Affectum Serpentis escrita por Lady Holmes


Capítulo 19
So it’s xmas!


Notas iniciais do capítulo

Vocês tem toda a razão em querer me matar. Sério, eu deixo. O que aconteceu foi que fiquei sem criatividade (e tempo) esses últimos dias. Queria que o encontro entre Tom e os gêmeos fosse perfeito. E entre Harry e Tom também. E entre Amy e Tom. Eu estava querendo que o capitulo fosse aqueles bem melosos que grudam as coisas, sem problemas, apenas sorrisos. E eu não sou muito boa com isso. Então espero que tenha ficando, pelo menos, um mais ou menos okay? XO

ps: escrevi uma one esses dias. Algo meigo e apenas de romance. COISA QUE EU NUNCA FAÇO. Então minhas lindas leitoras, em prol de ajudar sua escritora a continuar se aventurando em gêneros que eu nunca me aventuro, peço que leiam e deixem o veredito de vocês nos comentários.
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MUITO OBRIGADA!!



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A Toca inteira acordou com o grito de Tom. Quando os outros começaram a chegar, Riddle já estava abraçado em Amelia e Marcus parecia estar na fila.

Amy abraçou o moreno com força, feliz por vê-lo ali. E sentiu que mais pares de olhos estavam lhe encarando do que o normal. Afastou o namorado para ver Marcus e não pode deixar de abrir um sorriso maior ainda ao ver o avô parado ali, com um sorriso bobo. Depois de abraçar os dois viajantes, olhou para o lado e viu toda a família Weasley juntamente de Mione e Harry, apertados no quarto dos gêmeos.

– Não vão me dizer, - Amy começou - que vocês dois ficaram preocupados comigo! Eu peguei vocês! - Amy disse rindo, fazendo piada de tudo que havia acontecido.

– Vamos deixar você vencer dessa vez loira. - Disse Fred, abraçando a melhor amiga.

– Mas não se acostume com isso Gillian. - George também a abraçou.

Depois disso veio Sr. e Sra. Weasleys que estavam com presa em avisar Dumbledore e Minerva e saíram sem mesmo alguém perceber, Ginny que se sentou um pouco afastada, bocejando. Ron que não pode deixar de fazer algum comentário desnecessário, Mione que fez questão de mencionar o quanto ela sentiu falta da amiga e Harry que a abraçou com força e por último.

– Eu não sei o que faria se perdesse mais alguém que eu acabei de encontrar.

Amy, claro, se lembrava de Sirius. Era uma trágica história na realidade. Extremamente trágica. E Amy entendia o que Harry queria dizer. Havia deixado Marcus para trás também. A diferença é que sabia que o avô estava vivo e bem naquele tempo. Harry nem esse consolo conseguia ter.

– Você não vai se livrar tão cedo primo. - Harry não pode deixar de abrir um sorriso e então olhou para Tom. Ele estava pacientemente ao lado de Amelia. Parecia esperar que o grupo terminasse de dizer olá para que ele pudesse ter uma conversa séria com a garota. Por isso, Harry se separou da amiga e puxou Ron pelo colarinho do pijama, dizendo um “boa noite” animado. Mione fez o mesmo com os gêmeos, com a ajuda de Ginny e Marcus não precisou entender a deixa, apenas aparatou, só Merlin sabia para onde.

– Tom... - A voz de Amy era fraca e infantil. O princípio de um choro de criança. - Eu... - Mas ela não teve oportunidade alguma para falar. Quando Tom percebeu que a porta havia sido fechada de uma vez, puxou a loira para perto de si, sentido a respiração de em seu rosto. Feliz por ver seus olhos brilhando, por escutá-la falando. Então delicadamente ele encostou seus lábios sob os dela. E por um tempo o casal ficou apenas assim. Em um longo selinho, sentindo o prazer de ter o outro ali ao seu lado.

Porém em algum momento aquilo não foi mais suficiente. E Amelia abriu os lábios, puxando com o braço direito Riddle para mais perto, aprofundando o beijo com prazer. E o Sonserino não lhe deixou a desejar, colocando-se sobre a garota, beijando-a apaixonadamente.

Uma hora se passou sem mais palavras. Apenas os beijos e toques apaixonados do casal. Mas uma vez que o choque repentino de ambos acabou, estava na hora de uma conversa séria. Não era apenas Amelia que tinha perguntas. Tom conseguia pensar em um livro de perguntas. Toneladas delas.

– Se você não se importar. - Gillian começou, - eu gostaria de ir um pouco para fora.

– Amy você acabou de acordar! E deve estar congelante lá fora. Não pode querer, em sã consciência...

– Tom. - A garota não precisou dizer mais nada, o rosto o fazia. Ela não queria desculpas. Ela precisava sentir o vento na pele e ele poderia ficar horas citando possíveis motivos contra isso, ela ainda iria ir.

