Diário de Nick e Charlie-como sobreviver no CHB escrita por Luh Love Percabeth


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Descuuuulpa, eu juro que eu sinto muito, ToT . Mas meu computador não entra na internet de jeito nenhum, e o capítulo tava no word, e eu ñ podia passar pra um pen-drive porque o meu sumiu, e meu pai roubou os outros. Mas eu vou parar de enrolar. Vou tentar ir mais rápido. Ah, e como muito pouca gente comenta aqui (isso foi dirigido a todos, menos a Lyn, porque ela comenta em todos os capítulos. :3), vou colocar assim: 3 reviews que eu posto o próximo.



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Diário de Nick Charlie

Capítulo VI

O que eu tenho que dizer agora? Ah, peraí, parou na Natalie pegando fogo, certo? (Esqueça tudo, eu não vou rasgar a folha.)

Eu simplesmente não conseguia acreditar. O mais próximo que já tive de ter amigos (Fora o Nick, mas ele não conta.) e ela pega fogo. Eu não queria olhar, mas eu tinha esperanças de que fosse só uma alucinação, afinal eu bati a cabeça bem forte (muros são duros. Quem duvidar eu juro que arremesso.).

O fogo se extinguiu. A última coisa que eu esperava é que Natalie saísse das chamas, ilesa, sem nem mesmo chamuscada ou com queimaduras.

— Mas como... O que... — gaguejei. Olhei para o lado. Nick e Ethan pareciam tão surpresos quanto eu.

— Vamos para o acampamento. Agora.

***

Isso acabou sendo mais difícil do que o planejado. Não só porque estávamos todos machucados (principalmente Nick, que conseguiu se cortar quase até o osso), mas também porque não cabiam duas pessoas no mesmo pégaso, pelo menos não numa distância tão grande, e Natalie mandou os pégasos de volta para o acampamento com uma mensagem para voltarem com uma carruagem, o que levou algumas horas.

—Então... — disse Nick, enquanto tentava colocar Néctar e uma pomada de ervas “mágicas” nos machucados. — Qual é a do fogo?

—O quê?

— Você sabe, Natalie, você pôs fogo na empousa e saiu inteira. Pode explicar? — Ethan a pressionou.

—Hã... — Natalie hesitou — Hefesto é o deus do fogo, lembra?

Fazia sentido pra mim, mas Ethan não pareceu convencido.

— Não tente me enganar. Ninguém no chalé 9 consegue fazer isso.

— Peraí que eu me perdi. O que Hefesto tem a ver com isso? — perguntou Nick.

Natalie o encarou.

— Nós já explicamos isso, o negócio todo dos deuses, semideuses e a civilização ocidental.

Agora eu fiquei confusa. Ela não tia explicado praticamente nada do que ela disse agora. Basicamente ela disse: Deuses gregos existem. Vamos para um acampamento. Deduzam o resto.

—Não, você não explicou nada. Só disse que deuses existiam e a gente deduziria o resto. Eu não entendi nada.

Natalie pareceu confusa.

— Ahn, foi? Me desculpem,eu estava nervosa. — Ela suspirou. — temos mais uma hora antes que os pégasos voltem, acho. Por onde começo?

— A essa altura vocês já sabem que os deuses existem. — Disse Ethan —Mas vocês não sabem o que eles estão fazendo nos Estados Unidos, certo?

Assenti com a cabeça.

— Bem, é um pouco complicado. — Continuou Natalie. — A civilização ocidental, como já mencionei, não é apenas um conceito abstrato, é uma força viva, e os deuses são parte dela.

—Ela começou na Grécia, e quando começou a se destacar mais em Roma, os deuses se mudaram, com outros gostos, outros nomes, de acordo com a cultura local. — Disse Ethan. — Aonde quer que a “chama” brilhasse mais, era onde estariam os deuses.

— Os Estados Unidos, portanto, são onde a chama está atualmente. Isso significa que o Olimpo é aqui.

— Eu... Isso é loucura! Tipo uma loucura com um pouco de sentido, mas não deixa de ser loucura.— Disse.

Natalie, Ethan e Nick me olharam como se eu fosse um alienígena.

—Quer dizer... Huh, você está certa. É complicado. Ahn, e não tinha um acampamento?

—Ah, claro. — Ethan explicou. — Eventualmente, os deuses descem para a cidade e ahn, têm filhos com mortais. As crianças que nascem são chamadas meio-sangues ou semideuses. Então foi feito um acampamento onde os semideuses pudessem treinar para se defenderem, o Acampamento Meio-sangue.

—Ao chegarem lá, vocês serão colocados em chalés de acordo com o parentesco divino. Antigamente existiam 12 chalés. Mas depois da 2ª guerra dos Titãs, são 20 chalés.

—Quais são os seus chalés? — Nick pergunta.

—Eu sou do chalé 9, Hefesto, e Ethan é do chalé 6, Atena.

Hum, Hefesto é o deus dos ferreiros e fogo, Atena é da Sabedoria e estratégia.

— E de qual nós seremos?

