Estupidamente Apaixonados escrita por Hiro Tasuku


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna! Tio Hiro voltou do Hueco Mundo, zuera. Enfim quero pedir desculpa por aproximadamente 8 meses de ausência, mas é o seguinte pessoal eu estava passando por uns problemas pessoais/familiares que me afetaram muito, isso porque eu sou um idiota que me preocupo tanto com as pessoas que eu amo que acabo sendo afetado mais do que os outros. E com isso eu fiquei muito mal, mas muito mal mesmo, fiquei um tempo sem internet depois as coisas aqui pioraram e eu piorei, daí acabei ficando sem inspiração e tudo acabou se tornando uma bola de neve.
Por isso peço que me desculpem do fundo do coração e por favor não desistam de Estupidamente Apaixonados. Agora que os problemas deram uma amenizada eu vou poder me dedicar melhor a fanfic e não ficarei mais tanto tempo sem postar.
Espero que gostem desse capítulo. Boa Leitura!



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Quando acordei, achava que era a única que havia acordado, foi então que vi Taiga, Ichinose, Rei-chan e Otoyan sentados conversando baixo. Fui até eles e me sentei do lado da Taiga.

— Uah! – Bocejei, me espreguicei e cocei os olhos. – Ohayou!

— Ohayou Rin-chan. – Rei-chan e Taiga falaram juntos.

— Ohayou Rin.

— Ohayou Rin-chan! – Otoyan sorria… Como ele consegue ser tão radiante logo após acordar?

— Já que vocês acordaram por que não chamaram os outros? Eu só acordei porque deu fome, se duvidar já deve estar passando da hora de tomar café da manhã.

— Fui o único a ser acordado. Taiga fez questão de pular em cima de mim. – Rei-chan disse fazendo biquinho. – E Tokki não deixou que ela te acordasse.

— É! Tudo é culpa do Tokki, ele disse que seria melhor esperar você acordar por conta própria e só depois nós acordaríamos os outros. Ele disse que quando alguém te acorda você fica parecendo um demônio querendo mandar a alma da pessoa que te acordou para o inferno.

— Por que você falou isso pra eles?

— Porque é a verdade.

— Não é não... Tá isso acontece às vezes, mas depende da situação e da pessoa que me acorda. Por exemplo, digamos que caso na noite anterior eu não tenha dormido direito e para me acordar um megane idiota resolve jogar água em mim, acho que o que aconteceu com ele depois disso foi culpa dele não minha.

— Você quase o matou asfixiado com o travesseiro.

— E daí? Ele mereceu. Pelo menos eu tive a consideração de tirar o óculos dele.

— Você não vai mudar nunca não é mesmo Rin?

— Não. Bom, vamos lá acordar os outros. – Engraçado, hoje eu acordei de bom humor. A prova disso é que conversei normalmente com o Ichinose ao invés de xingar ele o que é de costume.... Isso não é um bom sinal.

Após todos terem acordado voltamos para casa. Fui para o meu quarto, tomei banho e fiz a higiene pessoal, assim que terminei de me vestir senti um cheiro maravilhoso de comida e desci correndo. Quando cheguei à cozinha encontrei Rei-chan cozinhando.

— Hei Rei-chan, você foi o escolhido para ser o cozinheiro?

— Não Rin-chan, por quê?

— Porque só quem tem feito as nossas refeições têm sido você. Não acho isso justo, aqueles que sabem cozinhar deveriam revezar com você.

— Tá tudo bem Rin-chan, eu gosto de cozinhar. Não tem problema em ser o único responsável por preparar as refeições.

— Tem problema sim. Todos estão aqui para descansar, não para trabalhar. Já sei, eu vou revezar com você. Como você fez a janta ontem e o café de hoje, eu vou fazer o almoço e a janta de hoje, tá bom?

— Se é isso que você quer, então está bom Rin-chan.

Após colocarmos a mesa, todos desceram para tomar café. Decidimos que iríamos para praia só depois do almoço e que iríamos ficar a manhã na casa, não é como se a gente não quisesse ir para a praia agora, o problema é que mesmo a praia sendo um pouco isolada de vez em quando aparece umas pessoas por lá e para que os garotos e a Taiga tivessem privacidade (sim somente os garotos e a Taiga, pois eu estava cagando e andando pra Shibuya.) o melhor seria nós irmos somente quando não houvesse pessoas lá.

Já que eu não era famosa como eles, fui encarregada de vigiar as pessoas que estavam na praia e quando eles fossem embora eu avisaria para o pessoal que a barra estava limpa, ou seja, que nós poderíamos aproveitar a praia. Quando chegou a hora de preparar o almoço pedi para a Nanami ficar vigiando no meu lugar enquanto eu cozinhava, afinal depois da minha pessoa ela também não era conhecida como os garotos e a Taiga. Terminei de preparar o almoço, os chamei para almoçar e fui avisar a Nanami de que o almoço já estava pronto.

— Nanami, o almoço ficou pronto, você já pode entrar. Obrigada por ficar vigiando no meu lugar.

— Por nada. Ah Ryouta-san, aquelas pessoas já estão indo embora.

— Que ótimo! Após o almoço poderemos finalmente ir para a praia.