– Você é a bruxa mais teimosa que conheci em toda minha vida Amelia Gillian. - Amy sorriu, vestindo um casaco pesado e colocando pantufas grossas.

– E você é o mais perigoso bruxo que conheci em toda minha vida, misterioso Tom.– Riddle estava colocando roupas para sair também e soltou uma risada ao escutar o velho apelido.

O casal buscou sair no maior silêncio que conseguiu, indo em direção a gélida madrugada que era do dia 25 de dezembro. Amy caminhou para a grama sem tirar os olhos das estrelas. E sorriu. Não pode deixar de sorrir. Ele estava ali com ela. Não em anos de distância. E era impossível negar o quanto seu coração se enchia de felicidade por esse simples motivo.

Houve um minuto de silêncio constrangedor até que Amelia tirasse o olhar das estrelas e colocasse em Riddle.

– Não consegui manter meu olhar longe delas desde que voltei. Não conseguia tirar minha mente de você também.

Tom Riddle estava um pouco atrás, mais perto da porta da Toca.

– Eu não tenho palavras Amy. Eu pequei com você. Eu errei. Eu desejava tanto saber a verdade que não me importei como eu faria. E por isso eu admito: fui eu o culpado da noite do duelo. Não Callidora e mais ninguém, apenas eu. Mas isso foi antes! Antes de eu conhecê-la, antes de me apaixonar por você. Ou depois. Ou entre. Isso ainda está meio borrado. - Ele abriu um sorriso fraco com a piada que tentara fazer.

– Eu não vou dizer que agora que você está aqui eu vou confiar cem por cento em você Tom. Mas apenas por escolher vir ao futuro me encontrar você já provou que mudou. Que eu fiz alguma coisa. Que eu te salvei, seja apenas um pouco. E eu... Eu não acredito que vou dizer isso em voz alta: mas eu não consigo ver minha vida sem você. Não estou dizendo que está perdoado, totalmente perdoado. Eu estou dizendo que você tem uma segunda chance. Não a desperdice.

Tom sorriu. Amelia Gillian era assim. Ela era teimosa e a dona da razão, não importando em que tempo eles estavam. E ela a amava por isso.

– Acha que consegue fazer isso Riddle?

– É eu acho que consigo trabalhar nesses termos. - E a puxou para um beijo ali mesmo, no frio.

O beijo demorou a terminar e Tom apenas se afastou de Amelia porque sabia que aquele frio não a faria bem.

– Para dentro senhorita Gillian! Ou vai acabar com uma gripe. - Amelia deu uma gargalhada e entrou abraçada de Tom.

Na sala, esperando que o casal entrasse, estava Fred e George. Quando a loira e o moreno entraram eles se colocaram em pé, em uma sincronia perfeita, como pais que esperam a preciosa filha entrar após um encontro.

– Eu acredito que - Fred começou.

– Você ainda não nos apresentou oficialmente Amelia. - George terminou. Eles faziam isso. Completar as frases um do outro. Até pareciam um velho casal de casados.

– Eu não me lembro de precisar fazer apresentações formais para vocês dois, ruivos.

Apenas para implicar mais com Tom e Amelia, os irmãos aparataram e apareceram um de cada lado do casal.

– Ah, mas você deve.

– Você precisa! É seu dever.

– Sinceramente! Vocês dois não são meus pais, caso tenham esquecido isso no curto tempo que estive fora.

– Amy... - Tom falou pela primeira vez, com certo terror na voz, já que estava sendo encarado, medido e apertado por todos os lados.

– Por Merlin o que vocês estão fazendo?

Fred tinha uma fita métrica medindo o corpo de Tom enquanto George tinha um aparelho que parecia gostar de beliscar coisas.

– Testando contra doenças. - Um dos dois respondeu. - Não é óbvio?

– Não, não é! Vocês dois são loucos? - A loira encarou, estupefaça enquanto os dois amigos importunavam o namorado.

– Loucos? Esquecemos disso Fred! Vá pegar o medidor de loucura no quarto, tenho certeza que não vai doer muito Sr. Riddle. A dor fica entre ter um membro arrancado por um dragão ou ser atacado por uma acromântulaadulta.

– George! - Amy gritou uma ultima vez! - Não use esse, use aquele que transforma você em um inferi!

Com as ultimas palavras de Amelia, todos os três caíram na gargalhada, menos Tom que parecia não entender nada. Amy abraçou os gêmeos, dando-lhe dois beijos estralados nas bochechas então se voltou ao moreno.

– Peço perdão por esses dois. Eles são... Malucos, doidos, fora da casinha... Chame como quiser. Mas valem ouro. E vocês dois, - ela começou virando-se para os amigos - se comportem uma vez na vida!

