Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 54
Act On Impulse




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Após um cochilo, Adrienne desceu as escadas, pronta pra sua corrida matinal e percebeu Jô na sala de estar, fazendo seu tricô e Alex mexendo em algo na cozinha.

— Bom dia!!! - falou animada – O que você tá fazendo aí? 

— Brigadeiro! 

— Huuum Eba! - olhou pra dentro da panela. - Sabe do Stefan? - perguntou por ter visto a porta do quarto aberta.

— Ele tá lá fora, nadando. - Alex disse de um jeito displicente.

— Nadando? - ela perguntou, surpresa, olhando pela janela da cozinha – Naquela piscina imunda?

— Ele limpou enquanto você estava dormindo. - Alex respondeu, sem tirar os olhos da panela.

Adrienne fez uma expressão de surpresa. - Por quantas eras eu dormi? - As duas riram, e Adrienne teve uma ideia. - Ah! E se em vez de montar uma festança no Club a gente fizesse um churrasco aqui pro meu aniversário?

Jô levantou a cabeça pra prestar atenção na ideia e Alex questionou. - É, e quem você vai chamar que a gente não precise convidar formalmente pra entrar?

— Ué, ninguém precisa entrar na casa. Podemos abrir a porta lateral. Vai estar fora da casa. Não é assim que funciona, Jô?

Ela concordou. Era terreno particular, mas, o convite só precisava ser feito para estruturas internas. Áreas externas não precisavam de convite.

— Viu, sendo assim, todos podem vir. Basta entrar por ali. O que vocês acham?

— Eu acho que, contanto que não tenha bagunça na minha cozinha. Façam tudo lá fora e não me importo. - Jô categorizou.

— Vamos ter que alugar um freezer pra bebidas. - Alex respondeu pensando na parte prática.

— Ótimo! Falemos disso na volta. Vou correr! - finalizou, com os olhos brilhando com a ideia.

Saiu pela porta dos fundos. Desceu os degraus, com calma, observando Stefan dar umas braçadas. Foi andando pela beirada lateral. Ele percebeu os passos, quando levantava a cabeça pra respirar. Ela parou na borda, aguardando.

— Bom dia. Desistiu de correr hoje? - perguntou.

— Não. Estava esperando você acordar.

— Vamos? - ela estendeu a mão pra ele sair.

Ele pegou e fingiu que ia puxá-la pra dentro, no susto ela soltou. Ele riu e subiu num impulso. Os músculos do braço se retesaram. Era a primeira vez que ela o via sem camisa e percebeu todo o recorte do corpo dele. Os braços musculosos, as costas fortes e o abdômen desenhado que mais parecia pequenas almofadas colocadas na barriga. Ficou hipnotizada por alguns segundos enquanto Stefan pegava a toalha e se secava.

— Vou trocar essa bermuda molhada.

— Ok. - Ela respondeu no susto, despertando do transe.

Ele entrou no banheiro que havia ali, enquanto ela se dirigia de volta pra casa, mas, parou e se sentou nos degraus. Stefan saiu do banheiro já todo vestido, com tênis e camiseta. Mas, ainda secava o cabelo com a toalha que pendia do pescoço.

— Vou comemorar meu aniversário aqui. - Ela disse, levantando.

— Aqui, em casa?

— Sim! Aqui no Jardim! Já que você limpou a piscina, acho genial podermos usá-la no verão! O que acha?

— Ué... não sei. O que a Jô achou disso? - Ele perguntou se dirigindo pra frente da casa, pela varanda.

— Ela não se importa se não sujarmos a cozinha. Se alugarmos um freezer pras bebidas não precisaremos usar nem a geladeira.

— Huuum – ele resmungou enquanto se alongavam. - E quem você pretende chamar?

— Ué, algumas pessoas que conheço, alguns amigos do Danny e talvez seus amigos. Agora eles têm motivos pra comemorar, né, a volta da Bonnie. E, a Docinho, claro, ela tem que vir!

Stefan riu. E imitou ela falando. Achava engraçado demais ela chamar a Katherine de docinho, considerando que de doce ela não tinha nada.

— Ah, para! É costume. Ela era doce sim, antes de tudo, já te disse isso.

— Ok, ok. - e implicou mais um pouco com ela antes de saírem pra correr.

* * *

— Olha isso. Quem eles estão querendo enganar? - Alex falou, após olhar pela fresta da janela.

— Do que você está falando, meu bem? - Jô levantou os olhos do seu tricô.

— Desses dois. “não tá acontecendo nada.” Mas é óbvio que está! Se implicam o tempo todo, vivem grudados, agora até passam noites juntos. Só não admitem.