Voltamos para dentro da casa e fomos almoçar junto com os outros. Alguns minutos após o almoço, todos já estavam prontos para ir para a praia, e para que nada de constrangedor e desnecessário acontecesse dessa vez eu pedi para a Taiga me ajudar com o biquíni e o protetor solar nas costas. Quando chegamos lá eu não estava nem um pouco a fim de ir para o mar, foi então que eu resolvi propor uma coisa para todos.

— Hey, o que vocês acham da gente jogar um pouco de vôlei?

— Eu acho isso uma ideia maravilhosa Rin-chan! – Rei-chan disse sorridente.

— Legal! – Natsuki ficou empolgado.

— Boa ideia Rin-chan! – Otoyan curtiu a ideia.

— É pode ser. – Syo-chan confirmou do jeito dele.

— Não sei. – Ran-Ran parecia estar de mau humor.

— Eu não sei jogar. – Ceci-chan parecia estar querendo jogar, o problema era que ele não sabia.

— Gomen Rin-chan, mas eu não gosto muito de vôlei. – Taiga não gosta de vôlei? Não sei por que, mas fiquei surpresa com esse fato e um pouco decepcionada. Fazer o quê né? Cada um tem o seu gosto, mas não vou desistir de ter a companhia da Taiga no jogo.

— Eu não quero e não vou jogar essa besteira. Só você mesmo para propor essa tolice Ryouta. – Shibuya como sempre querendo me irritar. Sério que essa garota não tem medo do que eu posso fazer com ela?

— Hum... – Ichinose, Jinguji, Masato, Ai-Ai e Nanami ficaram calados, acho que ainda estavam pensando. – Vamos logo decidir isso tá legal? Eu vou perguntar de um por um se quer ou não jogar vôlei. Rei-chan?

— Quero!

— Otoyan?

— Quero!

— Natsuki-san?

— Quero.

— Syo-chan?

— Quero.

— Ceci-chan?

— Quero, mas não sei jogar.

— Tudo bem isso nós podemos resolver. Ai-Ai?

— Prefiro não me envolver nesses tipos de atividades.

— Tudo bem. Nanami?

— Hai.

— Jinguji?

— É, não estou a fim de perder isso então, sim.

— Masa-chan?

— Aceito.

— Taiga? Eu sei que você não gosta, mas aceita, por favor. – Fiz olhar de cachorro pidão.

— Tudo bem Rin-chan, eu vou jogar vôlei com vocês.

— Oba! Ran-Ran?

— Não sei.

— Vou deixar você pensar mais um pouco então. Ichinose?

— Já que a grande maioria quer jogar, não vou ser do contra. Sim, aceito.

— Ok... Voltamos para o Senhor Kurosaki Ranmaru. E aí Ran-Ran, você vai jogar vôlei conosco? – Ele permanecia calado apenas me olhando. Certo, ele estava de mau humor e por alguma razão eu sinto que deve ter alguma relação com a minha pessoa. Será que foi por que eu o arrastei pra fora do saco de dormir quando o chamei e ele não queria acordar? – Quer conversar?

— Não.

— Tá bom... Vou perguntar somente essa vez, vamos jogar vôlei Ranmaru?

— Hum... – Ele respirou fundo e coçou a cabeça. – Vamos.

— Obrigada! Agora nós só precisamos formar os times.

— Hei! Por que você não perguntou pra mim? – Shibuya cruzou os braços.

— Porque pelo o que eu me lembre, você disse que não queria jogar essa besteira. Então eu não vou perder meu tempo perguntando para você.

— Por que você perguntou pra sua amiguinha? Ela disse que não gostava.

— Porque a Taiga é a Taiga e você é nada, simples assim. Vamos decidir os times pessoal?

— Ora sua...

— Shibuya, chega. Sinceramente, não estou nem um pouco a fim de perder tempo discutindo com você. Tá arranjando confusão á toa, você mesma disse que não queria jogar, agora não vem querer pagar de inocente. A melhor coisa que você pode fazer agora é ficar quieta no seu lugar sem atrapalhar. Agora pelo amor da pouca paciência que estou tendo hoje, vamos logo decidir quem joga com quem, por favor?

— Hai. – Todos os que aceitaram jogar disseram juntos.

Após muita conversa ficou decidido assim: Ichinose, Jinguji, Taiga, Natsuki-san e Rei-chan contra Otoyan, Masa-chan, Syo-chan, Ranmaru e claro a minha humilde pessoa. Como Ceci-chan não sabia jogar foi decidido que ele iria ficar nos assistindo para entender um pouco, depois a pessoa que não quisesse mais jogar sairia e assim ele entraria no lugar da tal. Para não ficar desigual a Nanami ficou de fora junto com o Ceci-chan, e entraria no jogo depois com ele. E a bola? Bom, Syo-chan disse que no lugar onde ele se escondeu do Natsuki-san, quando ele queria vesti-lo de garota usando biquíni, tinha uma bola de voleibol. Ele mesmo foi pegar a bola.

