que inicialmente ver os dois juntos na recepção do lobby onde eu estava bebendo um cosmo foi inquietante, mas continuei na minha. Talvez existisse um bom motivo para que vocês fossem a Vegas, a cidade do pecado." – ela riu mais uma vez. – "Não foi difícil conseguir todos os dados de vocês no hotel e logo descobri que estavam em lua de mel ali."

"Para a minha infelicidade, eu estava ocupada quando saíram do hotel, todavia, não foi nenhum pouco complexo saber para onde vocês tinham ido: para a capela de um primo fracassado do meu pai." – ela riu divertida. – "O babaca vestido de Elvis que realizou a cerimônia de casamento de vocês era da minha família, e como o idiota faz qualquer coisinha para conseguir uma lasquinha sequer do império Moore, me disse exatamente quem havia casado e como havia sido, inclusive dizendo que vocês eram o casal mais feliz do universo." – ponderou.

- Se você sabia sobre o nosso casamento, por que não disse nada? – inquiri curioso.

- Porque antes de acabar com essa felicidade de vocês eu precisava arquitetar meu plano. – explicou maquiavelicamente.

- Tudo isso para não me ver feliz? – questionou Bella retoricamente. – Uau! Você se dedicou muito em uma coisa tão ridícula, porque não ficou cuidando da sua vida? – inquiriu ameaçadoramente.

Renesmee estreitou em fendas seus olhos.

- Sim, foi com muito cuidado que planejei tudo, Isabella. – provocou.

Bella riu em escárnio.

- Continue Renesmee, o que aconteceu depois que você descobriu sobre nosso casamento? – perguntei, praticamente exigindo que ela continuasse.

- Bom, eu continuei em Vegas, pensando em como eu faria vocês se separarem, era um absurdo para mim que vocês além de namorados, agora eram marido e mulher. – disse balançando sua cabeça. – Quando retornei a Boston tentei me certificar de como ambos estavam, e claro, vocês estavam bem demais.

"Então, depois de um imenso suborno, consegui com que Edward e eu fizéssemos dupla naquele trabalho, o que significava muitas horas juntos e principalmente que eu poderia te seduzir ou tirar alguma coisa de você." – falou animada. – "Mas era incrível como você parecia treinado para não dizer uma mínima palavra sobre vocês. Aquilo estava me irritando." – disse entre dentes, fechando suas mãos em punho.

"Era hora do meu plano B. E como diz meu pai: 'Se você quer aniquilar um inimigo, finja ser seu amigo.', eu tinha que agir como amiga da pessoa que menos queria ser amiga, mas se era para um bem maior, para uma recompensa maior, valia a pena." – sorriu triunfante.

- Por isso que você foi até a minha casa, se posado de amiguinha. – afirmou Bella indiferente, a outra morena ampliou seu sorriso.

- E pela primeira vez, nunca fiquei tão feliz em ouvir sua voz. Foi um presente dos deuses, vê-la abrindo a porta gritando o nome de Edward. Óbvio que tentei especular se você esperava alguém ou alguma coisa que existia entre vocês dois, mas você é esperta, não confiava como Edward confiava em mim. – sorriu perversamente, dando uma piscadela para mim. – Foi fácil inventar uma história de arrependimento e baboseiras, para explicar a minha ida ali, você não parecia prestar muita atenção, estava completamente alienada, e quando tocou seu telefone, quase pude ouvi-la gritar em êxtase. – Renesmee rolou os olhos.

"Você parecia tão entusiasmada, que deixei ver o que era no seu telefone, enquanto analisava aquela espelunca onde você morava. Mas a minha sorte parecia longe de acabar, pois em cima de sua mesa estavam duas coisas que valiam ouro: um resultado de um exame de sangue e uma ultrassonografia." – seus olhos ganharam um brilho maníaco. – "Então tive certeza que esse era o momento mais que perfeito para que agisse. Me despedi de você transbordando felicidade, saindo dali para acabar de uma vez por todas com o relacionamento de vocês." – gargalhou histericamente.

