O dia amanheceu e todos começaram a despertar. Alguns aguardavam respostas, outros ainda estavam um pouco confusos. Mas todos esperavam que fosse um dia mais calmo que o anterior.

— Huuum... Por que você dormiu aqui? Ficou com medo que eu fugisse? Não tenho pra onde ir, não se preocupe.

— Não, sua ingrata! — Adrienne riu — Dormi aqui porque trouxe Stefan de volta.

— Stefan? Preciso me preocupar com ele?

— Não, você está cheia de verbena.

— E como ele está? — Katherine estava realmente preocupada, sempre se importou com o Salvatore mais novo, mais do que deveria.

— Ele parece bem. Bebeu demais com Danny ontem, e voltou embriagado. Me parece que você está genuinamente preocupada com ele. Ainda existe alguma coisa?

— Sempre me preocuparei com ele. Você sabe, quase desisti da fuga por ele. Mas como ele veio parar aqui ontem de manhã? Você ainda não me contou isso.

Adrienne respirou fundo e contou o que aconteceu. Contou como se encontraram na estrada, como se divertiram, e como acabaram sendo carregados.

— Huuum... e pelo visto a senhorita Beaumont se interessou pelo jovem Salvatore, não é? — Kath falou, brincando com a amiga.

— Ah, na hora que vi, não sabia que ele era um dos seus Salvatore, e nem imaginei que fosse um vampiro também.

— Confessa...

— Sim, ele é lindo! Com aqueles olhos e ar de mistério, como não se interessar?!

As duas concordaram e riram. Resolveram descer para tomar café da manhã. Novamente, quando Adrienne estava descendo, Stefan saiu do quarto.

— Bom dia, Stefan, está se sentindo melhor?

— Huh, bom dia! Sim, estou, obrigada. — ele respondeu com um sorriso franco.

Katherine, que estava logo a frente, provocou os dois, numa voz melosa.

— Bom dia, Stefan, andou sonhando comigo?

— Katherine. Só se fosse em pesadelo.

Stefan observou as duas descendo a escada e percebeu como elas eram parecidas. Ele notou que a impressão que teve ao observar Adrienne era essa, ela se parecia com Katherine. E pior, da mesma forma, ela se parecia com Elena.

Ele sacudiu a cabeça. “Seria isso, elas tem alguma ligação e por isso são tão próximas, por isso o primeiro lugar que Katherine buscou ajuda foi aqui?” Stefan pensou. Continuou descendo, confuso. “Não, devo estar delirando ainda”, concluiu os pensamentos.

Jô estava preparando o café, como sempre. A bruxa cuidava dos “seus meninos”, como ela dizia, com um carinho enorme. Alex também já estava acordada e a ajudava a preparar a comida. Stefan percebeu que naquela casa todos se respeitavam e se gostavam, até mesmo Katherine parecia outra pessoa ali. Educada, e às vezes até gentil.

— Stefan, você deveria provar o bolo que a Jô faz, é divino. — ela disse, se deliciando com os quitutes.

— Pronto, querido. Seu café. — Jô entregou uma xícara de café forte pra Stefan. Ele mal a tinha visto na manhã anterior, e hoje lá estava ela, sendo gentil novamente. — Pegue uma fatia de bolo também.

— Obrigado. — ele agradeceu, se servindo.

— Não vai se arrepender, Stefan! É fantástico! A gente tem certeza que ela faz umas bruxarias pra ficar mais gostoso. — Danny falou do alto da escada. — Bom dia, flores do meu dia! Dormiram bem?

Ele se aproximou das moças e da senhora, dando um beijo na testa de cada uma.

— Sim senhor, apesar de ter carregado os dois nas costas ontem.

— Ah, desculpe! Acabei com a caixa de whisky do Prefeito. Tenho que pedir outra! — ele falou, rindo. — Bom, acabamos, nosso novo morador me ajudou bastante nessa tarefa!

Stefan tentou responder, mas estava aproveitando o maravilhoso bolo e somente riu, de boca cheia.

— Bem – Jô começou a falar — agora que já estão todos aqui, vamos aos fatos. Katherine tomou a cura que deveria ter sido dada ao imortal Silas, portanto, temos um problema, ele virá atrás dela.

Stefan interrompeu.

— Não, minha amiga Bonnie o petrificou novamente, e eu mesmo o joguei na pedreira.

— Ótimo, menos uma coisa para me preocupar. Agora é só saber o que isso implica pra ela e pra nós. Outra coisa, Stefan é um estripador que está descontrolado. E isso, é com vocês, eu não posso ajudar nesta tarefa. Desculpe, Stefan, mas, somente você é capaz disso, e esses 3 — ela apontou para Alex, Danny e Adrienne — são ótimos em auto-controle, vão conseguir te ajudar melhor que ninguém. Katerina, querida, venha comigo, vamos à uma reunião de bruxas, e não adianta reclamar porque é para o seu bem!

Katherine fez menção que ia reclamar, mas desistiu. Ela respeitava muito a bruxa.

— Arrume suas coisas, você vai ficar um tempo fora.

— Mas, por quê, Jô? — Adrienne perguntou, inconformada.

— Porque até eu descobrir o que ela precisa, vamos estudar tudo e ela não pode ficar aqui, humana, numa casa cheia de vampiros.

— Mas...

— Sem mas!

— Tá bom... — Adrienne se conformou, fazendo bico como uma criança mimada.

Neste momento, Stefan observava o jeito da moça. Sim, elas eram parecidas, mas Katherine jamais tinha sido uma criatura doce e meiga, como Adrienne, naturalmente, era.