Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 31
*Awakening




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O dia estava amanhecendo, Alex levantou-se logo após Jô, e desceu correndo.

— Ei, vem cá, olha só. – ela chamou Jô pra espiar pela janela da cozinha.

— O que eles estão fazendo ali? – Jô perguntou, curiosa.

— Não sei, acho que dormiram ali! Vi agora, quando fui abrir a janela. Ai, Jô, será… seria tão perfeito! Ela finalmente conheceu alguém que se encantou de verdade.

— Hum… acho meio precipitado afirmar isso. Já que me parece que ela está mais focada em ajudá-lo do que em romance.

— Ah, você diz isso porque não viu os dois dançando. Eles parecem encaixar um no outro. É mágico!

Katherine desceu e perguntou o que as duas estavam espiando. Alex respondeu.

— Você jura que não vai ficar aborrecida?

— Alex, baby, não está na hora de fazer charadas! O dia mal amanheceu e… Nãããão! – Katherine levou a mão à boca, olhando pela janela e voltando o rosto para Alex, sorrindo, com cara de surpresa. – Mentira que esses dois se acertaram?

— Bom… parece.

— Nossa, seria incrível! Ela merece alguém como ele, depois de séculos! E, bom… Ele merece muito alguém como ela, afinal. Ah, o doce Stefan com minha docinho… seria perfeito.

— Você não fica chateada com isso, Kath? - Alex perguntou, muito surpresa com a reação.

— hmmm… é claro que sim! Deveria ser eu… – ela responde com o jeito arrogante de sempre – mas, já que ele insiste em dizer que me superou, prefiro que seja com ela do que com aquela songamonga que faz ele sofrer.

As 3 seguem com o café, e enquanto isso os dois lá fora começam a despertar. Adrienne se mexe, tentando sair do abraço de Stefan, então, ele acorda e percebe que dormiram agarrados a noite toda. Ele se afasta de ímpeto.

— Desculpe, eu… ahn… não tive intenção…

— Bom, dia, Stefan – ela sorri se espreguiçando – tudo bem, eu acho que também fui responsável me aconchegando no seu abraço.

Stefan fica mais sem graça ainda. Por ter acordado abraçado com ela, por ter se desculpado por uma coisa que ele gostou de ter feito, e por ter ouvido a resposta mais doce e gentil que poderia. Mas, principalmente, porque, antes de despertar completamente, a abraçou mais forte ainda, sentindo o cheiro do cabelo dela, sem se dar conta do que estava fazendo.

Por sorte, o telefone dele tocou e ele não precisou mais encará-la. Era Caroline afoita, querendo encontrá-lo para irem logo contar as descobertas à Damon e Elena. Assim que desligou o telefone, ele falou. Ainda sentado no chão próximo a piscina.

— Não quero ir na mansão novamente. Preferia que não tivesse que ir.

— Não vá! – Adrienne respondeu. – Você não tem que fazer aquilo que não quer.

— Mas… Quem vai contar pra eles tudo que nos contaram?

— A Caroline estava aqui também, e a Katherine, que pode ir junto. Você não precisa fazer nada se não quiser. Uma quer contar e a outra precisa contar. Por que você precisa ir?

— Não sei se Damon vai ajudar se ela aparecer lá sozinha.

— Huuuummmm. Você quem sabe.

— Você pode me acompanhar novamente nisso?

— Claro! Vou só tomar um banho, tá? Dormir no chão não foi exatamente uma boa ideia. – ela disse sorrindo, se levantou e seguiu em direção a casa.

Stefan também entrou em seguida, encarando as 3 que estavam na cozinha. Jô ofereceu uma xícara de café quente, como sempre, e Katherine e Alex olhavam pra ele, sorridentes. Ele queria explicar, mas, nenhuma palavra saía. Enfim, encontrou uma forma de dizer:

— Ficamos conversando até tarde, e adormecermos ali. – Percebeu os olhares de aprovação e risadinhas escondidas. Terminou o café correndo e subiu também.

