Estupidamente Apaixonados escrita por Hiro Tasuku


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Eaew Galerinha linda, tudo bem com vocês? Tio Hiro sumiu não foi? Sei que demorei muito para postar e que por conta disso vocês devem estar querendo me matar. Mas é o seguinte galera, eu tive muitos problemas (o menor deles foi eu ter ficado sem computador novamente, sim esse foi só o menor) e se eu for contar tudo o que me ocorreu isso não vai acabar nunca (pois os problemas ainda não acabaram... Tenso.). Por isso peço perdão pela demora, pelo meu sumiço, enfim por tudo. Confesso que cheguei a pensar em desistir da fic, pois como as coisas estavam eu não conseguia avisar nem nada pra vocês, fiquei desesperado achando que quando voltasse vocês já teriam desistido da fic, fiquei chateado, triste... Eu fiquei muito mal. Mas graças a uma amiga eu desisti dessa ideia tola e aguentei todo esse tempo. Agora aqui estou pronto para postar esse capítulo, espero que vocês gostem. (Ah! E por favor leiam as notas finais)
Boa Leitura! Ah! E sejam muito bem vindas às leitoras novas!



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Ô coisa boa! Três dias de feriado! Valeu Kami-sama, era disso que meu corpo, alma e mente estavam precisando. Agora eu preciso decidir o que vou fazer nesses dias, porque ficar só em casa não vai prestar, vou ficar no maior tédio. Se bem que isso eu posso decidir depois né? Agora eu vou tirar uma soneca bem gostosa aqui no sofá.

~Celular tocando~

— Talsquepariu! Esse celular só inventa de tocar quando eu resolvo dar um cochilo top. – Olho o celular e o número é desconhecido. – Ótimo! Pra completar o pacote eu não conheço esse número! Hai?

— Rin-chan!

— Eu.

— Sabe quem é que está falando?

— Sinceramente, eu não faço a mínima ideia de quem seja.

— Taiga desu!

— Uou Taiga! Oi, e aí tudo bem?

— Tudo! Rin-chan, você tem planos para esse feriado que o Presidente nos deu?

— Não tenho não.

— Então que tal passar esse feriado na praia?

— Opa! Curti essa ideia, mas onde nós vamos ficar?

— Bem o Presidente nos permitiu de ficarmos em uma das casas de praia dele.

— Sugoi!! Então que horas nós vamos amanhã?

— Amanhã? Hahahahaha.... Nós vamos hoje Rin-chan! Chego à sua casa para te pegar em 15 minutos.

— O quê? 15 minutos? Pera um minuto aê... O mais importante como você sabe onde eu moro?

— Isso é óbvio, Tokki me deu seu endereço. – Tenho certeza de que ela estava sorrindo triunfante.

— Tá bom Taiga, vou dizer pro porteiro deixar você subir, e vou deixar a porta aberta pra você entrar, afinal tenho muita coisa pra fazer do tipo tomar um banho, trocar de roupa e arrumar uma mala para esses dias na praia.

— Hai Rin-chan.

~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x~x

Chegamos à casa de praia e ela era linda, pra falar a verdade isso é uma mansão de praia, não uma simples casa, mas por que dessa casa enorme só para nós duas? Subimos a escada da varanda, Taiga me pegou pela mão e me arrastou correndo para dentro da "casa".

— Hey bando de...de... Pessoas eu cheguei e trouxe uma surpresa! Ah Tokki... – Ela foi pra perto do Ichinose, ficou bem próxima dele e continuou de forma manhosa. – Não fica com raiva não tá bom? Nem com birra de pirralhinho, mas eu trouxe a Rin pra passar essa folga com a gente, e mesmo que você tenha me trocado por ela e ter babado tanto que a baba caiu no chão quando você assistiu ao show que ela deu no karaokê eu ainda te amo, mas preste bem atenção, nada de asinha levantada pro rumo da Rin-chan durante esse feriado, a gente tá aqui pra relaxar tá bom? – Ninguém vai esquecer a droga desse karaokê não?

— Argh! Não enche Taiga! E por que você não nos avisou que ela viria também? Eu pensei que esses dias de descanso na praia iam ser somente para nós da Starish, eles do Quartet Night e você.

— Tsc, tsc Tokki. – Taiga cruzou os braços e balançou a cabeça. – Eu falei nada de birra de pirralhinho lembra? E pouco me importa o que você pensou, não estou vendo mais ninguém reclamando, e nem pense que ia ficar só eu de garota no meio desse monte de garotos, então trate de se comportar. – É impressão minha ou a Taiga não deu a mínima importância pra existência da Nanami e da Shibuya ali?

—... – Ichinose abriu a boca para protestar, mas por amor a vida ele preferiu fechá-la e virou a cara.

— Pff... Poderia muito bem dormir sem essa Ichinose. Ah! E caso você não se lembre "querido", eu faço parte do Quartet Night. Hein Taiga, vem aqui um momentinho, por favor?

— Claro Rin-chan.

— Será que você poderia me mostrar o meu quarto? Eu quero colocar a minha mala lá.

— Ah tá. Vem, vamos lá.

Taiga e eu subimos a escada e seguimos para o meu quarto. Entrei no meu quarto, coloquei a mala em cima da cama e fiquei feliz em ver que aquele quarto era exclusivamente meu, e que eu não iria dividi-lo com ninguém. Sim, eu sou egoísta e daí? Prefiro ficar sozinha no quarto a ter que dividir com a Nanami e a bitch da Shibuya.

— Enquanto você se acomoda no seu quarto eu vou descer lá pra sala e ficar com os outros te esperando, para que assim a gente consiga decidir o que vamos fazer agora que todos já estão aqui.

— Tá, mas Taiga... Posso te fazer uma pergunta?

— Pode.

— Seguinte, a Nanami eu até entendo, mas o que diabos a Shibuya está fazendo aqui? – Com essa peste aqui sinto que meu descanso vai ser impossível.

— Isso foi a tosca da Nanami que quis trazer a melhor amiga dela para aproveitar a praia conosco. – Taiga revirou os olhos e fingiu vomitar.

— Argh! E você não fez nada para tentar impedi-la?

— Eu falei que não concordava com essa garota vir conosco, mas aqueles inúteis lá embaixo ficaram a favor dela.

— Bando de babacas! Tudo bem, obrigada por ter tentado. Bom vou arrumar minhas coisas agora, daqui a pouco eu me encontro com vocês lá embaixo.

— Por nada. Então eu já vou indo.

Taiga me deixou sozinha no meu quarto, guardei minhas roupas no guarda-roupa e me joguei na cama... Como suspeitava, ela é muito macia e confortável, e o sono interrompido pelo telefonema da Taiga voltou, mas quando comecei a cochilar minha barriga roncou muito alto e isso me lembrou de que eu não havia comido nada hoje. Hum... Já sei o que vou propor pra eles.

Desci a escada sorrateiramente para ouvir o que eles estavam conversando sem que eles me vissem. Por quê? Porque vai que eles já tenham decidido tudo e só estão me esperando para falar: "Aê Rin! Tua opinião não importa e como você demorou, nós já decidimos tudo."... Tá, eles não são assim, eu só quero escutar a conversa deles escondida, algum problema?

