The Pleasure of Love escrita por Helo


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Está ai, como prometido mais um cap...
Boa leitura



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Três meses haviam passado desde a chegada de Rose e Greg na cidade, eles estavam feliz com a nova vida que estavam tendo. Rose estava conseguindo se virar com as contas apenas com o seu salário, as gorjetas ela é Greg continuavam guardando no pote de vidro que já estava pela metade de moedas e notas, essa era sua reserva se caso ela precisasse sumir de Forks com seu filho. Nesse tempo Rose notou uma mudança considerável no filho, ele se mostrava sempre animado e realmente estava gostando da vida que eles estavam levando em Forks.

No mês que passou, Rose economizou um pouco mais e pode ir numa loja comprar algumas roupas melhores para ela e para o Greg, não era roupas de marcas e boas como eles eram acostumados a usar, mas eles ficaram felizes de pelo menos poderem escolher as peças.

Rose e Alice acabaram criando uma amizade muito boa, nem Rose e nem Alice contaram suas vidas passadas uma para outra, mas elas eram boas em conversar sobre assuntos variados e interessantes.

A previsão do tempo marcava uma tempestade para o final da tarde daquela sexta feira ensolarada, por volta das 17:15 Rosa e Alice foram buscar Greg na escola e depois foram para o Emporiun comprar algumas coisas, as duas haviam decididos se divertirem naquela sexta na casa de Rose.

Esme e Emmett e Giougiou estavam arrumando os estoque de mercadoria quando Rose, Alice e Greg entraram na Emporiun, Emmett observou as duas mulheres e o garoto entrando pela porta, ele já conhecia muito bem Alice que era simpática e conversava com todos, mas Rose era uma incógnita para ele, ela tratava todos bem, principalmente a Giougiou, mas com ele era sempre apenas oi, tchau, obrigada e de nada, além do dia que ele foi buscar Giougiou na casa dela eles nunca mais tiveram uma tentativa de conversa como naquele dia. As vezes, Emmett olhava para ela enxergava apenas dor e sofrimento em seus olhos, outras vezes ele enxergava alegria e tranquilidade, talvez por isso ele desejava tanto conhece-la melhor, ela despertava nele uma curiosidade nunca sentida antes, desde a morte de Victória, ele nunca desejou conhecer nenhuma mulher como ele desejava conhecer a misteriosa Rosalie Hale.

Giougiou que estava sentada numa cadeirinha atrás do balcão se levantou para ver quem eras os clientes que tinham chego e ao ver que era seu amigo de escola foi até ele como todas as vezes que eles chegavam e ela estava no mercado

- Oi Greg,

- Oi Giougiou

- Srta. Rose, Srta. Alice, tudo bem com vocês?

- Estamos bem Giougiou, mas pode nos chamar apenas de Rose e Alice, que tal? - Rose perguntou passando a mão pelos cabelos da garota...

- Certo, ei Greg vamos dar uma olhada no rio, enquanto sua mãe faz as compras? - Ela perguntou olhando para o amigo...

Ele olhou para a mãe como se pedisse permissão e ela acenou um sim com a cabeça. Os dois saíram pela porta dos fundos do estabelecimento e todos os acompanharam com o olhar, Alice pegou uma cestinha e falou olhando para a amiga...

- Certo, o que precisamos para termos a noite de Mc Donalds na sua casa?

- Pelo amor de Deus Alice, trabalhamos o dia todo com lanche, você realmente quer fazer lanche na janta?

- O Greg disse que seu sanduíche e sua batata frita são idênticos ao do Mc Donalds e eu preciso experimentar isso.

- O Greg tem seis ano, tudo é a mesma coisa para ele...

- Não seja assim amiga... - Alice fez sua melhor cara de cachorro pidão e Rose riu...

- Ta certo criança, vamos pegar o que precisamos...

As duas começaram a andar pelos corredores do lugar e pegar tudo o que achavam necessário, Rose sabia que precisava economizar, mas ela e o Greg mereciam se divertir um pouco. Emmett e Esme voltaram a organizar o lugar, mas Rose conseguiu sentir Emmett a olhando de canto de olho, e pela primeira vez ela se permitiu reparar no homem sorridente e simpático que sempre a cumprimentava quando ela chegava ali. Seus olhos eram extremamente verdes, de tamanho, ele dava uns dois dela, a camiseta branca só realçava seus músculos bem definidos, ela desviou os olhos assim que Alice falou com ela:

- Então Rose, já temos batatas, hambúrgueres, pão, queijo, o que mais precisamos?