Meu time estava ganhando e eu estava eufórica por isso. Em uma reviravolta rápida o outro time estava nos alcançando, Ichinose atacou e a bola veio na minha direção tentei defender com uma manchete, mas ao invés da bola ir para frente ela foi para trás. Como havia colocado muita força a bola estava indo para longe em direção a um casal que estava de costas e provavelmente não estavam vendo a bola. Corri para alcançar a bola e antes que ela acertasse o homem eu pulei e a peguei, mas quando meus pés tocaram o chão eu me desequilibrei e caí... Quando caí eu me choquei com as pernas do homem e ele acabou caindo também. Sorte? Além de não saber o que é isso eu acho que é uma coisa que eu não tenho.

— Droga! – Me levantei rápido e peguei a bola que havia escapado das minhas mãos. – Gomennasai! – Me curvei. – Hontoni gomennasai! Você está bem?

— Se estou bem? Como você espera que eu esteja bem com essa cena ridícula de você se desculpando dessa forma? Esqueceu-se de como você deve se desculpar diante da nossa presença?

— Não... Essa voz... – Levantei minha cabeça lentamente e olhei para o rosto dele. – Você... Vocês dois... O que vocês estão fazendo aqui? – Endireitei-me.

— O que nós estamos fazendo aqui? Isso é jeito de falar? Não acredito que você esqueceu como deve se desculpar. Olha isso Aiko, só porque ela ficou alguns anos sem nos ver é assim que ela fala conosco agora.

— Isso não é bom. E agora Koji? O que devemos fazer?

— Pelo rosto dela, acho que ela deve ter se lembrado de como deve se desculpar, então acho que não precisamos fazer nada não é mesmo Rin?

— Vo-Vocês não podem fazer nada, eu não estou sozinha e vocês não querem ter testemunhas.

— Quê? Você está me desafiando? Aiko olha como essa garota está prepotente!

— Rin, levou tanto tempo para te adestrar. Não me decepcione desse jeito.

— Não. – Comecei a andar para trás lentamente me preparando para correr.

— Nem pense em fugir. – Ele pegou a bola das minhas mãos. – Essa é a regra número um... Você realmente se esqueceu?

— Não.

— Agora se ajoelhe e peça desculpas da forma correta.

— Hum. – Eu estava paralisada, não conseguia me mexer.

— Rin? Ajoelhe-se.

— ...

— Rin, é melhor você se ajoelhar antes que eu perca a paciência.

— ... – Não consigo falar, não consigo me mexer, não consigo fazer nada. Por que eu fico assim quando se trata deles? Ajuda... Eu preciso de ajuda. Se tiver alguém que consegue ler a mente dos outros, que essa pessoa esteja lendo a minha agora, por favor, eu preciso de ajuda.

— Ajoelhe-se. – Ele colocou a mão no meu ombro. – Eu vou contar até três, e quando chegar ao três é para você se ajoelhar. 1... 2... 3. – Fechei meus olhos. – Fechar os olhos não vai adiantar de nada Rin, você sabe muito bem disso.

— Solta ela. – Senti a mão daquele homem deixando o meu ombro, abri meus olhos e vi Ichinose do meu lado.

— Ora... O chefe salvador da Rin apareceu Aiko!

— Veio nos atrapalhar novamente garoto? Quem você pensa que é para se meter logo quando nós estamos...

— Rin, vamos. – Ichinose pegou a bola da mão daquele homem, segurou a minha mão e me tirou de perto deles. – Você já pode se acalmar, estamos longe deles. Pode respirar normalmente.

— Hum. – Respirei fundo e aos poucos fui ficando mais calma.

— Sei que é difícil, mas você tem que voltar ao normal imediatamente Rin, pois todos estão nos olhando. Se você não quer que eles desconfiem o melhor vai ser você agir como eu te ensinei. Ou seja, comece a atuar Rin. – Olhei para o pessoal e todos estavam realmente nos olhando.

— Hai sensei.

— Sensei? – Ele levantou a sobrancelha e um sorriso surgiu em seus lábios.

— Ahn... – Droga! Inconscientemente o chamei de sensei igual àquela época. – Esquece isso, falei sem pensar. Agora preciso fazer o meu trabalho. – Respirei fundo novamente, me soltei dele, peguei a bola e corri até o Syo-chan. – Desculpa pela demora galera, tive um pequeno problema com o casal irritadinho. – Comecei a rir e cocei a cabeça.

— Nós percebemos Rin-chan. O que aconteceu? – Taiga parecia preocupada.

— Eles, se bem que era mais o cara, ele ficou com raiva por eu ter derrubado ele. Pedi desculpas, mas mesmo assim ele partiu pra ignorância. Eu estava tentando conversar numa boa, mas ele estava esquentadinho e não me deixava falar. Juro que estava me controlando fortemente para não bater naquele homem.

— Por isso que você estava tremendo?

— Era exatamente por isso. – Eu estava tremendo? Eu estrava tremendo tanto que eles perceberam daqui, caramba. Como eu não percebi que estava tremendo?

— Ainda bem que Tokki foi lá, não é mesmo Rin-chan?

— É, se ele não tivesse aparecido e me arrastado pra cá eu teria dado uma surra naquele homem e provavelmente a mulher dele teria chamado a polícia. Pelo menos dessa vez você foi útil Ichinose, você salvou aquele homem.

— Tecnicamente eu salvei você Rin.

— Não importa. Vamos voltar a jogar? Preciso relaxar.