— A imbecil da Rin tá demorando demais, aposto que ela deve tá dormindo, porque se tem uma coisa que ela ama fazer é dormir. Taiga vai lá chamar a tua amiga vai?

— Deixa de ser chato Tokki! Ela já deve estar descendo, e além do mais com quem você pensa que tá falando para me mandar fazer algo nesse tom, como se eu fosse tua empregada? Eu pensei que a Rin também era uma amiga sua, por que desse papo de "tua amiga" como se ela fosse apenas minha amiga, hein senhor Ichinose Tokiya? – Opa! Sinto que é agora que eu devo aparecer.

— É porque Ichinose e eu não somos mais amigos, eu pensei que todos já sabiam disso. Enfim, vocês já decidiram o que vamos fazer?

— Óbvio que não decidimos nada, estávamos esperando a tua boa vontade de aparecer aqui. Que foi? Você é tão inútil que não conseguiu achar a escada Ryouta-san?

— Eu não sou você Shibuya. Se você não quer assumir a sua inutilidade o problema é seu, mas não jogue essa sua habilidade para mim, porque eu tenho certeza que você sabe muito bem que só você tem essa habilidade de ser inútil. – Se bem que a Nanami é quem mais manja disso.

— Sua...

— Não Tomo-chan! – Nanami entrou na frente da bitch, impedindo-a de vir pra cima de mim. – Por favor, não comece uma briga com a Ryouta-san. Nós viemos aqui para nos divertir, não para brigar!

— Pff... Hahahaha! Relaxa Nanami, cão que ladra não morde... Não pera, pensando melhor é uma puta sacanagem comparar a Shibuya com um cão, me desculpe cãozinho.

— Como é que é?

— E aí! Decidiram ou não?

— Não Rin, não decidimos. Por que você demorou a descer? Aposto que você estava dormindo não é mesmo?

— Não, eu não estava dormindo e não é da sua conta o motivo deu ter demorado a descer, Ichinose-san. – Sério como esse babaca pode falar com toda essa segurança que eu estava dormindo? Ele não me conhece tão bem assim não é mesmo?

— Ela tava dormindo sim. – Ele riu e virou a cara.

— Ah cala a boca imbecil!

— Aiaiaiai... Esse Icchi não tem jeito, adora ter a atenção da coelhinha toda pra ele.

— Não começa Ren!

— Tá bom, não precisa se estressar Icchi. Ah! Eu tive uma ideia sobre o que nós podemos fazer.

— Sério? Eu também tive uma ideia.

— Então fale coelhinha, primeiro as damas.

— Obrigada pela gentileza Ren, mas como você falou primeiro que tinha uma ideia eu acho justo você expressá-la primeiro.

— Nossa... Obrigado coelhinha. Então a ideia que eu tive é maravilhosa e tenho certeza que todos vão amar principalmente Icchi e Ran-chan.

— Para de enrolar e fala logo, você não é o único que quer expressar a sua ideia Jinguji. – Masa-chan como sempre sendo “amável” com o Ren.

— Bem que nós poderíamos fazer o karaokê de novo, para que a coelhinha alegre meu corpo novamente. E aí o que vocês acham hein? Tenho certeza que qualquer ideia que venha após a minha não será tão magnífica quanto.

— Desgraçado... – Comecei a rir e peguei um troféu do Shining na prateleira atrás de mim. – Eu tento ser educada e deixo esse infeliz expressar a ideia dele e ele me vem com a droga desse maldito karaokê... Aiaiai... Agora queridinho, vamos ver como você vai tocar o seu saxofone e cantar depois que eu fizer você engolir esse troféu! – Quando fui pra cima dele Taiga tirou o troféu da minha mão.

— Ok né, mesmo que eu queira ver essa cena, convenhamos que vai estragar o troféu e o Shining vai me matar. Afinal eu tenho que cuidar para que ninguém coloque fogo na casa ou quebre alguma coisa dele.

— Tá bom... Não vou estragar nada na cara desse desgraçado, mas será que dá pra esquecer ou para de falar desse “bendito” dia?

— Rin-chan... Isso já é mais complicado.

— Tá esquecer eu sei que não dá, mas por que não param de falar desse karaokê? Que saco!

— Só quem não para de pensar e falar nisso é o Tokki e o pervertido aqui respectivamente. – Taiga apontou para o Ren e Ichinose, o mesmo a fuzilou com o olhar. – Que foi Tokki? Tá me olhando assim por quê? Nada do que eu falei é mentira, e como prova disso você tá todo vermelhinho aí. Mas relaxa você não precisa ficar com vergonha todos nós sabemos desse seu lado pervertido, não é mesmo Rin-chan?

— Urgh... Bando de idiotas pervertidos! – Fui para o sofá e me sentei do lado do Ranmaru. – Depois eu mato esses infelizes aí eu vou ser presa, mas ninguém sabe o bem que eu vou ter feito para a humanidade né Ran-Ran?

— Bom, quando eles têm motivos para agir assim, não acho que eles cheguem a ter tanta culpa assim Rin.

— Até tu Brutus?! Vai ficar do lado deles Kurosaki Ranmaru? Você tem certeza absoluta de que vai ficar do lado desses babacas?

— Não.

— Acho bom mesmo.

— Ah qual é coelhinha! Você não quer que ninguém fale sobre o karaokê, mas não tem como não falar, não tem como não lembrar a forma como você nos olhava... Aquilo foi muito sexy! Eu prometo pra você que a forma como você nos olhou me acendeu por dentro e quase fez o Icchi precisar tomar sangue pra repor o que ele perdeu com a hemorragia nasal que você causou nele.

— Com certeza ela aprendeu isso na casa de prostituição que ela trabalhou não é mesmo Ryouta-san?

— Não começa Shinuya, eu já estou a um passo de matar esse depravado do Jinguji, pra te matar também não vai me custar nada. E olha aqui seu energúmeno pode parar de mentir! Eu não estava olhando pra ninguém, pois eu estava de olhos fechados. – Todos me olharam assustados. – O que foi? Por que vocês estão me olhando assim?

— É... Rin...

— Que foi Ran-Ran?

— Você estava olhando sim.

— Não estava não. – Todos continuavam me olhando de forma estranha. – Tá bom pessoal, vocês já estão começando a me assustar. Naquela hora eu estava de olhos fechados porque além de me concentrar eu estava tentando excluir a presença de vocês naquele momento, senão eu não conseguiria cantar... Então não tem como eu estar olhando pra vocês, principalmente dessa forma que aquele animal ali falou.

— Rin confia em mim, você estava olhando para todos sim. – Ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou. – E dessa vez eu concordo com ele, você estava sexy. Bom saber que você tem esse lado.

— Ran-Ranmaru! – O empurrei e o joguei no chão. – Idiota... Cadê o respeito hein? Que decepção... Achar que você era diferente daqueles pervertidos ali... Tsc tsc... O jeito agora é te ensinar uma pequena lição. Ah! E ninguém ouse me interromper! – Comecei a bater nele e quando ele tentou escapar, subi em cima dele e o prendi no chão para continuar a sessão de “aprendizado”.

