Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 11
Veneza




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DISCLAIMER: Eu não sou proprietária ou dona da saga TWILIGHT, todos os personagens e algumas características são de autoria e obra de Stephenie Meyer. Mas a temática, o enredo, e tudo mais que contém na fanfiction JUST JUSTICE, é de minha autoria. Dessa maneira ela é propriedade minha, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.
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N/A: Amores da minha vida!

Tudo bom com vocês? Espero que sim.

Antes tarde do que nunca eis novo capítulo... e que capítulo! Primeiro: ele está imenso; segundo: ele está interessante; terceiro: ele é WOW... *HIHIHIHIHI*

Quero agradecer todos que leram e comentaram no último capítulo, eu sei que todos estão curiosíssimos com o passado dos dois, e os flashbacks são bem legais para entendermos tudo, vou continuar seguindo meus planos nesta fanfic, misturando os dias atuais com as lembranças da faculdade.

E saber que até dois meses atrás eu estava desanimada e a ponto de desistir desta fanfic por não ter idéias descentes... como as coisas mudam...

Obrigada pelas reviews, favoritações, recomendações e alertas, são vocês que me motivam a continuar escrevendo essa história.

AGRADEÇO MAIS UMA VEZ PELO CARINHO IMENSO QUE VOCÊS ME DÃO.
OBRIGADA MESMO, AMO MUITO CADA UM DE VOCÊS!

Espero que vocês se divirtam com esse capítulo. Boa leitura! ;D

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JUST JUSTICE

capítulo dez
Veneza

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"Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo às vezes,
como se não te amasse sempre."

- Tati Bernardi -

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Isabella Swan

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Meus passos ecoavam ruidosamente pelos pisos de mármore do FBI. Minha respiração estava irregular. Eu me sentia tonta. Minha visão estava ficando negra e turva, eu mal me agüentava sobre as minhas pernas, eu sabia que logo eu desmoronaria sobre meu peso, mas eu tinha que me afastar de tudo aquilo, desse pesadelo que surgiu do nada para me aterrorizar novamente.

Será que eu viveria o resto dos meus dias sofrendo por causa de um erro, por causa de um impulso, por causa de um amor que não passou de um belíssimo engano? A resposta era clara e transparente como a água:

Sim, esse erro me acompanharia pelo resto dos meus dias.

Tomei uma respiração profunda, mandando oxigênio para o meu cérebro, tentando me acalmar, mas parecia impossível. Uma vontade de gritar nascia em minha garganta, mas o nó formado ali impedia que qualquer som saísse. Fechei meus olhos, tentando me acalmar mais uma vez, mas não adiantou de nada, porque desta vez minhas pernas não sustentaram meu próprio peso.

Só consegui sentir o toque gélido do piso de mármore contra meu corpo febril, para que em seguida uma escuridão fúnebre me tomasse, arrastando-se para o desespero, a solidão, tristeza e o ódio.

Mesmo na escuridão eu via tudo rodando a minha volta. Nenhuma luz vinha iluminar o meu desespero. Eu sentia frio. Eu sentia medo. Eu temia o pior, e não sei por que, sentia que ele viria de alguma maneira.

- Bells? – uma voz conhecida ao longe me chamava. Pela segunda vez esta semana eu me sentia confortável em um lugar sozinha, por mais que o medo e o temor me sufocasse. – Bells? Isabella? – a voz chamava irritadamente.

Mesmo com minhas pálpebras pesando uma tonelada, busquei uma força hercúlea no meu corpo e forcei a abri-las lentamente. Eu não sentia mais o piso gélido contra o me corpo, na verdade eu sentia algo muito quente me segurando.

- Bells? – a voz chamou novamente. Com meus olhos nebulosos, consegui visualizar um belo e conhecido rosto, de pele avermelhada, olhos e cabelos negros. Suas mãos grandes e quentes afagavam meu rosto que parecia gelo ao seu toque febril. – Bells? Você está bem? – Jacob perguntou.

Olhei nos seus profundos e brilhantes olhos negros e pisquei confusa. O que eu diria a Jacob? "Ah... Jake sabe quando eu e Edward fizemos uma viagem juntos para Califórnia? Então, nos casamos!" Jake nunca perdoaria nem a mim, muito menos a Edward, seus dois melhores amigos o traindo, o enganando, escondendo um segredo dessa magnitude dele, a única pessoa em que sempre confiamos, e que sempre confiou em nós.

- Não sei... um mal estar, talvez? – disse meio zonza, soando mais como uma pergunta. Jacob me olhou desconfiado, enquanto me ajudava a ficar em pé.

- Bells... você... humm... er... não está grávida não, está? – perguntou curioso.

- NÃO! – exclamei alto. – Lógico que não Jake, estou sobre o controle de natalidade!

- Desculpa Bells, mas pelo que fiquei sabendo essa é a terceira vez que você desmaia do nada. – disse dando de ombros, enquanto segurava boa parte do meu peso.

- É só estresse Jake. – disse, enquanto afastava uns fios de cabelo do meu rosto. – Essa coisa toda do assassinato do Thompson, os planos falhos para prender Aro Volturi. Você sabe como é. – respondi dando de ombros.

- Nem me fale, Bells... eu não suporto mais tudo dando errado e o Eleazar vindo me culpar. – explanou meio irritado.

- Ele está te culpando? – perguntei reflexivamente.

- É o que sofremos ao ser chefe de todo o departamento. – ponderou desanimado.

- Hum entendo... er... será que você pode me levar para casa? – questionei, mudando de assunto antes que falasse para ele algo sobre a Itália.

- Claro. Você precisa pegar algo em sua sala? – somente confirmei com a cabeça sua questão, enquanto ele me ajudava ir até a minha sala.

Felizmente por ser final do expediente, não tinha quase ninguém na minha subseção, possibilitando assim que pegasse minhas coisas sem muito alarde, e quando já estava sentada confortavelmente no banco de couro do carro de Jake, mandei uma mensagem para James dizendo que havia ido para casa mais cedo.

Todo o caminho até minha casa foi feito com uma conversa leve entre eu e Jake, na maioria do tempo relembrando as coisas que fazíamos na nossa infância em Forks. Fazia tempo que não passava um tempo de qualidade com Jake e por mais curto que tenha sido, foi gratificante, pelo menos tirei um pouco sobre a maldita missão que Eleazar havia me dado da cabeça.

Mas assim que Jake saiu pela porta do meu apartamento, o peso da verdade terrível e a missão que Eleazar havia nos dado caiu sobre meus ombros, e cai derrotada sobre o sofá da sala.

Eu não tinha forças psicológicas e emocionais para reviver esse casamento, ele fizera feridas tão profundas na minha alma, no meu íntimo, que até hoje eu carregava o trauma que foram aqueles cinco meses.

Erro acima de erro.

Dor acima de dor.

Mentira acima de mentira.

Tristeza acima de tristeza.

Edward pode ter sido o meu primeiro e talvez único amor, mas também fora o homem que mais me machucou, acabou com toda a minha esperança nesse sentimento único. Mas felizmente eu encontrei James que conseguiu suturar pelo menos um pouco essa imensa ferida que Edward havia feito, mas mesmo depois de três anos sem vê-lo, bastou um simples olhar para que a maldita ferida voltasse a se abrir e sangrasse alucinadamente.

Meu coração doía. Minha alma doía, gritava em desespero.

Parecia que toda a tristeza, desespero que senti no meu último ano de faculdade tinha voltado. Parecia que eu revivia tudo o que aconteceu naquele final de semana. Naquela sexta-feira. Eu não estava enganada com o que eu vi. Eu não estava bêbada naquele momento. Na verdade eu não bebia a semanas, desde que eu soube do que estava acontecendo comigo.

O som do meu celular tocando me despertou das minhas lembranças traumáticas, era James dizendo que estava saindo do FBI e vindo para casa. Eu precisava pegar aquela maldita aliança do meu baú de recordações da faculdade, antes que James chegasse.