- Tomate, alface, picles, molhos...

- Você pega as verduras então, eu vou pegar os molhos e as bebidas

- Certo

Rose caminhou ate o lado de Emmett que estava arrumando as verduras e antes mesmo que qualquer um dizer alguma coisa Giougiou entrou pela porta, chorando e falando.

- O Greg, rio... Ela soluçava e não conseguia formar a frase completa...

Rose largou imediatamente tudo que tinha na mão e ficou branca, Emmett correu na frente e ela atrás sendo seguidos por Alice e Esme. Greg se debatia na água e Emmett não pensou duas vezes ao pulou de ponta do pier para dentro da água. Rose estava desesperada, foi até a beira do pier se ajoelhou e chorou enquanto via Emmett tentando segurar o garoto que ainda se debatia um pouco.Esme foi para o lado de Rose na esperança de conseguir pegar o garoto da ponta do píer e Alice segurou Giougiou no colo tentando acalma-la.

Emmett conseguiu nadar carregando Greg e o entregou para Esme, ele estava desmaiado já - Filho pelo amor de Deus, fala com a mamãe - foi o que Rose falou assim que Esme o deitou no pier. Emmett saiu da água e se ajoelhou ao lado do corpo frágil e molhado de Greg e começou a fazer uma massagem cardíaca e respiração boca a boca que foi sem sucesso no inicio mais logo Greg começou a tossir e voltar a si, Rose tentou respirar aliviada, mas simplesmente não conseguia Greg agora chorava pelo susto e procurava o colo da mãe com os olhos, ela se pegou o filho em seus braços e ambos choraram...

- Nunca mais faça isso filho, eu podia ter perdido você

- Desculpe mamãe, me desculpe...- A voz do garoto mal saia da boca de tanto que ele chorava

Depois de um tempo, os dois começaram a se acalmar , Alice também se ajoelhou e começou a acariciar os cabelos do garoto, tentando conter suas próprias lágrimas. Rose se levantou com o filho no colo e olhou para Emmett que agora segurava sua própria filha, tentando acalmá-la também...

- Obrigada Emmett, você salvou a vida do meu filho...

- Não precisa agradecer o que importa e que ele está bem - Ele colocou a filha no chão e esticou o braço para o Greg, - Eu quero falar um negocio para vocês dois...

Greg mesmo um pouco assustado foi para o colo de Emmett que o colocou ao lado de Giougiou e falou:

- Vocês dois, nunca mais cheguem tão perto desse rio, combinado?

- Foi culpa minha papai, minha tiara caiu dentro do rio e eu fiquei triste e o Greg só quis pegar para eu não ficar triste - Giougiou respondeu com a cabeça baixa..

- Não foi culpa dela, eu que não devia ter tentando pegar, não brigue com ela Sr. Emmett, ela não tem culpa de nada - Greg voltou a falar com voz de desesperado, olhando para a mãe como se pedisse ajuda...

- Calma garoto, não vou brigar com ninguém, só preciso me certificar que vocês não chegaram perto do rio de novo, vocês tem noção que algo sério podia ter acontecido aqui?

- Desculpa pai

- Desculpa

- Tudo bem crianças...

Rose ficou olhando a cena estática, Greg nunca teve uma atenção assim de um homem, e Emmett estava corrigindo as crianças sendo extremamente carinhoso e preocupado, sem Emmett falar nada, Giougiou olhou para Rose e falou:

- Desculpa Rose

- Tudo bem crianças, basta vocês não chegarem novamente perto do rio...

Ela puxou as duas crianças para um abraço,Emmett observou aquele abraço caloroso e cheio de dor que Rose dava nas crianças, ele tirou algumas conclusões rápidas sobre tudo aquilo, primeiro que ela era uma ótima mãe, preocupada e carinhosa com o filho, segundo que ela gostava de criança, com a mesma intensidade que ela abraçava o filho, ela abraça a pequena Giougiou, e foi então que ele teve certeza de que precisava muito conhecer aquela mulher.