— Já chega Rin... Ai... Já entendi! – Ele segurou minhas mãos. – Não vou mais falar nada desnecessário. Agora você pode, por favor, parar de me bater?

— Concordo com o Ran-chan, e sai de cima dele também coelhinha porque senão Icchi vai explodir aqui de ciúmes. Mas se você preferir continuar em cima dele, eu aconselho vocês irem para o quarto, pois lá vocês irão ter toda a privacidade do mundo.

— Você não tá insinuando o que eu acho que você esta insinuando não é mesmo Jinguji Ren?

— Depende do sentido que você interpretou.

— Então tem mesmo duplo sentido? Haha... Ai ai ai... Me solta Ranmaru. – Ele me soltou e eu comecei a andar lentamente na direção do Ren. – Não posso usar nada da casa como arma, mas posso fazer esse infeliz engolir areia?

— Pode. – Ichinose, Masa-chan, Taiga e Ran-Ran responderam em uníssono.

— Maravilha!

— Ca-Calma coelhinha, foi só uma brincadeira. Não precisa fazer nada disso. – Cada passo que eu dava pra perto dele, ele se afastava para trás. – Oioioi... Ninguém vai me ajudar não? Essa garota tá com cara de quem vai realmente me matar! – Todos permaneceram calados. – Droga!

Quando finalmente o encurralei e estava prestes a arrastá-lo pra fora da casa, Natsuki, Cecil e Otoyan me impediram de continuar e me pediram para não fazer nada, pois estávamos lá para nos divertir e não para brigar.

— Que saco! Tá... Não vou bater nele, mas só porque vocês me pediram com esse jeito fofo de criança de vocês. Vou me controlar só essa vez, na próxima merda que esse cara falar eu vou acabar com ele e ninguém vai conseguir me impedir.

— Ai ai ai... Já que vocês atrapalharam a linda cena da Rin-chan quebrando a cara daquele palhaço, o jeito agora é nós decidirmos logo o que vamos fazer antes dele abrir a boca pra falar mais besteira e o Tokki não aguentar mais se segurar ali no canto pra não dar um ataque e sequestrar a Rin-chan pra ele.

— Para de falar besteira Taiga!­– Ichinose gritou com ela.

— Ain Tokki! Não precisa gritar afinal eu só falei a verdade.

— Vamos logo para a praia que foi por isso que nós viemos para cá.

— Ótima ideia Tokiya! – Otoyan já estava todo pimpão com a ideia de ir para a praia.

— Então tá decidido, vamos para a praia!

Todos já estavam saindo da casa e somente a Taiga percebeu que eu não estava seguindo eles.

— O que foi Rin-chan? Você não quer ir para a praia?

— Quero sim, mas não vou agora com vocês.

— Por quê?

— Porque eu tenho que trocar de roupa, colocar um biquíni e preparar algo pra comer, pois não comi nada hoje e estou morrendo de fome.

— Ah entendi, tudo bem. Você não quer que eu te ajude com o biquíni?

— Não, muito obrigada. Eu consigo amarrar sozinha.

— Então tá. Fui!

— Hai. – Assim que Taiga saiu me virei para ir para o meu quarto e dei de cara com Ichinose. – Uou! Qualé hein? Tá parado no caminho me olhando assim por quê?

— Você não deveria ficar com vergonha da Taiga, além dela ser uma garota não teria problemas ela te ajudar a amarrar o biquíni.

— Eu sei que ela é uma garota e eu não estou com vergonha. Você sabe o que eu não quero que ela veja. E além do mais eu já sei amarrar sozinha.

— Nossa! Já aprendeu a amarrar o biquíni sozinha? Que grande evolução temos aqui não é mesmo senhorita Ryouta Rin?

— Tchi... Não enche! E pode ir parando com essa ironia, porque eu tive que aprender a fazer isso sozinha, pois não quero ter que depender de ninguém. Eu não quero que ninguém veja aquilo.

— Eu também não quero que ninguém veja. Anda vem, vamos amarrar esse biquíni direito. – Ele estendeu a mão pra mim.

— Hum? O que é isso? Eu fiquei em coma e quando acordei já estava de boa com você? Acho que nada disso aconteceu então eu não vou aceitar essa tua mão. Sério mesmo que você acha que eu vou cair nesses teus joguinhos e falsidade?

— Eu não estou com nenhum joguinho e falsidade Rin. Eu só quero te ajudar caramba!

— Primeiro, é Ryouta pra você. Segundo, eu não preciso da tua ajuda, já falei que sei amarrar esse caralho sozinha.

— Tudo bem, tudo bem. Já que a educação foi embora e pelo jeito não vai voltar tão cedo, eu vou te deixar em paz.

— Aleluia!

— Mas vê se amarra direito para que não se solte no mar, e principalmente não deixa ninguém ver...

— Aaah que saco! Para de falar o que eu devo fazer como se fosse a minha mã... Só para de falar o que eu devo fazer ou não. Eu sei me cuidar sozinha.

Subi imediatamente para o meu quarto. Após me vestir adequadamente fui para a cozinha e preparei algo para comer, assim que me alimentei peguei meu protetor solar e uma garrafa com água e saí da casa pronta para aproveitar a praia e o mar, mas não pude ir imediatamente, pois encontrei Ai-Ai sozinho sentado na varanda então resolvi falar com ele.

— Por que você não tá lá na praia com os outros Ai-Ai?

— Porque estou observando minhas cobaias na praia. – Cobaias, ou seja, os garotos. Esse Ai-Ai é uma graça com essa história deles serem cobaias.

— Certo... Então por que você não vai observá-los de perto? Tenho certeza que você vai concluir suas expectativas para com as suas cobaias se você observá-los de perto, assim não vai perder qualquer ação deles.

— Hum, até que você tem razão.

Após conseguir convencê-lo de ir pra praia, eu passei protetor solar e fui encontrar a Taiga e os meninos. Quando os encontrei Taiga parecia estar brigando com Rei-chan, Otoyan e Ran-Ran, como o clima estava tenso resolvi pedir um favor para Taiga e afastá-la deles porque pela cara dela eu tenho certeza que ela seria capaz de dar uma surra neles, o único problema vai ser o que vou pedir, pois isso é a ultima coisa que eu me imaginaria pedindo pra alguém.

— Hei Taiga! Me faz um favorzinho?

— Claro Rin-chan, o que é?

— Eu não consegui passar protetor nas costas, será que você poderia passar, por favor? – Estendi o protetor solar pra ela.

— Posso sim.

— Nem pensar! – Ranmaru pegou o protetor da minha mão. – Não é bom deixar uma pessoa que você não conhece passar protetor solar em você, pois somente idiotas fazem isso. – Ele falou isso encarando Taiga de forma estranha, me pegou pelo braço e me puxou até uma cadeira de praia.