Jogando meus sapatos em um canto na sala, caminhei descalça até meu closet em busca da 'caixa preta' como James apelidou. Mesmo sendo um casal que vivia sobre o mesmo teto há quase um ano, James e eu concordamos que cada um teria sua caixa de coisas pessoais, nossas caixas pretas, ambos estávamos proibidos de mexer um na do outro, e mesmo que a minha curiosidade me consumisse eu não mexia na de James, pois não gostaria de vê-lo bisbilhotando na minha, ainda mais que para preservar nossa intimidade cada um colocou um cadeado e uma trava com senha nos baús, tornando impossível de abri-los.

Tirei o baú do seu lugar, colocando-o no piso acarpetado do closet enquanto buscava a chave na minha caixa de documentos. Assim que eu a abri, as lembranças dos meus momentos com Edward começaram a inundar a minha mente. Era um misto de lembranças felizes com tristes.

Bilhetes apaixonados. Cartas de amor. Cartões de dia dos namorados, aniversário, Natal. Flores secas guardadas. Rótulos de cervejas. Rolhas de vinho. Fotos e mais fotos. E num canto uma caixinha de veludo negro onde dentro estava minha aliança.

Fechei meus olhos, sentindo grossas e frias lágrimas rolando pelo meu rosto, enquanto minhas mãos trêmulas alcançavam a pequena caixinha, sentindo a maciez do veludo sobre meus dedos, e quando a abri, pude vê-la em sua simplicidade e grandeza. O dourado e prata descansando sobre o negro como a noite. A retirei do seu repouso ainda com os dedos trêmulos, e mesmo sendo inundada de lembranças do dia em que ela veio parar pela primeira vez no meu dedo anelar esquerdo a coloquei. Ela ainda cabia perfeitamente, como antes, mas o peso que ela causava no meu dedo parecia me afundar sobre o piso.

Lentamente guardei a caixinha em seu antigo lugar, mas quando o fiz uma das fotografias caiu, e uma foto preta e branca, meio embaçada, foi vista por meus olhos. Lágrimas desesperadas corriam pelo meu rosto, um novo nó se formou na minha garganta, me impedindo de gritar, eu não suportava ver, pensar no que aquela foto representava.

Tomada por uma raiva inescrupulosa, um ódio aterrorizador por tudo, fechei o maldito baú com força, fazendo o som agudo da madeira e ferro ecoarem pelo closet enquanto a trancava, guardei em seu lugar de praxe, enquanto colocava de qualquer jeito a chave na minha caixa de documentos, me levantando e voltando a sala onde estava a minha bolsa.

Retirei a aliança do meu dedo, olhando meu nome e de Edward, juntos, com aquela frase que escolhemos. Frase que representava nosso amor... pelo menos naquela época.

Com lágrimas nos olhos, peguei em minha bolsa onde o envelope que Eleazar havia me dado estava, colocando dentro dele a aliança, em seguida retornando para a minha bolsa, no exato momento em que ouvia o barulho de chave abrindo a porta do apartamento.

Mesmo com meus olhos marejados e minha cabeça rodando com lembranças de Edward, virei para a origem do som, sendo recebida pelos olhos azuis como safiras de James e seu sorriso tranqüilizador.

- Bell... – começou, mas não continuou quando viu meu rosto. – O que aconteceu, meu amor? – perguntou batendo a porta atrás de si e vindo em direção onde eu estava.

- Hey baby. – disse com a voz falha, ignorando sua pergunta.

- O que aconteceu Bella? Por que você está chorando? – perguntou novamente. Respirei fundo, tentando pensar em uma desculpa para dar a James. Não podia dizer a ele que estava indo para a Itália na segunda-feira. Não podia dizer a ele que haviam descoberto meu segredo. Não podia dizer a ele que eu era casada.

- Minha mãe James. – menti, com os olhos cheios d'água.

- O que aconteceu com Renée? – perguntou nervoso.

- Ela e Phil sofreram um acidente, mas não aconteceu nada – completei rapidamente ao ver seu olhar preocupado. -, ela só quer que eu vá até Jacksonville passar uns dias com ela. – sorri dando de ombros. Mas meu coração estava dilacerando por dentro por estar mentindo para James, a pessoa que me dera o seu amor, mesmo não tendo todo o meu. A pessoa que havia me consertado, mesmo sem saber.

- Você pediu licença no departamento? – questionou.

- Sim, dez dias. – respondi, me aninhando a ele no sofá, onde ele havia se sentado ao meu lado. – Eleazar assinou minha dispensa. – expliquei, sentindo o peso da mentira sobre meus ombros.

- O que eu irei fazer sem você durante uma semana? – perguntou James, enquanto depositava um beijo tranqüilo entre meus cabelos e brincava com o anel de noivado que ele havia me pedido em casamento.

- Você acha que eu não sei que você irá comemorar o fato de ficar uma semana longe de mim? – perguntei rindo, notando que as lágrimas de desespero e tristeza haviam acabado, mas mesmo assim as lembranças que elas despertaram em meu íntimo dançavam em minha mente.

- Que absurdo Bella, você sabe que eu não suporto ficar longe de você! – exclamou, me puxando para o seu colo e me beijando sofregamente.

Nos amamos ali mesmo no sofá. Com calma, com paixão, com carinho, e porque não dizer com amor? Depois James me levou em seu colo para a nossa cama, e quando estávamos confortáveis sobre nossos lençóis de algodão, pegou o telefone e pediu um take-out para o jantar.

XxXxXxXxXxX

Infelizmente o final de semana passou praticamente num piscar de olhos, e apesar de tê-lo passado todo na companhia de James me idolatrando, me amando, ainda não foi possível tirar Edward e nosso casamento da minha cabeça. Eu temia o que poderia acontecer durante uma semana, estando longe de tudo que mantém minha sanidade, ficando perto da pessoa que causou o maior e o pior pesadelo em minha vida, e me fazendo reviver aquela relação que só me fizera mal.

Se eu conseguisse sair ilesa desta semana, eu sabia que ainda teria uma chance de prender o il dio. Mas a verdade era que eu tinha imensas dúvidas de que conseguiria passar essa semana sem que uma ferida não se abrisse e voltasse a sangrar me matando mais uma vez por dentro. O mesmo sentimento de falha, fracasso, que eu tinha sobre a prisão de Aro Volturi, voltava e só fazer parecer a idéia mais impossível.

Com as minhas malas prontas, segunda-feira pela manhã James me levou ao aeroporto, para não chamar a atenção sobre onde eu iria, comprei passagens de ida e de volta para Jacksonville, caso ele investigasse algo. Assim como eu 'iria' para a Flórida meu vôo saia três horas antes do que eu realmente embarcaria, aquele que me levaria para a Europa, para Veneza, com meu marido.

Uma hora e meia antes de embarcar, Edward chegou com seu sorriso prepotente no rosto, me localizando rapidamente na sala de embarque, com uma bolsa estilo carteiro em um de seus ombros, óculos escuros e vestindo calça jeans e camisa azul escuro, vindo até onde eu estava.

- Bom dia senhora Masen. – provocou.

- Guarde essa farsa para Veneza, Cullen. – devolvi irritada.

- Sabe Bella, se você deixasse se levar pelas coisas, você seria mais feliz. – disse sentando-se na cadeira ao meu lado.

- A ultima vez que me deixei levar pelas coisas eu me casei com você. – respondi levantando-me de onde estava indo em direção a cafeteria que ficava na sala de embarque.

Infelizmente Murphy me odeia, e claro que Edward veio atrás de mim para me azucrinar. Suspirei ruidosamente, fingindo que ele não estava do meu lado, pedi um café expresso simples para a atendente, indo e depois me sentando em uma das mesas.

- Sabe Bella, você diz como se eu fosse o único culpado pelo nosso casamento. – o infeliz disse despreocupadamente na minha frente. – Se não me falhe a memória, foi você que quis fazer um pré-nupcial. – disse sorrindo, retirando seus óculos escuros e me fitando com o verde esmeraldino de seus olhos.

- Eu sei que fui eu quem deu a idéia Edward, infelizmente eu não me esqueci disto. – explanei, levando a xícara de café aos meus lábios tomando um longo gole.

- Por que você pediu o divórcio, Bella? – perguntou repentinamente.

- Eu já te respondi isto outro dia e no tribunal em Vegas. – repliquei.

