Damon estava cabreiro com a mudança de Elena há dias. Sem nenhuma prova concreta, e morando longe, não tinha como confirmar. Aproveitou a fugida de Bonnie do campus pra questionar se ela havia percebido algo diferente na amiga de infância.

Sem sucesso na desconfiança, resolveu tentar outros meios de tirar a dúvida. Entrou no quarto de Jeremy e resolveu contar suas suspeitas. O rapaz achou aquela história infundada, mas, como a namorada, prometeu averiguar.

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A falsa Elena decidiu que naquele dia faria uma visita a Matt. Queria ter acesso a coisas do passado de sua hospedeira, antes que seu disfarce fosse arruinado. Precisava se manter naquele corpo por mais um tempo, até Silas voltar. Ou, pelo menos saber do seu paradeiro. Aquelas pessoas, com quem andava ultimamente, pareciam não saber de nada, mas, ainda tinha esperança de conseguir alguma informação preciosa.

Ligou pro amigo querendo marcar um almoço e fingiu estar interessada nas coisas da viagem de verão, que Caroline falou tanto. O rapaz aceitou o convite, então ela se dirigiu a Mystic Falls, seguindo seu plano.

Foi devagar, ganhando terreno pra saber da verbena. Sabia que todos tomavam a erva frequentemente, então questionou se Matt ainda continuava usando. Após ele confirmar sobre a pulseira que ela mesma tinha dado, ficou mais tranquila e percebeu que seria fácil obter informações sem que ele nem mesmo notasse, teria vantagens sendo vampira, afinal.

Numa distração, ela tirou a pulseira dele, e questionou sobre seu passado. Porque tinha decidido ficar com Damon e não Stefan, mas, isso nem ele mesmo sabia. Perguntou sobre os pais, a infância, e tudo o que acreditava precisar saber pra sobreviver naquele corpo. Mesmo sem entender, Matt contava o que ela perguntava, e tirou todas as suas dúvidas imediatas.

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Inquieto e incomodado, Damon decidiu esfriar a cabeça e procurar alguma coisa útil pra fazer na cidade. Ia conversar com a Xerife e oferecer ajuda em qualquer coisa que pudesse se distrair. No caminho à delegacia, resolveu comprar um café após estacionar o carro, e viu Elena e Matt conversando na parte externa do restaurante da praça.

Ficou intrigado com a cena e decidiu não se aproximar. Tentou ouvir a conversa e pegou apenas fragmentos sem sentido. O trânsito, as conversas paralelas e o barulho de uma obra próxima dali, atrapalharam sua tentativa, no entanto, percebeu Elena colocando a pulseira de Matt de volta no braço do jogador e fazendo um movimento muito comum pra ele, era nítido que estava hipnotizando o amigo.

Percebeu ela sorrindo e continuando o almoço como se nada tivesse feito. Confuso e curioso, voltou pro carro rapidamente e saiu dali antes de ser visto. Ele estava certo, alguma coisa tinha, ele só não sabia o quê. Assim que se afastou, ligou pra Stefan, tinha que contar pro irmão suas suspeitas, só ele poderia entender e ajudar.

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Jeremy ligou pra Bonnie no intervalo das aulas, e contou sobre as dúvidas de Damon, achando graça.

— Minha irmã está diferente desde que ficou com ele, só ele que não notou isso. - disse rindo.

Bonnie concordou, mas contou que Elena teve uma atitude estranha pela manhã, e que de repente, ele poderia não estar de todo errado. Disse que ficaria de olho, de todo jeito, pois a amiga tinha mudado tanto nos últimos meses que ela mesma não saberia dizer o que era normal ou que era incomum.

Falaram mais algumas amenidades sobre as aulas, marcaram um próximo encontro, quando ela viu Caroline se aproximando e decidiu desligar.

— Notícias de New Orleans? - perguntou assim que a loira se aproximou.

— Não, só que chegaram lá. Eu não sei se consigo ficar aqui só esperando, sabe?! É estranho.. - disse colocando suas coisas em cima da mesa, e puxando a cadeira pra sentar.

— E Elena, falou com ela depois que saímos do quarto? - Bonnie perguntou.

— Não, por quê? Soube de alguma coisa mais? - Caroline devolveu a pergunta, com receio de se entregar.

Bonnie respondeu que não, e contou que Damon também conversou com Jeremy. Que o namorado também não tinha percebido nada, mas que ficariam atentos a partir dali. Caroline acenou a cabeça, concordando, evitando falar mais, pra não ter que mentir. Pediu algo pra comer, e tratou de mudar de assunto falando sobre as matérias das aulas e as provas que estavam chegando.

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Damon foi até em casa tentando falar com Stefan, que não respondia. Achou muito estranho e começou a ligar pra Adrienne e o celular dela parecia desligado. "Onde diabos esses dois se meteram?” Esbravejou, irritado. Se deu conta em minutos que estariam em aula aquela hora. Antes mesmo de chegar na garagem, deu a volta e pegou a estrada rumo a Whitmore.