— Mais que porra foi essa? – Me soltei dele e me sentei na cadeira de braços cruzados. – Será que dá pra me explicar o que foi que aconteceu? Porque eu não tô fazendo a mínima ideia do que foi isso, em um momento eu tô pedindo um favor pra Taiga e no outro tô sendo arrastada e levando carão sendo que eu não fiz porra nenhuma. E que papo é esse da Taiga ser uma pessoa desconhecida? Se ela fosse desconhecida eu não seria débil mental de pedir pra ela passar protetor em mim.

— Não foi nada de mais e aquilo que eu falei não foi pra você.

— Ah claro, não foi nada. Eu chego e sinto o clima tenso, tento amenizar a situação e escuto aquilo. Sério Ranmaru, me conta o que foi que aconteceu.

— Já falei que não foi nada, para de se preocupar com besteiras Rin. Agora levanta o cabelo que eu vou passar o protetor nas suas costas.

— Até que eu poderia deixar você passar, mas já que você não quis me falar o que aconteceu eu prefiro mesmo que a Taiga faça isso. Pode me devolver o protetor solar, por favor?

— Não. Eu vou passar em você, não aquela garota. Por favor, Rin acredita em mim, não aconteceu nada sério foi só uma brincadeira idiota daqueles moleques.

— Hum... Aí você ficou com raiva e se exaltou daquela forma.

— É. – Ele me vivou de costas pra ele. – Agora levanta o cabelo.

— Só vou fazer isso porque tô com preguiça de procurar a Taiga. – Suspendi o cabelo, mas ainda o deixei cobrindo até um pouco abaixo da nuca.

— Suspende mais esse cabelo Rin.

— Não assim tá bom, passe onde tem de passar.

— Mas não vai dar de passar onde ele está cobrindo.

— Não tem problema, passa logo Ranmaru!

— Já tô fazendo isso, só vai faltar onde o cabelo está cobrindo Rin.

— Sem problemas. Já terminou?

— Ainda não. – Ele pegou no meu cabelo.

— Uou! Nem pense em fazer isso!

— Não entendo o motivo de você não querer que eu passe nesse lugar... Não me diga que você tem cócegas?

— Não.

— Então para de besteira Rin! – Ele rapidamente prendeu o meu cabelo em um coque alto. – Pronto, agora eu vou conseguir passar.

— Não! – Me virei e fiquei de frente pra ele. – Eu falei que não precisava não é? Assim já tá bom. Muito obrigado Ran-Ran.

— Tsi, eu já tô ficando de saco cheio dessa chatice Rin. Anda vem cá que eu vou passar, quer você queira ou não.

— Se ela não quer o certo é você não forçar. – Ichinose se meteu entre nós dois. – Agora devolva o protetor solar pra ela, afinal acho que pelo menos ela deve ser capaz de passar o protetor onde ela não quer que você passe, não é mesmo Rin?

— Como é que é? Olha como você fala comigo moleque! Quem você pensa que é para me mandar fazer alguma coisa?

— Não quero perder meu tempo aqui discutindo com você, então entrega logo o protetor pra Rin.

— Ei ei ei! – Fiquei entre os dois, pois o tom que eles estavam falando parecia que iriam se engalfinhar a qualquer momento. – Podem ir parando antes de começar, entenderam? – Peguei o protetor das mãos do Ranmaru e passei na nuca. – Pronto, já passei. Obrigada pela ajuda Ran-Ran. Ah! E que papo é esse da minha pessoa ser pelo menos capaz de fazer isso? Hein Ichinose? – Fiquei de frente pra ele e de costas pro Ran-Ran. – Já falei um milhão de vezes pra você me chamar de Ryouta não foi? E por que raios você veio se meter em um assunto no qual você não tem direito nenhum de intervir? Eu não sou nenhuma donzela em perigo, e mesmo se eu estivesse em perigo eu não precisaria de você para me proteger.

— Não começa. Eu só vim aqui pra impedir que esse cara aí veja a...

— Que cicatriz é essa Rin? – Ele tocou na minha nuca.

— Sai! – Empurrei a mão dele, soltei meu cabelo, me afastei de perto dele e instintivamente fiquei atrás do Ichinose.

— Maravilha, meu trabalho foi todo em vão. – Ichinose balançava a cabeça.

— Cala a boca idiota! Em momento algum eu pedi pra você me ajudar a esconder essa porcaria dos outros.

— Será que dá pra você me explicar sobre essa cicatriz Rin? E por que você agiu daquela forma?

— Não é óbvio? Ela não gosta que toque na cicatriz.

— Não perguntei pra você pirralho.

— Eu já mandei você calar a boca Ichinose! – Dei um chute na panturrilha dele. – Que saco! Já falei pra tu não se meter nos meus assuntos. Agora pode dar o fora daqui, porque tu só tá atrapalhando. – Comecei a empurrar ele pra longe. – Xô! Xô!

— Atrapalhando? Quer saber, não me importo mais. Fala logo pra ele então como você conseguiu essa cicatriz e depois não vai se arrepender por ter feito isso.

— Até que fim resolveu ir embora. E já vai tarde! – Virei-me para o Ranmaru. – Gomen Ran-Ran, não deveria ter reagido daquela forma, mas é meio que automático sabe? Eu não gosto quando alguém vê ou toca na minha cicatriz.

— Tudo bem, mas como você a conseguiu? E por que aquele garoto disse que se você vai se arrepender caso me conte?

— Não liga para o que aquele idiota disse, ele acha que só porque ele era o único além de mim que sabia sobre a cicatriz tinha exclusividade e por isso ninguém mais deveria saber. Agora como eu consegui a cicatriz? Bom isso aconteceu quando eu era criança e estava brincando na rua com uns amigos meus, aí eles começaram com uma brincadeira de ficar empurrando e no calor do momento um menino me empurrou e eu caí. Só sei que quando eu acordei eu estava no hospital e no lugar onde hoje é a cicatriz havia um curativo. Satisfeito?

— Sim, só mais uma coisa por que você esconde a cicatriz?

— Porque eu não gosto que os outros a vejam, pois sempre vai ser a mesma coisa de eu ter que contar como tudo aconteceu e isso é muito chato. Agora eu vou andar um pouco pela praia depois a gente se encontra Ran-Ran, fui!

Em seguida o deixei sozinho e fui passear. Jamais pensei que seria tão perigoso assim passar uns dias na praia com eles, pois já no primeiro dia já passei por esse sufoco do Ranmaru ter visto a cicatriz, ainda bem que eu sei mentir muito bem. Faz tanto tempo quando eu fui a uma praia que me deu vontade de fazer um castelo de areia, pois em nenhuma das duas vezes que eu fui anteriormente eu pude construir um castelo.

— Isso mesmo, um castelo vai ser perfeito! – Comecei a fazer o castelo e claro me lembrei de certo pirralho. – Que droga! Nem pra Oba-san ter o deixado vir comigo, mas ela tem razão não seria justo com as outras crianças ainda mais porque eu também sou voluntária lá e antes eu sempre levava todos ao parque, Souta não pode ser privilegiado dessa forma só porque eu estou pensando em adotar ele, eu ainda não o adotei então tenho que ser igual com todos. Já sei! Quando tiver outra folga vou levar todos para a praia, inclusive a Oba-san!