– Tom pode confiar em nós, não é Fred?

– Isso mesmo George!

Tom sorriu. Ele percebeu que os dois eram grandes amigos da loira. Eles eram como irmãos.

– Confiar em vocês? Acho que vocês precisam de um teste para loucura! - Tom falou sério e depois caiu na gargalhada, junto dos outros três.

– Agora é hora de você deitar e descansar Amelia. Vamos lá. - Tom falou, puxando a namorada.

– Não! Eu fiquei deitada por muito tempo. Não estou a fim de ficar mais tempo deitada.

– Sem birra loira! - Fred falou.

– Você precisa se recuperar, hoje é natal e mamãe não vai aceitar nenhuma desculpa para você não descer ao banquete.

Fred, George e Tom encararam a loira. Três contra uma. Não era exatamente justo, mas eles venceram e Amelia começou a subir.

– O que eu vejo! Meus dois melhores amigos e meu namorado, fazendo um complô contra mim! É injusto!

– Pare de choramingar Amelia! E descanse! - Gritaram os gêmeos.

Por dois longos minutos os três se encararam. Então Tom estava começando a ir em direção ao quarto quando os ruivos lhe pediram que ficassem.

– Sabemos quem você um dia iria ser. Sabemos o que aconteceu entre vocês dois no passado. - Um começou.

– Ou seja: não confiamos em você. Mas admitimos que você gosta dela. Não há como negar. Um cego veria.

– Então, o que eu e George estamos tentando dizer é: comporte-se. Ela é nossa irmã Riddle, e vamos te destruir se você aprontar com ela mais uma vez.

Tom não respondeu. Ele sentiu que os gêmeos não estavam brincando. E que não gostavam em nada dele. Como um deles bem disse: um cego poderia ver.

– Vocês dois... Vocês um dia sentiram algo por ela, não foi? Não seriam tão protetores simplesmente por ser. Eu não os condeno. O que fiz... Não deveria ter feito. Mas eu ainda era o antigo Tom. O Tom pré Amelia. Ela consegue mostrar o lado bom de qualquer coisa. E eu não nego que a amo. E que vou protegê-la a qualquer custo.

Fred e George se entreolharam. Eles gostavam de Tom. Havia algo nele que, por mais que um dia ele tivesse se tornado Voldemort, eles conseguiam confiar. Era quase o mesmo sentimento que tiveram quando conheciam a órfã Amelia Jessica Gillian todos esses anos atrás.

– Ela nunca percebeu... Que sentíamos alguma coisa por ela. Mais que amizade. Mas o que ela faria? Iria escolher o mais bonito? George ia acabar sozinho o resto da vida!

Os três riram e o clima pesado se dissipou. Então começaram a conversar sobre a loja e o futuro. As brincadeiras, Hogwarts, os professores... Cada vez mais longe do assunto que Amelia gerava. Até era possível ver os três se tornando amigos. Mais do que apenas conhecidos ou unidos por uma garota em comum. Logo Tom precisou dormir e foi em direção ao quarto que Amelia estava. Ele se deitou ao lado da loira que dormia profundamente. Quando entrou ali seu coração pulou do peito, era difícil vê-la dormindo e não pensar que ela estava morrendo novamente. Mas não era assim. E Tom acalmou seu coração e fechou os olhos, seu corpo e mente pedia por um descanso, um longo.

*

Infelizmente o casal foi acordado poucas horas depois. Era manhã do dia 25, o dia de abrir os presentes e a árvore dos Weasleys estava particularmente cheia naquele ano.

Amelia acordou e se colocou de pé em segundos. Não aguentava mais aquela cama. Viu que ao seu lado Tom dormia em um sono profundo e teve pena de cutucá-lo para acordar. Mas era manhã de natal. E não apenas isso, era manhã de natal na casa dos Weasleys. Não queria que Sra. Weasley tivesse uma impressão ruim do namorado.

Aproximou-se da cama e, sem mais nem menos, pulou sobre Tom que saltou com varinha em punhos. Enquanto Amelia caía na risada Tom abria um sorriso torto vendo a namorada tão alegre.

– Você não deveria fazer isso! Eu poderia ter lhe machucado!

– Não conseguiria. Nem Calli conseguiu. - E então, depois de selar os lábios com os do moreno, se virou em busca de algo para vestir.

Nem Amy e nem Tom demoraram muito a terminar de se vestir e logo os dois já desciam de mãos dadas pela escada da Toca. Na sala estava toda família Weasley, Harry, Mione e Marcus. Naquele momento, Gillian agradeceu pelas compras antecipadas que fez para o natal, ou não teria presente algum para dar aos amigos.

