Stefan e Adrienne seguiram de carro em direção a cidade do Jazz. Conversavam sobre como fariam para obter alguma informação e circulariam por lá sem levantar suspeitas. Sabiam da existência das bruxas, e tomariam cuidado com hipnotismo pra não serem pegos. De repente, Adrienne ficou calada e séria, e Stefan percebeu.

— Hey, não se preocupe, vamos descobrir!

— Eu sei, é que... Não é curioso que todos os eventos estranhos que acontecem, a Katherine e a Elena estejam envolvidas de alguma forma?

Stefan já havia pensado nisso uma certa vez, e, como as duas são cópias imaginava que isso fosse algum tipo de ímã energético. Concordou com a cabeça e lembrou da tal pesquisa, aproveitou pra perguntar.

— Por falar nisso, me fale da pesquisa que você anda fazendo.

— Bom... - Adrienne suspirou, era mais um assunto que gostaria de não ter que lidar, mas, Stefan precisava saber e ela não iria mais esconder isso dele. - Eu não me convenci que a tal influência foi embora, e andei olhando umas coisas nos livros dos Mikaelson e no grimório da Emily.

— Essa pesquisa é sobre aquele ocorrido na mansão? Mas, não tivemos mais nenhum evento depois disso, por que você acha que não foi embora?

— Não sei, pelo que aconteceu, achei estranho demais sumir assim e parecia tão forte. E, não sei explicar, mas, Elena parece estranha, ultimamente. Como se tivesse uma raiva contida. E, pelo que você e Caroline já me falaram dela, ela não é assim.

— Como assim? Não acho que ela esteja diferente. Parece a mesma Elena de sempre.

— Eu sei que é estranho pra você, até porque, vocês conhecem ela muito melhor do que eu poderia imaginar. Só que, pra mim, olhando de fora, é como se o tempo inteiro ela se controlasse. Você sabe, sou extremamente observadora. E, não me convenci que a influência foi embora, assim, do nada.

Ele ficou pensativo, tentando lembrar se houve alguma situação em que poderia sequer desconfiar que Elena não estava normal. Fora a reclamação de ciúmes de Damon com Katherine, que era bem natural inclusive, estava tudo regular.

— Certo, mas, o que você encontrou então, e o que você tá achando? - insistiu em saber.

— Eu acho que além de não ter ido embora, pode ter possuído o corpo da Elena, de alguma forma, pra se fortalecer.

— Não, isso é impossível, teríamos notado. - Stefan respondeu estarrecido com a hipótese.

— Eu não sei, Stef. É tudo teoria minha, eu só acho, pelo que li, que é possível sim, e nem notaríamos, a menos que a força, que não é uma força, é um espírito etéreo, quisesse. A Emily escreveu sobre isso. E, talvez, esteja sim, acontecendo.

Adrienne começou a falar sobre o que já tinha dito pra Caroline, e as desconfianças desde que Jô disse que sentiu algo a empurrando. Stefan ficou estupefato com as informações, sem querer acreditar.

— Então, se isso for verdade mesmo, não era o melhor momento pra sairmos de lá!

— Eu sei... - Adrienne respondeu desolada – mas, não podia deixar a Katherine desamparada. E, ainda não sabemos o que aconteceu com Klaus, e se alguém descobrir alguma forma de matá-lo, estamos todos perdidos. Além do mais, Caroline já está ciente, e vai ficar atenta aos sinais. E, pelo que desconfio, esse espírito não está atrás de Elena, ou nenhum de nós. Só sentiu os ciúmes e se aproveitou.

— Do que você está desconfiada, que espírito é esse?

— Acho que é a bruxa Qetsyah, e está atrás de Silas.

Após a confissão, Stefan que não achava que podia ficar mais surpreso, deixou o carro escapar pra outra pista e quase bateu, voltando num impulso com a buzinada, após ouvir as palavras de Adrienne. Não bastava lidar com um bruxo imortal, ainda teriam que lidar com a ex rancorosa e ciumenta dele.

— Eu sei, é muita informação, por isso eu estava aguardando pra só falar quando tivesse certeza de tudo. Mas, diante das circunstancias, não poderia esconder mais de você. - ela disse após se recuperar do susto.

— Vamos conseguir descobrir se é isso mesmo. Espero, sinceramente, que tenha sido só uma coisa passageira. Mas, senão, lidaremos com isso também. Este últimos anos foram os mais agitados da minha existência, confesso.

Adrienne riu. E o som da gargalhada o confortou e ele teve certeza que o que viesse, seu porto seguro era ali, e ele enfrentaria qualquer coisa ao lado dela.

O telefone tocou, Adrienne atendeu ansiosa.

— Oi Caroline, ah, não, não. Estamos na estrada. Não conseguimos voo e viemos de carro mesmo, devemos chegar lá antes do amanhecer. Stefan não te contou, né?! - disse dando um olhar de reprovação pro namorado que se concentrava na direção.

Adrienne apenas colocou a mão no ombro dele. Stefan se preocupou e apurou o ouvido pra saber o que se tratava. Caroline contava sobre as suspeitas; que Elena tinha questionado sobre a viagem de Silas e tentara envenená-la contra Adrienne. Como suspeitavam, ela estava sob a influência da bruxa milenar, e as deixou assustadas.

— Eu não sei o que fazer, nem como agir. E se ela estiver mesmo tomado conta de Elena, como vamos resolver isso? Não posso nem perguntar pra Bonnie, ela não vai conseguir esconder e é capaz da bruxa desconfiar que sabemos. - Caroline lamentava.

— Calma, vamos resolver tudo. Acharemos Klaus, ele pode nos ajudar e aí saberemos como agir. E, em New Orleans o que não falta é bruxa, tentarei descobrir algo a mais sobre isso pra resolvermos. Tenta não demonstrar que você sabe enquanto isso, pra termos tempo de nos preparar.

Caroline desligou mais conformada. Entretanto, Adrienne chegou a uma conclusão interessante.

— Sabe o que pensei? E se, de fato, o ataque a Katherine na verdade tenha sido uma tentativa de dominação? Essa bruxa precisava de um corpo, e se apossar de quem estava com a cura, seria ideal. Além do que, faz sentido ela querer ter a mesma cara de quem Silas está procurando. Como Katherine, apesar de humana, continua uma lutadora, ofereceu dificuldades. Elena, por sua vez, estava vulnerável, se sentindo confusa, e acabou sendo presa fácil. Ela poderia ter entrado em qualquer um, as duas terem sido escolhidas não pode ser coincidência! - Falou como se tivesse feito uma enorme descoberta.

Stefan pensou por uns instantes e realmente fez sentido. Estavam todos na tumba naquele dia, ela teve tempo de olhar e pensar na vingança, e assim que conseguiu sair, decidiu o que fazer.

— Precisamos é ficar atentos, se ela decidir sair da Elena pra Katherine, pode ser complicado. Elena sendo vampira talvez bloqueie os poderes de bruxa dela. Katherine agora é humana, acabou sendo ótimo levá-la pra Nola, afinal. - concluiu.

Adrienne concordou. Porque, apesar desse sentimento de dias obscuros, se ela não estivesse em New Orleans, nem saberiam que algo tinha acontecido com Rebekah também.