Vidas Em Guerra - O Falcão e o Lobo escrita por A Granger


Capítulo 22
Capítulo 22 – Falcões – Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Vou trazer o próximo o mais rápido q puder, e sinto mt pela demora



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...Dois anos depois...

POV Narradora

– Como andam as coisas?? – pergunta o ruivo sentado com as costas contra uma árvore enquanto a garota de olhos cinzas se dependurava de cabeça para baixo em um dos galhos da mesma.

– Você me pergunta isso todo dia Rendon – resmunga a menina com um meio sorriso – Estão indo, mas o vovô ainda não quer colocar uma espada de verdade nas minhas mãos, nem permite que eu faça os duelos. E com você?

– Meus treinos com o Mestre Eliot vão bem, mas ainda não estou nem perto do que queria – Rendon faz uma pausa encarando o chão – Sabe Aria.....eu...estive pensando muito esses dias. As coisas no conselho andam complicadas pra minha mãe, mesmo com seu avô ajudando e eu pareço um espectador inútil em certos momentos – ele faz outra pausa enquanto assiste Aria se balançar até voltar a estar sentada sobre o galho – Eu tenho quase 15 anos, mas já faz um bom tempo que não confio mais no que os Lordes do conselho falam......Aria eu ando pensando que não quero esperar até os 18 anos pra assumir o trono.....

– Vai exigir a coroação antecipada – diz a voz de Aria antes de Rendon poder completar, logo em seguida ela pula da arvore caindo de pé em frente ao garoto – Quando fizer 15 anos.

– Como sabe?? – ele pergunta confuso.

– Eu já lia as leis do Reino né seu bobão – fala ela rolando os olhos e se sentando ao lado dele – Tem um caso, em que o príncipe pode exigir ser coroado aos 15 anos caso não haja ninguém com grau de sangue suficiente para ser o Regente até o herdeiro legítimo completar 18. Sua mãe é sua mãe, mas não é uma GrayWolf de nascença, então você se encaixa nesse quadro.

– É....é isso mesmo – murmura o rapaz olhando para cima – Mas você parece que já sabia que eu andava pensando nisso.

– Você fala do quanto acha os Lordes do conselho estúpidos e idiotas e do quanto eles acham que podem mandar nas coisas passando por cima da sua mãe só porque ela é mulher e regente sempre que volta de uma das reuniões – diz Aria suspirando – E eu te conheço, não foi nada difícil imaginar que isso já passava pela sua cabeça.

– É...você me conhece mesmo. Mas e o que acha disso? – ele pergunta receoso da resposta da amiga.

– Acho que você tem muita coragem – diz ela virando o rosto para encará-lo – E que é inteligente o bastante pra tomar uma decisão importante dessas sem opiniões de terceiros.

– A sua opinião é importante – insiste ele encarando-a de forma insistente.

– Minha opinião é irrelevante Rendon – fala ela sorrindo e se levantando – Eu te conheço; sei quem você é e o tipo de pessoa que você é Rendon. E o mais importante: eu confio em você Rend – ela fala dando de ombros – Se você se sente pronto pra isso eu confio que esteja certo.

– Sabe, eu também confio muito em você – Rendon responde sorrindo animado – E se quer saber a minha opinião, não entendo o porque eu avô ainda não te deixa treinar com armas de verdade. Você já deve ser melhor que a grande maioria dos alunos dele – afirma o garoto ficando realmente pensativo com os motivos de Eliot.

– Ele já está começando a ser irritante – resmunga Aria se sentando de novo ao lado dele – “Você tem que se descobrir antes de descobrir as armas”. Raiva! Já cansei de ouvir isso e ele continua a repetir – ela diz frustrada apoiando o queixo nos joelhos – O que me irrita é que eu não tenho ideia de como fazer isso que ele quer.

– Talvez você esteja se esforçando demais – diz Rendon tentando acalmar a garota – Talvez tudo o que tenha que fazer é parar de pensar no que tem que descobrir em si mesma e simplesmente deixar a descoberta ser exatamente isso: uma descoberta.

– Filosofia agora não Rendon – disse Aria se levantando, mas com um mínimo sorriso – Vamos voltar logo que ainda temos muito o que fazer até o sol se pôr – ela diz fazendo o amigo se levantar, então Aria olha para o garoto e diz com um suspiro – Saudade da época em que nossa diferença de altura não passava dos cinco dedos ao invés de chegar aos quase 15.

– Bom, baixinha – diz Rendon levando um soco no ombro bem dolorido, mas que só fez o garoto rir – Eu estou ficando mais alto do que imaginava, minha mãe acha que terei a altura do meu pai, mas você; bom, provavelmente ainda vai crescer – ele completa fazendo os dois rirem.

Quando os dois iam saindo debaixo das arvores para cruzar a pequena clareira que havia no bosque algo chama a atenção de Rendon que para olhando para cima. O garoto para de caminhar fazendo Aria dar três passos antes de notar a parada do amigo.

– O que houve? – pergunta Aria olhando para cima tentando ver o que Rendon estava olhando.

– Olha aquilo – diz ele apontando para dois pontos escuros se movendo no céu a uma altura enorme.

Aria olha para onde o amigo apontava e estreita os olhos forçando a visão, então se assusta e se impressiona.

– São falcões Rendon – diz ela impressionada – São dois falcões, mas......

Antes que ela conseguisse terminar de expressão sua confusão com a cena dos falcões perseguindo um ao outro o que vinha à frente, sendo perseguido, recebeu um golpe das garras do outro, que era bem maior, e começou a cair numa espiral. Aria e Rendon assistem à cena com expressões assustadas ao notarem que o falcão menor caia em direção a muralha do castelo. No ultimo instante, no entanto, o animal pareceu conseguir desdobrar as asas e reduzir a velocidade desviando da muralha, mas caindo na direção da clareira.

Os dois assistem a tudo com as bocas entreabertas de surpresa. Então o falcão atinge o chão em frente a maior arvore na borda da clareira do lado oposto ao que os dois estavam e Aria nota algo. O falcão gira de propósito o próprio corpo para acertar as costas no chão enquanto protege um pequeno emaranhado de penas em suas garras. Era um filhote, mas antes que Aria corresse para ir até os pássaros Rendon toca o ombro dela apontando o céu com a outra mão. O outro falcão, quase duas vezes maior que o que havia caído, sobrevoava a área descendo em círculos cada vez menores.

– Fica aqui! – ordena Aria correndo na direção dos pássaros caídos.

– O que??? – fala Rendon tentando pará-la – Tá maluca garota!!!

– Fica aí!!! – briga Aria empurrando o rapaz para trás e disparando na direção dos animais caídos.

Ao se aproximar dela o falcão adulto fez um som agudo seguido de um bater de bico demonstrando irritação. Mas Aria percebe o quanto a ave estava machucada e se aproxima mesmo assim. Com um rápido olhar para cima ela nota o falcão maior circulando a área como se avaliando o que faria a seguir, isso faz Aria se apressar e se ajoelhar a poucos centímetros da ave caída que demonstra com sons seu descontentamento.

O falcão era de uma cor marrom e relativamente pequeno com pequenas manchas pretas em pontos nas penas; o filhote ainda tinha uma cor acinzentada intercalada com penas brancas, mostrando o quanto era jovem. Mas ela não pode apreciar a beleza da ave, o outro falcão soltou pios de irritação e cansou de esperar. Aria se ergueu e mantendo-se em frente aos pássaros caídos a tempo de ver o ponto negro descer em velocidade imensa na direção dela.


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