"Primeira coisa que fiz foi ligar para Brian O'Dell, e pedir que ele dissesse que não sabia de Edward, caso você ligasse. Ele concordou de bom grado. A segunda parte do meu plano era um pouco mais complexa, porém não tanto." – ela contemplou por alguns segundos, rindo para si mesma. – "Liguei para um babaca que fazia Farmácia que corria atrás de mim como um cachorrinho e pedi que me descolasse algo que deixasse a pessoa avoada. Um alucinógeno potente o suficiente para que uma pessoa confundisse outra."

Bella e eu, quase que agindo como se fossemos a mesma pessoa, inclinamos nosso corpo para frente esperando que ela confirmasse nossas suspeitas sobre o GHB.

- Tive que fazer um boquete no pau nojento do babaca, mas valeu à pena. – a repulsa que estava sentindo antes, pareceu ganhar novas proporções em meu íntimo. – Ele me descolou a droga perfeita, que deixaria Edward bastante zonzo, capaz de confundir com facilidade alguém, para que pudesse agir. – contemplou por alguns segundos seu pensamento.

- Que droga era essa? – Bella questionou curiosa. Renesmee ampliou o sorriso.

- Tenho certeza que você sabe! – exclamou com ultraje.

- GHB? – perguntei meio atordoado. A morena confirmou com um aceno de cabeça.

- Certo, e depois? – incentivou Bella, relativamente irritada.

- Bom, liguei para Meg e Brian e pedi a ajuda deles novamente. Imaginei que você fosse ao Black Rose procurar Edward depois que saíssemos de lá. Felizmente foi mais fácil do que imaginava. Brian conseguiu enrolar você por um bom tempo, enquanto eu e Meg entretínhamos Edward, acredito que ele quase nem notou a falta de seu colega. – disse com um sorriso meio diabólico no rosto.

"Mas bastou ele ir ao banheiro uma segunda vez, que todo pózinho mágico que eu havia conseguido derramou para dentro de sua nova caneca de chope. Pelas informações eu sabia que você e Nahuel estavam juntos no Black Rose então tinha que acelerar meus planos." – ela fechou seus olhos como se contemplasse uma memória de vencedora. – "Edward bebeu com fervor o chope, mal percebendo que sai por dois minutos de seu lado para colocar uma lente de contato marrom, quando eu voltei, eu sabia que o GHB havia feito efeito, porque ele estava mesmo meio... como posso dizer... perdido."

Realmente eu não me recordava de nada daquilo. Ela junto com seus comparsas haviam conseguido me enganar bem demais.

- Assim como fora fácil drogá-lo, foi mais fácil ainda enganá-lo. E logo estávamos saindo do bar, quase, por muito pouco, segundo Megan, você não tromba conosco Isabella. – ela deu uma piscadela cheia de escárnio para Bella, e eu pude ver o sangue nos olhos da morena ao meu lado, eu podia apostar que ela estava lutando para não pegar seu revólver e disparar um tiro no meio da testa de Renesmee.

"Felizmente consegui agir rápido e guiar mais rápido ainda até minha casa, no caso minha fraternidade. Edward estava tão atônico que nem reconheceu o lugar, o que foi outra vitória para mim e bastou para que entrássemos em meu quarto, para que ele tirasse com fervor nossas roupas e me possuísse com toda sua volúpia." – piscou para mim, enquanto sua língua deslizava por seus dentes. – "Eu esperava que fosse durar um pouco mais, antes de ser interrompida por ela, mas..." – ela gargalhou.

"A cara dela. Quer dizer, a cara de ambos quando notaram que foram enganados foi delirante." – ampliou seu sorriso. – "Eu sabia o quanto Isabella era orgulhosa e ver o maridinho dela transando com outra, seria algo imperdoável. Mas... Oh!, Edward... você deu todo o toque final sem qualquer ajuda minha. Correndo atrás dela nu e depois a jogando escada abaixo. Nunca fiquei em tanto estado de graça como vê-la rolando degrau por degrau, e depois todo aquele sangue escorrendo por suas pernas, vindo de seu ventre. Aquilo foi mais que o ápice, aquilo foi quase que orgástico." – disse divertida.