— Puf... Hahahahaha! Além de ficar falando sozinha igual uma doida ainda tá fazendo um castelo de areia? Quão patética você é hein Ryouta? – Ela chutou o castelo fazendo-o desmoronar.

— Sério? Isso é sério ou você realmente não sabe com quem você tá mexendo hein Shibuya?

— É claro que eu sei. Você é uma vadia patética que acha que com esse jeito de marginal vai colocar medo em mim, pois saiba Ryouta que eu não tenho medo de você.

— É mesmo? Que bom. Mas depois se alguma coisa te acontecer não venha colocar a culpa em mim, pois eu já cansei de avisar que no dia que eu perder a cabeça você vai se arrepender amargamente. Agora me deixa em paz, por favor.

— Eu já falei que eu não tenho medo de você sua porca! – Ela encheu a mão de areia e jogou no meu rosto.

— Itai! Meus olhos! Sua degenerada, qual é o teu problema hein? Ah! – Com dificuldade consegui encontrar a garrafa com água que havia levado comigo e lavei meu rosto, enquanto eu sofria pra tirar areia dos meus olhos Shibuya estava rindo histericamente. Até que consegui tirar a areia e nesse momento resolvi mostrar pra essa mal comida um pouco do que sou capaz de fazer. – Desde cedo você vem me enchendo, dizendo que eu trabalhei em casa de prostituição e não sei mais o quê, e eu deixei passar afinal não vale a pena fazer você engolir os teus dentes porque você me chama de coisas que eu não sou. Mas eu já perdi a paciência com você Shibuya, jogar areia nos meus olhos foi golpe baixo. Você diz não ter medo de mim não é mesmo? Então vamos ver se depois dessa pequena lição você não vai ter medo de mim nem que seja um pouco. – A imobilizei e comecei a arrastá-la para o mar, já que bater não faz efeito o jeito é usar outra tática.

— Ryouta-san, por favor, solte a Tomo-chan!

— Olha Nanami, na última vez você se meteu na minha briga com ela e eu sem querer te acertei, se você não quiser que sobre pra você novamente então não ouse me interromper.

Finalmente consegui entrar no mar arrastando a Shibuya e sem perder tempo já comecei a fazê-la “mergulhar”, ela se debatia e antes que ela perdesse a consciência eu a deixava respirar e retomava tudo de novo. Até que me separaram dela e me levaram pra bem longe da minha aluna de “mergulho”.

— Rin! O que deu em você? Por que você estava afogando aquela garota?

— Não deu nada em mim Ran-Ran, eu estou normal. E quem te disse que eu estava afogando a Shibuya? Muito pelo contrário meu caro Kurosaki Ranmaru, eu estava ensinando ela a mergulhar.

— Rin, você precisa se controlar senão além de não conseguir adotar o Souta você vai acabar sendo presa. Se nós não tivéssemos separado vocês duas, você teria matado ela afogada.

— Que saco! Eu sei disso Ranmaru, mas o que você quer que eu faça? Eu tô me controlando desde cedo, faço de tudo pra ficar longe daquela imunda, mas isso não resolve nada ela vem e torra a minha paciência e eu acabo perdendo o controle. E eu já falei que não estava afogando-a, eu estava ensinando ela a mergulhar.

— Você não tem jeito Rin. Então o que você vai fazer agora?

— Por enquanto nada. – Me deitei na areia. – Pretendo ficar um pouco aqui relaxando até dar vontade de voltar para o mar. Quer me fazer companhia?

— Claro! – Ele se deitou ao meu lado.

Passamos um bom tempo lá deitados olhando para o céu sem falar nada, apenas aproveitando o momento até que eu resolvi puxar assunto com ele.

— Sabe Ranmaru apesar de tudo esses dias aqui na praia serão bons, principalmente pra vocês idols. Todos estavam precisando relaxar um pouco, afinal é muito puxado essa vida de idol, não sei como vocês aguentam. Eu não me imagino nessa vida de vocês, principalmente ficar em cima do palco cantando para toda aquela gente sem contar com as outras coisas que vocês fazem. Com certeza eu não duraria um ano.

— Realmente é puxado, mas a compensação vem depois e ela é que nos faz continuar. Sabe Rin, eu acho que você seria uma idol sem comparação e todos iriam te amar, você canta maravilhosamente. Já pensou em você famosa e conhecida do jeito que nós somos?

— É exatamente por isso e por outros motivos que ser idol jamais passou na minha cabeça. Não é que eu não goste dos idols e tal, é só que eu não quero isso pra mim. Eu acho incrível o que vocês fazem, mas pra mim os bastidores é o melhor lugar para estar e eu prefiro trabalhar com vocês assim como eu trabalho agora, não fazendo parceria e cantando com vocês em cima de um palco para milhões de pessoas.

— Eu ia amar ouvir você cantar novamente. Você poderia cantar pra mim qualquer dia desses?

— Isso está fora de cogitação. – Olhei pra ele. – Gomen Ran-Ran, mas a Rin não gosta de cantar para os outros, ela prefere cantar sozinha e de preferência com a certeza de que ninguém vai ouvi-la. Você não faz ideia da dificuldade que foi cantar naquele dia na frente de todos vocês.

— Você não faz ideia da quão linda você é cantando.

— Para com isso Ran-Ran, assim eu vou ficar com vergonha! Uou! Olha como o dia tá passando rápido, daqui a pouco vai escurecer, com licença Ran-Ran vou-me indo tomar banho no mar.

— Espera Rin. – Antes que eu pudesse me levantar, Ranmaru estava em cima de mim. – Vai agora não. Fazia um tempo que nós não passávamos um tempo assim juntos só nós dois, fica mais um pouco por favor. – Isso é perigoso, ele tá perto demais, perto demais, sinto a respiração dele se misturando com a minha.

— Sei que faz um tempinho, mas nós vamos ter bastante tempo pra ficarmos juntos. Só que nesse exato momento eu quero ir tomar um banho no mar.

— Nós vamos passar três dias aqui Rin, você vai ter todo esse tempo para tomar banho no mar.

— O mesmo vale pra ficar um tempo contigo. Agora com licença Ranmaru que eu quero ir pro mar. Além do mais você tá perto demais, sai de cima de mim, por favor.

— Rin...

— Ran-Ran... Opa! – Rei-chan apareceu. – Gomen eu não queria atrapalhar.

— Tudo bem Rei-chan, você não atrapalhou nada. Não é mesmo Ran-Ran?

— Hum.

— Tem certeza Rin-chan?

— Tenho sim, ele concordou. Agora dá pra sair de cima de mim Ranmaru? – Aquela situação já estava me deixando desconfortável.

— Tá. – Ele saiu de cima e eu me levantei.

— Obrigada. Então Rei-chan, por que você veio?

— Ah sim, Eu preciso da ajuda do Ran-Ran.

— Pra quê você quer a minha ajuda Reiji?

— Eu tô indo no mercado comprar umas coisas, principalmente alimento suficiente para os dias que vamos passar aqui e preciso que você venha me ajudar.

— Por que você não pediu ajuda pro Camus? Ele com certeza não tinha nada pra fazer.

— Porque ele foi embora, parece que o clima da praia não faz bem pra ele. Por favor, Ran-Ran, vamos!

