The Beauty in Darkness escrita por BTrancafiada, Lúcia Hill


Capítulo 1
Capítulo - The Beginning of the End of his Life


Notas iniciais do capítulo

Sua arrogância se tornou em uma ancora que ira levá-lo ao fundo, Milorde!



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Assim que as cigarras começaram a cantar a feiticeira se preparou, vestiu a capa negra e pegou a cesta cheia de poções e alimentos naturais para a maldição se concluir.

Desceu a enorme escada da masmorra, os pés quase sem tocar os degraus sujos, usado às vezes como cama para ratos e outros animais dormirem.

Adentrou na floresta escura e úmida de Baltimore. Seus pelos se arrepiando quando o vento chegava avassaladoramente, as cobras subindo nas árvores e preparadas para atacar à qualquer momento e as corujas capturando todos os movimentos da velha feiticeira com seus enormes olhos castanhos.

Ela chegou à cidade cansada e trêmula de frio, cortou caminho por entre as altas arvores e avistou de longe com significativa dificuldade a bandeira ostentando o brasão da família Argon sobre a torre maior do castelo.

Por trás das enormes paredes do castelo morava o talvez último homem da maldição. Frio e sombrio, dava medo em todos os moradores do vilarejo.

Bateu no enorme portão e esperou. Depois de três batidas a moura mais antiga do castelo, Miranda, veio atendê-la.

Arfando, a feiticeira examinou a senhora à sua frente, ela usava um vestido preto brevemente escondido por um avental branco.

– Boa noite! – cumprimentou-a. – Desejo falar com Duque de Argon, apenas.

Os olhos das senhoras se cruzaram e depois de um longo momento a moura permitiu a entrada daquela mulher de vestes sombrias e surradas pelo efeito do tempo.

– Vá por ali, segunda porta! – orientou a velha moura.

Lentamente a feiticeira caminhou em direção a enorme biblioteca. Assim que bateu na porta, avisando de sua presença no ambiente, o jovem rapaz largou os papeis que segurava e ergueu os olhos na direção da porta.

– Oh, não! – esbravejou ao ver a velha. – A senhora de novo, mas afinal o que tanto deseja? – vociferou.

O tom de sua voz era descontente, por outro lado a velha feiticeira de olhos castanhos sentia que sua presença naquele lugar não era bem vinda. Conhecia os motivos, mas os ignorava.

– Abrigo. – respondeu com sortirdes.

Ele arregalou os olhos confuso, como assim ela queria um Abrigo? Impossível.

– Abrigo? - repetiu em forma de deboche. – Nunca irei abrigar uma esfarrapada igual a você!

Os olhos castanhos daquela velha mulher pareciam conter um enigma aterrador e sombrio.

– Tem certeza? – perguntou.

Argon parecia confiante em suas palavras, esquecendo-se do que fizera no passado, com ajuda daquela anciã, a que acabara de insultar de forma tão vil.

– Absoluta.

Afirmou confiante em suas palavras, como aquela velha pode ousar pisar em seu belo jardim e adentrar em seu mundo particular?

A velha jogou a cesta na mesa e amassou os vegetais em sua mão. Retirou a capa e foi em direção ao homem, chegou bem perto dele e então, foi se curvando até ficar abaixada.

– Pelo poder da grande mãe natureza, pelos animais e as plantas e por todos meus antepassados e as gerações do por vir. Você será castigado por sua arrogância, homem sem coração e cheio de maldade! - proferiu aquelas palavras confusas.

Levou a mão até o rosto do homem fazendo com que a sua face se esquentasse. Deixando o completamente confuso e atordoado.

– Apenas o amor verdadeiro irá te libertar. - disse com um brilho sombrio nos olhos

Segurou a capa e a vestiu sumindo porta a fora, deixando o atordoado. Em questão de segundos a moura adentrou na biblioteca, depois de ouvirem ruídos estranhos.

– Oh, céus! – disse aterrorizada.

Ele caminhou na direção da porta, esbarrando na velha empregada do castelo, subiu os degraus com tamanha pressa, ignorando a expressão de espanto da moura. Mas antes virou se na direção do salão central, observou-a.

– O que houve com seu rosto, milorde? – insistiu a moura inerte e apavorada.

O duque girou sobre os calcanhares e seguiu na direção de seu quarto, precisava pensar com calma antes que mandasse fazer algo de sortido com aquela mulher maluca que ousara lançar-lhe uma maldição. Como ela ousou tocá-lo, na sua face? Então, sozinho em seu quarto ele acendeu a luz e lavou o rosto.

Enquanto secava o cabelo com uma toalha de pano italiano, levantou a cabeça e se olhou no espelho.

O que houve com seu rosto?”, “Apenas o amor verdadeiro te salvará”, aquelas lembranças lhe causavam medo agora.

Um berro de pavor quase se escapou da garganta do Duque de Argon, mas foi abafado pelo medo de obter resposta da pergunta da governanta.


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!