Notei Bella fechando suas mãos em punhos, deixando os nós de seus dedos brancos, seu rosto estava lívido, ela estava prestes a disparar sua arma, e eu não poderia impedi-la. Eu estava atônito, se não fosse tão baixo bater em uma mulher eu bateria em Renesmee até a sua morte.

- Imagine, se ela perdoaria Edward pela traição ainda mais sendo ele o responsável pela morte do filho que esperava dele? Não havia mais nada que me deixaria feliz. – ela sorriu com uma felicidade quase que proibida. – Vê-la gritando com você Edward, o chamando de assassino, era demais para a minha felicidade, eu não conseguia retirar o sorriso do meu rosto naquele momento. Nahuel tentou me reprimir, mas foi ainda mais prazeroso afirmar que fiz tudo àquilo de propósito, seu rosto de choque beirava ao cômico, mas logo ele quis dar um basta no sofrimento dela e a tirou dali.

"Eu sabia que não conseguiria mais nada de você aquela noite, Edward, mas tive que tentar. Você foi rude comigo, se eu não estivesse tão vitoriosa, teria ferido meus sentimentos." – ela fingiu um falso ultraje. – "Mas a recompensa maior ainda estava para vir, Isabella internada em um hospital para poder retirar o feto e conter a hemorragia que se sucedeu. Enquanto Edward não se lembrava de nada, e na segunda-feira agiu como se aquela sexta-feira não tivesse acontecido, me tratando como sua melhor amiga, como era." – o sorriso em seu rosto estava radiante.

A raiva em meu corpo parecia me consumir no ódio.

- Assim que ela saiu do hospital entrou em contato com um advogado e pediu o divórcio. Foi imensurável saber disso. O prazer de vê-la sofrer, se afundando na depressão, se arrastando pelo campus, abaixando a crista que ela tinha, tirando a pose de rainha que ela manteve durante todo o tempo, foi inexplicável. Ver Isabella Swan derrotada por causa do amor, era... – salivou de tamanha felicidade. – único.

- Como você pode ser tão baixa? – perguntei atônico.

- Alguém tinha que dar uma lição nela. – disse sorrindo com descaso.

- Acredito que você não deve saber? – questionou Bella, desta vez sendo maliciosa.

- Saber o quê? – respondeu em forma de pergunta Renesmee.

- Que Edward e eu ainda somos casados. – respondeu com um sorriso triunfante, buscando minha mão e enlaçando nossos dedos, apesar do choque momentâneo, sorri vitorioso para Renesmee.

- Ma-ma-mas v-vo-voc-vocês se-se di-divor-divorciaram-se? - questionou bobamente.

- Óbvio que não, sua otária! – exclamou Bella. – Edward e eu conversamos e continuamos a manter um relacionamento distante, melhor dizendo, até quando terminássemos a faculdade não nos veríamos, pelo menos não em Boston. – explicou uma Bella radiante. Eu não conseguia compreender onde ela queria chegar.

- Mas... mas, você está noiva de outro e Edward namorava aquela atriz Jane Lewis! – explodiu alarmada.

- Tudo uma farsa. – Bella disse lentamente, esquivando-se de minha mão, enquanto levantava-se do sofá novamente com sua arma em punho. – Sabemos atuar melhor do que você, sua vagabunda! – exclamou, derramando veneno em sua voz, me deixando excitado, mais do que a situação poderia permitir.

- Co-como is-isso é po-pos-possivel? – perguntou ainda alarmada.

- Isso não é da sua conta, porém isso é. – disse Bella, com sua mão que estava segurando o revólver batendo com toda a força no rosto de Renesmee.

Vi o sangue escorrer de seu nariz e boca, mas eu não podia fazer nada, porque simplesmente observar Bella agindo como manda o figurino do FBI em alguns depoimentos ou prisões fora da sede, era demais.

Era sexy como o inferno.

- Isso também. – falou mais uma vez, batendo novamente seu punho contra o rosto da morena.

Renesmee tentava falar alguma coisa, mas a sua voz simplesmente não saia. Bella parecia alucinada com vontade de bater nela. Mesmo que a cena fosse quase que uma miragem aos meus olhos, eu tinha que intervir, antes que Bella causasse algum dano à outra, e nem mesmo o fato dela ser uma agente federal conseguiria livrar a sua cara.