- Sem essa de que "eu era jovem e tola, não tendo conhecimento da vida conjugal", isso não é de seu feitio. Vai Bella, diga o real motivo para a nossa separação? – questionou com seus olhos estreitados. Tive que rir em ironia.

- Eu não sei se você é ou se faz de idiota, Edward. – devolvi.

- Se esquivando novamente Isabella Marie Swan Cullen? – provocou-me. Senti a minha raiva em ebulição. Fechei minhas mãos em punho, sentindo minhas unhas perfurando a palma da minha mão. Minha respiração estava pesada e ruidosa.

- Como você é cínico Edward, como se não se lembrasse do que me fez; você e aquela... deixa para lá. – disse levantando da minha cadeira e indo para a fila de embarque.

Não demorou muito para que eu estivesse sentada confortavelmente no meu lugar ao lado da janela dentro do avião. Porém me lembrei que tinha que colocar um pequeno acessório em minha mão esquerda.

Retirei o envelope onde mantinha a reserva do hotel, o cartão de crédito com meu nome falso e minha antiga aliança de minha bolsa, buscando dentro dele aquele anel que significava tantos sentimentos que nem mesmo eu conseguia elencar. Segurando as lágrimas que marejavam meus olhos o coloquei em meu dedo anelar esquerdo. Minha aliança. A prova de que Edward e eu nos amamos um dia.

Tentando ignorar aquele metal que agora adornava meu dedo, guardei minha bolsa no maleiro acima das poltronas, resolvendo retirar meu MP4 e um livro – afinal, seriam vinte horas de vôo, com três escalas, uma em Nova Iorque, outra em Dublin na Irlanda, outra em Roma e a ultima finalmente em Veneza.

Sentada novamente em minha poltrona olhando pela janela o movimento do terminal aéreo de Washington, eu brincava despreocupadamente com o anel que agora estava em minha mão esquerda, quando um movimento ao meu lado chamou a minha atenção. Porém, não era necessário eu me virar para ver quem era, pois só podia ser uma pessoa: Edward.

- Sabe, já está ficando cansativo você fugindo de mim, Bella. Porque você não seja adulta e enfrente seus problemas cara a cara. – disse ao meu lado.

- Eu enfrento meus problemas cara a cara, Edward, eu só não suporto saber que terei que ficar com você por uma semana, numa das cidades mais românticas do mundo. – respondi, irritada sem olhar para ele.

- Não era seu sonho passar a lua de mel na Europa? – perguntou divertido.

- Podia ser quatro anos atrás, mas não é mais agora. – respondi irritada.

- E onde seria agora? – sim, o bastardo estava curioso.

- Não é da sua conta. – disse me virando para ele. Mas creio que o reflexo do anel em minha mão chamou sua atenção, pois logo ele estava pegando a minha mão esquerda com as suas.

- Eu havia me esquecido como ela ficava linda em sua mão. – disse baixinho, enquanto uma mão sua acariciava a minha, e a outra deslizava pelo anel delicadamente. – Quantas lembranças boas, não? – questionou, fitando meus olhos. Rapidamente retirei suas mãos da minha, afastando o contato, antes de murmurar:

- Eu não tenho nenhuma lembrança boa. – para evitar que ele falasse novamente comigo coloquei meus fones de ouvido e abri meu livro. A bipolaridade de Edward me irritava.

XxXxXxXxXxX

Vinte e duas horas depois, e com seis horas de fuso-horário, chegamos em Veneza, mas como o Aeroporto Internacional Marco Polo, ficava no continente e não em Veneza propriamente dita, tínhamos cerca de mais uma hora até o hotel.

Felizmente Edward estava cansado e tentando se entender com um livro de dialetos italianos, por isso não precisamos fingir qualquer demonstração de afeto, já bastava que tivemos que andar de mãos dadas no aeroporto de Dublin, Roma e até encontrar um taxi em Veneza, claro sem deixar de citar esses italianos me chamando de signora Masen.

Mas antes o caminho de taxi durasse uma semana, pois quando o mesmo parou em frente ao hotel, lá se foi eu e o Cullen fingirmos ser um casal apaixonado, pelo menos eu não precisava mostrar muita animação com a desculpa do cansaço da viagem.

Edward cuidou da entrada no hotel, dando nossos 'nomes' e dados, e como era previsto tínhamos uma suíte reservada para nós. Nenhuma surpresa, Eleazar cuidou de tudo. Logo o recepcionista estava pedindo para um funcionário levar nossas coisas para o quarto, enquanto ela pedia para que assinássemos os papéis de entrada no hotel, era estranho assinar Marie Masen, mas era o que tinha que ser feito.

O funcionário encarregado de nos levar ao quarto nos guiou até o elevador, que sem demoras começou a se movimentar, parando no terceiro andar. Edward que havia enlaçado nossas mãos no saguão de entrada, ainda mantinha-as assim, pelas aparências, mas eu podia dizer com toda a certeza que o infeliz estava adorando todo esse fingimento.

Quando finalmente chegamos ao terceiro andar, o funcionário seguiu a frente pelos corredores não tão largos do hotel, até que parou em uma porta branca que era indicada por um número: trezentos e sete. O mesmo número do quarto em que ficamos em Las Vegas quando casamos. O destino definitivamente estava de brincadeira comigo.

- Signor e signora Masen, la sua suíte luna di miele. – disse o homem com seu sotaque acentuado.

- Grazie, Donatello. – respondeu Edward, com um sotaque italiano estranho. O homem olhou torto para Edward, e eu tive que me segurar para não rir.

- Tenham uma buona tarde. – disse o homem se afastando pela porta, assim que a mesma fechou não consegui me segurar e cai na gargalhada.

- O que foi? – perguntou Edward.

- Seu italiano é ridículo! – exclamei, ainda rindo.

- Você viu o nosso quarto, querida? – provocou irritado.

Lacei um olhar ao quarto. Ele era lindo. Era sofisticado, mas sem deixar de ser simples. Uma belíssima e imensa cama de dossel estava localizada no centro, seus detalhes de madeira eram provavelmente entalhados a mão. Lindo. O que combinava perfeitamente com os móveis em pátina e o dourado iluminando o quarto contra o piso acarpetado de azul escuro. A cama estava coberta com uma colcha de um tom de lavanda, que era do mesmíssimo tom das cortinas do dossel e dos estofados das cadeiras, era um quarto espetacular, mas a lembrança do porque estávamos ali, juntos, me atingiu:

- Só uma cama. – disse desanimada, já que devido à realidade meu animo desapareceu.

- Como se nunca tivéssemos dividido uma Bella, na verdade já dividimos algumas menores do que essa. – disse sedutor, se jogando nela.

- Gahhh... por que você tem que ser tão inconveniente e ficar me lembrando dessas coisas, qual é seu problema Edward? – perguntei, indo até onde minha mala estava.

- Eu gosto de vê-la irritada. – disse despreocupadamente, enquanto tirava aos chutes seus sapatos sem sair da cama.

- Idiota. – murmurei, levantando da onde estava agachada pegando uma roupa em minha mala e indo em direção ao banheiro.

- Deixe a porta aberta meu amor, eu posso querer ir me banhar com você. – disse a risadas.

- Nos seus sonhos, Edward. Nos seus sonhos. – rebati, fechando a porta com força e a trancando.

Essa semana pelo jeito custaria a passar.

XxXxXxXxXxX

Depois de um banho relaxante e razoavelmente morno - porque o calor veraneio que fazia na costa italiana no mês de agosto fazia ser impossível de tomar um banho quente -, vesti uma roupa confortável e leve, para voltar ao quarto. Assim que entrei no mesmo pude visualizar Edward adormecido na cama. Ele era tão lindo, que não tinha como não admirá-lo. Edward era como uma escultura de um deus grego: perfeito.

Meu corpo estremeceu ao lembrar-se do corpo perfeito e razoavelmente atlético de Edward. Sim, seu corpo havia mudado durante os últimos quatro anos, pude comprovar isso naquela missão as Ilhas gregas. Naquele cruzeiro.

Lembranças daquele tarde na minha cabine me inundaram. Edward e eu ainda éramos encaixes perfeitos um no corpo do outro, era como se nunca tivesse tido separação. Nossos corpos se reconheceram. O desejo, a luxúria, a paixão, o amor todos ali juntos naquele momento.