***

Depois do susto na Emporiun, Rose, Alice e Greg tiveram um começo de noite agradável, fizeram o jantar e se divertiram enquanto comiam. Alice comprou um vinho e após Greg ir para sala assistir televisão as duas começaram arrumar a cozinha tomando alguns cálices. Rose não conseguiu tirar de sua cabeça a cena de Emmett salvando e conversando com Greg, aquilo realmente mexeu com ela.

- Ele está interessado em você!

- Ele quem Alice?

- O grandão do Emmett

- haha, e como você chegou a essa conclusão?

- Durante o tempo que nos duas estávamos fazendo as comprar ele não parou de olhar para você...

- Eu não vi isso, e ele é como todas as pessoas desta cidade, curiosos para saber sobre minha vida... - Rose respondeu com cara de desdém, mas gostou de ouvir que ele a observava, mesmo não tendo interesse nenhum por ele.

- A mulher dele morreu assim que a Giougiou nasceu e ele largou todos seus planos e sonhos para ficar aqui com a filha...

- Ele parece ser um bom pai...

- Além de bom pai, ele é bonito também

- Sim ele é bonito mesmo

- Seria o sonho de qualquer mulher...

- Ele é teu número Ali?

- Claro que não Rose, com aquele tamanho de braços ele é capaz de me amassar toda...

As duas conversaram mais um pouco sobre o assunto, Rose sentia que o vinho começará a fazer efeito e sentou-se à mesa, Alice a acompanhou e as duas começaram a falar sobre assuntos diversos. Rose nos últimos 6 anos de sua vida não teve nenhuma amiga, ninguém com quem compartilhar suas alegrias e angustia, sua única companhia era seu pequeno filho que muitas vezes nem entendia o que ela estava falando.

Alice estava feliz por ter feito mais uma amiga, desde o dia que ela se mudou para Forks ela criará laços de amizades apenas com Jacob e com Nessie, ter Rose como amiga era como um porto seguro para ela, já que ambas escondiam em segredo acontecimentos de seus passados. Nos três messes de amizade nenhuma das duas tocaram no assunto passado, mas Alice confiava em Rose, sabia que seu segredo estaria bem guardado com ela e precisava falar, guardar tudo para ela só estava lhe fazendo mal.

-Quer ouvir minha historia Rose?

- Você sabe que não precisa Alice...

- Mas eu quero fazer isso, lógico, se você quiser escutar

Rose sabia que ouvindo a historia de Alice ela teria que contar sua própria para ela, mas a curiosidade a consumia e ela no fundo queria compartilhar sua historia com alguém....

-Eu quero ouvir Ali

- Eu morei minha vida inteira em Nova York, meus pais nunca foram muito ricos e a gente realmente passávamos um pouco de dificuldade. Meu sonho de infância sempre foi uma bailarina, lutei muito para conseguir isso Rose, entrei na faculdade graças a uma bolsa de estudo para dançar. Ganhei alguns festivais regionais, eu era boa no que fazia e tive muitas oportunidades de crescer na carreira eu aproveitei cada uma delas. Os meus últimos três anos em Nova York eu vivi para isso, dançar e estudar, comecei a ficar conhecida no mundo e recebi um convite par dançar na Companhia de Teatro de Paris, a mídia em geral caiu em cima de mim, por ano uma bailarina só era escolhida e naquele ano foi eu... Eu ganhei muito dinheiro Rose, consegui dar uma vida melhor para meus pais, a gente tinha uma casa para morar, um carro para andar, as melhores comidas em todas as refeições, eu estava satisfeita com minhas conquistas. Numa noite chuvosa eu voltava para minha casa depois de sete horas de treino, eu estava dirigindo, mas mal conseguia ver a estrada. Não lembro de muito do acidente, só me lembro de acordar no hospital alguns dias depois. - Alice respirou fundo e continuou tentando segurar as lágrimas que queriam cair de seus olhos...- De todas as partes do corpo que eu podia quebrar foi exatamente o tornozelo que eu quebrei e com ele todos os meus sonhos foram por água a baixo...

- Você não pode mais dançar? - Rose perguntou transmitindo na voz toda a sua tristeza pela nova amiga que tinha feito

- Pode eu posso, mas perdi a minha chance. Eu entrei numa depressão que você nem imagina, fiz por quase um ano fisioterapia para voltar a andar e quando consegui a única coisa que via em minha volta era a mídia falando da minha não ida à Paris. Eu estava mal e meus pais também e foi por isso que vim para cá, fugir de toda a atenção que eu e minha família estávamos recebendo da mídia. Com o resto de dinheiro que eu tinha compramos nossa casa e a lanchonete aqui. Quem nessa cidade vai reconhecer a ex bailarina Alice Brandon?

