Elena e Damon ainda discutiam sobre o ciúme dela por Stefan e Adrienne, e agora, por Katherine com o próprio Damon. Ela se sentia afrontada por ele, e percebeu que era proposital, quase vingativo, o relacionamento com sua cópia.

— Você acha mesmo que ela está sendo legal contigo porque ainda te ama? Ela ama o Stefan, sempre foi o Stefan, Damon!

— Pelo visto, assim como você, não é?! Sempre será Stefan, porque não está suportando o namorinho dele com a ruivinha gata!

— Ah, só faltava, agora você também vai dar em cima daquela intrometida?! Eu tô cansada disso, Damon, justo a Katherine, logo ela?! Você deveria ser o primeiro a ficar longe dela.

— Ora, Elena, você não tem moral pra me cobrar nada, dando seu showzinho quando viu os dois se beijando na pista.

— Você só pode estar louco? Seu ciúme está te cegando!

— É mesmo, você vai continuar negando?

— Vou! E, quer saber, eu vou pro MEU quarto, passei muito tempo na estrada pra ter este tipo de recepção patética!

Elena saiu furiosa, batendo a porta de entrada e subindo as escadas fincando os pés, com força, nos degraus. Enquanto Damon permaneceu do lado de fora da mansão, alimentando sua raiva e ciúmes de Stefan.

“Sempre ele, o tempo todo ele, será que nem quando ele está longe eu vou ter paz?” Se perguntava, colérico, e nem percebia uma força se manifestando estranhamente no jardim. Quanto mais ele se sentia raivoso, mais a força tomava forma.

Elena entrou no quarto, espumando, enlouquecida com as acusações. Mais por saber que era verdade do que pelas palavras ditas. Ela não conseguia controlar o sentimento de ciúmes de Stefan, mas, percebeu que sentia o mesmo ciúme gigante e doloroso por Damon. Ficou confusa com tanto ódio crescendo.

Damon entrou, e foi direto no quarto de Katherine, questionando, com raiva, se ela o estava usando pra chegar a Stefan.

— Não, Damon, claro que não! Ele está com a Adrienne, e eu... bom, não que eu não sinta nada, mas, jamais vou separar os dois. Minha atitude contigo é fruto da nossa convivência por estes dias. - se aproximou dele, colocando a mão no rosto do vampiro e continuou – Estamos nos dando tão bem.

Ele parou e quase sucumbiu ao charme de Katherine, não fosse Elena intervir, após ouvir o namorado subindo. Entrou no quarto, impetuosa, quase voando em cima dos dois.

— Eu não acredito nisso! Não basta a ceninha que vi lá embaixo, agora isso? Vocês não têm vergonha? E você, Damon, vai mesmo acreditar nesse papinho de “não vou atrapalhar os dois”? É claro que essa vadia está querendo te seduzir de novo, pra te usar como fez no passado!

— Como se atreve, sua...

— É isso, Katherine, ela está certa! Você me usou antes e está me usando novamente. Sempre foi e sempre será o Stefan, não é?! Vocês duas são iguais mesmo. Mesma cara, mesmo joguinho. E sempre a mesma obsessão com meu irmão caçula. E eu sempre no meio disso.

— Olha, quer saber, vocês estão malucos! Eu não tenho nada a ver com essa briga de vocês. Estou indo pro Grill, durmam bem! - Katherine pegou a bolsa e saiu do quarto ligando pra Caroline. - Eu já estou indo, não vou ficar no meio dessa guerra entre os dois.

— Mas o que está acontecendo? - Caroline perguntou preocupada.

— Eu não sei, os dois parecem estar possuídos. Falando coisas sem sentido. - assim que abriu a porta, se assustou - Ai, Meu Deus! Caroline, você precisa vir pra cá agora! E traz a Bonnie e o Jeremy.

— O que houve, Katherine?

— Agoooora!!!

Katherine desligou o telefone e correu de volta pra dentro da mansão, a força que se formava tomava proporções gigantescas. Uma espécie de fumaça escura que crescia e se parecia com um furacão, que tonalizava entre vermelho rubi no núcleo e um vermelho vinho, bem escuro, quase negro, por fora. Ela nunca tinha visto nada igual, e não fazia ideia do que poderia ser.

— Damon, Elena, parem de gritar agora! Tá acontecendo alguma coisa muito estranha no jardim!

Os dois ainda estavam brigando e mal ouviram a morena falando. Katherine pegou uma garrafa, quase vazia, e jogou no meio dos dois, pra chamar atenção.

* * *

Caroline saiu de casa correndo pra casa de Bonnie, a ligação de Katherine a deixou bem preocupada, será que Elena e Damon estavam se matando? Ficou nervosa demais, e não conseguia mais contato com ela. Tentou ligar pra Stefan que não atendia. Tentou Adrienne e nada, também.

— Mas, claro, eles estão juntos, não vão ouvir o celular hoje. Droga!

Seguiu com Jeremy e Bonnie de volta pra mansão Salvatore, quando estavam perto perceberam uma energia estranha. Bonnie ficou mais sensível ao que ocorria, e tremia com uma sensação muito ruim.

* * *

Os dois se assustaram com a garrafa e olharam ensandecidos pra Katherine.

— Vocês dois! Tem algo acontecendo lá fora, e não é nada bom! Parem agora com essa briga idiota, precisamos saber o que tá acontecendo!

Os três correram pra sacada, e observaram, horrorizados a energia que crescia, e parecia emanar um poder incompreensível. Elena sentiu uma força assolando seu peito, e se sentiu responsável por aquilo. Não sabia explicar o sentimento, mas, não aguentou a pressão e gritou.

Damon sentiu uma dor no estômago inexplicável, e quando Elena gritou, uma pontada insuportável atravessou seu ventre. Entretanto, foi ao socorro da namorada, que gritava, com a mão no peito.

Caroline chegou neste momento, assustada, seguida de Jeremy e Bonnie, que estava enfraquecida, tamanho o poder da energia que circundava a mansão. Tentou acalmar Elena, com um pouco de magia, mas, ela berrava de dor, deitada no chão, enquanto Damon segurava sua cabeça.

Katherine olhava a forma estranha, tentando entender o que era. A forma de energia não atacava, apenas circulava, como um tornado e escurecia de fora pra dentro. Jeremy parou ao seu lado, olhando, prestando atenção no que poderia ser. Não entendia, assim como ela.

Caroline continuava tentando falar com Stefan e Adrienne, tentou Daniel e Alex, que estavam na boate e também não atendiam. Começou a ficar desesperada com a cena. Elena derrubada gritando, Damon a confortando, e Bonnie tentando fazer algo.

A força foi reduzindo sua espiral e em minutos virou pó. Bonnie estava exausta. Mas, conseguiu livrar Elena daquela força maligna que a estava consumindo. Respiraram aliviados, e entraram, pra procurar informações sobre aquilo que acabara de acontecer.