Tentei retirar esses pensamentos da minha cabeça, eu não podia trair James mais uma vez. Mas será que se eu o traísse com o meu marido isso seria uma traição? Eu não sabia mais a definição da palavra traição, da infidelidade. Eu estava cansada de tudo, eu precisava de um tempo.

Caminhei lentamente até a minha mala, em busca dos meus medicamentos e logo encontrei o frasco de tampa preta onde estava o que eu queria, eu sabia que a minha dose não poderia passar de um comprimido ao dia, mas eu estava tão cansada, tão cheia de tudo e de todos que optei por tomar dois comprimidos. Nada me aconteceria.

Arrastando-me fui até o lado esquerdo da cama, onde Edward não ocupara e me deitei ali, deixando as lembranças de um tempo feliz me tomar ao invés da tristeza, da raiva e do ódio que pareciam estar em ebulição.

Serenamente tudo começou a rodar lentamente, como se tivesse caindo em um poço sem fim, mas eu não sentia medo, aquele lugar era confortável, tudo porque lá eu estava com ele, sem traições, sem mentiras, sem farsas, somente com promessas, amor, desejo. Como se sempre fosse assim.

XxXxXxXxXxX

Estava frio.

Estava úmido.

Meu corpo estava irresoluto, praticamente sem sentidos. Mas como eu estaria sem sentidos se ouvia o barulho de chuva ao longe, sentia um aroma de lavanda fraco ou sentia algo praticamente perfurando meu corpo?

Eu sentia minhas pálpebras pesadas e praticamente grudadas de tão bem fechadas que estavam. Eu não queria abri-las, mas eu tinha que fazer, não sei o porquê, mas eu tinha.

Tentei mais uma vez forçar as minhas pálpebras se abrirem, desta vez sendo bem sucedida. Mas tudo a minha volta estava embaçado e muito claro, aquela claridade me incomodava como se tivesse queimando minhas retinas, por isso pisquei várias e seguidas vezes tentando me acostumar com ela, mas era difícil. Finalmente a claridade não era tão incomoda, desta maneira tentei me situar onde estava.

Era um lugar estranho, eu nunca estive ali antes. As paredes eram um misto de branco e azul, e um chuveiro com uma água gélida caia sobre minha cabeça, era ela que me fazia sentir frio e me sentir úmida, era ela também que fazia o barulho de chuva e me perfurava a pele. Mas o que eu fazia ali? Eu me lembro de ter deitado na cama, mas será que eu havia feito mesmo?

Lancei outro olhar ao lugar onde eu estava no exato momento em que a água parava de cair sobre minha cabeça. Procurei a pessoa que havia feito aquilo parar, era alguém alto, atlético, seus cabelos eram uma desordem familiar apontando para todos os lados de uma cor meio bronze, seus olhos – apesar da distância – eram verdes brilhantes. Eu conhecia essa pessoa. Ela era especial na minha vida, mais eu não sabia o porquê. Pisquei mais algumas vezes, tentando restabelecer minha consciência, mas era difícil.

A pessoa me estendeu um copo com alguma coisa, água talvez? Não sei dizer, só que naquele segundo percebi que estava sedenta, o virei de uma vez saboreando o líquido fervente e amargo descendo por minha garganta. Senti minha língua queimando, mas ela estava adormecida ainda. Era uma sensação estranha.

Procurei novamente a pessoa que havia me entregado o copo, o devolvendo agora vazio. Ele não estava muito longe de mim, provavelmente sentado em algum lugar, seus olhos eram cuidadosos, curiosos, temerosos e questionadores sobre mim. Eles me deixavam perturbada.

Eu queria lhe dizer 'obrigada', mas parecia que a minha voz havia sumido, ela, assim como grande parte do meu corpo ainda estava adormecida. Fitei os olhos da pessoa, torcendo para que ela notasse o pedido de desculpas neles, mas eu acredito que ele não notou, pois estreitou seus olhos em fendas, me observando com intensidade.

Era como estar em um palco, nua para uma platéia imensa. O olhar intenso dele me fazia sentir assim: nua, mais protegida, era estranho. Puxei uma respiração profunda, sentindo minhas narinas queimar por conta da umidade salinada, aquilo me incomodou e levei minhas mãos ao meu nariz para livrá-lo do incomodo.

Procurei a pessoa novamente para tentar lhe perguntar quem era, mas quando a olhei, desta vez eu soube.

- Edward? – chamei com um fio de voz.

- Desde quando você vem tomando antidepressivos, Bella? – perguntou sem rodeios com a expressão séria.

Tive que engolir em seco. Desde quando eu tomava antidepressivos? Desde que você me traiu, Edward. Desde o nosso divórcio. Mas eu não lhe daria essa resposta. Ele não a merecia.

- Há um tempo. – respondi ainda com a minha voz rouca.

- Quando Bella? – questionou autoritariamente.

- Não é da sua conta, Edward! – exclamei alto, sentindo minha garganta praticamente rasgar por causa da força em que exclamei.

- É sim Bella, sua saúde é de minha conta, será que você esqueceu que somos parceiros? Que um deve cuidar da integridade física e da saúde do outro? – a intensidade de sua pergunta era perturbadora, mas eu sabia que ele tinha razão, e não era só pelo direito que o matrimônio nos concedia, era uma das obrigações que o código do FBI dispunha.

- Não são antidepressivos, são para o estresse. – respondi tentando me levantar da onde estava sentada, mas falhando miseravelmente. Vendo meu esforço em ficar em pé Edward veio me ajudar, mesmo que sua expressão ainda fosse de desgosto.

- Eu não sei quem você quer enganar Bella, se sou eu ou você mesma, mas eu encontrei a receita em sua bolsa, segundo ela você toma antidepressivos desde quando nos separamos, por quê? – perguntou enquanto me levantava de onde estava sentada em seus braços.

A pele quente de Edward, contra a minha fria, causou-me arrepios, mas eles não eram de frio, eram de desejo. Seu peito estava nu, ele usava apenas uma bermuda, que eu não conseguia saber que cor era porque seu pescoço alvo chamava a minha atenção. Seu pomo de adão subia e descia lentamente, era um movimento tão sedutor, tão erótico.

Não contendo minhas mãos toquei suavemente com meus dedos seu peitoral, sentindo Edward tremer ligeiramente, voltando o seu olhar para mim. Seus lábios estavam entreabertos e vermelhos. Eles eram tão convidativos. Molhei meus lábios somente por olhar aquela boca, procurei os olhos de Edward, e eles estavam grudados no meu.

Nenhum momento desvinculei meus olhos dos dele, somente continuei arrastando meus dedos em direção ao seu pescoço e depois nuca; nesta por sua vez fiz meus dedos se enterrarem em meio a seus cabelos bronzes, Edward fechou seus olhos aproveitando o toque, enquanto seus lábios formavam um pequeno 'O' silencioso.

Eu queria beijar Edward.

Não, eu precisava beijar Edward.

Mentira, eu necessitava beijar Edward.

Aproximei meu rosto do seu, correndo o meu nariz por seu pescoço longo sentindo seu perfume amadeirado e masculino. Ele somente tremeu com o toque, tomei sua reação com resposta, fazendo a minha outra mão acompanhar a que já estava em seus cabelos, enquanto virava seu rosto para o meu, o puxando para um beijo sôfrego.

Edward não hesitou, na verdade ele respondeu o beijo com o mesmo fervor que reivindiquei. Nossos lábios se encaixavam como antes, nossas línguas pareciam se reconhecer como sempre era antes.

Era desesperador, mas de um jeito contido, calmo. Era apaixonado, luxurioso, delicado.

Inesperadamente ele voltou a se movimentar, mas sem quebrar o beijo que dávamos. Senti a maciez do colchão contra as minhas costas que estavam úmidas, mas não me incomodei, porque logo o corpo masculino e quente de Edward se moldava ao meu. Nosso beijo era apaixonado, minhas mãos eram indecisas, ora estavam em meio a seus cabelos bronzes, ora em suas costas a arranhando. As suas, todavia, deslizavam por minhas coxas as apertando levemente, ou então subindo a blusa que eu estava até retirá-la.

Eu queimava em desejo.

