Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 83
All I Need




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Adrienne retribuiu o beijo, segurando a nuca de Stefan com força, quase largando o copo que pendia da outra mão. Se assustou com o vinho caindo e molhando seu pé, e se separaram subitamente. Riu de como é desastrada. Stefan pegou a taça e a apoiou na beira do terraço, rindo também. Os dois desceram do banco.

— Ainda bem que já tinha tirado a sandália, ia ficar bem triste de manchar ela. - falou, passando um guardanapo pra secar o pé.

Stefan ficou em pé, ao lado dela, pensando ainda na resposta que estava guardada. Ele queria dizer o que realmente sentia na presença dela, mas, tinha medo de assustá-la. Da outra vez que se precipitou, acabou quase colocando tudo a perder. Às vezes, essa intensidade de ser um vampiro atrapalhava. Sentia tudo com muito mais força que um ser humano normal. Se ainda o fosse, talvez não conseguisse resistir.

— Pronto, tá seco. Podemos voltar a dançar! - ela sorriu pra ele.

— Adoro quando você sorri. A noite se ilumina.

Era um pensamento, que só depois que ela sorriu mais, ele percebeu ter dito alto. Ela se aproximou, colocando as mãos no rosto dele, olhando fundo nos olhos, e o beijou, intensamente. Ele a segurou pela cintura, retribuindo, com fervor. A voracidade daquele beijo o fez sentir a mesma sensação do primeiro, no meio do bosque, em que seu corpo tremia de ansiedade.

Adrienne desceu as mãos do rosto, para as costas de Stefan, fincando os dedos nos músculos, fazendo com que ele sentisse um arrepio incontrolável que subia pela coluna. Ele a puxou pra mais perto do corpo dele, fazendo com que ela reagisse com um leve gemido à pressão do gesto.

Os braços bailavam entre os corpos e as mãos passeavam por cada centímetro de carne que sentiam. As bocas pareciam sedentas de saliva, e os beijos ficaram mais vigorosos, assim como a respiração, cada vez mais ofegante e ritmada.

Stefan conduziu os dois a parede mais próxima, pra ter apoio, pois suas pernas tremiam com a onda de energia que percorria seu corpo numa frequência intensa. Buscou fôlego entre um beijo e outro, descendo a boca para o pescoço de Adrienne que escorria, como se derretesse, em seus braços. Ela suspirou, respirou fundo, e pronunciou alguma coisa, que Stefan não entendeu.

Ele parou por um minuto, tirando o rosto do pescoço dela, e observou, pra entender o que ela dizia.

— Você tem certeza que quer que este seja nosso primeiro encontro, Stefan? - ela repetiu.

Ele olhou confuso com a pergunta. Por que voltar neste assunto agora, justamente naquela hora, que estavam aproveitando o fato de estarem, finalmente, sozinhos, sem interrupções. Sem ninguém pra atrapalhar, ela ia mesmo fazer questão de definir se era o primeiro ou o quarto. Pouco importava a numeração.

De repente, ele teve um estalo. É, claro. Por mais moderna que fosse, ela deveria ter regras. E, mesmo que não fizesse nenhum sentido pra ele, que fosse uma bobagem sem fim, pra ela devia ser importante. Apesar de afoito, chegou a conclusão: Ela não transava no primeiro encontro.

* * *

Caroline dirigia feliz a caminho de casa. Contava pras amigas como tinha sido a tarde, ajudando Stefan a preparar o que seria o primeiro encontro dele com Adrienne. Elena ouvia calada, olhando pra estrada, esbravejando por dentro. Pensava no quanto Stefan era gentil e carinhoso, e como Damon sequer se despedira dela, quanto mais, faria algo especial pra recebê-la. Por sorte, Bonnie também estava no carro, e se mostrava interessada em ouvir. Quanto mais Caroline falava, mais Elena se envolvia em seus pensamentos e na comparação entre os dois irmãos. Caroline percebeu o distanciamento da amiga e a chamou.

— Elena, você está calada demais! Te incomoda eu falar deles?

