Estavam os quatro no meio da sala tentando entender o que tinha acontecido por ali. Tinha sangue no chão, uma garrafa quebrada e uma certa bagunça.

— De certo, houve luta, mas, por que Danny não reagiu? Ou, pior, será que foi ele que machucou a Katherine?! – Alex se questionava.

— Não acredito que ele faria isso. – Adrienne respondia, convicta.

— Eu deixei os dois aqui. Ou ele saiu e alguém entrou, ou… – Stefan foi interrompido pelo telefone de Adrienne tocando.

— Docinho? Você está bem? Onde? Tá, estamos indo. – Ela desliga – Katherine fugiu e está escondida num ferro velho aqui do lado.

Eles saíram a procura, conseguiram achá-la e trazê-la de volta ao Club. Que já estava bem vazio, quase somente com os funcionários. Katherine, apesar de atordoada, voltou a explicar afoita.

— Mas, não era ele. Não era.

— Como não era, Katherine?! Eu mesmo liguei pra ele e vi ele entrando. – Stefan confirma.

— E como você deduziu isso? – Adrienne perguntou intrigada.

— Simples, baby, assim que Stefan saiu, aquele, sei lá o que, me ofereceu uma bebida, e me entregou com a mão direita, e logo fechou a porta, com a mesma mão. Então, peguei a garrafa, quebrei na cabeça dele e fugi!

— Como assim, por quê? - Caroline questiona, ao que todos respondem: - Daniel é canhoto!

— Bom, se não era ele, então, agora precisamos saber onde ele está. - Alex conclui.

— Tô aqui! – Danny responde, entrando na sala confuso.

— Onde você estava, Daniel? – Ela se aproxima, conferindo se está tudo bem.

— Nos fundos do depósito. Alguém quebrou meu pescoço. O que houve aqui? – ele pergunta olhando em volta.

— Tentaram raptar a Katherine. – Caroline se mostra participativa. – Alguém que é exatamente como você.

— O quê?!?! Impossível!

— Não, não é. – Stefan responde, olhando pra Caroline e Katherine, que fica apavorada!

— Não, Stefan, não pode ser. Bonnie petrificou ele, e você mesmo o jogou pedreira abaixo. – Caroline se inflama.

— Do que vocês estão falando? – Adrienne pergunta impaciente.

— Silas. – Katherine responde, quase petrificada de terror. – ele é telepata, e teoricamente, pode ser qualquer um de nós aqui.

— Não, ele não tem o poder de alucinação coletiva. – Caroline lembra o que ouviu Bonnie dizer.

— Mas, ele apareceu pra mim e Stefan, junto.

— Na realidade, não. Lembra? Você estava no banheiro quando ele entrou e eu saí antes de você sair.

Katherine concorda, e Alex resume.

— Bom, precisamos fechar o club e ir pra casa, certamente Jô tem uma resposta pra isso. E decidido, não nos separaremos mais, até chegarmos lá!

Todos concordam e fazem exatamente o que Alex disse. Se separaram somente nos carros, mas, mantiveram distância mínima entre eles até chegar em casa.

— Então é isso, tudo o que aconteceu hoje. – Jô tentava entender enquanto Katherine explicava.

— Acho que precisaremos voltar ao acampamento, meu bem.

— Mas, Jô, aqui eu fico mais segura. Se for ele mesmo, ele não pode entrar aqui sem ser convidado. Certo?

— Tudo bem, mas, amanhã logo que raiar o dia, entrarei em contato com as outras pra saber se isso é possível. Agora, vai descansar um pouco.

Katherine obedeceu. Ao mesmo tempo, os outros faziam perguntas tentando entender tudo.

— Não sei responder essas questões de vocês. Mas, ele sendo telepata, é capaz de entrar na mente de qualquer um e manipular a verdade. Tudo que eu sei é que ele foi um bruxo muito poderoso antes de se tornar imortal. Apesar de não ser mais, certamente conhece outras formas de poder. Agora vou descansar, amanhã cedo procurarei mais respostas. Boa noite, vocês deveriam fazer o mesmo. – Jô se despediu já subindo para o quarto.

Os demais, permaneceram na sala ainda por um tempo. Até que foram subindo aos poucos, pra dormir. Caroline chamou Stefan pra conversar.

— Você acha possível, isso, dele ter se salvado novamente? – ela pergunta.

— Eu não sei dizer. A menos que tenhamos outro imortal telepata, o mais provável é que seja ele.

— huuuum… - faz uma pausa e continua - a propósito… e mudando de assunto… eu vi você dançando hoje! – ela fala, dando um sorrisinho sarcástico pro amigo.

Ele meio sem graça, responde, tentando disfarçar. - Todos estávamos.

— Nããão. Aquela dancinha sexy no meio da pista, com a ruivinha do quarto ao lado. – e pisca pra ele.

— Não foi nada demais, Caroline. Só uma dança. Vamos, vamos dormir.

— Hum, sei!

— Você está parecendo a Lexi, vendo coisas onde não existem!

— Ah, tá certo! Não falo mais! – ela disse, debochando.

No instante que começaram a subir ouviram outro grito, e correram pro quarto de Katherine.

— Stefan, que brincadeira idiota foi essa? – ela pergunta assim que eles abrem a porta.

Os outros vieram, em seguida, tentando entender.

— O que foi, docinho?

— Se já não bastasse o que houve na boate, Stefan me assustando!

— Eu não fiz nada! Tá maluca? – ele responde e Caroline confirma.

— Nós estávamos lá embaixo agora, conversando. O que houve, Katherine? Fala de uma vez.

— Bom, se não foi você… – ela para, confusa – Meu Deus! Ele pode entrar aqui! Saí do banho e vi, era como você, Stefan, aqui dentro, me dizendo pra não gritar. Me assustei e gritei. E vi você saindo pela janela.

— Se ele pode entrar aqui… ou já se passou por Stefan alguma vez… - Alex disse tentando entender.

— Não, não faz sentido, só fui convidado a entrar no primeiro dia. Jô me convidou novamente?

Todos olharam pra ela que negou. Convidou Stefan apenas uma vez. E, se Silas poderia entrar, alguma coisa estava muita errada.

— Nada faz sentido, se ele conseguiu entrar na sua mente no club, por que não conseguiu agora? – Danny perguntou, desconfiado.

— Eu não sei. Talvez ele esteja mais fraco depois daquela hora. Eu não sei! – Katherine respondeu, aflita.

Jô também achou estranho, e a explicação pareceu lógica, ele estava fraco e por isso com menos poderes. Mas, decidiu:

— Aqui já não é mais seguro. Vou levar Katherine agora mesmo pro acampamento, ninguém se aproxima tanto assim por lá, sem que ninguém veja. Meu bem, arrume suas coisas, nós vamos voltar.