— Não tô afim.

— Por favor!

— Não!

— Tem certeza que você não vai comigo Ran-Ran?

— Tenho.

— E agora Rin-chan o que eu faço? Eu trouxe uma carne maravilhosa para fazer na janta, se não me engano é a carne que o Ran-Ran ama, e eu estava precisando da ajuda dele para escolher os ingredientes e me ajudar com as outras coisas que irei comprar, mas ele não quer ir comigo. O que eu devo fazer Rin-chan?

— Simples, não deixa o Ran-Ran comer da carne.

— Certo, é isso mesmo que eu vou fazer. Obrigado Rin-chan!

— Por nada Rei-chan.

— Tsi, vocês dois parecem uns demônios agindo dessa forma. Tudo bem Reiji eu vou com você. Vou indo com ele, até mais tarde Rin.

— Até mais tarde Ran-Ran.

Fiquei observando a cena deles dois se distanciando, era engraçado ver a rapidez que o Ranmaru resolveu acompanhar o Rei-chan, com certeza ele deve adorar a tal carne. Assim que eu não conseguia mais vê-los eu fui aproveitar o mar e lá estava a minha humilde pessoa aproveitando o mar com todo o cuidado possível para não tomar um caldo até que certo ser escroto e pervertido me chamou.

— Hei coelhinha!

— Quié Jinguji? Veio pedir para que eu te ensine a mergulhar também?

— Não, muito obrigado, mas eu já sei mergulhar. Vim avisar que já estamos voltando para a casa, você vai vir conosco ou vai ficar sozinha na praia?

— Quê? Por que vocês decidiram... – Não consegui terminar de falar, pois uma onde me acertou nas costas e me fez cair e engolir água. Sim, tanto trabalho para que isso não acontecesse que no menor descuido acabou acontecendo. Levantei-me tossindo e com o nariz ardendo. – Cof cof cof... Mais que merda! – Ia virar de frente para o Jinguji e assim esculachar ele, mas senti a falta da parte de cima do meu biquíni.... Merda! Com tanta gente pra isso acontecer foi acontecer logo comigo? E pra piorar com o tarado do Jinguji bem ali. Kami-sama se isso for Karma pelo o que fiz com a Shibuya ele poderia ter vindo em outra situação e cá entre nós ela mereceu o que eu fiz pra ela. – Ahn... Tá tudo bem Jinguji, obrigada por avisar. Pode ir que daqui a pouco eu alcanço vocês.

— Por que você não vem agora?

— Porque eu quero aproveitar o mar mais um pouco.

— Certeza? Eu acho que você não quer sair daí por causa do que está na minha mão.

— E o que tem sua mão? – Kami-sama, agora sim eu me lasquei bonito.

— Vira pra mim que você vai ver.

— Não!

— Ai ai ai coelhinha... Não precisa se preocupar, eu vou aí te ajudar a vestir isso.

— Não ouse chegar perto de mim Jinguji Ren! – Kami-sama, cadê meu anjo da guarda hein?

— Por quê? Eu só quero te ajudar.

— Dane-se o que você quer! O que me importa é o que eu quero e o que eu quero é que você fique longe de mim seu pervertido maldito!

— Não precisa ser tão arisca assim coelhinha.

— Já chega Ren. Me dá isso aqui. – Essa voz... Ichinose! Por que logo ele apareceu? Kami-sama eu te pedi o meu anjo da guarda não esse traste do Ichinose.

— Calma Icchi! Precisa ficar assim não, só tava brincando com ela.

— Ninguém gosta desse tipo de brincadeira. Você não precisa ficar aqui, volte pra casa com os outros.

— Tudo bem Icchi, já entendi que só você tem exclusividade com a coelhinha.

— Ninguém tem exclusividade sobre mim, eu não sou nenhum objeto caramba! Será que dava pra vocês deixarem isso aí no chão e me deixar sozinha, por favor?

— Já estou indo.

— Hum. – Apenas Jinguji respondeu, fiquei um tempo esperando Ichinose responder ou dar algum sinal de vida. – Não tô mais aguentando ficar nessa situação, será que dá pra você ir embora e me deixar sozinha? Eu quero me vestir e dar o fora daqui.

— Isso só aconteceu porque você é a teimosia em pessoa. – Ele estava atrás de mim e colocou a parte de cima do biquíni no meu ombro. – Coloca logo isso aí.

— Como tu quer que eu faça isso contigo aqui? Eu vou fazer isso sozinha, então pode sair de trás de mim e ir embora.

— Eu não vou sair daqui.

— E eu não vou vestir isso até que você esteja bem longe.

— Então nós vamos ficar aqui até amanhã.

— Argh! É incrível a facilidade que você tem pra me tirar do sério, caramba! O que é que você quer hein? Não vai me deixar em paz enquanto eu não vestir isso né? Beleza! – Coloquei e amarrei o biquíni o mais rápido que pude e me virei pra ele. – Pronto! Satisfeito agora?

— Não até me certificar que isso aí está bem amarrado e que não vai cair na frente dos outros.

— O que te faz achar que eu não amarrei essa bodega direito?

— Você amarrou em cima do seu cabelo, vai desamarrar na mínima mexida de cabelo que você der.

— Não vai não.

— Ficar discordando feito uma criança birrenta não vai mudar nada. – Ele me virou, fazendo com que eu ficasse novamente de costas pra ele. – Agora se você quer que eu não fale mais com você hoje, segure seu cabelo tipo em um rabo de cavalo alto enquanto eu amarro isso aqui direito.

— Gostei dessa proposta. Mas assim que eu suspender o cabelo tudo vai soltar.

— A parte de baixo eu já desenrolei do cabelo e amarrei de forma correta. – Caraca, eu não senti ele fazendo isso. – Agora eu só preciso que você faça o que eu te falei e eu te deixarei em paz.

— Ok. – Suspendi o meu cabelo e pra ele fazer o serviço dele. – Vai demorar?

— Não. Rin, O que você falou para o Kurosaki? – Ele terminou de amarrar e tocou na minha cicatriz.

— Ryouta! – Dei uma cotovelada na barriga dele. – Você sabe que eu odeio quando toca na minha cicatriz, então por que você fez isso hein?

— Eu sei que você odeia, mas toda vez que eu vejo ela eu me lembro de como você a conseguiu, é automático eu tocar nela. Então, o que você falou pra ele?

— Por isso eu não queria que você me ajudasse. – Me virei pra ele. – Você mesmo disse que não se importava mais não era mesmo? Pra quê quer saber agora? Afinal eu iria me arrepender não é mesmo?

— Eu falei aquilo porque eu fiquei preocupado, pois achei que você iria contar pra ele que você...

— Ah tá, não precisa continuar. E você não precisa ficar preocupado comigo sabe por quê? – Me aproximei bem dele, fiz questão de que nossos rostos estivessem próximos, pois eu gostava de encarar ele bem de perto. – Porque eu sei mentir perfeitamente bem, afinal aprendi com o melhor nisso, você. Se lembra? Você me ensinou a fazer isso.

— Eu te ensinei a atuar não a mentir.