Elena despertou do transe com a pergunta. Sim, incomodava, mas, ela inventou uma desculpa bastante razoável.

— Oi, não, claro que não, quero que Stefan seja feliz, com quem quer que seja. Embora, não ache que ela seja ideal pra ele. Estou mesmo preocupada com minha volta. Eu e Damon estávamos brigados, e não sei como ele vai me receber.

— Ora, imagina, ele te ama, vai ficar super contente com a sua ida! Relaxa! - Caroline disse, confortando a amiga. E mudou de assunto.

O resto da viagem foi falando das coisas do Campus, o que esperavam, os rapazes que tinham conhecido, e tudo o mais. Chegaram logo, Bonnie ficou primeiro, em casa, onde Jeremy a aguardava ansioso, e Caroline seguiu com Elena pra mansão. Assim que pararam o carro, avistaram Katherine e Damon, conversando, alegremente, no parapeito de entrada. Elena se aborreceu com o que viu.

Desceu furiosa, tirando sua mochila da mala, e batendo as portas para ser vista. Damon percebeu a manobra, mas, não se abalou. Adorou o ciúme dela, e como tinham brigado por isso, só que ao contrário, se sentiu vingado.

— O que esta... - engoliu, não queria mais criar confusão. - O que vocês estão fazendo aqui, Damon? - Elena perguntou, enfurecida.

— Ué, você sabia que ela ficaria aqui, hospedada, estamos conversando. Quer ajuda com as malas? - ele respondeu, bem debochado.

Katherine não provocou. Precisava de abrigo, e como humana, não pretendia brigar com Elena, de novo. Apenas chamou Caroline, e foi até ela, pra disfarçar. Caroline olhava curiosa e ao mesmo tempo reprovadora para ela.

— Eu não fiz nada, eu juro. Só estamos tentando ter uma convivência civilizada! - Katherine disse, se aproximando do carro. - Vai fazer algo depois? Quer beber no Grill? Acho que preciso sair daqui hoje, senão serei assassinada.

Caroline concordou, e ficou de passar pra buscá-la depois que deixasse as coisas em casa e falasse com a mãe. Katherine entrou, enquanto Elena e Damon ainda se desentendiam ali fora, mas, passou direto, sem dizer nada, porém, com um leve sorriso no rosto, de satisfação.

* * *

Stefan concluiu que não sabia qual resposta queria dar. Ela repetiu a pergunta, mais claramente, enquanto ele ainda pensava se mantinha a sua ideia original ou se aceitava que não era a primeira vez que saíam, apenas pra continuar o que queria fazia tempo. Resolveu que não ia ter a responsabilidade.

— O que você quer que seja? - perguntou, quase num sussurro suplicante.

Adrienne segurou os braços dele, por trás, meio que se apoiando, pressionando os dedos contra o tríceps do vampiro. Passou a língua de leve pelos lábios, olhando pra ele, quase sem piscar. Aproximou o rosto, roçando a boca, levemente, pelo rosto dele, até chegar a orelha e respondeu:

— eu quero que seja incrível.

Stefan respirou forte, aliviado com a resposta. Não quebraria nenhuma regra dela, mas, já queria isso há tempos, queria tomá-la, possuí-la, tê-la de todas as formas. A vontade que sentia era mais forte do que ele podia controlar, e o vinho potencializou todos os sentidos. Segurou a cintura dela, ainda com mais força, contra o corpo dele, sentindo todo o calor que ela emanava.

Os dois estavam tão entrelaçados que mal sabiam onde começava um e terminava o outro, as mãos dele subiam pelas coxas dela, por baixo do vestido, e as dela passeavam entre os botões da camisa, abrindo-os e revelando o peito de Stefan.

Os beijos e carícias ficavam cada vez mais ardentes, e estava quase incontrolável permanecer de pé. A parede já não servia mais de apoio pros dois corpos que pareciam se fundir. A respiração estava bastante acelerada, os corações podiam ser ouvidos como tambores compassados, e as peças de roupas estavam ficando desnecessárias. Stefan tomou coragem, respirou fundo e sugeriu.

— Vamos pro meu quarto.


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