- Bella... – chamei um pouco alto. – Já chega, aposto que Renesmee entendeu a lição, certo? – perguntei olhando friamente a mulher que conseguira arquitetar um plano nojento, somente porque não suportava a mulher da minha vida.

- Tudo bem. – respondeu uma Bella arfante, mas satisfeita, afastando-se de onde a morena de vestido cor de rosa estava.

- Acho melhor você ir agora Renesmee, e se você der com a língua nos dentes, você pode ter certeza, ninguém aqui irá hesitar em puxar o gatilho. – falei autoritário, enquanto ela levantava ainda meio abobalhada. – Entendeu? – insisti.

- En-enten-di. – disse com a voz tremida, andando o mais rápido possível até a porta, onde Bella estava empunhando sua arma e olhando ameaçadoramente para Renesmee.

Bastou que eu abrisse a porta para que ela saísse praticamente correndo, ou o que seus pés no salto conseguiam pelo corredor. Bella fechou a porta com força, ecoando o som pelas paredes, encostando-se a ela e rindo freneticamente.

Foi impossível não acompanhá-la.

- Isso. Foi. Incrível. – disse pausadamente, ainda com um sorriso nos lábios.

- Você foi ótima. – falei me aproximando dela, tirando uma mecha de seu cabelo que caia em seu rosto.

- Sim, eu fui ótima. – disse triunfante.

- Nunca havia te visto colocando em prática todo seu treinamento de interrogatório antes. – ponderei.

- Porque ainda não foi preciso. – devolveu com um sorriso.

Aproximei-me dela, deixando a distância entre nós ser de apenas alguns centímetros.

- Você estava sexy pra caralho empulhando seu revólver. – provoquei, arrastando minha mão por seu braço até sua mão que ainda o segurava. Lentamente consegui tirá-lo de sua mão, e colocá-lo sobre uma mesa próxima.

- Eu sei. – disse uma Bella com uma voz cheia de luxúria.

- E me deixou com um desejo do caralho. – continuei, colocando minhas mãos ao lado de seu corpo, fazendo uma prisão para ela.

- Eu sei. – mordiscou seu lábio inferior. – Eu vejo. – concluiu com seus olhos nublados de desejo.

- E estou louco para me enterrar em você. Ouvi-la gemer meu nome. Gozar junto comigo. – provoquei, colando meu corpo ao dela, a fazendo sentir a rigidez de meu pau.

- Eu sei. – repetiu mais uma vez.

- Você me deixa louco Bella. – sussurrei em seu ouvido.

- Eu sei. – provocou mais uma vez.

Dessa vez eu não pude me controlar, meus lábios famintos e urgentes tomaram os seus com ferocidade. Nossas línguas se enrolavam juntas, brigando por uma dominância que sabiam que nenhuma ganharia. Nossos dentes mordiscavam os lábios um do outro sem nenhuma restrição, eu poderia apostar que eles ficariam cortados.

Minhas mãos ganharam vida enquanto alisavam seus cabelos, apertando levemente sua nuca, descendo por seu corpo.

O tecido fino de seu vestido era uma barreira incomoda, mas ainda assim era prazeroso tocá-la de tal maneira. Suas mãos delicadas se enterraram entre meus cabelos os puxando com força, trazendo seu corpo mais próximo ao meu. Eu podia sentir todo o calor que irradiava de seu corpo, era quase que inebriante o poder que ele tinha sobre mim.

Com minhas mãos grandes, agarrei suas coxas a levantando, fazendo com que o tecido fino acumulasse em suas coxas, enquanto ela me abraçava com suas pernas. Eu podia sentir o calor que emanava de seu sexo, implorando por mim, eu sabia que ela estava extremamente molhada somente esperando para que eu a penetrasse com meu pau.

Nossos beijos estavam mais urgentes e frenéticos, minhas mãos alisavam a pele macia e suave de suas pernas, incitando o tamanho do meu desejo. Estava impossível controlar o prazer que estava me tomando, encostei Bella contra a porta, fazendo com que ela sentisse a minha dura ereção, que se tornava sufocante na calça de meu smoking, querendo ter outra forma de aperto sufocante.