— Eu não vou mais jogar. – Ranmaru se afastou e se sentou na areia. Ótimo, ele ficou irritado. Depois do que aconteceu não estou em uma situação favorável para tentar acalmar ele.

— Então tá né. Rei-chan, por favor... – Fiz um sinal pedindo para ele ir falar com o Ranmaru.

— Tudo bem Rin-chan deixa comigo. – Rei-chan também saiu do jogo.

— Obrigada! Bom, agora Ceci-chan e a Nanami podem entrar.

Nanami entrou no lugar do Ranmaru, pior substituição, e Ceci-chan entrou no lugar do Rei-chan. O jogo recomeçou, após algum tempo o time da Taiga virou o placar e ganhou. E claro eu pedi a revanche, mesmo não querendo continuar jogando eu tinha que continuar agindo normalmente como se nada tivesse acontecido.

Começamos a jogar a revanche e o meu time saiu na frente, alguns minutos depois quando achei que íamos ganhar vantagem o outro time empatou, como eles tinham feito o último ponto era a vez deles de sacar, Taiga foi sacar e a bola acabou acertando a Nanami bem no rosto, ela caiu e o nariz começou a sangrar logo precisou ser substituída, os garotos fizeram um pequeno alvoroço por conta disso, mas a Taiga conseguiu resolver tudo rapidamente, afinal eu não estava com cabeça para suportar a babaquice deles. Rei-chan foi quem entrou no lugar dela, pois Ranmaru ainda estava de mau humor. Conseguimos virar o jogo e foi a minha vez de sacar, lá estava a minha pessoa pronta para sacar quando alguma coisa acertou meu rosto.

— Itai! – Soltei a bola e toquei a minha bochecha, ela estava sangrando. – Quem foi que jogou alguma coisa em mim?

— Eu, e não foi alguma coisa foi uma pedra.

— Por que você fez isso? – Me virei para quem falou isso e era uma mulher que eu nunca tinha visto na minha vida, ela estava acompanhada por mais duas mulheres.

— Porque você merece sua vagabunda! – A segunda mulher falou e em seguida elas, as três, começaram a jogar pedras em mim.

— ... – Antes que pudesse falar alguma coisa uma pedra me acertou forte na testa, tudo rodou e eu caí.

— Ei parem com isso! – Ranmaru correu até mim e ficou de escudo me protegendo das pedras. Ranmaru tem uma personalidade forte como a minha, então ele deve tá se controlando horrores para não partir pra cima dessas mulheres.

As mulheres pararam de jogar as pedras quando Jinguji, Ichinose e Rei-chan as seguraram, os outros se reuniram ao nosso redor e Masa-chan avisou que iria chamar a polícia.

— Você pode chamar a polícia, mas quem deve ser presa é essa vadia aí. Ela é quem tá querendo separar um casal que está casado há 18 anos.

— Do que vocês estão falando?

— Nós vimos o que aconteceu ainda agora e Aiko-chan nos contou quem é você. Koji-kun errou sim, mas ele já se arrependeu você não tem que ficar atrás dele sua prostituta! – O quê? É isso que ela disse que eu sou?

— Viu? Eu disse que a Rin trabalhou em casa de prostituição! Tenho razão quando digo que ela é uma vadia.

— Cala a boca Shibuya, tu tá trocando os papéis é? Porque te garanto que a Rin-chan não é isso não, mas já você... Tenho lá as minhas dúvidas.

— ... – Shibuya ficou calada e nem sequer fez menção em responder a Taiga, ela apenas olhou para ela e depois ficou fitando o chão. Ela tem medo da Taiga? Preciso pedir pra Taiga me dizer o que ela fez pra conseguir isso.

— Obrigada Taiga.

— Douita!

—  Repito, obrigada. – Olhei para o Ranmaru e toquei o rosto dele fazendo com que ele me olhasse. – Obrigada Ranmaru. – Em seguida me levantei e fui até as três mulheres. – Eu não sei por que raios essa tal de “Aiko-chan” contou essa mentira para vocês, a única coisa que sei é que eu jamais seria capaz de fazer uma coisa dessas, até mesmo se aquele homem fizesse o meu tipo eu não seria capaz de fazer isso. Sabem por quê? Porque isso, não importa por onde olhe é nojento e repugnante, uma mulher que se preza a fazer esse tipo de coisa não é digna de nada de bom. Uma mulher que tenta separar um casal, acabar com um casamento e destruir uma família é a pior escória. E se eu fosse tão burra ao ponto de fazer isso, eu não estaria viva... Porque eu mesma teria dado um jeito de por fim a minha vida. Além do mais eu não seria digna de estar aqui hoje com todos eles, eu não seria tão asquerosa ao ponto de me permitir fazer parte da vida deles. Isso é tudo o que tenho a dizer para vocês, se vocês não acreditam o problema não é meu e eu também não vou me importar, porque os únicos que eu preciso que acreditem em mim são os meus amigos.

— Até parece que você vai nos convencer com esse papinho ridículo! A única pessoa em que nós acreditamos é a Aiko-chan. Agora seus moleques, nos soltem porque senão nós vamos ligar para a polícia e acusá-los de agressão.

— Não me importo se convenci ou não, só precisava falar aquilo. Por favor, meninos as soltem. Elas não têm mais o que fazer aqui, creio que já estão de partida.