— Sério? Você me ensinou muitas coisas Ichinose e atuar foi a única coisa que me ajuda a impedir que os outros saibam a verdade sobre aquilo. Mas depois de tudo pelo o que nós passamos e a naturalidade que eu consegui inventar aquela história pro Ranmaru me fez perceber que você me fez ser igual a você, eu sou uma baita mentirosa.

— Eu não sou mentiroso. Mas eu gostei de saber que você não falou a verdade pra ele.

— Gostou? Ichinose... – Uma onda me atingiu com força e fui jogada para o Ichinose e como nossos rostos estavam próximos a desgraça aconteceu, nossos lábios se encontraram. Me afastei dele o mais rápido possível. – Qual é o problema com essas ondas hoje hein? Tiraram o dia para me sacanear?

— Rin... Você... Isso...

— Ahn? I-Isso não foi nada seu idiota! Eu não te beijei porque eu quis tá legal? Não viu que foi a onda que me empurrou pra você?

— Eu só vi foi você me beijando.

— Eu não fiz isso porque eu quis caramba! – Droga! Tenho certeza que estou vermelha de vergonha, droga! – Droga de onda! Não vou mais entrar nesse mar nos próximos dias. Sai da minha frente Ichinose! Eu quero sair daqui antes que alguma outra merda aconteça.

— Tá Rin, só toma cuidado com a outra onda que tá vindo aí.

— Hai! – Fui me virar para não ser atingida de mau jeito pela onda, mas antes que eu pudesse me virar eu fui puxada e novamente meus lábios se encontraram com os do Ichinose. – Hum?! – Inicialmente fiquei paralisada ao perceber que dessa vez era ele que estava me beijando, mas logo em seguida tentei me afastar dele afinal não poderia permitir que esse imbecil brincasse assim comigo, quem ela pensa que eu sou? Só que todas as minhas tentativas foram frustradas, ele me prendia a ele e por mais que eu tentasse me soltar eu não conseguia. Que força é essa? Eu sempre conseguia escapar dele, ele nunca me prendeu com força assim. Ele não quer que eu me afaste? Não pode ser, por que ele tá fazendo isso comigo? Com que direito esse maldito acha que ele tem pra fazer isso comigo? Droga! Kami-sama, por que eu não tô conseguindo me soltar dele? Eu sempre fui mais forte que ele, ou será que ele nunca chegou a usar a força dele pra me parar quando eu batia nele? Kami-sama, por favor, me ajuda isso tá me machucando.

— Ichinose-san!

— ... – Ao ouvir a voz dela ele imediatamente parou de me beijar e se afastou ofegando. Respirou fundo e se virou em direção da praia. – Pois não Nanami?

— Está tudo bem com vocês? Por que vocês estão demorando?

— Tudo bem, nós já estamos indo. Eu...

— Haruka, você deveria se desculpar.

— Por que Tomo-chan?

— Você não percebeu que atrapalhou o casal?

— Ca-Casal?

— Sim Haruka, casal. Você não percebeu o clima ali entre eles?

— N-Não. Gomen Ichinose-san e Ryouta-san, não foi a minha intenção atrapalhar vocês.

— Não precisa se desculpar Nanami, você não atrapalhou nada. Ichinose só estava me ajudando com um pequeno problema. “Obrigada” Ichinose. Bom, creio que já está na hora de irmos. – Antes de passar por ele e ir embora, falei baixo para que só ele escutasse. – Não pense que o que você acabou de fazer vai passar em branco, eu só não fiz nada com você porque aquelas duas estão bem ali. Agora vai lá acompanhar as donzelas em perigo até a casa.

— Rin...

— Nem pense em me impedir de voltar sozinha, eu só espero que você cumpra o que falou. Me deixe em paz.

Voltei para a casa, tomei um banho e troquei de roupa. Me deitei na cama e pensei em dormir um pouco, não estava com vontade de descer e ter que encarar Ichinose, mas ouvi a voz do Rei-chan aí resolvi descer e ajudar ele a preparar o jantar. Quando a comida ficou pronta e colocamos na mesa todos se reuniram para comer, bom quase todos, Taiga e Otoyan não estavam lá. Todos estranharam e começaram a perguntar onde eles estariam, Rei-chan estava preocupado achando que eles tinham se perdido e antes que ele saísse para procurar por eles eu resolvi tranquilizá-lo, inventei uma pequena mentirinha para acobertar o sumiço daqueles dois. Após terminarmos de jantar eu queria ficar sozinha, peguei meu violão e fui para a varanda. Comecei a tocar Time After Time e quando ia começar a cantar baixo senti a presença de alguém atrás de mim, parei de tocar a música e fiquei quieta.

— Eu pensei que você gostava dessa música.

— E eu pensei que você ia me deixar em paz, pelo menos por hoje. Achava que você era um homem de palavra, mas pelo jeito nem isso você é não é mesmo Ichinose-san? – Imitei a voz da Nanami.

— Eu sou. Só que eu preciso explicar por que eu fiz aquilo.

— Não precisa explicar nada. Eu sei o motivo de você ter feito aquilo, só quero te dizer que eu não sou brinquedo de compensação Ichinose. Se você não consegue o que quer com a Nanami, não venha fazer isso comigo.

— Quê? Por que você tá falando isso? Eu não te beijei por esse motivo. E que história é essa de que eu não consigo o que eu quero com a Nanami?

— Você pensa que eu sou idiota? Você e todos os outros garotos do Starish são apaixonados por ela. Vocês não podem ficar com ela, por isso ficam sofrendo pelos cantos. Será que vocês não percebem que isso vai acabar com o Starish? Ah! Quer saber, não vou mais me preocupar com isso, quando a desgraça acontecer eu vou é rir da cara de vocês. Com licença que eu vou pra outro lugar, se você não vai cumprir o que prometeu, então eu vou fazer você cumprir me isolando.

— Espera. – Ele me segurou pelo braço que eu estava segurando o violão. – Só me escuta dessa vez.

— Me solta.

— Não até você me deixar explicar.

— Eu já falei que você não precisa explicar porra nenhuma! Agora me solta!

— Eu confesso que te beijei por um motivo idiota, mas foi porque eu me deixei levar pelo momento. Eu meio que quis me vingar e por isso fiz aquilo. Eu só vim aqui agora porque eu quero te pedir desculpa, eu sei que você não gosta dessas coisas.

— Hum. Já terminou? Agora me solta. – Como ele não me soltou, respirei fundo olhei pra ele e depois pra mão dele no meu pulso. – Eu vou contar até três se você não me soltar eu vou ser obrigada a te dar o tapa que não dei quando você me beijou. E não, eu não te desculpo se esqueceu de que sou rancorosa? 1, 2 e... – Ele me soltou e eu dei um tapa na cara dele. Em seguida saí de lá, quando estava descendo as escadas para ir pra praia vi Otoyan e Taiga se aproximando e eles estavam de mãos dadas... Hehehe que cena interessante.

— Eu te soltei, por que você me bateu mesmo assim?