Pegou o diário para escrever. Não queria esquecer nada. Mal tinha terminado de escrever no dia anterior, portanto havia muita coisa a contar.
Finalizou falando sobre aquela manhã estranha.

“o mais interessante é que eu gostei de adormecer e amanhecer com ela em meus braços. Por mais estranho que isso pareça agora, sabendo de todas essas coisas, e da relação co-sanguínea que elas podem ter, toda essa semelhança física, toda essa confusão, eu consigo perceber a diferença gritante que é estar com alguém que entende que apesar de ser um vampiro, que perdeu os limites, não sou um monstro, cruel e assassino.”

Ele fechou o diário, e foi tomar banho. Quando terminou e saiu do quarto, a porta de Adrienne ainda estava fechada. Ele bateu.

— Entra! – Ela respondeu lá de dentro. Ele entrou, mas, ela não estava no quarto, percebeu que ainda estava no banheiro.

— Hey, você ainda não acabou, eu espero lá embaixo.

— Tô saindo já. Espera que quero falar contigo! Desculpe a demora, é que antes eu estava vendo umas coisas. – Ela falava um pouco mais alto, de dentro do banheiro. Desligou o chuveiro e continuou – Eu estava pensando, se não seria melhor se já levássemos a Katherine com a gente agora, que acha?

Stefan parou num ponto do quarto que, mesmo com a porta do banheiro aberta, não dava pra ouvi-la direito, por causa do chuveiro aberto a voz estava abafada, assim se aproximou um pouco mais e acabou ficando num ângulo que, ela ao sair do box, podia ser vista pelo espelho. Ele corou ao perceber, tentou desviar os olhos, mas, não conseguiu.

— Ahn… eu não sei… talvez seja melhor esperarmos, não sei como meu irmão vai reagir a essa notícia, afinal, é a Katherine, eles… bom, você deve saber.

— É, eu sei… Não são muito amigáveis. Não sei como isso vai dar certo, mas… Já estou terminando aqui, vou me vestir já!

Adrienne se secava no banheiro e ele podia ver o movimento da toalha nas costas, braços e pernas. Depois, parecia, que ela passava alguma espécie de creme para o corpo, que na hora Stefan imaginou ser por isso que era tão cheirosa. Era como um balé, ela estava com a toalha envolvendo o corpo, e se apoiava na ponta da banheira enquanto passava a loção nas pernas, quando se virou, levemente, para passar nas costas, viu o reflexo de Stefan no espelho, e sorriu. Ele imediatamente saiu, completamente envergonhado por ter ficado olhando.

— Bom, vou te esperar lá embaixo. – Finalizou.

Adrienne gostou do que viu. Ela já tinha conversado com Katherine, achava Stefan lindo e charmoso, e perceber que ele a observava fez com que ela se sentisse muito bem. Imaginava que ele só tivesse olhos para Elena, e, aquele momento e o despertar daquela manhã a deixaram bastante orgulhosa, como a boa vampira vaidosa que era. Terminou de se arrumar e desceu.

Os dois seguiram para a mansão. Stefan gostava de andar de moto, e como Adrienne era uma ótima garupa, era sempre a primeira opção de transporte deles. Ele sentia como se estivesse livre pilotando, e ela acompanhava os movimentos.

Contudo, ele percebeu que naquele dia, ela estava mais agarrada a ele do que de costume. Segurava de uma forma que as mãos dela ficavam na altura do peito dele, não na cintura, que era o normal. Ele estranhou, mas, gostou. Era como se ela o abraçasse por trás, como fez no dia que dançaram juntos, aquela música mais lenta.

Os dois chegaram bem depois de Caroline, que já tinha contado tudo. Damon, quando ouviu o barulho da moto, foi logo em direção à garagem, Elena foi junto, viu Stefan e Adrienne chegando, e ela agarrada à ele, na garupa. Olhou imediatamente para Caroline, com uma expressão de dúvida. Se afastou de Damon e perguntou, baixinho.