— Isso, nós já demos o nosso recado. – Eles as soltaram. – Esperamos que você tenha entendido, se você chegar perto novamente do Koji-kun as consequências serão bem mais graves. – Elas passaram por mim e foram embora.

— Tchi... Fala sério! O que elas são? Estudantes do colegial? – Respirei fundo. Tenho feito muito isso hoje, fazer o quê respirar fundo é um dos métodos que uso para tentar me acalmar. – Sinceramente, hoje não é o meu dia.

— Rin... Rin-chan... Coelhinha... Ryouta-san... – Todos falaram juntos.

— Nani? – Olhei pra eles e percebi a preocupação estampada em seus rostos. – Ei.... Podem parar de me olhar assim! Tá tudo bem comigo, isso não foi nada. Já me machuquei e tive danos piores quando eu era criança, pois era uma peste e vivia me machucando nas brincadeiras com as outras crianças. Enfim, obrigada... Obrigada por tudo. Obrigada a todos. – Menos pra Shibuya e pra Nanami, porque essas ficaram encolhidas no canto delas sem fazer nada enquanto os outros estavam tentando ajudar e me apoiar da forma deles.

— Rin... Você precisa cuidar desses ferimentos. – Ranmaru tocou na minha testa onde a pedra tinha atingido, como apenas doeu pude presumir que pelo menos ali não estava cortado, pois não ardeu.

— Pretendo fazer isso agora Ran-Ran. – Sorri pra ele. – Bom pessoal, não quero estragar mais a praia de vocês hoje, então estou voltando para a casa. Quero cuidar desses machucados, tomar um remédio pra dor de cabeça que está começando e dormir um pouco... Pelo menos até a hora de preparar o jantar. Não precisam ficar preocupados e muito menos interromperem a diversão de hoje por minha causa. Até mais tarde! Vem Ran-Ran, vamos. – Segurei a mão dele e o levei comigo. – Precisamos cuidar dos seus machucados também, é o mínimo que posso fazer por você ter me protegido.

Voltamos para a casa e subimos cada um para seu respectivo quarto. Após tomar um banho e trocar de roupa fiz os curativos no meu rosto, quando estava olhando no espelho o “estrago” que as pedras tinham feito no meu rosto Ranmaru bateu na porta e em seguida entrou.

— Rin?

— Hum? – Olhei pra ele e ele já tinha trocado de roupa.

— Como você está?

— Bem, isso aqui não foi nada. Só teve uns dois cortes, mas não é nada sério. E você Ran-Ran? Como estão as suas costas? – Me sentei na cama.

— Bem.

— Você não passou nenhum remédio não foi?

— Não foi preciso.

— Ranmaru sinceramente... Às vezes você consegue ser pior do que eu. Anda vem cá, senta aqui. – Bati na cama, indicando pra ele sentar do meu lado. Ele permanecia em pé relutante. – Não me obrigue a te sentar aqui à força.

— Tsi. – Ele sentou na cama.

— Nada de Tsi, pode ficar quieto aí sem reclamar. – Me levantei, peguei o kit médico que usei para fazer os curativos no meu rosto e voltei pra cama. Fiquei de joelhos na cama atrás do Ranmaru, segurei a ponta da camiseta regata dele e comecei a levantar.

— Que merda é essa que você tá fazendo Rin? – Ele abaixou a camiseta, se virou e ficou me encarando.

— Estou tentando tirar a sua camisa pra poder cuidar dos teus machucados. Algum problema? Não resista apenas me ajude tá bom? – Ele continuou me encarando. – Que foi?

— Nada Rin... Nada. – Ele balançou a cabeça e ficou de costas pra mim. – Deixa que eu mesmo tiro. – Em seguida ele tirou a camiseta.

— Obrigada pela colaboração. – Olhei para as costas dele e não gostei nem um pouco do que vi. – Ranmaru... Droga. Você não deveria ter me protegido! Tudo isso é minha culpa, olha o estado em que se encontram as suas costas... – Comecei a fazer os curativos.

— Para com isso Rin, nem pense em continuar.

— Hai... – Suspirei.

— Falta muito para você terminar?

— Não, já estou terminando. – Assim que terminei fitei as costas dele, soltei mais um suspiro, me levantei e guardei o kit médico.

— Rin, vem aqui. – Ele já tinha vestido a camiseta e me pediu para sentar de frente pra ele.

— Que foi?

— Tira da sua cabeça que você tem culpa dos machucados nas minhas costas. Não foi você quem jogou as pedras e também eu quis te proteger.

— Esse é o problema Ranmaru. Eu não gosto quando alguém me protege, porque sempre quando alguém me protege a pessoa acaba se machucando. Eu odeio quando isso acontece por isso me sinto culpada. Eu prefiro me machucar a ver alguém se machucando para me proteger.

— Idiota. – Me puxou pra ele e me abraçou. – Até parece que eu ia ficar parado e não fazer nada.

— Idiota é você... Idiota! – Empurrei-o e me joguei na cama. – É um saco quando você não me obedece, pelo jeito você vai me proteger não importe o que eu fale. Então vou logo te avisando se na próxima vez que você me proteger, você se machucar eu vou te deixar mais machucado ainda. – Olhei pra ele e ele estava me encarando de uma forma diferente... Ok, não gosto quando não entendo as reações do Ranmaru. – Ei Ran-Ran eu vou dormir um pouco agora tá bom? O remédio que tomei tá me dando sono.

