Ficaram todos estarrecidos com a hipótese levantada por Bonnie, mas, logo os comentários se confundiram dizendo que não era possível, não havia como, era pouco tempo e o feitiço era apenas pra uma pessoa passar. Além disso, Jô quase nem teve forças suficientes, teve que repetir, e houve um estalo.

— É isso! Eu lembro! Quando fomos pra casa, a Jô comentou que não estava fraca, ela sentiu uma força maligna estranha. Como se estivessem a empurrando, mas, não deu importância, pois não sentiu mais. E, logo em seguida trouxemos Bonnie e tudo ficou bem. Então, é possível sim, que esta força tenha sabido dos planos e passado junto. - Adrienne concluiu.

— Mas, por que ficou aqui? E, por que escolheu a Elena como catalisadora? - Bonnie questionou – Precisamos entender isso.

Adrienne achava que sabia, ao menos tinha uma vaga ideia, mas, o que poderia estar acontecendo com Elena poderia ser influência da força, e não o contrário. Mas, desconfiava que Elena era a chave. Esperava que Klaus desse um sinal, pra enfim, entenderem o que acontecia de fato.

— Temos que ver o máximo de livros que pudermos pra saber se há alguma referência a isto, em algum lugar. - Caroline tentou organizar – Voltamos ao Campus, pra usar a Biblioteca. De novo.

— Mas que droga, não vamos ter paz nunca? - Disse Jeremy. Inconformado com o fim de semana fracassado.

Se dirigiram, todos, pra Biblioteca da universidade, inclusive Damon, que era um dos maiores interessados em saber que maldição de força era aquela que transformou sua namorada em uma coisa estupidamente ciumenta. Elena permanecia quieta, tentando controlar suas emoções, mas, só conseguia pensar na cena que vira antes.

A porta se abrindo e lá dentro do quarto, Stefan e Adrienne, de pijamas, acordando, juntos, era demais pra ela. Podia aguentar o namorico, as risadinhas, até os beijos, mas, dormirem juntos, e acordarem sorrindo, era mais do que ela podia aguentar. Estavam mesmo juntos, era sério. Ela foi sumariamente trocada pela primeira sujeita que apareceu na vida do seu grande amor. A dor era imensa, quase tão forte como se tivesse o coração arrancado do peito. Não, era igual a ter o coração arrancado, possivelmente. “era melhor que me arrancasse logo” ela pensou, tentando levar a mente pra outros lugares que não o novo casal feliz.

Caroline continuava tentando contato com Klaus, por mensagem, mas, ele continuava sem responder. Já começava a ficar preocupada. Após a noite juntos, se falavam quase frequentemente, nem que fosse um “boa noite, durma bem”. Era estranho ele não atender sua ligação.

Bonnie e Jeremy caminhavam abraçados, tentando aproveitar o tempo juntos, mesmo buscando salvar a cidade, novamente, se prometeram curtir o máximo de tempo que desse, e estavam cumprindo.

Daniel, ao invés de buscar informações, foi buscar comida para todos, o estoque do freezer não duraria o fim de semana inteiro, com tantos visitantes vampiros no local.

Adrienne e Stefan iam na frente de todos, de mãos dadas, conversando, e sorrindo. O que chamou a atenção de Damon, que observava as reações de Elena àquilo. Percebeu que a namorada se controlava pra não olhar o casal, e a cada gesto dos dois, olhava pra ela, pra entender o que acontecia.

Katherine observava tudo, vinha atrás, olhando cada um e cada gesto. Elena tentando se controlar e se manter ereta, Damon andando sorrateiro, Stefan e Adrienne, e Bonnie e Jeremy completamente alheios a tudo, a preocupação de Caroline, nada escapava ao olhar atento dela. Observava pra entender porque foi a única atacada. Por que a força tentou enforcá-la? Queria muito compreender isso. Mais do que a ira de Elena.

— Não consigo falar com o Klaus, tô ficando preocupada. - Caroline disse, se aproximando de Katherine.

— Ele vai retornar, espera. Vocês têm se falado?

— Sim! Por isso mesmo tô estranhando essa demora, Katherine. Ele sempre me atende.

— Já tentou ligar pra Rebekah, ou pro Elijah? Eles podem saber de algo.

— Acho que a Rebekah ainda não voltou, e nem quero falar com ela! - respondeu torcendo o nariz – Hum... mas posso tentar o Matt! Se ela já estiver voltado, ele certamente, vai saber!

— O barman supergato já voltou da Europa? - Katherine perguntou interessada.

— Para! Ele não é pra você! - Caroline respondeu, séria – Não sei, ele disse que voltava hoje, mas, com essa confusão, nem falei com ele. Mas, sério, fica longe do Matt!

— Tudo bem, calma. Meu objetivo é outro! Voltar a ser vampira e ir embora daqui de novo!

Chegaram ao prédio da Biblioteca, e todos entraram, menos Caroline, que tentava ligar pra Matt pra saber se Rebekah sabia de algo sobre Klaus. Entretanto, o rapaz não atendeu e ela seguiu com o grupo. Entraram no prédio e fizeram buscas nos computadores. Usaram palavras chaves, buscaram informações de cidades destruídas, qualquer coisa que pudesse dar uma pista.

Ficaram horas procurando, até que Katherine, Bonnie e Jeremy deram uma pausa pra almoçar, estavam famintos, não tinham comido nada até aquele horário e foram se alimentar numa lanchonete próxima. Os demais continuaram a busca, poderiam aguentar mais um pouco antes de voar na jugular de alguém.

No entanto, tudo que encontravam, não era muito esclarecedor. Buscaram até sobre lendas esquecidas, e contos de fadas, na esperança de alguma coisa dar uma pista para aquela energia estranha que se alimentava, aparentemente, de sentimentos negativos.

Daniel, na volta do hospital, havia avisado Alex do problema, que optou por não se meter, dessa vez. Estava tentando ter um relacionamento normal com o novo namorado, e queria distância de problemas sobrenaturais, que nem diziam respeito a ela.

— Isso nem é problema de vocês, se está canalizando Elena, deixe que ela, o namorado e os amigos resolvam. Por que a Adrienne precisa se meter em tudo? - questionou, alterada.

— Bom, a gente nem teve muita opção, já que o povo todo brotou no meu apartamento atrás do Stefan. Além do mais, ela já se envolveu com tudo isso no momento que esbarrou com ele, e a Katherine também está no meio. Sabe como ela é, jamais vai deixar a irmã nessa, sozinha. - Danny respondeu, explicativo. - De qualquer forma, eu não tenho nada pra fazer mesmo, e adoro esses mistérios. Vou indo!

O rapaz saiu e deixando-a pensativa. Mas, ela permaneceu resoluta. Não ia mesmo se envolver dessa vez e ficou aliviada de estar morando longe da faculdade e num apartamento só seu. Ele voltou ao campus pra ajudar na busca e tentar descobrir alguma coisa também.

O dia passou, com todos nessa busca, e nenhuma notícia de Klaus, ou mesmo Rebekah. Stefan já tinha tentando entrar em contato, também, na esperança que um dos dois pudesse atendê-lo. Desistiram e subiram pro dormitório das meninas, pra se alimentar.

Estavam exaustos de tanto procurar, cansados e desanimados. Se alimentaram, porém, permaneciam um pouco abatidos. Até que Caroline lembrou que era sábado, e precisava estar no club. Ela, Stefan e Adrienne firmaram o compromisso com Alex e não podiam faltar no primeiro dia.

— Ei, que tal nos animarmos, e irmos todos ao Club pra um pouco de diversão? O que acham?