Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 82
Beauty of the Dark




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Stefan sorriu pra ela e se afastou alguns centímetros, ligando duas tomadas que acenderam luzes decorativas que iluminavam todo o terraço, mostrando um cenário montado como de um filme romântico, com alguns vasos de plantas ornamentais, arcos de heras, flores por todo canto e uma mesa ao centro, sutilmente preparada para um jantar à luz de velas.

— Nossa, mas, o que é isso? - Ela se surpreendeu, em dúvida.

Ele se aproximou novamente. - Bom, hoje eu percebi que ainda não tínhamos tido um encontro de verdade, e resolvi providenciar.

Ela deu uma gargalhada, contente, segurando a mão dele. - Isto é incrível! Está lindo! Eu nem imaginava! - respirou, tomando fôlego - Adorei a surpresa, sensacional! - levou a mão a boca, incrédula, observando tudo, e andando em volta, olhando as plantas montadas, os arranjos de flores, parecia que estava em uma praça em Roma, onde haviam restaurantes típicos, com mesinhas na rua. - Você... A Caroline te ajudou, né?! Por isso aquelas mensagens todas hoje! Vocês me enganaram direitinho! - Disse, tirando a mão da boca, e sorrindo pra Stefan.

Ele observava a reação dela, contente. Não esperava que fosse diferente, mas, estava feliz que teve resultado. - Sim, ela me ajudou na execução, mas, a ideia é minha! Queria que fosse algo especial como você!

Adrienne parou e se voltou pra ele, segurando-o pelas duas mãos. - É lindo, Stefan, parece Roma! Está tão perfeito, como se eu estivesse lá! Isso é incrível! - E o beijou!

— Mas... calma! - se afastou, lembrando. - Esse não é nosso primeiro encontro. Pelas minhas contas, é o quarto.

— Como não? Claro que é! Que quarto encontro, tá doida?

— Bom, quando a gente se conheceu, eu te chamei pra ir comigo pro Club, lembra, como meu acompanhante. Essa foi a primeira vez.

— Bom, não concordo muito com isso, eu só fui porque queria me alimentar de você! - falou abrançando a moça.

— Ok, mas, foi, e foi a primeira vez que saímos juntos. A segunda, foi aquela vez que íamos ao cinema e acabamos sentados na praça, e chegamos de manhã em casa.

— Não acredito que você está contando essa vez!

— Ué, por que não? Você me chamou pra sair, e até passamos a noite juntos!

— Ok, tudo bem, vou liberar esta também, e qual foi a terceira?

— A terceira vez, bom, estou em dúvida entre a reinauguração do Club e ontem.

— Pra mim, ambos não valem, tinha muita gente nisso.

— Bom, também temos os inúmeros picnics na cachoeira, podemos considerar estes?

— Não, não podemos não! Caroline e Katherine estavam junto, e não tivemos um encontro dessas vezes, nem adianta!

Adrienne riu da insistência dele, e reavaliou. - Tudo bem, baby, eu aceito que este é o nosso primeiro encontro oficial. E, é o mais bonito, incluindo os não oficiais.

Stefan sorriu, e a beijou docemente. Nem ia discutir, não importava se era primeiro, ou vigésimo, o importante era estar ali, com ela, e só com ela. Sem interferências, sem problemas na cabeça.

— Bom, senhorita, queira se sentar, por favor, vou chamar o serviço pra nos atender, está bem? - puxou a cadeira pra que ela sentasse, e sentou-se de frente.

O serviço era do próprio hotel, que estava previamente avisado. Começaram a servir a entrada, enquanto os dois conversavam várias coisas. Ela contava sobre as ruas de Roma, que mencionou, e as cidades da Itália, e Stefan falava da sua experiência por lá. Não lembrava dos detalhes, mas, como ela falou, pensou que realmente pode ter sido influência. Passou por Roma num flash, num momento que ainda era um estripador, e não se atentava nos detalhes belos das coisas nessa época. Adrienne falou do que conhecia na cidade, e como a Itália tinha locais incríveis.

— Podemos dar um jeito de voltar lá, nas férias, quem sabe? Posso te mostrar os locais que eu fui, e agora você vai conhecer de verdade! - ela disse empolgada.