- Tudo isso deve ser muito difícil para você...

- Eu meio que já me acostumei com a ideia, eu gosto daqui. Meus pais estão felizes com a lanchonete e nossa vida é tranquila.

- Eu sinto muito por isso Ali...

- Tudo bem

Alice encheu as duas taças com o restinho de vinho que sobrava na garrafa e fez a "grande" pergunta para Rose.

- E você e o Greg, por que vieram para cá?

Rose bebeu um pouco de vinho de seu copo, levantou e andou até a porta da cozinha se certificar se o Greg não poderia ouvir a conversa e sentou novamente na mesa, Alice acompanhou cada movimento dela com os olhos...

- A minha vida nunca foi tão boa Alice, apesar da fortuna que meu pai tinha, eu, meu irmão e minha mãe vivíamos um verdadeiro inferno dentro de casa. Meu pai era um escroto, vivia trabalhando e quando estava em casa era para ficar humilhando minha mãe com as várias mulheres que ele tinha de amante. Quando eu completei 18 anos e meu irmão 16 meu pai me obrigou a casar com o filho do sócio dele do banco e eu não tive como dizer não. Desde o dia que casei com Royce King minha vida se tornou pior do que já era, ele era a cópia exata de meu pai, a única diferença e que ele me agredia de todas as formas quando estava em casa.

Rose sentiu que não conseguiria mais falar, relembrar aquilo a deixava nervosa e desconfortável.

- O que ele fazia com você Rose?

- Tudo Alice, ele fazia tudo que você possa imaginar. Me batia, me violentava sexualmente, falava coisas horríveis para mim...

- Até mesmo quando você engravidou ele era assim com você?

- Era pior Alice, durante o tempo da gravidez ele me amarrou na cama e só me deixava sair quando eu tinha médico ou quando meu irmão e mãe vinham me visitar.

- Você não contou nada para eles?

- Não conseguia, Royce sempre ficava por perto quando eles estavam lá em casa, a única vez que consegui falar alguma coisa meu irmão já tina ido servir para o exercito e Royce escutou a conversa com minha mãe e a proibiu de ir lá em casa. Meu pai apoiava ele em tudo e ajudou a afastar ela de mim.

- Como pode um pai se conivente com essas coisas?

- Não sei Alice, ele deve me odiar de mais só pode.

- E então o que aconteceu?

O Greg tinha uns dois anos quando Royce comprou uma casa mais afastada da cidade e nos nunca saiamos dela, ele nunca machucou o Greg, mas as violências contra mim eram as mesmas... Vivi essa vida até o Greg completar três anos, um dia acordei no meio da noite com o choro do Greg e vi Royce segurando uma garrafa de Whisk do lado do berço e gargalhando para o Greg que chorava.

Rose perdeu completamente a voz, essa era a primeira vez que ela estava contando essa historia para alguém. Alice ainda tinha lagrimas no rosto, mas tentava transmitir algum tipo de força para amiga.

- Depois desse dia eu comecei a juntar todo o dinheiro que eu encontrava pela casa, demorei quase um ano para conseguir uma boa quantia e durante uma noite chuvosa que Royce saiu para beber com os amigos, peguei meu filho algumas roupas e sumi de lá...

- Você está a dois anos fugindo então?

- Quase três na verdade e ele nos encontrou nas quatro cidades que eu tentei me esconder. Quando nos morávamos juntos ele costumava dizer que se um dia eu fugisse dele ele iria até o inferno atrás de mim e mataria todos que eu amo...

- Você já pensou em denunciá-lo?

- Não posso fazer isso Alice, ele é capaz de matar minha família e meu pai com certeza não se importará de ajudar...

- Você é corajosa Rose...

- Não Alice, viver com medo e fugindo não é ter coragem.

- É sim, você saiu de lá Rose para proteger seu filho...

- Era a única coisa que podia fazer, eu ficava imaginando o dia que ele chegaria lá em casa bêbado e acabasse machucando o Greg..

