The Beauty in Darkness escrita por BTrancafiada, Lúcia Hill


Capítulo 3
Capítulo - There Will be no Stones in My Way




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Depois que a jovem fora para seu novo quarto terminar de ajeitar suas roupas, concluiu que trabalhar ali não seria tão ruim. Aquele castelo era imenso, nunca tinha adentrado a igual aquele em toda sua vida,surpreendera ao saber que tudo aquilo pertencia ao Duque de Argon, inclusive o vilarejo de Baltimore.

Estava ali por causa da morte de sua mãe, e a única parenta viva era sua tia-avó que já estava de idade e precisava ajudá-la nos afazeres domésticos do castelo.

Abriu a porta de seu quarto e correu para a janela, precisava admirar a bela paisagem que se estendia por toda a relva que aos poucos era tomada pelo crepúsculo. Podia se ver todo o vilarejo, as casas dos mais afortunados eram as maiores, os comércios cheios de cores e as humildes casas dos camponeses ao longe. Se apertasse bem os olhos, antes da floresta que protegia o Vilarejo, era possível ver o portão da cidade.

Curvou-se sobre a janela para poder ver a tia colher os damascos frescos e se assustou ao ouvir uma sombra sobre sua cabeça.

Virou-se rapidamente para ver o que era. Era o Duque.

Ao olhar para baixo o Duque conseguiu ver a sobrinha da Miranda que ele considerava mãe de criação e se escondeu entre as cortinas.

- Droga! - esbravejou.

Outra vez quase deixara que aquela moleca visse o visse. Nem sabia por que estava indo na janela toda hora, odiava aquela estação. Teria que tomar mais cuidado já que ela estaria no andar de baixo e logo embaixo de seu aposento.

"Por que escolhi este quarto?" pensou. Quando a velha governanta perguntou onde sua sobrinha dormiria, ele não pensou duas vezes e dissera que seria naquele aposento. Não era de se importar com a criadagem, mas sentira se um tanto curioso a respeito da jovem, já que a maior parte de seus serviçais era de idades avançada.

Preferiu que ocupasse o quarto do andar abaixo, pois não desejava ser incomodado em seu aposento, não precisava de companhia quando tinha a si próprio.

A bela loura deixou um sorriso escapar ao ver a Lua em sua janela, não porque ela estava bonita - porque estava -, mas sim porque isso significava que o jantar já estaria pronto e seria ela quem o serviria.

Veria o Duque e não só sua barba loura, sim ele tinha barba, conseguiu ver os fios dourados antes de ele fugir pela segunda vez.

"Adoro barba!", pensou.

Um sorriso brincalhão percorreu seus delicados lábios.

Não poderia, mas perder seu valioso tempo ali parada, rapidamente se arrumou e desceu na direção da cozinha onde sua tia estaria a sua espera, enfim Miranda terminara de ajeitar os aperitivos do Duque sobre a Bandeja de prata.

Fez uma prece rápida enquanto subia a escada segurando a bandeja acompanhada da tia. A tia entrou primeiro e ela ficou parada esperando uma resposta. Quando a tia voltou estava com uma expressão de pena no rosto.

- Ele não quer ser servido por você. - anunciou.

Lágrimas brotaram no rosto da menina rejeitada e suas mãos tremeram conseqüentemente a jarra caiu. Fugiu não queria ser humilhada mais uma vez.

Miranda ficou paralisada apenas observando a jovem sobrinha desaparecer no imenso corredor. Sabia que o Duque não iria aprovar a entrada da jovem, mas mesmo assim encorajou Kathe a subir com ela.

A velha governanta sabia sobre as precauções que o Duque tanto tomava para não ser visto.

Sem delongas Miranda terminara de recolher a bandeja e os talheres, antes que pudesse sair do aposento, ouviu a voz do Duque.

- Permiti a vinda de sua sobrinha, mas não quero que ela fique zanzando pelo castelo. - grunhiu.

Miranda baixou os olhos em sinal de respeito. O Duque estava de costa para ela, parecia admirar a bela Lua de primavera, como sempre com suas vestes sombrias.

- Peço que me perdoe, foi apenas um devaneio de minha parte não ira acontecer novamente. - disse.

Nada fora dito, apenas o som dos pequenos grilos ecoavam por todo o aposento. Miranda entendera que já era hora de deixá-lo descansar. Ela sentiu uma onda de calor nas bochechas.Miranda se afastou um pouco. Mostrou um tímido sorriso e fechou a porta atrás de si.

Miranda caminhou na direção da cozinha, mas sua mente ainda pairava sobre sua jovem sobrinha, aquele olhar de decepção a incomodava. Depositou a bandeja sobre a pia, precisava conversar com Kathe antes que fosse tarde da noite. Caminhou com passos lentos na direção do aposento da jovem. Bateu na porta para anunciar que estava ali e precisava conversar. Ao abrir a porta devagar para que não fizesse nem um ruído. Então se afastou do feixe de luz, aproximando-se da cama. Com supremo cuidado, ela parecia dormir, mas ao chegar perto pode notar que a loura se desmanchava em lagrimas.

- Minha querida, não se aborreça por isso. - disse fazendo um pequeno gesto de carinho sobre o braço de Kathe. - O Duque esta passando por uma fase ruim.

A jovem se mexeu sobre a macia cama, virou se na direção de Miranda e a encarou.

- Por que ele fora tão rude daquela forma, não fiz nada de errado. - sussurrou.

Miranda sabia, mas não poderia deixá-la adentrar ao aposento do Duque. Ela acariciou o rosto de Kathe.

- Aquiete seu coração, todos passaram por momentos ruins. Talvez não fora má intenção, apenas deseja descansar. - justificou.

Kathe mostrou lhe um sorriso ameno, não entendera quais fôramos motivos, mas tinha que os respeitar.

-Tudo bem. - disse.

A governanta beijou lhe a testa antes de deixá-la a sós com seus pensamentos. Sem delongas um pequeno alivio surgiu dentro do peito, mas a imagem daquele homem que a espiara naquela manhã, estava fazendo imaginar coisas.

- Gosto de homens com barba. - murmurou.

A janela estava aberta e a vista da enorme Lua clareava quase toda a dimensão do aposento da jovem, que aos poucos fora adormecendo. Dizem que a curiosidade é algo que nos faz ir além das barreiras da normalidade, descobrir novos mundos, imaginar.

Kathe abraçou o macio travesseiro como se estivesse em belos sonhos de primavera.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!



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