Eu precisava sentir Edward, como se precisasse de ar. Eu queria sentir sua pele em contato com a minha. Eu queria sua boca urgente deslizando por meu corpo. Eu queria sentir seu gozo em minha boca. Eu queria dar o meu orgasmo para ele. Eu queria que juntos chegássemos ao ponto alto do prazer.

Edward parecia motivado, seus lábios estavam conectados aos meus movendo-os juntos, despertando todas as sensações imagináveis. Suas mãos pareciam ter se multiplicado, elas estavam em todas as partes do meu corpo, seja massageando, apertando, ou somente acariciando.

Eu queria mais de Edward, e sabia exatamente como conseguir. Minhas mãos hábeis e sábias deslizaram pela lateral de seu corpo encontrando o que buscava: o cós de sua bermuda. Lentamente comecei a deslizar sua bermuda por seu corpo, porém Edward sentiu, quebrando o nosso beijo, fitando meio perdido meus olhos.

- Apenas... me beija – disse sobre seus lábios, dando-lhe um selinho. –, e aproveite. - não precisei dizer mais nada, para que seus lábios voltassem aos meus, e suas mãos continuassem deslizando pelo meu corpo levando consigo meu shorts e lingerie.

Logo estávamos eu e Edward, nus sobre aquela cama nos beijando sofregamente. Nossas mãos exploravam o corpo um do outro com carinho, paixão. As mãos de Edward no meu corpo eram suaves e lentas, como se apreciasse a maciez de uma seda. Por sua vez, as minhas mãos em seu corpo eram ásperas e desejosas, eu queria sua virilidade sob meus dedos.

Nossos lábios e línguas não estavam satisfeitos somente em sentir nossas bocas, eles precisavam sentir nossos corpos. Eu fui a primeira a dar um beijo languido e molhado em seu pescoço, o fazendo tremer e gemer de prazer. Mas Edward não se entregava tão rápido assim, porque no segundo seguinte seus lábios é quem faziam um caminho de fogo por meu pescoço. Um longo e efêmero gemido saiu por meus lábios, que incentivaram Edward, que sorriu contra a pele da minha clavícula.

- Edward. – supliquei como um gemido baixinho. Ele ignorou a minha suplica, deslizando suas mãos por minhas coxas e seus lábios indo entre o vão dos meus seios.

Era aquilo que eu precisava. Não, eu precisava de muito mais, e ele sabia disso porque a ponta de sua língua fez um caminho lento e de fogo em direção ao meu seio esquerdo, e quando sua língua já estava saciada, foram seus lábios que beijavam, sugavam meus seios.

Gemia audivelmente e me contorcia sob Edward, mas ele só era mais inspirado pelas minhas reações, e quando um tremor assolou por meu corpo, ele abocanhou meu seio, fazendo sua língua brincar com meu mamilo.

Eu estava em chamas.

Edward estava se deliciando com meu seio esquerdo, enquanto sua mão esquerda massageava meu seio direito. Depois de um tempo, ele trocou os lados, fazendo o mesmo processo que antes, me deixando ainda mais desesperada por mais.

Minhas mãos apertavam seus ombros, quase que os perfurando com minhas unhas, mas ele não parecia se incomodar, ao contrário, aquilo parecia motivá-lo ainda mais. Sua mão que não estava massageando meus seios estava em minhas coxas a apertando com desejo e luxúria, descendo e subindo quase tocando meu centro quente e pulsante.

Ele sorriu contra meu seio, mandando o ar quente de sua respiração contra a umidade que seus lábios deixaram nele, que me fez arrepiar e tremer, mas sua próxima ação não foi prevista por mim, porque Edward me penetrou com seus dedos, arrancando um gemido gutural dos meus lábios.

- Tão molhada. Tão pronta para mim. – sussurrou em meu ouvido, mordiscando o lóbulo da minha orelha.

- Edward. – gemi, fazendo seu nome sair cantado por meus lábios. Ele somente sorriu, buscando com urgência os meus lábios, e os beijando com fervor, enquanto seus dedos penetravam em mim lentamente e seu polegar massageava meu clitóris. Eu gemia cada segundo mais alto.

- Isso é música para os meus ouvidos. – sussurrou contra meus lábios. Somente murmurei uma afirmação, em quanto seus lábios desciam por meu corpo, beijando meus seios, deslizando-os para a minha barriga, circulando meu umbigo com sua língua. Eu tremia, gemia, estava praticamente em alfa, enquanto seus dedos continuavam a bombear em mim.

Seus lábios agora estavam sobre meu sexo, o beijando lentamente. Fazendo-me contorcer de desejo. Lentamente ele retirou seus dedos de mim, causando em mim um gemido de protesto, que o fez rir sonoramente. O ar quente de seu sorriso contra meu sexo úmido e pulsante me levava à loucura.

Inesperadamente seus lábios atacavam minha feminilidade com sua boca e língua. No segundo em que seus lábios tocaram-me intimamente eu me contorci em expectativa, sentindo todo o meu desejo queimando as minhas entranhas. Um novo tremor de excitação por conta de seus lábios me assolou, e no segundo seguinte, ele me invadiu com sua língua quente e voraz. Tudo ao meu redor foi esquecido e as únicas coisas que importavam ali era eu, Edward e sua língua me levando a outra dimensão.

Ele me chupava de uma maneira tão sedutora, tão amável que estava impossível respirar. Sua língua traçava um caminho lento e pecaminoso por todo o meu sexo, indo até meu períneo, fazendo-me arquear meu quadril por mais. Depois lentamente sua língua fez movimentos da esquerda para direita, de cima para baixo em todo o meu sexo, deixando-me ainda mais desejosa por mais. Seus dentes morderam suavemente meus grandes lábios, fazendo um urro de prazer romper por minha boca.

Sua língua circulava vagarosamente meu clitóris, para em seguida ele aumentar a velocidade, e sempre alternando entre rápido e lento, rápido e lento. Para em seguida ir novamente da esquerda para a direita, de cima para baixo, sempre alternando a velocidade, sua língua que antes era calma, estava frenética estimulando todo o meu sexo, por vezes conseguia sentir leves mordidas, e por outras sucções, ali era o paraíso que eu gostaria de estar, que eu amava estar.

Sem tardar muito a minha pulsação e meus batimentos cardíacos ficaram aceleradissímos, meus músculos se contraíam involuntariamente, um arrepio inexplicável tomou todo o meu corpo, seguido daquele tremor em minha barriga, apesar do ar condicionado do quarto o suor escorria em minha nuca, indicando que meu extremo estava próximo, creio que Edward também notou, pois deliberadamente intensificou seus movimentos em minha intimidade estimulando de maneira voraz meu clitóris, e com um tremor involuntário a sensação de entrega me tomou, senti me liberando na boca de Edward que se deliciava do meu orgasmo, deixando-me ainda mais extasiada.

Assim que ele se afastou minimamente de minha intimidade, agarrei com o máximo da força que me restava seu rosto para nos beijarmos com fervor. Sentir meu gosto nos seus lábios, na sua boca era prazeroso, mas eu também queria sentir o seu gosto. E ainda utilizando do máximo da minha força consegui fazer Edward deitar na cama e em seguida me coloquei em cima dele, sentindo a sua ereção pulsando em minha entrada, ele gemeu por conta disso, e eu sorri presunçosamente.

- Eu quero te levar ao paraíso. – disse.

- Você já me leva. – replicou sorrindo.

Tive que sorrir satisfeita, eu ainda me lembrava como era sentir Edward gozando em minha boca. E mais do que nunca eu precisava disto. Minhas mãos correram por suas coxas musculosas, indo até a sua virilha encontrando meu pau rígido. Era o que eu necessitava.

- Bella. – ele gemeu luxuriantemente, o que me fez sorrir presunçosa.

Sem hesitar levei as minhas mãos um pouco gélidas, mas desejosas, até ele, fazendo movimentos lentos de cima para baixo que fizeram Edward urrar. Tomada pela luxúria que o urro de Edward fez crescer em mim passei a estimulá-lo com mais agilidade, e da mesma maneira que ele fez em meu sexo eu alternava movimentos lentos com rápidos.