- Sim eu imagino tudo que se passava na sua cabeça, mas veja por esse lado, você está aqui, continua vivendo, mesmo depois de tudo o que aconteceu você continua batalhando, imagino que você cresceu em berço de ouro, teve os melhores brinquedos, as melhores roupa, nunca precisou lavar uma louça, estou certa?

- Sim, mas...

- Olha para você hoje Rose, você trabalha, cria o Greg sozinha, tem uma casa para morar e roupas para usar e o melhor de tudo, você é livre...Você já pensou a quantidade de mulheres que vivem a vida inteira na situação que você viveu e nunca tiveram a coragem que você teve...

- Sim, claro que já pensei nisso, minha mãe deve viver nessa vida até hoje, mas ela era uma boa mãe, passou por tudo por não ter condições de fugir comigo e com o Jazz embaixo do braço, meu pai tinha muito dinheiro e ela era apenas uma estrangeira que veio para o Estados Unidos procurar uma vida melhor....

- Ela também é corajosa Rose

- Ela é Alice, sinto falta dela e do meu irmão, mas tenho medo de dar noticias e Royce me encontrar mais uma vez...

- Imagino o quanto é difícil para você

- Não você não imagina Ali...

A conversa que as duas tiveram foi esclarecedora para ambas, Rose sentiu tirando um peso de suas costas e Alice estava feliz por ter compartilhado com alguém a maior frustração de sua vida. As duas criaram ali um vinculo inquebrável entre elas, Alice pensava em várias formas de ajudar Rose se por acaso precisasse e Rose imaginava sua pequena amiga que parecia uma fada de contos infantis, vestida de colete rosa encantando uma grande platéia com seus passos.

***

Emmett revirou várias vezes na cama e o sono não veio, a única cena que ele conseguia ver quando fechava os olhos era a do Greg se afogando no rio. O fato de o garoto ter caído na água por descuido dos adultos ou que poderia ter sido a Giougiou no lugar do Greg, eram coisas que o atormentava. Ele levantou da cama e foi para a varanda de sua casa, a noite estava agradável, o céu estava coberto de estrelas e a lua cheia iluminava as montanhas no horizonte. Emmett se sentou na escada da varanda e observou àquela cena, ele se lembrou que escolheu comprar aquela casa por causa da vista, Victoria quando estava grávida da Giougiou adorava se sentar ali e observar as montanhas enquanto cantava para Giougiou cantigas de ninar. Ele sentia falta da Victoria, mas a saudade arrebatadora que ele sentia no começo se transformou nas lembranças felizes que ele contava para a filha quando ela perguntava pela mãe. Emmett sabia que Giougiou precisava de alguém que exercesse o papel de mãe na sua vida, mas ele tinha a certeza em sua cabeça, que sua sina era viver sozinho cuidando da filha. Sem ao menos perceber seus pensamentos foram invadidos por Rosalie, a mulher loira, estrutura delicada, grandes olhos azuis pelo qual ele sentia desejo de conhecer. Ele tentou explicar para si mesmo o porquê aquela mulher o atraia, ela não tinha nada que as outras mulheres não tinham, mas ela tinha algo que ele não conseguia explicar...

-Pai?

Emmett olhou para trás e viu sua pequena filha parada na porta, com uma camisolinha amarela do Bob Esponja, seus cabelos vermelhos todos emaranhados pelo vento e seus olhinhos pequenos...

- Ta fazendo o que acordada bebê?

- Eu tive um sonho ruim e fui para seu quarto, mas você não estava lá, dai vim pra cá - A garota falou sentando no colo do pai...

- Eu estava olhando a lua iluminando as montanhas

- A minha mamãe gostava da visão também né papai?

- Sim meu amor, ela gostava de ficar aqui olhando para a lua e cantando para você...

- Eu queria ter uma mamãe pai...

- Filha, sua mamãe está olhando pela gente lá do céu...

- Eu sei papai, mas acho que ela não se importaria de eu ter uma segunda mamãe...

- Filha, essas coisas são complicadas

- Você sempre me diz isso

- Vamos dormir agora, amanha teremos um longo dia

- O que vamos fazer?

- É surpresa

- Aaaah me fala papaizinho

- Não não, vamos para cama e amanha eu te conto

Emmett se levantou com a filha aninhada em seu colo, olhou mais um vez para o céu e agradeceu mentalmente por Deus ter deixado aquele pedacinho da Victória para ele...


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Notas finais do capítulo

É dai meninas, o que acharam ???
Beijos