Tales of Lost Love escrita por Drix


Capítulo 30
Bloodlines *




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Após tantas informações, as bruxas decidiram descansar um pouco, já era tarde, e tinham acordado muito cedo pra estarem lá ao amanhecer daquele dia.

Os demais conversaram sobre o que ouviram. Tantas descobertas, tantos esclarecimentos. Katherine chamou Adrienne num canto. Os outros conversavam no sofá.

— Isso explica algumas coisas sobre maldições e quebras, não é?

— É, parece que sim. Mas, não explica sobre linhagem. Será que isso significa que não temos nenhuma conexão, afinal? – Adrienne questiona.

— Pra mim, não importa. De sangue ou não, você sempre será minha família e eu te amo como se fosse!

As duas se abraçaram. Stefan observava da cozinha e ouvia a conversa. Tinha ido se alimentar, por instrução de Alex, mas, estava atento. Caroline se aproximou falando.

— Você tem alguma explicação pra essas duas serem assim?

— Não, elas nunca me disseram, mas, se tratam como irmãs desde sempre.

— Humm… isso é bem estranho, não acha?

— Não sei. Adrienne falou que ajudou Katherine quando a família dela morreu. Deve ser por isso.

— Mas, é estranho, Stefan, ela morou na casa de vocês e nunca mencionou nada sobre isso.

— Caroline, Katherine nunca mencionou nada sobre nada. Tudo que descobrimos dela foi depois, e assim mesmo, quando ela quis.

— Hum… é verdade. – ela desistiu e mudou de assunto. – E agora, ela na mansão, vai infernizar a vida dos dois.

— Não que eu ache isso ruim – Stefan comentou de cabeça baixa, sorrindo e levantando os olhos para olhar pra ela.

— Mas, olha, um comentário maldoso vindo de você, que estranho. – ela falou, em tom sarcástico e rindo.

Alex se despediu dando boa noite, também estava cansada, e foi seguida por Katherine que também estava exausta.

— Bom, acho que é minha deixa. Vou pra minha casa também! – Caroline resolveu. E Danny perguntou se ela queria que ele a acompanhasse.

— Não, obrigada, estou de carro hoje. – ela respondeu sorrindo, se despediu e partiu.

Danny então, se despediu e subiu também, para seu quarto. Stefan a acompanhou até a garagem, e aguardou até que ela sumisse atrás das árvores.

Adrienne permaneceu na sala, sentada no sofá, encolhida, depois de ter absorvido uma enxurrada de informações. Stefan entra, percebendo ela ali e se aproxima.

— Precisa de alguma coisa? - questionou, solícito.

— Não, obrigada! Pode descansar, estou bem. – Ela responde com toda meiguice.

Mas, Stefan não se convenceu. Ouviu a conversa dela com a Katherine e sabe que tem algo errado. 

— Tem certeza, não quer conversar? - insistiu.

Adrienne olha pro topo da escada, verificando se tem alguém, e chama Stefan pra fora da casa. Eles saem pela porta dos fundos, onde tem um jardim mais lindo que o da frente, que Jô passava as tardes cuidando, e uma piscina, de água tão azul quanto o céu, mas, que eles quase nunca usavam. Se afastaram da casa, e sentaram na beirada. Ela pôs os pés na beirada, olhou pra ele, voltou a olhar pra água e começou a falar.

— Tenho medo, Stefan. Tenho medo pela Jô, fazendo feitiços tão poderosos e tenho medo pela Katherine ser a cura. Ninguém falou nada, mas, como ele vai tomar a cura sem que machuque ela? A Tátia foi drenada, Stefan, pra completar o feitiço. Quem me garante que não farão isso com a Kath? Vou perder minha melhor amiga, minha irmã!

— Eu prometi que não perguntaria até você me dizer, mas, por que você diz que ela é sua irmã. O que tanto vocês passaram juntas pra se tornarem tão unidas e ela ser tão diferente com você?

— Fugimos do Klaus. Por séculos. Descobri o que ele queria com ela, tentei avisar. Ela não acreditou. Mas, quando descobriu, veio me pedir ajuda.

— E, por que você ajudou, mesmo ela tendo desconfiado de você?

Adrienne respirou fundo e continuou a explicar pra Stefan, sobre seu passado com Katherine. Como ela estava perdida quando pediu ajuda, e como foi quando perdeu a sua família.

— Certo, mas, eu não entendo – ele fala – Você sabia que o Klaus ia perseguir as duas, e se colocou em perigo para salvar alguém que não acreditou em você, por quê?

— Porque temos a mesma linhagem. Ou ao menos, eu pensava que sim.

— Como assim, mesma linhagem, de sangue?

— Assim que vi Katherine, eu soube. Eu sou bisneta da Tátia, a primeira, que Klaus amou, e que perdeu a vida por isso. 