— Urgh! Só você pra atrapalhar esse momento. Minha mão tem vida própria não sabia disso? Foi ela que te bateu. Agora cala a boca e fica quieto que eu quero ver a cara daqueles dois quando perceberem que eu estou aqui.

— Do que você tá falando?

— Talsquepariu! Ali idiota. – Apontei pra eles.

— Otoya e Taiga? – Ele falou surpreso.

— Não... Meu avô e minha avó. Agora só cala a boca e fica quieto.

— Ri-Rin-chan e To-Tokiya? – Otoyan estava vermelho e soltou a mão da Taiga.

— Ah droga, eles já chegaram aqui. Viu o que tu fez idiota? Nem pude aproveitar a cena kawaii. E aí Otoyan e Taiga, por onde vocês estavam hein?

— Como assim por onde eles estavam? Você não disse que tinha pedido pra eles irem comprar corda para o seu violão e não sei mais o quê?

— Ahn? Ah sim, eu menti. Inventei aquilo para tranquilizar o Rei-chan. Mas e aí por onde vocês estavam hein? E ainda voltaram de mãos dadas hehehe...

— Pode parar com essa risadinha Rin-chan. Não fizemos nada do que você está pensando.

— E como você sabe o que estou pensando Taiga?

— A sua risada disse tudo.

— Hehehe... Desculpa, mas a cena de vocês dois de mãos dadas me fez pensar besteira. Então onde vocês estavam e por que demoraram pra voltar?

— Eu estava caminhando pela praia e vi um lugar interessante. Quando cheguei lá e ia subir nas pedras Ittoki apareceu e me ajudou a subir. Nós ficamos lá observando o mar e quando percebemos já estava de noite.

— Ah, entendi. Mas por que estavam de mãos dadas hein?

— Porque na hora de descer das pedras eu fiquei com medo da altura e Ittoki me ajudou segurando a minha mão.

— Hum, aí vocês permaneceram dessa forma até aqui né? Ficaram encantados pelo céu estrelado e nem perceberam que ainda estavam de mãos dadas não é mesmo?

— Como você sabe disso?

— Porque isso já aconteceu comigo.

— E com quem foi?

— Com um idiota que me arrependo de ter confiado.

— Tokki.

— Não importa, e aí vocês vão jantar agora?

— Sim vamos. Mas eu preciso da sua ajuda em uma coisa Rin-chan.

— Pra quê?

— O tal lugar que Ittoki e eu estávamos é perfeito para uma fogueira.

— Legal. Quer que eu te ajude a convencer eles?

— Não para a fogueira e sim para nós dormirmos lá hoje.

— Dormir lá? Vish, vou tentar convencer eles. Mas lá não é perigoso?

— Rin-chan, se lá fosse perigoso eu jamais teria proposto isso.

— Ok, vamos lá falar com os outros.

Quando Taiga e Otoyan terminaram de jantar, ela contou a ideia dela para todos. Eles gostaram da fogueira, mas não gostaram da parte de dormir lá. Após muita conversa eu consegui convencer eles e nós fomos para o tal lugar. Ele era um pouco afastado da praia e eu achei um pouco difícil o acesso, pois além de subir nas pedras era alto e eu estava segurando um saco de dormir. Lá era muito lindo, tinha uma vista magnífica do mar.

Os garotos montaram a fogueira e em seguida todos se sentaram ao redor dela. Nós brincamos, conversamos, rimos, comemos marshmallow, até que eles resolveram começar a cantar e foi nessa hora que eu preferi ficar quieta no meu lugar só ouvindo-os. Taiga se levantou para cantar e chamou Ichinose para fazer um dueto com ela, eles começaram a cantar Everything has Changed. A música era linda, e a forma como eles estavam cantando me arrepiou toda, a voz desses dois era simplesmente incrível. Ouvir aqueles dois me deu uma vontade enorme de cantar, mas para não cometer esse erro resolvi tocar o meu violão e foi aí que eu percebi que ele não estava comigo.

— Droga! – Me levantei imediatamente e todos me olharam assustados. Taiga e Ichinose pararam de cantar com o susto que eu dei em todos. – Gomen Taiga, não quis atrapalhar, também não quis assustar vocês. Podem voltar a cantar eu só vou pegar um negócio que esqueci na casa e já já eu volto.

— Você pretende ir sozinha Rin?

— Não Ran-Ran. É... – Olhei de um por um até que vi Otoyan. – Otoyan vai comigo.

— Eu?

— Sim. Você também esqueceu a mesma coisa.

— Esqueci? O que eu esqueci?

— Certo instrumento musical. – Fiz o movimento de tocar um violão invisível.

— Uah... Meu violão! É verdade, eu estava pensando em trazê-lo comigo. Obrigado por me lembrar, Rin-chan.

— Douita! Vamos?

— Hai.

Voltamos para a casa e pegamos nossos violões, no caminho de volta Otoyan parecia inquieto até que ele criou coragem e falou comigo.

— Rin-chan, eu posso fazer uma pergunta?

— Pode.

— Hum... Por que você e o Tokiya brigaram? O que ele fez pra você não querer mais nem falar com ele? Antes de vocês brigarem, vocês dois era tão diferente, a relação de vocês era como eu posso dizer... Era bonita. Vocês brigavam às vezes, mas era engraçado e dava de perceber que não era sério.

— Você pareceu o Souta, ele me perguntou essas mesmas coisas. Vou falar o mesmo que falei pra ele tá bom? Eu estava com um problema pessoal e o Tokiya me decepcionou muito. Isso é a única coisa que posso dizer.

— Ok. Desculpa Rin-chan.

— Tudo bem.

— Ah Rin-chan, eu pensei em montar um coral com as crianças lá do orfanato, aí eu achei que você ia gostar de participar também. Aceita fazer parte dos organizadores?

— Claro que eu aceito! E quem são os outros organizadores?

— Bom... Por enquanto somos só eu e você. – Ele ficou sem graça.

— Tudo bem, nós dois damos conta. E caso não consigamos poderíamos pedir ajuda para alguém.

— Eu estava pensando em chamar a Taiga-chan, o que você acha?

— Perfeito!

Voltamos para a fogueira e eu estava toda pimpona com o tal coral que nem me importei quando Ranmaru me envolveu com um braço assim que me sentei entre ele e Rei-chan. Comecei a tocar violão e foi assim que aproveitamos a noite, Otoyan e eu tocávamos violão e os outros cantavam. Quando decidimos dormir cada um escolheu um lugar onde colocariam os sacos de dormir. Preferi permanecer entre Rei-chan e Ranmaru como proteção, pois vai que a Shibuya resolve fazer algo comigo enquanto eu durmo. Entre eles eu posso dormir sem medo.


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Notas finais do capítulo

Sei que tá muuito tarde pra isso, mas Feliz Ano Novo pra vocês.
O Autor responsável pela Taiga me pediu pra colocar aqui o Link do vídeo que ele acha que é tipo o momento em que o Tokiya e a Taiga cantam juntos: ( https://www.youtube.com/watch?v=816yG4ngCuE)
E eu vou colocar aqui também o link do vídeo da música que a Rin cantou no Karaokê: (https://www.youtube.com/watch?v=rCY0em0vRaw)



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