— Tudo bem, vou deixar você sozinha. – Ele se virou para ir embora e eu olhei para as costas dele. Mesmo com ele vestindo uma camiseta eu me lembrei dos machucados e senti uma pontada no peito.

— Espera Ranmaru.

— Que foi? – Ele se virou me olhando confuso.

— Eu acabei de me lembrar de quando eu estava no hospital e você me fez companhia até eu dormir, aí eu pensei já que estou machucada, tomei um remédio e vou dormir igual aquele dia, você bem que poderia ficar aqui até que eu conseguisse dormir.

— Você quer mesmo isso?

— Quero sim, por favor, não custa nada. Além do mais foi você que falou que queria passar algum tempo comigo, essa é a oportunidade que estou te dando.

— Tudo bem então. – Ele foi em direção à poltrona e se sentou. Assim que ele encostou as costas no encosto da poltrona ele deu um pulo e resmungou baixo. Ver aquilo me deu outra pontada no peito. – Você vai dormir ou ficar me encarando?

— Já tá estúpido? Que saco, prefiro o Ran-Ran fofo. – Dei língua pra ele e me virei pra dormir. Ele resmungou alguma coisa do tipo pare de me chamar de Ran-Ran, mas fingi que não ouvi e dormi.

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Acordei assustada, arfando e suando me levantei imediatamente e fui lavar o rosto na tentativa de que quando a água molhasse meu rosto aquela imagem sumisse da minha cabeça, mas a tentativa foi em vão. Resolvi tomar outro banho, pois estava encharcada de suor. Após sair do banheiro e ter trocado de roupa me sentei na cama, fechei os olhos e comecei o processo de tentar acalmar meu coração que desde quando acordei ele estava acelerado e dessa vez não era por um bom motivo. Tudo culpa do maldito pesadelo e da última imagem que me veio antes deu ter acordado.

Droga! Fazia tempo que eu não tinha esses pesadelos, não pesadelos não, isso são recordações daquela época.... Eu fiz de tudo para esquecer e passei tanto tempo sem lembrar, mas foi só ver aqueles dois de novo que essas porcarias voltaram a me atormentar.... Não posso e não vou deixar que os outros percebam alguma coisa diferente em mim. Ainda bem que o Ranmaru não estava aqui... Que saco! Aquilo não sai da minha cabeça, preciso andar um pouco, ler alguma coisa.... Já sei! Vou naquela loja de conveniência lá deve ter alguns mangás, tomara que eles consigam me distrair.

Saí pela porta dos fundos para que ninguém me visse saindo, e claro antes de sair me certifiquei de ver onde Ranmaru estava e ele se encontrava no quarto dele deitado ouvindo música. Quando desci as escadas e pisei na areia vi as três mulheres que me apedrejaram olhando para os garotos e as garotas na praia, parecia que elas estavam me procurando... Ah Karma por que gostastes tanto da minha pessoa? Virei-me imediatamente para voltar para dentro da casa, mais precisamente pro meu quarto que pelo jeito era o lugar mais seguro hoje.

— Hei garota! Pode parar exatamente onde você está.

— Ah que maravilha! – Me sentei na escada.

— O que você falou? – Elas permaneceram em pé na minha frente.

— Que vocês estão invadindo uma área particular.

— A praia é pública.

— Sim a praia é pública, mas apenas daquela placa de aviso pra lá. Da placa pra cá é área particular, ou seja, pertence ao dono dessa casa e vocês não podem entrar aqui sem a permissão dele. Vocês podem ser presas por isso sabiam? Se não me engano o nome disso é invasão de propriedade. O que é que vocês querem? Por acaso vieram me pedir desculpas?

— Nós não fizemos nada de errado para ter que pedir desculpas para você garota.

— Claro, apedrejar uma pessoa não é nada errado. Pelo jeito só vou perder meu tempo aqui com vocês, com licença tenho coisas mais importantes para fazer.

— Nem pense em voltar pra dentro da casa, você vai vir conosco até Aiko-chan e Koji-kun.

— Quê? Quem vocês pensam que são para me obrigar a ir com vocês?

— Nós somos apenas as pessoas que vão fazer essa sua máscara cair. – Elas me seguraram e começaram a me arrastar. – Não adianta resistir, afinal eles estão bem ali e querem muito falar com você.

— Não... – Vi os dois nos olhando, e nos lábios eles possuíam aquele sorriso maligno. – Não! – Me soltei delas e voltei correndo para a escada. – Eu não vou com vocês a lugar algum e tratem logo de sair daqui, pois a primeira coisa que vou fazer assim que entrar na casa vai ser chamar a polícia.

— Aconteceu exatamente como a Aiko-chan falou. Não tenho mais dúvida, ela é a vadia mesmo.

— Já falei que pouco me importo com o que vocês acham. Deem logo o fora daqui!

Elas começaram a falar um monte de merda e começaram a vir pra cima de mim, até que se assustaram com alguma coisa e pararam. Ficaram alguns minutos me encarando até que foram embora. Eu permaneci em pé, paralisada até quando elas mais o casal do inferno desaparecem da minha vista... Assim que eles sumiram meu corpo ficou mole e eu caí sentada na escada.