— Acho ótimo, imagino que você deva ser uma ótima guia.

Conversaram muito enquanto o jantar era servido à francesa. Um prato de cada vez, acompanhado de um vinho. Adrienne adorava vinho, e estava falante. Stefan ouvia atento suas impressões sobre tudo. Adorava ouvi-la e, vez ou outra, contribuía com alguma coisa.

Na hora da sobremesa, Stefan puxou a cadeira pra sentar ao lado de Adrienne, dividindo gargalhadas entre os goles de vinho e as garfadas de crepe com sorvete. As palavras fluíam assim como a bebida no sangue, e os dois já estavam alegrinhos além da conta.

O jantar, finalmente, acabou, e os dois sentaram num espaço a parte, com um banco de madeira e almofadas, que também tinha sido colocado ali por ele, pra apreciarem a linda noite que fazia. A lua, cheia, estava alta no céu, iluminando toda a cidade. Stefan apagou as luzes deixando apenas a luminosidade de lua e estrelas. Ainda bebiam o vinho, e conversavam.

— Essa lua também foi planejada? - ela perguntou, sorrindo.

— Claro, acertei tudinho com o homem do tempo. “traga-me um céu estrelado e uma lua cheia, porque ela gosta de olhar pro céu!”— ele respondeu com uma voz grave dando uma entonação séria e arrancando uma longa e alta gargalhada dela.

— Obrigada! Adorei o adorno! - respondeu, dando um gole na taça que segurava, quase vazia.

Ele se levantou pra pegar outra garrafa, separou um espaço, quase uma miniadega, com várias garrafas, pois ele sabia que a noite seria aproveitada até o final. Abriu com calma, e serviu mais um pouco na taça dela, que observou atentamente, sorrindo.

— Tá querendo me embebedar, sr. Salvatore?

— Claro que não. E, não creio que isso seja possível só com vinho.

Novamente, ela soltou uma gargalhada alta, que o fez rir também. Sim, já estavam ligeiramente bêbados, mais do que pensavam, e as coisas tomaram proporções mais divertidas.

Adrienne se levantou dizendo que queria dançar. Tirou o casaco e chutou as sandálias longe, começou a dar piruetas em volta do terraço, cantarolando uma música qualquer. Stefan sentou-se no banco, se recostando pra observar, e sorria.

Ela bailava em volta dele, e o vestido, levemente rodado, fazia um movimento desenhando seu corpo. Ela subiu no banco e ficou de pé, ao lado de Stefan, segurando a taça, pela metade, e estendendo a outra mão pra ele.

— Vem, dança comigo?

— Eu não sei dançar, prefiro observar.

— Sim, você sabe sim, já dançou vezes suficientes comigo pra eu saber disso! - Ela se curvou, falando bem de perto, e passando o dedo pelo nariz de Stefan descendo pra boca. Ficou de pé novamente e repetiu. - Vem, dança comigo!

Ele levantou, segurando-a pela cintura, pra colocá-la no chão, mas, ela se manteve no banco, dizendo pra ele subir.

— Não sei se isso aguentará nós dois. - ele ponderou.

— Stefan... Você nunca se arrisca?

— Eu... - Stefan parou, olhando pra ela, sem saber como responder que tudo que ele faz com ela é arriscado. Nenhum dos seus atos é medido na sua presença, como explicar pr'aquela criatura que vive tão intensamente, que ele não sabe viver no limite, a menos que esteja desligado?

Adrienne ficou aguardando a resposta, com o rosto sereno e um sorriso tranquilo. Ele continuou buscando palavras pra expressar tudo o que passava na cabeça dele naquele momento. Tentou mais uma vez e nada saía. Então, ela quebrou o silêncio.

— Não precisa ter medo, eu tô aqui pra te proteger! - e piscou, com cara de moleca travessa, estendendo a mão novamente.

Stefan subiu no banco, sem hesitar, e a agarrou pela cintura, como se fosse dançar a melhor das músicas, que só eles ouviam. Puxou-a pra perto de si, e a beijou, como se estivesse com uma vontade guardada por séculos. Ele se sentia absolutamente vivo ao lado dela, e não havia nada que o impedisse de viver aquilo.


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