***

> Flashback

Século XI – Nice – França

— Mas senhor, ela precisa de cuidados, está muito doente!

— Então, trarei um médico. Já dei minha palavra!

O Conde Beaumont sai, batendo a porta, deixando Adelle atônita. Adrienne pegou uma pneumonia e ela não sabia o que fazer.

— Ah menina, você tinha que insistir em encontrar aquele rapaz, não é?

— Desculpe, Adelle, mas, eu não podia deixar de ir. Não percebi a tempestade se aproximando.

— Você já me disse várias vezes. Seu pai está furioso! Ele queria que você fosse à cidade esta semana. Conhecer seu noivo.

— Adelle, eu não posso me casar com outra pessoa, meu coração pertence ao Klaus! E eu sei que ele me ama também! Eu vou me casar com ele, assim que ele conseguir permissão do pai dele pra isso, tenho certeza!

— Se aquiete! Você precisa descansar! Vou deixar Bridget cuidando de você, preciso resolver umas coisas. Não faça nada que possa te prejudicar mais, ouviu bem?

Adelle saiu e foi procurar um velho conhecido, que já ajudara a salvar a menina antes.

— Senhor, ela está muito doente. Não sei como vamos resolver. E o pai quer que ela vá à cidade conhecer o futuro noivo, temo que ela não aguente.

— Noivo? Como noivo?

— Ideia do pai dela, senhor, a menina já está na idade de se casar. Em breve completará 17. Mas, tenho medo, senhor.

— Do quê?

— Temo que ela não se esforce pra melhorar, já que está apaixonada pelo senhor.

Klaus ficou estarrecido. Tinha apreço por Adrienne, mas, nada além de cuidado. Quando a menina nasceu, ouviu que era igual a bisavó, ficou na esperança de ser uma cópia de Tátia, como diziam, mas, não era nada mais que muito parecida. A mistura genética do pai, fez com que a menina nascesse até com traços bem diferentes, como a pele branca e olhos esverdeados, que a Bisavó não tinha. Ele cuidou da garota para que crescesse forte e saudável, continuando sua descendência até que, pelo que ele acreditava, nascesse uma cópia que pudesse quebrar a maldição que ocultava seu lado lobo.

Gostava de conversar com ela, era até bem inteligente e carismática pra idade, e muito mais educada que as outras meninas da região. Até sua irmã, Rebekah, simpatizava com a garota.

E era linda, afinal, tão linda quanto a bisavó, por quem ele fora apaixonado uma vez. Era muito agradável ter sua companhia. E tinha aqueles olhos dóceis, brilhantes e tão vivos.

Klaus sorria, quando Adelle o chamou, despertando-o dos pensamentos.

— Muito bem, salve a garota! Afinal, ela precisa se casar e ter filhos pra continuar a linhagem, não é mesmo?! Não consigo quebrar a maldição sem uma cópia.

Ele finaliza a conversa dando seu sangue para que Adelle comece a curá-la.

***

Stefan ficou pasmo com a revelação. Já tinha notado as semelhanças físicas, mas, justamente as diferenças é que faziam ele desacreditar na teoria da cópia. Mas, afinal, ela realmente não era uma cópia, era apenas uma descendente direta de alguém que era exatamente igual a Katherine, e portanto, era normal se parecerem. Ficou tonto. Era muita informação para um dia só. Abaixou a cabeça, levando as mãos ao rosto.

— Você está bem? – Adrienne se preocupou.

— Sim, estou, apenas… bem… tentando assimilar tudo isso. Então, por anos vocês fugiram dele e… Não entendo, Katherine foi pra Mystic Falls sozinha, por que não foram juntas?

— Às vezes, ele chegava bem perto, e então nos separávamos para confundir. Cada uma ia pra um canto, e ele se perdia do nosso rastro, pois sempre procurava as duas juntas. Fizemos isso por séculos. Mas, sempre nos encontrávamos nos verões, em nossos aniversários. De mês a mês. E então, nos separávamos novamente.

— Então, é como se vocês fossem mesmo parentes. Nascidas em épocas diferentes, ligadas pela imortalidade.

— Isso.

Os dois ficaram na beira da piscina, conversando um bom tempo ainda. Adrienne contou as aventuras das duas vampiras, as fugas, algumas coisas que passaram juntas.

Conversaram por horas, Stefan também contou como foi conhecer Katherine, e como isso mudou muita coisa na sua vida. E, entendeu algumas coisa sobre ela também, já que, estava sabendo de coisas que nunca tinha ouvido antes.

Deitaram-se no chão, ele ofereceu o braço pra ela apoiar a cabeça, enquanto apoiava a sua com o outro. Continuaram o papo até adormecerem ali mesmo.


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