* * *

Adrienne e Katherine conversavam sobre os locais onde ela esteve com Rebekah e como chegar em cada um sem parecer que estavam buscando informações. Stefan se aproximou pra ouvir e entender o plano.

— Primeiro, acho que seria bom colocar alguma coisa tampando esse anel. - Katherine disse, apontando pra mão dele.

— Ahn? Por quê? - perguntou confuso.

— Estamos em terras de Bruxas, qualquer uma que olhe isso, vai saber que é um anel da luz do dia, e adeus disfarce! - ela respondeu, prontamente.

No mesmo momento, Stefan entendeu porque ela sempre usava uma joia diferente, e porque Adrienne usava brincos. Fez um sentido tão grande. Afinal, elas se escondiam de Klaus, e um anel de lápis-lazuli poderia facilmente denunciá-las.

— Já sei, vamos colocar uma faixa, como se você tivesse machucado a mão, e pronto. Um vampiro jamais usaria uma bandagem. - Adrienne resolveu.

Após uma olhada no mapa da cidade, definiram os caminhos e lugares que iriam. Adrienne decidiu chamar alguém pra retirar a mesa de café, e ver se podiam se alimentar antes de saírem. Precisariam estar fortes, caso acontecesse algo fora do planejado.

Assim que os vampiros se alimentaram, o três se separaram. O casal seguiria como turistas em busca das locações do festival, e Katherine voltaria na mansão pra pegar suas coisas e ver se encontrava alguma coisa que pudesse ajudá-los.

* * *

As amigas estavam terminando de almoçar, quando Caroline percebeu uma figura sorridente se aproximando. Daniel vinha em sua direção, trazendo alguns livros que pareciam bem antigos.

— Responderam meu e-mail. - disse ele.

Caroline se ajeitou na cadeira, Bonnie ficou curiosa e confusa, esperando que alguém explicasse, quando a amiga falou, animada.

— Alguma notícia do que houve com Klaus? Eles conseguiram resolver, já?

— Calma, só tive algumas pistas. Mas vou precisar fazer mais alguns contatos. Talvez eu vá pra lá encontrar com eles esta noite. - respondeu, ainda sorrindo.

— Mas o que você tem aí, o que são essas pistas? - ela continuou empolgada.

Daniel explicou que seus contatos informaram sobre uma lenda antiga, sobre a terra sagrada das bruxas e de um sacrifício que precisaria ter sido feito, mas, foi impedido por vampiros. E que talvez tenha sido por isso que atraíram os Originais até lá. Os livros eram sobre essa história. Ele pegou na biblioteca e estava pronto pra ler.

Caroline pegou um, entregando outro pra Bonnie, querendo buscar logo informações e acabar com esse mistério todo. Enquanto estavam folheando os livros atrás de informações, outra figura conhecida, porém mais sombria, se aproximou.

— Cadê meu irmão? - Damon perguntou sem nem cumprimentá-los.

Caroline achou que Stefan tinha contado, mas, percebeu que não, e explicou o que aconteceu nas últimas 24h. Damon ficou um pouco furioso por ter sido deixado de fora, e irritado por Bonnie não ter sequer mencionado.

— Não lembrei. Nem Tinha entendido direito até agora, também. - se justificou.

— E a Katherine tá bem? - se preocupou, mas, mudou o tom em seguida – Se está tudo ok, por que esses dois não atendem a droga do telefone?

Daniel ficou sem saber responder, tinha pedido notícias de 2 em 2 horas e de fato, já tinha passado um pouco do tempo da última atualização. Tentou do celular dele, e a mesma coisa. O de Adrienne estava desligado e de Stefan sem atendimento. Começaram a se preocupar. Caroline também tentou, sem sucesso. Daniel concluiu.

— Acho que vou adiantar minha ida. Se aconteceu alguma coisa com eles também, não vou ficar aqui aguardando.

— Eu vou junto! - Damon nem piscou e decidiu. - E por quê “adiantar”?

— Eu precisava encontrar uma bruxa de confiança antes, mas nestas circunstâncias, não dá pra esperar. - respondeu.

— Nós temos uma bruxa de confiança. - Damon apontou pra Bonnie.

Ela olhou pra eles, um pouco assustada. - Eu? Eu nem controlo minha magia direito.

— Você é mais forte do que pensa, Bonnie, só precisa acreditar nisso! - Caroline confortou-a, segurando em seus braços e a olhando nos olhos. - Se aconteceu alguma coisa com eles também, precisamos salvá-los. Por favor.

Bonnie não podia negar aquele pedido, daquele jeito. A amiga tinha razão, além do mais, tinha treinado por tanto tempo com Jô, que sentia-se capaz de administrar a própria força. Aceitou, e foram buscar algumas coisas pra partir o mais breve possível.