— Inferno! – Dei um murro no chão. – Tanto lugar e eles vieram me infernizar logo aqui, logo com todos eles aqui comigo. Que saco!

— Por que você não falou logo a verdade para aquelas mulheres? – Ichinose estava me encarando com os braços cruzados.

— Primeiro, porque não tem necessidade. Segundo, porque não ia adiantar de nada. Terceiro, por que raios você tá aqui?

— Rin, se você falasse que você...

— Elas iriam entender e me pediriam desculpas? Quão inocente você é... Não pera inocente não, quão estúpido você é ao ponto de achar que isso iria acontecer? Elas são amigas daqueles dois, além de acreditar em tudo do que eles falam eu tenho a certeza de que são do tipo de pessoas iludidas que acham que aqueles dois são uns anjos. Vai por mim, eu já vi muito isso. Com licença, vou voltar pro meu quarto, porque não tô nem um pouco a fim de continuar aqui fora.

— Você deveria contar tudo pelo menos para a Taiga.

— Contar pra Taiga? Por que eu faria isso?

— Ela se preocupa com você Rin, e foi ela que viu aquelas mulheres vindo te perturbar e me avisou.

— Uah... Então foi assim que você veio parar aqui. Que maravilha.

— Para com esse sarcasmo Rin. Eu acho que a Taiga deve estar desconfiando de alguma coisa, ela me perguntou algumas coisas e sinceramente eu não gosto de mentir para ela. Eu acho que nela você pode confiar.

— Isso não é questão de confiança e você sabe muito bem disso. Eu não quero que ninguém saiba e ninguém vai saber, entendeu? Nem pense em contar alguma coisa para ela, porque além de você perder a chance microscópica de ter o meu perdão eu vou sumir e dessa vez não vou voltar nunca mais.

— Rin...

— Já falei que pra você é Ryouta. E você não tem o direito de querer me obrigar a contar tudo pra mais alguém. Por mim nem mesmo você saberia... Você apenas e infelizmente soube de tudo e acreditou porque viu com os seus próprios olhos. Agora para de me encher e volta lá pra praia.

Finalmente voltei pra dentro da casa e quando estava passando pela sala pra poder subir para o meu quarto vi Ranmaru deitado no sofá. Quando ele me viu soltou um suspiro que significava que ele não estava muito feliz.

— A conversa estava boa?

— Vo-Você ouviu tudo? – Juro que senti meu coração parar de bater.

— Não precisa ficar preocupada, eu não ouvi nada. Eu simplesmente desci para beber alguma coisa e quando cheguei à cozinha ouvi vozes, quando olhei na porta vi você e o seu melhor amigo conversando e não quis interromper. Afinal parecia que vocês estavam tendo uma conversa bem pessoal, não quis atrapalhar o momento.

— Quê? Espera um pouco... Deixa-me ver se entendi direito. Você tá com ciúmes Ran-Ran? Hahahaha não acredito! Isso é um ataque de ciúmes? – Ri tanto que começou a faltar o ar. Sentei-me no chão de frente para o sofá que ele estava deitado. – Isso é sério mesmo? Você está com ciúmes?

— Não, eu só não gostei da forma como você estava conversando com aquele garoto, principalmente da forma como ele estava te olhando. – Ele se sentou e me chamou pra sentar do lado dele. Para amenizar a situação eu fui. – Eu já falei que não quero que você me chame de Ran-Ran, você sabe que eu não gosto disso.

— Tudo bem, eu vou tentar parar de te chamar de Ran-Ran. Não precisa ficar assim, não estava tendo nenhum “momento” entre nós dois. Aquele idiota só estava me enchendo o saco novamente.

— Sei. O que você estava fazendo lá fora com ele? Porque a última vez que eu te vi, você estava dormindo na sua cama.

— Digamos que eu saí pra comprar alguns mangás na loja de conveniência, só que aquelas mulheres que nos apedrejaram estavam me esperando lá fora. Ele viu e veio tentar me socorrer, só que quando ele chegou, eu já tinha as mandado ir pastar. Então ele tentou me dar uma lição de moral e blá blá blá. E foi só isso, satisfeito Ranmaru?

— Acho que sim.

— Hahaha... Bobo! – Baguncei o cabelo dele. – Você realmente achou que eu tinha me acertado com aquele cara? É nesses momentos que eu tenho vontade de te chamar de idiota.

— Tsi. Não, é só que eu não gostei. Quer saber? Não quero mais falar sobre isso. Afasta pra lá. – Eu fiz o que ele pediu, afinal não queria deixar ele mais mal-humorado. E assim que fiquei onde ele disse, ele deitou no meu colo.

— Uou! Quié isso Ranmaru? Não sabia que você tinha esse lado dengoso... Hehehe.

— Não começa Rin! Eu gostei do que você fez naquela hora no meu cabelo e eu quero dormir. Entendeu? É só isso.

— Hahahaha! Tudo bem chefe, entendi a ordem. Afinal quem sou eu para desrespeitar uma ordem direta de um dos quatro meus chefes.

— Cala a boca Rin!

