Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 99
Run




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Enquanto Stefan dirigia, Adrienne mantinha contato com Katherine, tentando conseguir tirar alguma coisa dela, além do que ela lembrava. Queria se manter calma, mas, estava impossível não pensar que, se os vampiros mais fortes que existem na terra estavam desaparecidos, porque ela iria conseguir algo. Olhava pra Stefan, calmo, e tentava relaxar.

— Você está ansiosa ou tensa? - Ele perguntou, na décima vez que ela se ajeitou no banco.

— Não sei dizer. Acho que um pouco dos dois. Ansiosa pra chegar e ver a Katherine e tensa porque não sei o que espera por nós lá.

— Não tem porque ter medo, na pior das hipóteses, conseguiremos uma informação sobre a bruxa que possuiu o corpo da Elena. - Ele disse sorrindo, tentando acalmá-la.

— Não sei como você pode estar calmo desse jeito. - Ela disse, meio inconformada.

— Eu enfrentei alguns originais antes, já estive com meu coração, literalmente, na mão de alguns deles, acho que se consegui sobrevier a isso, o resto é vantagem. - colocou a mão na perna dela e sorriu, calmo e tranquilo, tentando passar a mesma vibração pra ela.

— E, se, tivermos lidando com bruxas tão poderosas quanto o Silas, por exemplo? Eu nem sei como vocês conseguem viver nesse turbilhão de confusão, tanto tempo. A época que passei fugindo com a Katherine, sempre que havia uma possibilidade de Klaus estar se aproximando, meu coração gelava, meu corpo paralisava e eu demorava dias pra me restabelecer. Vocês agem como isso fosse natural na vida de vocês. Só mais um dia em Mystic Falls. - disse a última frase com um tom de sarcasmo.

Stefan olhava pra ela e pra estrada intercalado. Parou no acostamento, se virou, com um semblante sereno.

— Mas é exatamente isso. É só mais um dia típico. Desde que Katherine entrou na minha vida, eu nunca tive um momento de paz e sossego. Até conhecer você. Antes da Elena, eu vivia entre os turbilhoes de vício e sangue de animais. Sempre na corda bamba. Depois dela, isso não mudou também. Damon, o tempo todo, Katherine, Elijah, Klaus, Rebekah, Esther. Caçadores, Silas. Essa é a minha normalidade. Eu lamento que você tenha sido sugada pro meio disso por minha causa.

Ela prestou atenção nas palavras e percebeu que ele falava sério, não era apenas pra acalmá-la. Ele estava acostumado a viver nessa confusão louca.

— Stefan, a culpa disso não é sua, eu tô nessa pela Katherine, e é você que está sendo sugado pro meio disso, por minha culpa. Se eu não tivesse deixado ela sozinha, ela não teria entrado na vida de vocês.

Ele nem a deixou terminar a frase. Se aprendeu uma coisa nesse tempo era de parar de se culpar pelas atitudes dos outros, e não ia deixar que Adrienne fizesse isso em relação a Katherine, logo quem.

— Hey, para! A única pessoa responsável pelas atitudes da Katherine é ela mesma. Por mais que você estivesse presente, ela só faz o que quer. Você pode ser a única consciência que ela tem, mas, ainda não é responsável por tudo de ruim que ela fez quando não estava contigo.

Adrienne acenou positivamente com a cabeça e concluiu.

— Tudo bem, entendido! Vou tentar relaxar. Mas agora corre, perdemos tempo com essa parada. Corre!

* * *

Katherine respondia tudo o que Adrienne perguntava, já um pouco impaciente, pois não conseguia lembrar mais nada. Finalizou dizendo que estava com dor de cabeça e ia dormir um pouco antes deles chegarem. Saiu da banheira, e foi pro quarto. Ligou a TV pra passar o tempo.

Não tinha noção do motivo de acordar sozinha no cemitério, mas, tinha certeza que não foi a toa. Se os bruxos estavam mesmo envolvidos no sumiço de Klaus e Rebekah, saberiam que agora ela é a cura, e não fariam nada que pudesse mudar o destino de Silas, afinal.

Explicaria sua tese pra Adrienne, quando ela chegasse, naquele momento só queria se distrair um pouco. Tudo estava extremamente confuso dentro da sua cabeça e ela só queria descansar.

* * *

Stefan dirigia o mais depressa que podia, sem chamar atenção de nenhum policial de estrada. Conseguiu convencer a namorada a dormir um pouco, a viagem era longa, e foi ideia dele passar a noite dirigindo. Gostava de pegar a estrada, e quando saiu de casa, em Mystic Falls, a ideia era mesmo dirigir sem rumo, até cansar.

Mas, esta noite era diferente. Estava uma noite clara, de lua cheia. E Adrienne adormecia ao seu lado. Ele não estava fugindo, pelo contrário.

Como ela lhe dava paz. Mesmo nervosa, com medo do que estaria por vir, ela lhe trazia uma calmaria na alma. Já estava dirigindo há muitas horas quando avistou uma lanchonete de beira de estrada, e decidiu dar uma parada pra esticar um pouco as pernas.

Encontrou o estacionamento, e quando parou o carro, ela acordou, assustada.

— Já chegamos? - meio tonta, se ambientando, completou. - Não... Por que paramos aqui?

— Vou esticar um pouco as pernas. Procurar alguma coisa pra enganar a fome, também. Quer alguma coisa?

Ela decidiu entrar com ele. “Enganar a fome” não era exatamente o que um vampiro estripador precisava quando estivesse faminto. Ficou com medo dele não se controlar estando lá dentro, com pessoas. Mas, também estava faminta, e de repente, poderiam se alimentar sem matar ninguém.

O lugar não estava cheio, mas, tinha bastante gente. Alguns viajantes como eles e alguns caminhoneiros. Escolheram uma mesa afastada, e pediram um café enquanto olhavam o cardápio. Já estavam em mais da metade do caminho, em alguma cidadezinha do Alabama. Stefan perguntou se Adrienne não gostaria de parar em algum lugar pra dormir um pouco. Estavam bastante adiantados, até.

— Você tá cansado? Quer trocar a direção? Eu vou dirigindo. - ela disse, ansiosa.

— Não, não estou. Mas, acho que você deveria dormir um pouco, pois quando chegarmos lá, você não vai dormir, e pro que temos que fazer é bom estarmos descansados. - Ele disse, tentando ser convincente. - Além disso, mesmo que a gente pare agora, ainda chegaremos lá bem cedinho.

— É, mas, aí então, era melhor ter dormido em casa e ter vindo de avião, certo?! Não, não, vamos logo, eu durmo quando chegarmos lá!

Stefan ainda tentou argumentar, mas, foi vencido com o argumento do avião. Desistiu.

— Estou faminta. - Ela falou olhando o cardápio pela terceira vez.

— O que precisamos não tem aí. - Ele disse quase automaticamente.

Adrienne fechou o cardápio, chamando a garçonete.

— Tem razão. Vou pedir batata frita e tentamos outro lanche lá fora.

Ele concordou. Estava faminto, e apenas sangue ia deixá-lo esperto pra continuar a viagem.


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