Não resistindo mais a vontade de tê-lo o levei inteiramente em minha boca o que foi suficiente para ele choramingar meu nome, sorri presunçosamente, e comecei a trabalhar com minha língua por toda aquela extensão, ora eu só acariciava, por outras dava beijos, por outras ainda eu sugava a pele sensível, ou ainda circulava com minha língua.

Edward respirava pesadamente, sibilando palavras incoerentes, mas a que mais estava presente entre elas era "Bella". O coloquei novamente todo em minha boca e enquanto minha língua o acariciava comecei a estimulá-lo em sua base com minhas mãos. O percebi se contorcendo, eu sabia que seu extremo estava chegando já que seu membro estava mais rígido do que antes.

- Bella... eu... eu... estou quase lá... – disse lentamente, quase como uma suplica. Sua voz sumiu depois de soltar um gemido gutural me fazendo intensificar meus movimentos, e sentindo um tremor vindo dele, para em seguida se liberar em minha boca.

O sabor de Edward era espetacular. Eu senti uma falta absurda de senti-lo, era como estar em casa depois de muito tempo, saboreando um bom vinho na melhor companhia possível. Engoli todo seu líquido como sempre fiz, sentindo Edward relaxando embaixo de mim, e quando não tinha mais nenhum vestígio de seu gozo no seu pau comecei a trilhar um caminho de beijos por seu abdômen, peitoral, terminando em sua boca, onde o meu gosto ainda era existente, misturando-se com o dele formando um sabor único. Um sabor que eu sentia muita falta.

Afastamos-nos olhando um no olho do outro. Era uma paixão, um desejo, um amor ensandecido que brilhavam ali, em seus orbes espetacularmente verdes, e poderia dizer com quase cem por cento de certeza que os meus se encontravam da mesma maneira.

- Eu... eu... te... – começou, mas coloquei meus dedos sobre seu lábio o impedindo de falar.

- Shiuuu... – pedi. – Não diga nada Edward, somente me faça sua. – implorei.

- Se é o que você deseja quem sou eu para negar um pedido destes para a minha esposa? – disse, com um sorriso torto em seus lábios, em seguida invertendo nossas posições, ficando em cima de mim. Ele me encarou com toda a potência de seu olhar, deixando-me mais entregue a ele.

- Cala a boca e me beija... – ordenei, puxando o seu rosto para o meu, o beijando mais uma vez sofregamente. Nossos lábios eram violentos desta vez. Nossas línguas pareciam batalhar por espaço. Nossos dentes mordiam com determinada força os lábios um do outro, eu podia até mesmo sentir a acidez do sangue, mas não me incomodei, porque eu notei Edward se posicionando entre minhas pernas, sentindo em seguida ele me penetrando com urgência.

A cada centímetro que ele me preenchia fazia-me sentir plena, mais necessitada por este homem que era como uma parte de mim. E quando finalmente ele estava todo dentro de mim, encarou-me com seus maravilhosos orbes esmeraldas que me fez retribuir com a mesma intensidade pelos meus castanhos chocolate. Ele me deu um sorriso torto, que eu retribuí, para em seguida começar a se movimentar lentamente.

Nossos olhares estavam conectados, não se desviavam, e ele fazia movimentos lentos de vai e vem, depois começando a aumentar a intensidade de suas estocadas, logo comecei a rebolar embaixo dele, o que foi seguido por ele, fazendo o prazer nos consumir mais ainda. Passei a desejar um contato maior de nossos corpos, abraçando-o com minhas pernas. Ele gemeu de prazer, o que foi logo em seguida acompanhado por mim, minhas unhas arranhavam suas costas com força e ele parecia não se importar com isso.

Com mais umas estocadas comecei a sentir meus batimentos cardíacos e minha pulsação se acelerando, nosso suor se misturando formando uma fragrância erótica e conhecida, nossos músculos se contraíam juntos como se fossem somente um corpo, seguindo por um tremor que surgia em algum lugar em Edward e espalhava-se por todo o meu corpo, a sensação de entrega já nublava todos meus outros sentidos.

Edward começou a estocar com mais agilidade, seu olhar penetrante no meu dizia para virmos juntos, e com um novo tremor, um tremor de entrega alcançamos nosso ápice, um gemendo audivelmente o nome do outro. E enquanto ele se liberava dentro de mim, puxou-me para um beijo urgente, luxurioso, desejoso e sôfrego.

Lentamente Edward saiu de mim, deitando-se ao meu lado na cama. Sua respiração estava arfante e irregular, assim como a minha. Seu peito subia e descia buscando ar, da mesma maneira como o meu. Um sol tímido entrava pelas janelas, refletindo o dourado dos móveis pelas paredes branco gelo, com detalhes cinza suave. Os únicos sons no quarto eram os de nossas respirações ruidosas e do ar condicionado.

Inesperadamente Edward começou a rir. Virei me para ele, tentando entender qual era a piada, mas não obtive resposta. Ele sabia que eu não suportava ter uma resposta. Ignorando meu orgulho questionei.

- Qual é a graça? Também quero rir. – ele riu mais uma vez sonoramente.

- Você consegue me distrair muito bem ainda Bella. – disse com um sorriso na voz.

- Como assim? - perguntei confusa.

- Você vai me dizer desde quando toma antidepressivos? – perguntou sem rodeios, virando o seu olhar para mim.

- Não. – disse sorrindo, me levantando da cama. Ele riu, mas não tinha nenhum humor.

- Vai dizer que o que aconteceu aqui também foi um erro? – perguntou irônico. Respirei fundo, antes de respondê-lo:

- Não. – preferi ser breve, era melhor assim.

- Como? – perguntou reflexivamente sentando-se na cama e me olhando com atenção. Nossa nudez parecia não perturbar nenhum dos dois. – Não vai dizer que isso foi um erro e que devemos esquecer como foi na Grécia? – perguntou rudemente.

- Não. – respondi concisamente.

- Vai ficar sendo monossilábica, Bella? – questionou irritado.

- Não. – respondi para irritá-lo ainda mais.

- O que todos esses 'nãos' querem dizer, Isabella Marie Swan Cullen? – perguntou provocativo. Somente virei meu rosto em sua direção, estreitando meus olhos em fendas.

- Querem dizer exatamente o que parecem. Que viemos aqui para fingirmos ser um casal em lua de mel, aproveitando Veneza. – respondi, fitando com intensidade seus olhos verdes.

- E... e depois? – questionou curioso.

- Depois nós vemos o que dá. – disse dando de ombros. - Vamos lá Edward, temos que explorar Veneza. – disse, fingindo uma animação inexistente. Era engraçado, mas eu preferia ficar no quarto com ele.

- Você precisa vir acompanhada de um manual de instruções. – sibilou baixinho, mas mesmo assim ouvi e rindo sonoramente, entrando no banheiro e desta vez sem trancar a porta.

XxXxXxXxXxX

Edward e eu agimos como um perfeito casal em lua de mel, ninguém poderia dizer que estávamos apenas fingindo, mas será que realmente estávamos? Eu não sabia dizer. Resolvi ignorar todos os meus pensamentos, por nove dias eu seria Marie Masen, esposa de Anthony Masen e não Isabella Swan esposa de Edward Cullen.

Entre passeios de gôndola por toda a cidade, Edward e eu visitávamos os pontos turísticos, como: os museus Accademia, o Correr e o municipal; praças como a de São Marcos, Campo Santa Margherita e o Campo San Polo; os inúmeros palácios que haviam na cidade como o Palácio dos Doges, Palazzi Barbaro, Palácio Ca'Rezzonico, o Ca' d'Oro, o Contarini del Bovolo e o Grassi; como as infinitas igrejas da cidade, como a Basílica de São Marcos e a Basílica de São Pedro de Castello; e as pontes históricas, belíssimas e impressionantes que cruzavam a cidade e suas águas.

Claro que os passeios nas gôndolas apertadas, com os seus condutores cantando canções de amor em italiano colaboravam para que eu e Edward sentíssemos nossa libido crescente, e bastava chegarmos ao quarto do hotel em que estávamos que nossas roupas eram retiradas na velocidade quase que da luz.

