Era domingo, e os habitantes da casinha branca levantaram muito cedo. Ainda estavam atônitos pela noite passada. Se ouvia movimentação na casa, porém, ninguém havia saído do seu quarto, ainda.

Alex foi a primeira a descer e preparar o café, já que Jô não estava novamente. Caroline desceu em seguida, pronta para ir embora.

— Bom dia. Dormiu bem? – ela pergunta.

Alex responde: - Não consegui pregar o olho, na verdade. Ainda tentando entender a história desse tal Silas.

— É meio complicado mesmo, mas, pelo que a Bonnie falou, ele procura a cura pra conseguir morrer e se juntar ao amor da vida dele. Quem ouve acha que é uma história linda. Não fosse por ele manipular todo mundo pra conseguir o que quer.

Os outros 3, parecendo que combinado, abriram suas portas ao mesmo tempo, se cumprimentando e descendo em seguida, estranhamente calados. Deram bom dia às meninas que já estavam acordadas e seguiram com sua rotina.

Adrienne dava uma folga da corrida à Stefan aos domingos, mas, ela sempre fazia sua corrida. E, apesar de ser sua folga, Stefan desceu pronto para correr com ela. Danny estava meio atordoado e nunca acordava aquela hora. Todos, aparentemente, não dormiram e estavam tentando levar as coisas na normalidade, mas, Caroline continuou.

— Vocês têm alguma ideia do que fazer agora, digo, como procurar o Silas?

— Procurar? E por que faríamos isso? – Danny pareceu intrigado.

— Ué, ele está atrás da Katherine, já que ela é a cura.

Alex e Adrienne já tinham pensado nisso, mas, decidiram aguardar alguma informação de Jô para resolver o que fariam.

— Bom, nós vamos esperar ter alguma informação, não sabemos quem é, e alguém que é um telepata de 2 mil anos é mais forte e poderoso do que qualquer um de nós. Não sabemos o que fazer, e portanto, não faremos nada, a não ser esperar. – Alex respondeu.

— Sério? Vocês vão apenas se sentar e aguardar ele atacar novamente? – Caroline ficou indignada. – Bom, enfim, preciso ir pra casa. Alguém pode me dar uma carona? Danny decidiu levá-la.

Adrienne seguiu para sua corrida e Stefan foi atrás.

— Stefan, você acredita mesmo que possa ser esse Silas?

— Sim, acho que é a única explicação para se parecer com o Daniel e em seguida comigo.

— Então, ele pode mesmo ser qualquer um de nós a qualquer tempo, e pode inclusive entrar na nossa casa?

— Por essa eu também não esperava.

Seguiram o treino sem maiores conversas, já que não tinham explicação para o ocorrido.

— Caroline, nós não somos apáticos, como você deve estar pensando. - Danny quebrou o silêncio.

— Eu acho… bom, eu não conheço vocês direito, mas, eu imaginei mesmo que não fossem, por isso me surpreendi.

— Nós só pensamos um pouco antes de agir, não gostamos de fazer nada precipitado, e como não sabemos com o que, ou quem, estamos lidando e se é mesmo este ser que vocês estão falando, preferimos ter algumas informações antes de agir.

— Tudo bem, eu entendo. Só espero que ele não mate mais ninguém até lá.

Seguiram sem muitas teorias o restante do caminho. Danny puxou assunto sobre a faculdade o que deixou Caroline empolgada e foi assim até chegar em casa. Assim que chegou, ligou para Elena e foi até a mansão.

— Então, foi isso, parece que ele está de volta. Precisamos falar com a Bonnie, saber se isso é possível.

— Não pode ser, eu vi. Eu estava lá quando ela fez o feitiço que deixou ele duro feito pedra. – Damon responde.

— Damon, se não é ele, temos um outro problema, e pior, não sabemos o que é. – Elena diz.

Logo, o telefone dele toca e ele se afasta pra atender. Enquanto isso, as meninas continuam conversando.

— Mas, o que você estava fazendo com essa gente ontem? - Elena perguntou um pouco incomodada.

— Ah, fui me distrair, ué. Você só fica aqui trancada, Bonnie viajando com a mãe, Matt viajando com a… bem, você sabe… Preciso fazer algo pra parar de pensar no Tyler, senão enlouqueço.

— Mas, precisava se juntar com a Katherine e os amigos dela? Já basta o Stefan… que nem me atende mais…

— Elena, você tem ligado pra ele? Elena… ele tá sofrendo, e precisa se curar! Você não pode ficar ligando e lembrando a ele que você escolheu o Damon!

— Caroline, eu não tô ligando pra lembrar nada, mas eu me preocupo se ele está bem. Ele poderia ao menos retornar.

— Como assim?

— Ele não me atende, ele tem me ignorado. Já mandei mensagens, deixei recado. Liguei várias vezes. Não fosse você me dizendo que ele está bem, eu realmente me preocuparia de verdade.

— Ele está tentando seguir a vida dele. E me parece, está fazendo um bom trabalho.

Damon desliga, se volta para elas e diz: – preciso ir, falo com vocês, na volta.

— O que foi? – Elena questiona.

— Na volta. – ele responde de saída.

— Damon…

— Ah, e essa? Vamos atrás dele? – Caroline indaga.

— Eu… Ah que se dane, vamos! – Elena concorda.

Seguiram Damon até a delegacia, onde ele foi encontrar a mãe de Caroline. Descobriram que o estoque de sangue do Hospital foi saqueado e havia informações de roubos em cidades próximas. Isto em menos de 12 horas. E, no último roubo, havia uma gravação.

— Uma das câmeras de segurança do hospital flagrou uma imagem. Capturamos a gravação antes de alguém ver.

— Fala logo Liz, o que tá acontecendo?

— Fala mãe, o que houve?

— O que vocês… eu falei que falava com vocês depois!

— Chega de depois, Damon. A gente faz parte disso! – Elena respondeu inflamada.

— Deixa, Damon, elas podem ajudar. Eu achei muito parecido, embora o video não esteja muito nítido, mas, acho que vocês podem me dizer e identificar melhor.

A xerife colocou a fita para passar e eles começaram a ver os primeiros minutos. Alguém estava desesperado atrás de sangue, e bebia tudo, ali mesmo. Uma bolsa atrás da outra.

Estava longe, e escuro, mas, ao se mover para pegar mais, aquele ser passou por uma fresta de luz e a figura que puderam ver se parecia muito com alguém conhecido e todos se espantaram ao perceber.

— Stefan?!?!