Após ter o feito dormir permaneci do jeito que estava. Se me levantasse ele iria acordar um porre, e além do mais eu não queria sair dali. Eu queria ficar com ele, era o mínimo que poderia fazer por ele. Eu gosto de ficar com o Ranmaru, me sinto bem perto dele, o problema é que eu tenho medo dele se machucar assim como aconteceu mais cedo, por minha causa.

Quando chegou a hora de preparar o jantar, acordei o Ranmaru e fui para a cozinha, claro que antes irritei um pouco ele dizendo o quão fofo ele fica dormido. Assim que terminei de preparar a janta ele me ajudou a colocar a mesa, Rei-chan já tinha voltado da praia e ficou falando coisas do tipo como era tão lindo o casal pondo a mesa e outras coisas... Não neguei nem nada, pois era uma perda de tempo discutir isso com Rei-chan. Todos voltaram e após terem tomado banho e trocado de roupa sentaram a mesa para jantarmos. Terminei de comer primeiro, além de não estar com muita fome eu ainda estava com o estômago embrulhado por causa daquelas duas pessoas. Enquanto lavava meu prato Jinguji puxou assunto comigo.

— Hey coelhinha, eu andei reparando bastante em você e percebi que você nunca fala dos seus pais. Mas acho que já descobri o motivo... Pra ser mais exato eu já sei quem é o seu pai.

— Sabe? – Novamente senti meu coração parar.

— Cof cof cof... – Ichinose se engasgou com a comida.

— Eita Icchi, calma. Não precisa se engasgar só porque eu descobri o segredo de vocês.

— Cof... Que segredo? Nós não temos nenhum segredo! – Ainda bem que Ichinose conseguiu falar, porque eu perdi a minha voz.

— Ah Icchi! Qual é? Vai fingir que não estavam escondendo quem é o pai da coelhinha?

— Do quê que você está falando Ren?

— Eu finalmente consegui descobrir quem é o pai da coelhinha. Mas tá tudo bem, eu consigo entender porque ela não quis nos falar nada, ela ficou com medo de que nós achássemos que ela foi favorecida.

— Favorecida? Não estou mais entendendo nada Ren.

— Sim, afinal o pai dela é um famoso empresário milionário, podre de rico e mais outras coisas não é mesmo? Deve ter sido por meio dele que vocês se conheceram.

— De quem que você está falando Jinguji? – Finalmente consegui falar, mas foi apenas porque percebi que ele não descobriu nada.

— Do seu pai coelhinha. Ryota Kei. Demorei para descobri eu sei, mas você não facilitou. E eu só pude descobrir porque vi uma foto dele e depois percebi que você se parece com ele.

— Uah? Nani? Rin-chan, você é filha do Kei-dono? – Rei-chan estava surpreso.

— Não. Hahahaha.... Eu não sei o que esse cara bebeu ou fumou, mas meu pai não se chama Kei e muito menos é um milionário. Meu sobrenome não é Ryota, é Ryouta. Sinto muito lhe informar, mas você fez uma enorme confusão com os sobrenomes, afinal nossos sobrenomes podem ser parecidos, mas quando você pronunciou o Ryota desse senhor eu pude perceber a diferença entre eles.

— Sério? Então seu pai deve ser irmão do Kei-dono.

— Também não. Meu pai... – Como é difícil falar pai. – Só tem um irmão chamado Takafumi e uma irmã chamada Kumiko. Ambos são médicos. Tanto eles quanto os meus pais são pessoas comuns, é por isso que eu acho que não tem necessidade de ficar falando deles pra vocês. Agora se vocês me derem licença eu vou para o meu quarto.

— Por quê? Ainda tá cedo pra você ir dormir Rin-chan. – Taiga perguntou, parecendo estar um pouco preocupada.

— Realmente está cedo para ir dormir, mas é que estou com muito sono. Deve ser porque eu tomei muito suco de maracujá.... Ou o remédio que tomei deve estar me dando muito sono.

— Ah.... Entendi. – Ela sorriu. – Boa noite então Rin-chan!

— Boa noite Taiga... Boa noite pessoal! – Quase todos responderam somente Ranmaru não falou nada ficou apenas me encarando de um jeito que dizia “tem alguma coisa errada”. Revirei os olhos. – Que foi? Tá me olhando assim por quê?

— Por nada. – Virou o rosto.

— Idiota. – Passei por ele sorrindo e empurrei de leve a cabeça dele. – Para de pensar besteira e come direito.

Em seguida fui em direção à escada para poder subir para o meu quarto, mas não deixei de ouvir Rei-chan falando algo do tipo: “Hum... Que sorriso foi aquele da Rin-chan hein Ran-Ran? Aconteceu alguma coisa entre vocês?”. Ouvi Ranmaru grunhir e brigar com ele, parece que Rei-chan tinha dado um tapa nas costas do mesmo, me virei e olhei para eles.... Não gostei da dor estampada no rosto do Ranmaru, aquilo novamente me deu uma pontada dolorida no peito. Subi imediatamente para o meu quarto e me joguei na cama.

— Ai ai Ryouta Rin, essa noite não vai ser nem um pouco fácil para você.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler esse capítulo, espero que tenham gostado.
Uma pequena informação, esse capítulo ficou enoorme por isso tive que dividí-lo em dois.
Bye bye, kissus do Hiro!



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