Sábado pareceu chegar com rapidez, e enquanto tomávamos nosso café da manhã bateram na porta do quarto, Edward enrolado em uma toalha fora atender, foi impossível não rir, vê-lo enrolado naquela toalha branca falando seu italiano horrível, mas quando voltou onde eu estava, uma caixa branca e grande estava em suas mãos.

- O que é isso? – perguntei indicando com a cabeça a caixa, enquanto bebia meu suco de laranja.

- Não faço idéia, segundo o entregador um homem branco de cabelos cor de palha pediu para nos entregar. – respondeu dando de ombros, colocando a caixa sobre a cama.

Curiosa como sou, engatinhei sobre a cama abrindo a caixa. Tinha uma nota sobre o papel de seda branco. Rapidamente a peguei abrindo para lê-la em voz alta:

.

Edward e Isabella,

Espero que vocês tenham aproveitado intensamente Veneza durante essa semana,
mas como a lua de mel de vocês é uma farsa e vocês estão aí para trabalharem chegou esse dia. Como sei que vocês não puderam embarcar com suas armas, para
não chamarem a atenção para si mesmos, consegui que um contato meu na Itália
arrumassem para vocês revólveres iguais os que vocês usam aqui em Washington,
não devo deixar de dizê-los que as armas são para serem usadas só em último caso.
Hoje a missão de vocês é conhecer Aro Volturi e descobrir quem ele mantém por perto
e quem pode ser seus contatos criminosos na Europa e nos Estados Unidos,
confio somente em vocês para que essas informações sejam perfeitas.
Ahh... e claro, continuem interpretando bem seus papéis.

Boa sorte e bom divertimento no baile.

- Eleazar.

.

Assim que terminei de ler olhei para Edward, que mexia na caixa encontrando dois revólveres calibre trinta e oito, juntos com um terceiro não automático e pequeno, para provavelmente caber em minha bolsa de mão. Ele ergueu os dois revólveres calibre trinta e oito os analisando.

- O que? Vai querer brincar de "Senhor e Senhora Smith"? – provoquei, citando o filme com o Brad Pitt e a Angelina Jolie.

- Não. Definitivamente não. – disse guardando as armas na caixa. – Você provavelmente não me daria só uns socos. Conhecendo como eu te conheço você atiraria em mim para matar. – disse dando de ombros, antes de me puxar para um beijo carinhoso.

Com o bilhete de Eleazar em minha cabeça, enquanto Edward me beijava, uma pergunta martelava em minha cabeça: o que eu iria fazer com Edward? Eu o amava? Sim. Não. Talvez. Eu não sabia, a única coisa que eu me lembrava era que ele não era confiável e na primeira oportunidade me machucaria novamente. E James? O que eu faria com ele? Eu o amava e principalmente confiava nele, mas ele não merecia quem eu era: uma traidora.

Afastei esses pensamentos da minha cabeça. Eu me preocuparia com eles só quando estivesse de volta a Washington, enquanto isso eu aproveitaria uma lua de mel com meu marido.

Depois de um almoço em um barco próximo ao hotel, voltamos ao quarto onde tomei um banho longo e me dirigi ao salão de beleza que havia ali, para que arrumassem meu cabelo e minha maquiagem, enquanto Edward ficava no quarto.

Como Aro havia visto uma foto do meu cabelo que o informante lhe mandou, pedi para que fizessem algumas mechas avermelhadas. Não gostava de colocar química em meus cabelos, mas a situação pedia, pelo menos para assegurar meu disfarce. Após as mechas estarem feitas, o cabeleireiro começou a fazer o penteado que escolhi: uma trança meio solta, com ares de modernidade. Depois do cabelo fora a vez da minha maquiagem, como havia escolhido um vestido preto e uma máscara preta pedi para que deixassem meus olhos pretos esfumaçados.

Depois de três horas tendo "meu dia de princesa" finalmente eu estava pronta, só faltava o vestido. Voltei ao quarto para ver Edward com parte de seu smoking preto vestido. Sua camisa branca de botões negros estava marcada pelo suporte para armas e os dois revólveres calibre trinta e oito colocados ali. Olhei interrogativa para ele.

- Segundo algumas pesquisas que eu fiz a família Masen da Irlanda é proprietária de uma fábrica de armas e bebidas alcoólicas, não custa entrarmos no personagem pelo nosso bem. – disse dando de ombros.

- E você acha que não vão nos revistar? – perguntei descrente.

- Lógico que não. Esses milionários, todos andam armados. – explicou, pegando seu casaco que estava sobre uma cadeira e o vestindo.

- Se você está seguro disso. – disse, dando de ombros. Edward somente riu.

Ignorando os olhares dele sobre mim comecei me despir na sua frente. Não me incomodei quando seu olhar aumentou me vendo somente com uma calcinha minúscula preta, somente ri, pegando o vestido negro tomara que caia que estava sobre uma outra cadeira o colocando lentamente.

O cetim negro abraçou minhas curvas com perfeição. Ele era justo, em meus seios, cintura e quadris, mas na altura dos meus joelhos ele se abria, mostrando o corte sereia do vestido. Era um vestido simples, mas ele era absurdamente sexy, porém, como a beleza não ajuda a imaginação masculina, eu não conseguia fechar o zíper que tinha em minhas costas, e antes mesmo de pedir a Edward ele já estava o fechando lentamente, e depois deu um singelo beijo em meu ombro. Sorri, me virando para olhar para o rosto de Edward que sorria para mim, fazendo seus olhos verdes brilhar ao fitarem os meus.

- Obrigada. – respondi, mas não me afastei dele.

- Sempre as ordens, mia Bella signora. – disse com seu italiano horrível, mas desta vez as palavras soaram até sexies demais. Sorri animada, dando um sereno beijo no canto de seus lábios, que o fez sorrir torto para mim. Somente balancei minha cabeça, sentando na cama para colocar meus sapatos peep toes, e colocar algumas jóias, como brincos, pulseira e um anel.

Peguei minha máscara que estava sobre a mesinha de cabeceira, indo ao banheiro para colocá-la. Ela era negra, assim como o meu vestido, e tinha alguns detalhes em prata, bastante delicados, mas o que deixava mais... digamos, chamativa, eram umas penas negras que pegavam a lateral e em cima do meu olho direito. Coloquei perfeitamente sobre meus olhos, amarrado a fita de cetim atrás em minha cabeça, fazendo suas pontas ficarem acima da minha trança. Olhei a minha imagem no espelho e realmente gostei do que via.

Voltei ao quarto para ver Edward também com sua máscara – que era inteiramente negra -, seus olhos verdes esmeraldinos ficavam mais evidentes contra o preto o que me fez sorrir. Muito.

- Você está linda, Bella. – disse ainda com seu sorriso torto estampando o seu rosto.

- Você também não está nada mal, Edward. – devolvi ajeitando a rosa vermelha que estava em sua lapela.

- Falta somente um detalhe nesse conjunto. – declamou, retirando de seu bolso uma caixinha azul marinho.

- Edward! – protestei. Ele somente riu, retirando um fino cordão, com um pingente delicado em ouro branco.

- Somente um presente Bella, nada demais. – exprimiu colocando a gargantilha em volta de meu pescoço. Sorri indignada com Edward, pegando minha bolsa de mão que estava sobre a cama.

- Pronto? – perguntei um pouco nervosa.

- Sempre. Vamos lá descobrir o que esse infeliz tanto esconde. – disse com uma piscadela, estendendo sua mão para mim.

- Vamos. – sibilei com minha voz tremida.

XxXxXxXxXxX

O baile promovido por Aro Volturi não ficava muito longe do hotel em que estávamos. Na verdade o filho de uma puta escolheu o belíssimo palácio dos Doges. Como sempre, ostensivo e chamativo.

Edward e eu saímos do taxi que nos levou até ali de mãos dadas, aparentando ser um casal realmente muito feliz, uma vez que um sorriso prepotente não saia de seu rosto, e era estranhamente copiado por mim.

Como Eleazar havia nos dito, de fato nossos nomes – Anthony e Marie Masen -, estavam na lista, e como Edward supôs não nos revistaram. Entramos no grandioso salão que estava belamente decorado, era tudo dourado e vermelho. Chamativo, mas elegante. Encontramos nossa mesa sem muita demora e descobrimos ter que dividi-la com um casal francês e outro italiano, que pareciam se conhecer.