— Mas ela disse que não há nada, então, não há nada.

— Jô, é claro que há, não tá vendo? Começa assim... Já vi essa história...

— Alex, meu bem... Não é a mesma coisa.

— Mas...

— Não é! Elena não está morta. Ela não é um fantasma, ela escolheu outro. É muito diferente, o relacionamento dele teve um fim.

Alex engole seco as palavras de Jô, e fica pensativa. Enquanto isso, Daniel desce as escadas dando bom dia e se aproximando das duas. Beija a testa de Jô e quando se aproxima de Alex, ela sai.

— Vou pro meu quarto.

Ele olha confuso e pergunta: O que deu nela?

— Lembranças ruins, querido. Não se aborreça.

* * *

Após quase duas horas de corrida, os dois voltam pra casa num ritmo mais leve, conversando.

— Então, sua festa...

— O que tem?

— Você quer chamar meus amigos. Aqueles que eu deixei pra trás. Meu irmão e a namorada dele... que é minha ex.

— Ah, Stefan... eu não vou chamar se você não quiser, porque nem tenho intimidade pra isso. Mas, não acho certo você excluir eles da sua vida não. Além disso, parece que você está um pouco rodeado de ex-namoradas. - e riu.

Ele para fazendo careta, como se estivesse cansado, coloca as mãos nos joelhos e respira. Ela para ao lado, olhando, esperando. Ele levanta o corpo, e se alonga, ainda inspirando. Olha pra ela.

— Bom... eu acho que você está sempre certa. Eu só não sei como manter eles próximos sem me machucar.

— Pequenas doses. A gente pode tentar, né?! Um dia, com várias pessoas, diversão, e pouco contato efetivo.

— Hun. - ele faz uma careta. - Muitas pessoas e festa. Como se eu fosse festeiro.

— Agora você é! - ela fala levantando os braços, como se comemorasse e gira.

Stefan ri e num golpe, segura ela pelas pernas, jogando-a nas costas, carregando-a pra casa. Adrienne esperneia, mas, ele não solta. Os dois começam a rir, ela se sacode, grita, chuta e soca ele, e apesar de ser mais forte, não o machuca. Então, começa a fazer cócegas.

Stefan tenta se desvencilhar, mas, começa a sentir os pequenos golpes de unhas passeando nas laterais do seu tronco, fazendo cócegas. Tentando se controlar, ele se sacode de um lado a outro, e acaba perdendo o equilíbrio. Os dois caem na grama do bosque. Abaixo de uma clareira. Rindo muito.

— Ah, vai ser divertido! Churrasco, piscina, garotas de bikine, cerveja. Coisas de adolescentes normais! - ela diz, dando uma piscada.

— Uma coisa que você nunca será.

— Oi? Eu sou uma adolescente de 900 anos, oras! Super normal!

— Normal. Você é especial demais pra ser normal. - ele falou olhando pra copa das árvores acima deles.

Ela girou o corpo, ficando de lado e olhando pra ele. - Stefan Antonio Salvatore! Que coisa mais meiga! - e voltou a fazer cócegas nele.

— Argh! Meu nome completo! - ele disse, rindo.

Stefan tentou fugir, mas, deitado só o que conseguiu foi parecer uma lombriga se contorcendo. Então, num impulso, foi pra cima dela, imobilizando mãos e pernas. Ficou assim por uns segundos, olhando pra ela, até que ela parasse.

— Parou?

— Você sabe que sou mais forte e te viro num segundo!

— Não imobilizada! Duvido.

Ela tentou, ele jogou o corpo todo por cima, aproximando o rosto. As respirações ficaram ofegantes, ela ria e tentava se safar. Ele ria dela. Até que ela parou e ficou olhando pra ele com uma expressão desolada de quem perdia. E sorriu.

O sorriso fez com que Stefan percebesse o coração acelerar. Sentiu uma eletricidade subir pelo corpo, e um arrepio na espinha. Os olhos dela tinham um brilho que o acalmava, mas, naquele momento ele ficou tenso. Sentiu o corpo reagir de forma estranha, só enxergava aquela boca, com aquele sorriso incrível que iluminava o dia. Olhou pros olhos dela que tinham um outro brilho, especial. Voltou a olhar os lábios, que já não seguravam o sorriso e estavam úmidos, como se o chamassem. Olhou de novo pr'aqueles olhos, tão expressivos. Foi se aproximando, lentamente, e a beijou.


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Notas finais do capítulo

Então, quero comentários!
Quem shipa?
Já pensaram num nome pro ship? Não consigo resolver. rsrs



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