Ela gemeu contra meus lábios.

Aquilo era o estopim, porém eu não consegui deixar de beijar seus lábios.

Queria senti-la como nunca senti antes. Pedir perdão de tudo o que havia acontecido. Fazê-la perder a sua cabeça, esquecer seu nome. Ver o quanto ainda a venerava, amava. Provar a ela que sempre foi à única mulher da minha vida, não importa o plano que arquitassem contra nós. Gostaria de retomar o nosso relacionamento, o nosso casamento. Ser o que só nós dois conseguiríamos ser: Bella e Edward, para sempre; como havíamos prometido.

Suas mãos apertaram a minha nuca, inesperadamente afastando nossos lábios, mas eu não conseguia afastar meus lábios de sua pele, por isso comecei a espalhar beijos languidos e fervorosos em seu pescoço, sentindo ela se contorcer junto ao meu corpo, exigindo prazer. Eu não conseguia mais me controlar, e também não queria mais, eu precisava dela, urgentemente, mais do que água em meio ao deserto do Saara, mais do ar embaixo da água.

Era seu corpo contra o meu. Sua pele contra a minha. Seu calor envolta de mim.

Era somente dela que eu precisava e mais ninguém.

- Bella – comecei arfante afastando meus lábios de seu pescoço e olhando profundamente em seus olhos castanhos. -, eu... eu... preciso de você imediatamente. – supliquei.

Um sorriso deslumbrante apareceu em sua face um pouco rubra com tamanho desejo. Seus olhos castanhos estavam totalmente eclipsados com um prazer revigorante. Ela transpirava um desejo invisível, que me tomava como se fosse uma descarga elétrica de alta voltagem.

Aquela era minha Bella. A Bella que deveria e iria compartilhar uma vida comigo. A Bella que me amava mais que tudo.

Tínhamos acabado de voltar praticamente cinco anos atrás, naquela fatídica sexta-feira, mas sem os eventos nebulosos.

Tão sensualmente, como só ela conseguia ser, sussurrou junto ao meu ouvido:

- Eu sei.

.

N/A: EMPATA FODA DA PORRA! – eu sei que vocês devem estar gritando isso neste exato momento! *HUAHUAHUAHUAHUAUA*

Hey meus amores, podem me xingar dessa vez eu deixo, porque acabar o capítulo nessa parte é uma maldade sem precedentes, mas um suspensezinho não vai mal a ninguém, não é mesmo?

Bem... depois de um drama meio que poético no inicio do capítulo (sério eu devia tá com o espírito de algum autor do Romantismo encostado em mim), o capítulo fluiu um pouco mais leve, mas bastante revelador, principalmente porque FINALMENTE conseguimos, assim como Edward e Bella, entender tudo o que rolou naquele dia.

Antes que me perguntem:

*Edward acreditava que era a Bella, por isso estava transando sem camisinha com a Renesmee;

*Bella é uma agente federal, por isso pode viajar portando arma, no caso da Itália, quando foram para Veneza eles estavam disfarçados, por isso nada de revólveres;

*Edward tocou em Renesmee daquela forma, porque ele estava fingindo para ela ter confiança nele e tirar algo dela;

*E Deus, Bella é puro luxo, sendo investigadora e o Edward também, a monstrinha não é nada.

Bom essa parte deles contra a porta do quarto depois que a criatura das profundezas fosse embora não estava nos meus planos, ou talvez estava, mas de maneira diferente, a questão é quando eu estava escrevendo isso minha Timeline inteira no Twitter só falava uma coisa: Robsten/Beward gravando as cenas na Ilha de Esme sem tapa sexo, sim eu também acredito que eles estão juntos como um casal, e sim eu também estava pensando em putaria junto com todo mundo.

Então escrever essa cena, foi tão fácil como tomar sorvete no verão... mas a pergunta é: será que vai rolar mesmo? *KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK* Cenas do próximo capítulo.

