Androids escrita por Stella Nogueira


Capítulo 3
Quem é esse cara?


Notas iniciais do capítulo

¬¬ Entãão..nem sei porque eu ainda posto os cap. ^^ Mas tudo bem...



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_Eu gosto muito de acampar, essa é a primeira vez que eu me perco. Na verdade eu só me perdi por causa dos animais, eles ficaram agitados ontem à noite. – melhorou, mas continuava fajuto.

__________________________

_Certo.

_E...o que você estão fazendo por aqui?

_Nós estamos voltando para casa, saímos em viajem à algumas semanas para subir na montanha e paramos por aqui para repor as energias ainda tem caminho pela frente. – assenti com a cabeça. Tinha coisas mais importantes para fazer. Mas era bom ter uma companhia. Comemos o peixe em silêncio. Alguns minutos se passaram até alguém falar alguma coisa, esse alguém foi eu:

_Você moram aonde?

_Na Aldeia de Ophalas.

_Pra que lado fica?

_Seguindo a sudeste. – apontou para a continuação do rio só que mais ao sul.

_Bem, agradeço a comida – me virei para o mais velho. – Eu posso ajudar em alguma coisa antes de ir embora?

_Se você conseguir fazer um gelo duma hora pra outra seria bom, já que o Adam está com um machucado roxíssimo na perna e eu gostaria de por o gelo, ele vai reclamar o tempo inteiro, mas nessa hora é difícil.– falou a garota num descaso – mas não precisamos de nada não. – ele não iam morrer se eu fizesse aquilo.

_Isso eu posso fazer. – me levantei e estendi a mão – tem algo em que eu possa congelar a água? – me entregou um copo que estava em sua enorme mochila.

Enchi o copo e voltei para perto deles, segurei o copo com uma mão e coloquei a outra mão por baixo, me concentrando na água por cima, em deixá-la congelada, nunca me concentrei tanto, eu acho. Não sabia se ia dar certo, mas tentar não iria fazer mal. Em segundos a água começou a congelar. O processo de congelamento total não durou mais que dois segundo.

A garota me olhou como se me aprovasse inteiramente. O Cris, o garoto rabugento me olhou como se eu fosse seu pior inimigo, já Adam expressou curiosidade. Mas não perguntou nada.

_Aí está. – ainda segurando o copo, agachei e estendi-o para ela.

_Você não congela a mão ou sei lá o que quando faz isso? – a garota me olhou curiosa quanto ao fato. Nunca tinha sentido nada, apesar de ser a segunda vez que me lembrava de fazer aquilo.

_Não, eu nem mesmo descobri como eu faço isso direito, e também faço outras coisas, o que não vem ao caso. – quando ela pegou o copo com água congelada da minha mão me levantei. – Obrigado por tudo. Agora tenho que ir. – abaixei a cabeça em sinal de cumprimento, virei as costas e segui para sul. Senti os olhos dos três nas minhas costas.

Aquele foi apenas o primeiro passo dos milhares da minha nova vida.

Durante duas semanas eu treinei lutas, meus poderes e aprendi coisas sobre os humanos. A minha noção sobre humanos era vaga e fraca.
Segui por mais alguns quilômetros alem da floresta, estava cansado do treino. Cheguei a uma pequena cidade. Lá encontrei um homem chamado Pietro. Ele era um dos humanos que estavam na lista que recebi da mulher na base do projeto Beta. Com a ajuda dele eu consegui ficar dois meses naquela cidadezinha trabalhando e aprendendo mais sobre os humanos.

Um fato que eu parei de ligar era de como as pessoas vinham para perto de mim sem eu nem mesmo chamar ou saber seu nome. Simplesmente apareciam. Mas não mantive contato, preferia ficar longe deles. Era melhor assim.

Até aquele momento eu não sabia nem como nem por onde começar a minha busca. Não até aquele momento.

Acordei no meio da noite suando com a pedra negra pulsando e brilhando por cima da camiseta.

Era a hora de começar a vida, começar de verdade.


Adquiri conhecimentos e gostos dos humanos. Aprendi a tocar um instrumento musical e a cantar. Pietro disse que seria uma boa eu começar com shows em barzinhos para arrecadar dinheiro. Assim eu fui embora. Eu fazia os shows em vários lugares e viajava de ônibus.

 


Toquei os últimos acordes da música e desci do pequeno palco após os aplausos do público. Aquilo me soava estranho ainda. Aplausos.

_Ei! – uma garota me chamou.

_Eu?!

_Um cara me pediu para te entregar isso. – ela me estendeu um pequeno pedaço de papel com um endereço.

_Am...OK. – ela tinha uma expressão de que esperava que eu falasse qualquer outra coisa e não só OK. Mas logo ela desisitu.

_Até. – limitei-me a balançar a cabeça enquanto ela ia embora.

_Quem será esse cara? – murmurei apenas para mim. Me dirigi ao escritório do dono do bar, recebi meu cachê e fui embora após recusar fazer mais um show. Eu tinha ficado dois dias já naquela cidade e nada do andróide. O GPS especial (Pietro me ensinou o que era e como usar) dizia que eu estava perto, mas eu não sabia o quanto era esse perto.

Fui direto para a casa do cara depois das coordenadas que pedi ao dono do bar. Não me preocupava se ele ia me machucar ou não, eu estava melhorando cada dia mais quanto aos meu poderes, foi difícil no começo, mas eu agora sabia o que eles faziam e como também, mas só na teoria, na prática eu ainda era medíocre.

Fui andando pela rua totalmente despreocupado, cheguei a uma mansão gigantesca, bem..todas as mansões são gigantescas.

_Olá senhor Louis... – o mordomo começou e parou com cara de interrogação.

_Louis Bouvié. – foi o sobrenome que escolhi.

_O Sr. Whitestone o espera. – adentrei o recinto com um gosto amargo na boca. Aquilo poderia me causar problemas. O mordomo me guiou até a biblioteca da casa quase mansão.

_Olá Louis!

_Olá senhor Whitestone.

_Me chame de Ian.

_Certo...Ian.

_Sente-se, eu não quero que meu hóspede fique em pé durante nossa conversa não? – fiz a vontade dele.

_Obrigado – murmurei.

_Aceita alguma coisa? Café, chá, água, suco?

_Apenas uma água. – conversar com um caroço na garganta não era bom. Esse cara me dava arrepios. O mordomo logo apareceu com a água.

_Vamos direto ao assunto. Eu sei o que você é e qual o propósito para o qual você foi criado e também sei do que você está atrás. – não me admirava muito ele saber, um cara rico, poderoso, facilmente saberia(era só ter relações com o governo e pronto), mas não falaria com toda essa tranqüilidade. E muito menos em tão pouco tempo, tão, como dizem os humanos, na lata. Fiquei imóvel e com uma expressão impassível, indiferente.

_Ótimo, e? – dei um gole na água.

_E que eu quero te ajudar. – por um instante eu vi a mais pura ganância e arrogância passar pelo seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Oo



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