Edward e eu realmente estávamos agindo como um casal recém-casado, sempre nos tocando, trocando carícias singelas ou respondendo perguntas sobre o nosso relacionamento, que eram sempre meias verdades.

Já estava na metade do coquetel de entrada quando Aro e sua trupe chegou. Edward e eu que estávamos olhando para a porta, provavelmente fomos os primeiros a ver, mas com toda a certeza fomos os últimos a levantar e baterem palmas.

Aro vinha à frente, vestindo um smoking branco e uma mascara veneziana prata, sendo o próprio deus daquele lugar, não era a toa que era o il dio.

Logo atrás vinha Victoria Giordano acompanhada de Marcus Volturi. Ela vestia um exuberante vestido grafite, com uma máscara prata, enquanto ele usava, assim como os outros homens, smoking preto e mascaras venezianas pretas com detalhes em vermelho escuro.

Atrás de Victoria, surpreendentemente, vinha Irina Giordano Thompson que usava um belíssimo vestido dourado e uma máscara delicada do mesmo tom, acompanhada de Caius Volturi. Edward lançou um olhar confuso para mim, que era praticamente um reflexo do meu.

- Você não disse que ela havia sido deserdada pelo pai por casar com Laurent? – perguntou aos sussurros no meu ouvido.

- Acredite, estou tão surpresa quanto você. – explique-lhe da mesma maneira.

- Será... será que ela que passava as informações para ele? – questionou, voltando seus olhos para o homem de branco que estava no centro do salão.

- Não sei, Edward. – respondi, voltando meu olhar por onde as irmãs Giordano entravam.

Depois de Irina e Caius, veio Gianna Giordano que trajava um vestido roxo púrpura, com uma máscara prata de mãos dadas com Demetri Canavarro. Seguidos por Felix De Nicola e uma mulher loira escultural trajando um magnífico vestido vermelho escuro, que abraçava de maneira incrível suas curvas, ela, diferentemente das outras mulheres usava uma máscara de mão vermelha e preta.

Observei intrigada a mulher. Ela era muito familiar, só não sabia de onde a conhecia. Continuei observá-la caminhando para o centro do salão onde Aro se encontrava, mas fora somente quando ela estava próxima a mesa em que estávamos e que afastou a máscara de seu rosto, revelando uma outra menor, que reparando em seus olhos que eu a reconheci. E externando meus pensamentos a Edward, sussurrei:

- Jane? Jane Lewis?

.


N/A: Eitaa! *HUAHUAHUAHUAHUAHUA*

Sério que vocês achavam que eu iria terminar esse capítulo, assim sem nenhuma surpresa? Tisck tisck... vocês não me conhecem mesmo! *KKKKKKKKKKKKKKKKK* E olha que eu fui SUPER boazinha com vocês, coloquei até uma lemon Beward para os corações de vocês me perdoarem! *HIHIHIHIHIHIHI*

E tudo fica mais e mais confuso. Bella não diz exatamente o PORQUÊ pediu o divórcio a Edward, mas digamos que as pistas estão bastante claras... cof cof traição cof cof Renesmee cof cof... mas será que é só isso? Huuummm... não sei não... *HIHIHIHIHIHI*

Outro ponto que quero deixar CLARO para vocês é que a Bella não está grávida e provavelmente não ficará, talvez só no fim... digo bem no fim... ou não... o motivo dos "apagões" dela é realmente devido ao estresse, o nervosismo que ela vem passando, somado com seu emocional abalado e obviamente os antidepressivos que ela toma. Sim como notamos neste capítulo Bella toma antidepressivos desde se separou de Edward, e esse fator está ligado diretamente com o porquê do pedido de divórcio, então babes ACALMEM-SE eu irei explicar isso, eventualmente.

Juro a Bella me dá dor de cabeça, com essa inconstância dela, uma hora odeia, outra ama... Oh mulher difícil... juro essa bipolaridade dela e do Edward me dão nos nervos, mas se eu sou bipolar porque meus personagens não seriam, hein? *HUAHUAHUAHUAHUA*

Okay... tivemos uma Veneza como previa os planos.. romântica, sedutora, apaixonada e cheia de lembranças... *AIAIAIAIAIAIAI* Será que era essa idéia de Eleazar? Fazer com que os dois ficassem juntos e reacendessem o amor? E o que irá acontecer quando a realidade de Washington cair em seus ombros teremos mais brigas, discussões e desentendimentos? E quem é o infiltrado? *HUAHUAHUAHUA* Vocês estão MUITO equivocados em suas suposições, só digo isso.

Edward agora vai descobrir a mentira que a sua "noivinha" conta para o mundo, mas será tudo mentira? Ou terá um pingo de verdade ou parcialmente verdade relacionada no final? Questions, questions, questions... *HIHIHIHIHIHI*

Chega de ficar plantando duvidas em vocês, depois desse capítulo a la Passione – sim quando escrevia a parte da chegada deles no hotel comecei a rir sozinha imaginando aquele sotaque italiano do Paraguai sendo dito pelo Edward... *HUAHUAHUAHUAHUA* Me diverti horrores!

Nossa... já falei demais hoje, espero que se vocês gostaram do capítulo deixem-me saber, reviews e comentários fazem dessa autora uma mulher TÃO feliz! ;D

Como sabem, por enquanto eu ainda seguirei a minha idéia de postar de 5 em 5 dias, mas como TODOS sabem daqui alguns dias eu volto a estudar para OAB e o tempo volta a ser reduzido, mas tentarei escrever sempre que possível, ok?

Por enquanto, comentem MUITO, deixem MUITAS reviews dizendo o que vocês acham, o que estão achando, tudo... que daqui 5 dias eu venho contar mais um pouquinho sobre essa história, ok?

Não se esqueçam de ler e comentar em PDA, e quem tem twitter e não me segue, façam... vivo soltando spoiler lá ou dizendo o status do capítulo, como alguns dizem... só para torturar. É simples me achar: (arroba)carolvenancio.

OBRIGADA POR LEREM. AMO MUITO VOCÊS!

Beijos,

Carol.

.


N/B: Eu estou sob ameaça hoje, SÉRIO. Muito medo. Mas devo tirar a culpa da minha diva de cima dela, pois é justo. Ela escreveu esse capítulo MUITO RÁPIDO, e apesar das inconstantes insatisfações, e eu bem sei que isso deixa a Drama Queen com os nervos a flor da pele, o capítulo ficou 3 dias parados esperando eu terminar de betar. Vida adulta gente, fazer o quê? Mas se vocês tiverem que acusar alguém de passar um fim de semana em total expectativa (e quase a segunda-feira também) esperando esses dois Agentes bipolares e gostosos darem as caras, ACUSEM A MIM!

E depois de apanhar de vocês, eu me sinto mais tranqüila para elogiar.

EU TÔ FICANDO SEM COR, JÁ XD *fangirl mode on* Porque além de ter um lemon para acalmar minhas células pornográficas e maníacas por Beward, a Carol colocou algumas pequenas informações que mesmo sabendo delas a algum tempo, eu fico cheia de graça de presenciar como ela arruma jeito de enquadrar a história SEM FALHAS.

É ou não é uma DIVA?

Então, espero que vocês tenham curtido Veneza como eu curti, tenham morrido com a relação dos dois (dando uma leve amenizada) como eu morri e tenham apreciado a APARIAÇÃO DA SUPOSTA NOIVA DO EDWARD NO NINHO DE COBRAS DO ARO XD

Pronto, falei! XILIKE MESMO! Tô nem ai!

Agora é esperar pra ver como vai se desenrolar esse baile, quais informações vamos ter e assim tentar descobrir QUE DIABOS A JANE TÁ FAZENDO ALI TAMBÉM! AHHHHHHHHH! *entra em surto psicótico * xD

*fangirl mode off *

Quero as reviews ensandecidas de vocês, hein!

Bjos,

Tod.

.


Quer fazer uma pobre autora feliz? oO

Deixa uma review para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*

Ficarei encantada em ler!

É isso meus amores, obrigada novamente pelo carinho por essa minha fic.

Amo vocês!
.


ps.: mentiras, suspeitas, descobertas, brigas, separações... e tudo como sempre! ;D


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