Androids escrita por Stella Nogueira


Capítulo 5
Vem ou não?




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A pedra no meu pescoço começou a brilhar novamente.Parei na beira da estrada e escondi a moto na mini floresta que havia por ali.

Peguei o GPS. Indicava um andróide a 300m para o lado da florestinha.

Não havia ruído e nem sinais de nada. Entrei na floresta me orientando pelo GPS (esse GPS é o mais estranho, Pietro havia me falado que pelo visto ele era apenas para localizar andróides.). Depois de 200m bem caminhados o sinal sumiu. Segui pela direção que ele me indicava a alguns segundos. O silêncio era o dono do lugar, a não ser por animais.

Um garoto estava atirado na terra com as roupas rasgadas e sujas. Uma árvore jazia carbonizada a três metros de distancia dele, algumas partes dela ainda pegavam fogo.

Do corpo do garoto saiam minúsculos raios que percorriam suas mãos e eram absorvidos pela terra.

Fui em direção ao garoto; tirei a mochila dos ombros e peguei a garrafa d’água. O garoto parecia ter sido nocauteado por um urso pelo estado que ele estava. Limpei um pouco seu rosto sujo de terra e deixei um pouco de água escorrer para sua boca enquanto levantava sua cabeça com meu braço direito.

Deitei o garoto mais ajeitadamente e fui buscar algo para comer, juntamente com água.

As árvores ali eram altas e juntas, o que dificultava um pouco a locomoção.Achei algumas plantas comestíveis e escassas frutas.

Voltei e me sentei. Já ia comendo uma fruta avermelhada quando ouvi o garoto gemer, um sinal de vida pelo menos.

_Ããin! – dei uns passos mais pra perto com água.

Até que enfim acordou! Achei que ia ter que te colocar na garupa mesmo inconsciente! – ele já estava se sentando, uma de suas mão estava na cabeça.

_Quem é você? – me perguntou como se perguntasse as horas.

_Sou Louis. Um igual.

_Igual ao o que?

_Igual a você, um adróide.

_Um an o que?

_Andróide, uma espécie de máquina com aparência humana, mas com poderes e outras coisas mais. Mas no caso, nós não somos totalmente máquinas.

_Eu não sou um...am..adóide!

_É andróide! – o garoto surdo. Se eu aceitei de primeira por que ele não fazia isso?

_Ta, que seja. Eu não o sou.

_Aham. E o que é que você estava fazendo com raios percorrendo suas mãos enquanto estava desacordado?

_Eu não sei o que aconteceu.

_Você não se lembra?

_Gênio! Eu acabei de falar que eu não sei! Ou seja não lembro!

_Era pra confirmar. O que você lembra de ter feito antes de acordar aqui?

_Eu lembro que eu estava saindo da cidade com minha irmã adotiva, íamos pra casa de campo da minha tia que é perto da cidade então fomos a pé mesmo. Mas quando eu fiz isso deviam ser umas 5 da tarde.

_E agora são 5 da manhã. Mais alguma coisa?

_Am...acho que não.

_Você consegue fazer alguma coisa que mais ninguém consiga? E só você saiba disso?

_Você vai me achar um doido se eu lhe falar.

_Concerteza não. Eu sei fazer muitas coisas que muitos sequer sonham em fazer. – ele estava constrangido de falar qualquer coisa. Certamente com medo de eu manda-lo para um hospício.

_Eu...bem...quando eu estou com raiva ou com medo...eu consigo fazer com que eletricidade seja gerada pelo meu corpo, normalmente direcionadas na minha mão, aí eu faço o que quero com ela.

_Hum...gostei desse poder. O que mais? – raios, manipulação de energia, bem útil.

_Eu corro mais rápido eu qualquer um, mas deve ser por que sou meio magro. – ah! Magreza não dá velocidade, muito pelo contrário.

_Ah, concerteza não. Deve ser poder e você nunca chegou a usá-lo plenamente.

_Mas, como eu posso ser um... andóide? – falou calmamente com um toque de sarcasmo na voz.

_Ai meu Criador! É andróide! E você é sim. Tem um chip de localização. – Eeee! Palmas para Pietro! Ele me explicou por que o GPS só encontra andróides e como ele encontra, mas só quando seus poderes são usados ele consegue achar. – Eu só te achei por que eu tenho uma coisinha chamada GPS. – garoto descrente. Ele queria que eu fizesse o que?

_Eu não vou duvidar, só não acredito muito. Mas e daí eu ser um andóide? – nem falei mais nada dele falar errado.

_E daí que eu quero te fazer uma proposta.

_Que proposta? – o garoto era desconfiado.

_Ir comigo atrás dos outros andróides espalhados pelo mundo – fiz uma careta, eu mesmo não gostava da idéia – e me ajudar...

_E o que eu ganho com isso?

_Pelo menos uma camiseta nova concerteza. – olhei para as roupas dele, todas rasgadas e ri por um instante.

_AH! E uma camiseta é tããão difícil de se achar! – ele sabia ser irritante, Ian ia detestar ele se o conhecesse.

_Não, não é, mas tem outras vantagens, primeiro, você não vai ficar estirado na terra, segundo, você vai viajar pelo mundo comigo, terceiro e mais importante, é uma maneira de ter aventura na vida, ou você prefere ficar aí, nessa vidinha pacata e chata? – usei a palavra certa, ‘aventura’. Realmente um sentido na vida, viver para se ter aventuras. – E além do mais... eu posso te ajudar a controlar os poderes. Você disse que é só quando fica nervoso não? Eu posso te ajudar a usá-los quando quiser. – um sorriso, inseguro, mas ainda sim um sorriso, apareceu no rosto do garoto.

_Okay, você começa a me convencer...mas...e minha família? É adotiva, mas é minha família.

_Você decide, se eles forem realmente confiáveis, conte, se não, vamos embora agora.

_Eu mando uma carta. – aquele garoto era meio atrapalhado, totalmente bipolar, de uma hora pra outra ele mudava de humor, mais parecia uma mulher.

_Garoto, você é louco...

_Eu sei – deu um sorriso que daria inveja a um modelo de capa de revista, andróides são praticamente perfeitos. – A propósito...Qual seu nome? – Desliagaod uqe nem eu não existe! Nem nome eu perguntei, eu queria me enfiar na terra, vai se idiota assim lá no inferno!

_Loius...e o seu?

_Lucas.

_Beleza, vamos ou não vamos?

_Okay apressadinho, mas...por que o motivo de ser tão rápido assim?

_Perseguição..se bem que nem devem saber onde eu estou.

_Você ta sendo perseguido e ainda vem me chamar pra isso? – que isso! Ele is ser como um fugitivo o resto da vida se soubessem dele, eu estava era o ajudando!

_Olha aqui...eu to te ajudando, se você não vier eles também podem acabar contigo se te acharem falo? Então...vem ou não? – fui em direção a moto, perto da estrada com tudo na mochila, menos uma coisa, uma camiseta pro garoto que ainda estava na minha mão.


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Notas finais do capítulo

Eu nunca sei o que dizer nessa fic ;) UAHSaush

Alguém lê?? xD



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