Ahh... me lembrei de algo que todo mundo tem me perguntado: "Quantos capítulos a fic vai ter?", bom nos meus planos ela deva ter uns 27 ou 30, nada mais que isso... é já passamos da metade, agora tudo vai ficar mais claro, finalmente. *HEHEHEHEHEHE*

Obrigada a todos que leram, comentaram, favoritaram e/ou recomendaram, são vocês com estes pequenos gestos que me animam a cada dia escrever mais e mais, e JUST JUSTICE é uma história que vem até mesmo me surpreendendo pela maneira como estou conseguindo guiá-la, nunca me imaginei escrevendo algo deste gênero. Eu sei que ela é confusa, deixa todo mundo ansioso e especulando mil e uma coisas, mas é isso que faz disto tudo algo extremamente apaixonante.

Obrigada mesmo por todos que lêem e comentam, e aqueles que não comentam, façam: qualquer palavrinha de incentivo, de apoio, qualquer mínima coisinha é algo imenso para quem escreve, e não falo só de mim, mas de todas as outras autoras de fics que temos aqui no Brasil.

Bem... obrigada mais uma vez pelo carinho e atenção de vocês, eu realmente AMO muito cada um de vocês, que me ajudam de maneira desconhecida a superar muitos problemas. Obrigada mesmo!

Nos vemos no próximo capítulo! ;D

Beijos,

Carol.

.

N/B: Olha que a coisa terminou assim, COMIGO SUANDO FRIO, SUANDO QUENTE E GRITANDO COM A CAROL "CARALEO, COMO VC FAZ ISSO COM A GENTE?" O começo do capítulo 19 tem que ser orgástico, hein! Vamos segurar essa tensão sexual junto dos dois só porque você nos presenteou com um capítulo DELICIOSO! E A RENESMEE É UMA VACA NOGENTA! Eu já sabia que ela era baixa, despeitada e invejosa, mas como consegue um ser desse fazer tudo isso e AINDA ter a coragem de tentar pegar na "protuberância" do Edward DE NOVO? Defensora da Bella mesmo... e achei ótima a atuação dela com o revólver e mais ainda, ver que o amor que ela tem por ele é tão verdadeiro que depois desses anos separados e ela driblando diariamente a dor e amargura do que foi a relação deles... bastou a verdade aparecer pra ela ter CERTEZA que a confiança entre os dois podia ser consertada. Só quem ama muito consegue fazer isso, gente.

DAÍ VEM A CAROL, ESSA DRAMAQUEEN INCORRIGÍVEL, E TERMINA O CAPÍTULO BEM NA MELHOR PARTE DA RECONCILIAÇÃO DOS DOIS!

E olha que estamos parecendo fios desencapados desde o dia 05, com Robsten no Rio, trocando carícias e curtindo a suíte mais cara do Copacabana Palace. Eu meio que já criei lindas imagens dos dois no hotel só por causa dessa fanfic aventureira, sabe? Mas pudera, tem como não se envolver?

Agora é só a gente esperar pra ver como isso vai ter seu desfeche porque sabemos que tem muita coisa pra ser resolvida. James é uma delas. Camorra tá uma bagunça só. Tem mais suspeitos no caso do assassinato do Sam e da Emily do que tem vampiros e clãs em Amanhecer... fico imaginando quando todos esses pontos começarem a se cruzar, como vamos ficar eufóricas! AI, SUPER DELÍCIA, VIU?

Carol, já começou o capítulo 19? NÃO? QUER MORRER? HAUHAUHAUHAUHHAU.

Obrigada a todas as reviews e mais, aos surtos empolgados via twitter. As leitoras dessa fanfic são as melhores! Não é a toa que o carinho da autora (e dessa humilde beta que vos escreve) só aumenta!

Nos vemos em breve!

Bjos,

Tod.

.

Quer fazer uma pobre autora feliz? oO

Deixa uma review para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*

Ficarei encantada em ler!

É isso meus amores, obrigada novamente pelo carinho por essa minha fic.

Amo vocês!
.

ps.: não decidi ainda se vou ser boazinha e vou dar uma lemon para vocês... mas eu já digo que o infiltrado, Aro, Arthuro, Camorra e todos os outros mistérios, vêm aí para deixar geral confuso! ;D


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