The Beauty in Darkness escrita por BTrancafiada, Lúcia Hill


Capítulo 2
Capítulo - L'arrivo al Castello di Argon




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/428918/chapter/2

Era o primeiro dia da primavera, as relvas rasteiras começavam a tornar sua coloração antiga, anunciando o fim de mais um inverno. Os pequenos passarinhos começaram suas cantorias costumeiras de primavera, uma ótima estação. Mas não para o Duque de Argon, Dimitri caminhou com passos lentos na direção da imensa janela esculpida no melhor mogno de toda a província, abriu uma pequena fresta por entre a grossa cortina de seda.

-Maldita primavera. - esbravejou.

Seus olhos azuis percorriam toda a dimensão de sua propriedade até onde alcançava, soltou um longo suspiro. Ainda se lembrava daquela maldita noite, aqueles olhos marcantes, faziam seus ossos trepidarem. O som de algo chamou-lhe a atenção, o Duque franziu o cenho, um tanto curioso, pois não estava a espera de uma visita, nunca recebera ninguém desde daquela época.

Não era alguém de tanta importância, pois a carroça era velha e estava em mau estado de conversação, respirou fundo.

Uma mulher descera da carroça, retirou seu chapéu, ela ergueu a cabeça para analisar o ambiente, parecia-lhe uma jovem, talvez adolescente. Assim que os olhos dela se fixaram onde ele estava parado espiando, ele desapareceu.

A jovem tinha um rosto corado pela ansiedade, trajava um vestido de verão amarelo, com corpete justo e saia rodada,usava sandálias de tiras surradas pelo tempo.

- Katherina. - vibrou de felicidade a velha moura no topo da escadaria.

A jovem retribuiu com um largo sorriso, ambas correram para um encontro caloroso.

- Minha querida tia-avó, quanta saudades. - disse a jovem.

Miranda afastou-a do abraço apertado para analisaro quanto a jovem havia crescido, os anos estavam passando com tamanha rapidez que as vezes perdia a noção do tempo.

- Olhe como esta crescida, até parece uma mulher feita. - disse de forma afável.

A jovem de cabelos aloirados esvoaçantesfez uma pequena caricia no rosto cansado de Miranda.

- Ora minha tia, já tenho meus 17 anos. - disse empolgada.

Miranda sorriu de forma amigável.

- Me perdoe por não ter estado do seu lado na partida de sua mãe. - disse com os olhos inundados. - Pois o Duque, há anos vivetrancafiado dentro daquele quarto.

Katherina afagou os cabelos já esbranquiçados pelo tempo, em forma de carinho.

- Não tem que se preocupar, a partida de minha querida mãe foitranqüila. - disse - Até parecia um passarinho em repouso. Não há oque se preocupar.

Sem questionar, a velha moura solicitou que um dos empregados do castelo carregasse as duas únicas malas de sua sobrinha, ambas caminharam na direção central do lugar.

- É imenso e tão lindo. - disse Katherina deslumbrada com o castelo.

Miranda concordou, era de se admirar o quanto aquele lugar era divino, mas nunca tivera tempo para analisar. Ambas caminharam na direção da cozinha. A moura havia preparado a mesa de cafématinal, Katherina ficou maravilhada com a quantidade de comida, pois todos esses anos sempre vivera com apenas o necessário para sobreviver.

- Sente-se e fique a vontade. - disse Miranda.

A jovem não esperou a segunda ordem, em questão de minutos saciou sua fome, mas sempre agia com educação, nada de parecer uma esfomeada.

- Minha tia, me fale sobre esse Duque. Quando irei conhecê-lo? - quis saber.

Miranda terminou de solver seu café.

- O Duque de Argon é reservado, quase nunca o vemos. - disse colocando a xícara sobre a mesa - Ele prefere fazer seus afazeres no período noturno, pois o silêncio lhe parece prazeroso.

A jovem franziu o cenho,logicamente já havia ouvido falar sobre a tal maldição que rondava do castelo de Argon, sobre a floresta sombria de Baltimore que ficava nos fundos da imensa propriedade.

- A senhora acredita no que os aldeões dizem sobre ele?

Miranda arregalou os olhos.

- Isso é coisa de pessoas que não tem o que fazer, o Duque é um bom homem e jamais iria se envolver com coisas pagãs.

Katherina observou atenta aquelas palavras.

- E por que prefere a noite do ao dia?Tem algo de errado nisso minha tia. Aliás, creio que ele me viu chegar, pois tinha alguém me observando por entre uma cortina. - disse.

A velha moura pegou as xícaras e os pratos para limpar a mesa.

- Largue de ser boba, já lhe disse que o Duque é reservado.

Ela observava atenta a reação de sua tia-avó, parecia um tanto quanto nervosa. Não poderia julgar ela, pois praticamente criara o Duque e logoo iria defender.

- Ele é bonito? - perguntou entusiasmada.

Miranda virou-se na direção de Katherina com um olhar reprovador, deixando claro que não estava gostando do rumo daquela prosa. Pois ela fora a única ver o Duque depois daquela maldita noite, rezava toda noite para sua santa de confiança para que o fizesse retornar a ser o que era antes.

- Já mandei parar com essas conversas fiadas, nem tudo que as pessoas falam é verdade. - disse.

Katherina arregalou os olhos, mas Miranda continuou a falar.

- Ele é um homem cristão e honesto, trabalhei a minha vida toda para essa família e acho um insulto o que esses aldeões estão fazendo caluniando-o dessa forma cruel. - disse.

Ela parecia descontrolada, a jovem levantou-se e caminhou na direção de sua tia, repousou a mão sobre o braço dela, deixando obvio que não iria, mas incomodá-la com aquelas perguntas.

- Fique calma, não quis te chatear com minhas perguntas. - disse.

Miranda cobriu o rosto com ambas as mãos.

- Desculpe acabei me exaltando. - disse a velha moura.

Não era de se esperar vê-la daquela forma, pois todos sabiam o quanto o Duque a tratava de forma ríspida e grosseira. Mas a jovem revolveu respeitar aquela decisão. Ela abraçou a de forma carinhosa,olhou ao redor, à procura do jarro de açúcar para preparar algo que acalmasse sua tia.

Rapidamente a jovem estendeu o copo com água e açúcar na direção de Miranda. Sem questionar a anciã sorveu o líquido em silencio, sentia seus nervosos a flor da pele.

- Vou pedir para um dos criados que me acompanhe em uma caminhada matinal por entre a propriedade. - disse a loura - Mas logo que terminar de arrumar meus pertences.

Miranda mostrou-lhe um sorriso ameno.

-Fique descansada, retornarei cedo para ajudarnos afazeres. - finalizou a jovem com um largo sorriso.

Sabia que não poderia viver de graça na casa de alguém que mal conhecia. Depositou um beijo a face de sua tia antes de sair para explorar o ambiente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Boa Leitura!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Beauty in Darkness" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.