-Soluço-

Mais uma vez eu estava fazendo dois trabalhos, sozinho, e com temas bem estranhos, prefiro fazer trabalho sem ninguém, do que fazer com aqueles preguiçosos que não fazem nada, eu não sou tão ingênuo quanto eles pensam.

Era feriado e a professora havia passado trabalho sobre coisas irreais, por mim não eram, eu acreditava em magia e coisas assim, mas... Nem todo mundo acredita nisso. Meu tema era só sobre dragões, mas como todo mundo sabe que eu faço trabalhos bons e ainda tinha sobrado um tema ela mandou pra mim. Poxa vida!

Estava indo na biblioteca para pesquisar algo sobre dragões, pois não gosto de pesquisar na internet sou mais pra livros, cheguei naquele lugar imundo e vazio e vi que nem a moça que manda a gente ficar quieto estava lá. OK!Fiquei com medo de ficar lá e fui para a outra biblioteca que tinha em minha cidade.

Chegando lá a única coisa que pensava sobre dragões era que são malvados e que eram como pragas pros vikings, mas talvez não fossem só isso, quem sabe algo de bom.Fiquei a tarde inteira com a cara enfiada nos livros e só fui olhar a hora quando era sete da noite.Meu santo Thor!

Cheguei em casa ás sete e meia igual a um cara gordo chegando de uma maratona, subi as escadas devagar e quando cheguei no corredor do segundo andar, algo bem pesado pousou em meu ombro, bem pesado, pesado de mais!Cai no chão de queixo e mordi minha língua

-ahhhh caramba!!-Gritei bem alto.

-Isso tá doendo, ai, ai, ai!-Continuei resmungando até meu pai Stoico dar um sinal de vida.

-É você Soluço?Tá tudo bem?

-Tá pai só mordi minha língua. – Eu disse enquanto mexia no lugar em que tinha mordido.

-Oras seja homem, meu filho!

Levantei do chão, afinal tinha que dar o endereço de uma nutricionista para esse... Hum, não sei o que tinha pousado em mim, não podia ser nenhum animal ou uma mão, porque geralmente as mãos ficam ligadas aos corpos, enfim olhei para a coisa e era uma coruja, bem bonita e bem gorda, bem gorda não muito. Se era uma coruja selvagem ela levava a melhor. Espera!!Como uma coruja entrou em casa, assim tão fácil e ainda decide pousar bem em mim que sou magro e pequeno e ela é grande e pesada. Vi que ela tinha um papel no bico, ou melhor, uma carta, peguei a carta e fiquei tão assustado que quase cai da escada.

Quando era pequeno havia visto em um livro esse “h” era um livro sobre magia e uma escola, que se eu me lembre o nome, era Hogwarts. Saí em direção ao quarto de meu pai, dando passos de elefante enquanto olhava aquele selo, pra ver se me lembrava de alguma coisa.

Quando cheguei ao meu destino, que era o quarto do meu pai, nem bati na porta, já fui entrando e pulando na cama dele. Ao pular meu pai deu um grito bem fino e alto e falei:

-Depois sou eu que tenho que ser homem!-Disse segurando o riso.

-Arghhh!-Meu pai disse enquanto fechava o punho. – desembucha, fala o que você quer!

-Eu recebi esta carta.

-Bom, já era hora de contar então aqui vai, sua mãe era uma bruxa, e quando ela te teve sabíamos que talvez, você também poderia ser e... Acho que estávamos corretos. -Ele disse enquanto olhava bem nos meus olhos.

-Nossa, e o que eu faço agora.

-Olha, seria bom se você lesse essa carta pra sabermos.

-Tá. –Respondi já abrindo a carta e lendo, quando terminei falei com meu pai sobre morar lá e ele aceitou de boa, mas falou que eu deveria sempre vir visita-lo.

Fiquei animado e saí correndo para arrumar minha mala.