— O que é isso, eles estão namorando? Por que essa garota vive agarrada nele agora?

— Não estão, mas, seria legal se estivessem, viu?! Já que você está com o Damon, Stefan merece alguém como ela. – Caroline respondeu, encarando uma expressão raivosa de Elena.

Damon mal esperou Stefan estacionar e descer e foi falando.

— Não, ela não vai ficar aqui e Elena não vai trocar de lugar com ela.

— Huuum… Tudo bem. Vamos embora então, né?! – Stefan voltou a subir na moto, chamando Adrienne.

— Como assim, você nem vai tentar me convencer? – Damon pergunta inconformado.

— Não. Eu já imaginava, nem sei porque vim. Apesar de temos um grupo de bruxas que podem trazer Bonnie de volta, em troca de um favor, mas, você sempre pensa em você. Foi bom que fiz um passeio. Aliás, quer conhecer a cachoeira de Mystic Falls? – Ele pergunta, debochadamente, pra Adrienne que acena que sim.

Os dois sobem na moto novamente, e quando estão saindo, Elena chama.

— Stefan, espera! Eu aceito!

— Não! Não, você não vai fazer isso pela Katherine.

— Não, Damon, eu vou fazer isso pela Bonnie! Podem trazer ela pra cá, eu aceito me passar por ela.

Caroline, que por um momento ficou paralisada com a atitude de Stefan, correu pra abraçar Elena.

— Ai, que bom! Eu sabia que você ia ser sensata!

— Mas, eu quero deixar bem claro, que faço isso pela possibilidade de trazermos a Bonnie de volta, se não houver jeito, não farei. – Elena é categórica e Adrienne responde, dessa vez.

— Procuraremos uma forma de ajudarmos todas as partes. Assim que soubermos de mais coisas, voltaremos com notícias.

— Tudo bem então, vamos à cachoeira agora, você vai gostar. – Stefan, ainda em cima da moto, finaliza e parte.

Quando os dois já estão longe, Damon se vira para as meninas e pergunta:

— Vocês viram isso?

— Isso o que, exatamente? – Caroline questiona.

— Essa atitude do Stefan. Essa autoridade toda. Ele desligou novamente!

— Não, Damon, não pode ser, ele… – Elena fica em dúvida.

— Não, Não desligou. Ele só está se alimentando e vivendo. E, talvez, sem muita paciência para coisas bobas, com tanta coisa importante acontecendo. – Caroline responde.

— Caroline, eu conheço meu irmão, com certeza, bem melhor que você. Esse tipo de atitude não é coisa do Stefan. Ele está influenciado por essa… Qual o nome dela mesmo? Amiga da Alex... Adrienne! O Stefan nunca falaria ou agiria assim.

— Eu também acho, Caroline. Ele está muito diferente. São esses amigos da Katherine. Nós temos que tirar ele de lá.

— Bom, Damon, você pode pensar que conhece seu irmão, mas, talvez, não conheça ele tão bem assim, já que passa a maior parte do seu tempo prestando atenção em você mesmo. E, Elena, me desculpe, você está tão acostumada a ter o Stefan babando em cima de você que não consegue ver que ele está bem. Nenhum de vocês consegue. E não precisamos de forma alguma que ele saia de lá. Ele tem, não só uma pessoa, mas, 4 pessoas que cuidam dele, que ajudam, que ouvem, que observam. Ele está ótimo, fazendo coisas saudáveis. Até se matriculou na faculdade… É melhor vocês voltarem a prestar atenção no próprio umbigo novamente, porque agora, Stefan não precisa da ajuda de vocês, pelo contrário, ele precisa de distância. 

Caroline terminou o discurso e saiu. Deixando os dois atônitos, pensando em tudo o que ela disse.


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