— Bem... Nós não sabemos. Ao chegarmos ao acampamento, vocês serão reclamados por seu pai. Não sabemos quando isso acontecerá. Se não forem reclamados no primeiro dia, ficarão no chalé de Hermes.

—Hermes não é o deus dos carteiros? — Perguntei.

Natalie riu.

—Na verdade é dos mensageiros, mas também dos médicos, ladrões, viajantes, ou seja, qualquer um que use as estradas. Supostamente, ele inventou a Internet. Sendo o deus dos viajantes, ele fica com os campistas que não sabem aonde ir. Antes da guerra, os campistas podiam ficar a vida toda sem serem reclamados, mas fizeram os deuses prometerem que reclamariam seus filhos o mais rápido possível.

Olhei para ela. Devia ser bem difícil convencer vinte deuses com poder para te transformar em pó a fazerem o que você quer. O que todos queriam, na verdade.

— Quem... Quem fez isso?

— Percy Jackson. Filho de Poseidon.

Eu já ouvi esse nome em algum lugar.

— Eu ainda tenho uma pergunta. — Disse Nick. — Você ainda não respondeu o porquê de você pegar fogo.

Natalie fez uma careta que eu pude interpretar facilmente: Mission fail. Eu teria achado que ela inventou tudo só pra mudar de assunto, mas Ethan continuava as frases, e ele sabia do que ela estava falando, então...

—Tudo bem. Eu posso controlar o fogo.

Ethan se levantou.

—Isso é impossível.

Natalie o encarou.

—Não, não é. — Ela disse.— é raro, mas não impossível. Não acontece há alguns séculos...

— Certo, já sei. 1666.

Lembrei-me de algo da aula de história.

—Espera, não foi nesse ano o Grande Incêndio de Londres?

—Sim. Thomas Faynor. Filho de Hefesto, manipulador do fogo.

—O que... O que mais foi feito por semideuses? E por que ninguém reparou nisso?

—George Washington foi um filho de Atena. A Segunda Guerra Mundial foi um briga entre os filhos de Zeus, Poseidon e Hades. Aliás, na 2ª guerra também...

Nesse momento ouvi um barulho do lado de fora do apartamento (tínhamos voltado para buscar nossas coisas). Parecia vir da varanda, e eu não tinha certeza do que era, até olhar pela porta.

—Isso só pode ser brincadeira.

Os pégasos haviam voltado. Mas não com uma carruagem fechada, como eu imaginei. Eles traziam uma biga, só que pra quatro pessoas, e sem parte de trás. Nick empalideceu. Eu sabia o quanto ele tinha medo de altura, desde que estava escalando uma parede de 8 metros há cinco anos, numa colônia de férias e, aos 7 metros, o vento o empurrou para o lado, ele errou uma das pedrinhas e despencou por 5 metros e meio antes da corda pará-lo.

— Te-temos que andar nisto?

— Como você acha que chegaríamos em Long Island antes de escurecer? Assim é mais rápido do que de carro. — Respondeu Natalie

— Mas são quase duas horas de carro.

— De pégaso são uma hora.

Nick suspirou.

—Eu tenho opção?

— Agora que você conhece nosso mundo, é ir ou morrer.

Nick não discutiu. Subimos na biga. Já eram cinco da tarde, e o sol começava a se pôr. Diferente das bigas tradicionais, essa tinha bancos, e era meio redonda, como aqueles bancos de lanchonete, com uma mesa no meio. Claro que não havia uma mesa na biga. Aliás, tinha até cintos de segurança e pequenos armários como os de ônibus, só que debaixo das cadeiras. Só uma coisa me preocupava. Em bigas normais, o condutor ficava em pé e conduzia os cavalos. Ou no caso, pégasos, que seja. Na nossa biga, não havia espaço para o condutor. Os pégasos nem tinham rédeas.

— Ahn, Natalie, os pégasos não têm rédeas. — Falei.

—Huh, eles sabem o caminho, não se preocupe.

—Ah, claro que sabem. — Respondi, mais preocupada ainda. — E eles não poderiam, tipo, perder o controle, e fazer a gente despencar alguns milhares de metros?

Natalie riu.

—Coloque o cinto, sente-se e tente se distrair. Chegaremos em uma hora.

—Falando nisso, que tipo de biga tem bancos e porta-malas?

— O tipo de biga construído por mim. — respondeu ela.

Eu a encarei, incrédula.

—O quê? — Perguntou. — Não acredita que eu seja capaz de construir essa biga? É tão fácil. Ethan me ajudou com o projeto, mas quem construiu mesmo fui eu. Hefesto é o deus dos ferreiros, esqueceu?

Balancei a cabeça. Tirei minha mochila do porta-malas. Só tinha roupas, alguns sapatos e meu telefone (desligado), então estava macia. Eu não havia dormido muito naquela noite, e, mesmo com os pégasos voando rápido, e consciente dos milhares de metros que nos separavam do chão, encostei minha cabeça na mochila e apaguei.


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Notas finais do capítulo

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