– Amy! - Mione correu para abraçá-la. - Esse livro é incrível! Há tantas coisas que nunca ouvi falar sobre... - Hermione Granger estava agarrada a um velho livro que Amelia tinha escolhido para ela. Demorou quase três horas na Floreiros e Borrões escolhendo, mas sabia que a amiga tinha um gosto refinado.

Ginny e Ron também lhe agradeceram os presentes. Para a ruiva mais nova ela havia comprado um lindo vestido de verão, e para o Rei havia comprado um material de manutenção de vassouras.

Enquanto ia em direção a árvore, os gêmeos lhe vieram entregar pessoalmente o presente deles, coisas inéditas da loja de logros. E ainda agradeceram o que haviam ganhado, logros há muito tempo perdidos que existiam no passado. Amy havia comprado a última vez que estiveram em Hogsmeade e não tivera a oportunidade de usá-los.

Na árvore havia vários pacotes com o nome de Amelia. Mais do que ela um dia ganhou na vida. Não apenas o presente da Sra. Weasley, um cachecol lindo nas cores da Grifinória, mas também um presente de Minne, uma caixa de barras de chocolate trouxas, as mesmas que as duas compraram há tantos anos atrás, um presente de Mione, Ron e Ginny, uma bela bolsa de couro de dragão e, claro, um de Harry, que consistia em um belíssimo vestido que, provavelmente, Mione havia escolhido.

Um pouco afastado dessa grande pilha de presentes havia uma pequena caixa. De um formato retangular, tinha o nome de Amy escrito na letra de Mione, mas ela sentiu que não vinha dela o presente. Quando o pegou ela percebeu que Tom se distraiu do livro que ganhará do trio e se voltou à namorada.

– Eu não tive a oportunidade de retribuir o livro que você me deu, tantos anos atrás. Porém, dessa vez, vamos fazer as coisas do jeito certo. - E então a loira abriu o pacote em um rasgo só, havendo ali uma caixa para um colar. Com calma Amelia abriu o presente e ali estava uma gargantilha prateada com dois pingentes. Um leão dourado e uma serpente prateada. Os dois pingentes se entrelaçavam e por um segundo a única coisa que Amy pode fazer foi deixar as lágrimas rolarem. Então ela olhou o namorado e pulou em um abraço, em seguida puxando-o para um beijo.

Todos ali estavam felizes. Depois dos momentos mais calmos abrindo presentes, todos sentaram a mesa para o melhor café da manhã que poderiam ter em todo o ano, feito pela melhor cozinheira do mundo. Depois os jovens foram para o campo, onde os garotos iriam jogar Quadriboll, e onde Ginny substituiu Tom, já que ele não era um bom jogador. Foi nesse momento que Marcus pediu que Amy se aproximasse dele e a abraçou como nunca havia feito.

– Achei que tivesse lhe perdido. Tão depois de ter te encontrado.

– Eu estou bem Marcus. Eu estou ótima!

– Não, você não está. Eu posso perceber que nos momentos de silêncio você parece viajar para outro mundo. O que aconteceu com você?

– Eu... Prefiro não falar sobre isso. Vamos apenas aproveitar que estamos todos aqui. Apenas aproveitar o que temos no memento. E não me faça mais essa pergunta. O que eu vi lá não era real, por mais que eu desejasse que fosse.

– Mas Amy... - Marcus tentou questioná-la mais uma vez.

– Mas nada Marcus! Vamos aproveitar, por favor? Eu não achei que o veria mais. Nem a você e nem a Tom. Eu estou feliz que tenha me enganado e agora apenas quero aproveitar essa felicidade. Tenho a impressão que ela não vai durar por muito tempo.

Marcus a deixou ir, não antes de lhe entregar um bracelete prateado que havia comprado ainda no passado para dar a neta. Então Amelia Jessica Gillian se guiou para o campo, procurando o namorado que havia desaparecido.

– Onde que Tom se meteu? - Ela perguntou para Mione.

– Ele e Harry foram ter uma conversa. Uma das sérias. - E ela soube que coisa boa não poderia vir do que iria acontecer.

*

– Acho que lhe devo desculpas. - Foi a primeira coisa que Harry Potter disse para Tom Riddle naquela conversa. E não era o que o moreno do passado esperava. Harry tinha todo o direito de odiá-lo. E ele não conseguia entender como havia lhe perdoado.

– Como?

– Isso que você ouviu Tom. Desculpas. Eu lhe devo desculpas. - Harry caminhou um pouco mais a frente e o convidou para se sentar. - Eu lhe odiei por dezesseis anos. O que é totalmente compreensivo. Você assassinou meus pais. Ou iria. O que aconteceu foi que Amelia não estava planejada. E ela lhe mudou. Eu pude ver que lhe mudou. E foi quando percebi isso, que o monstro que odiei por tantos anos, na verdade, nem mesmo existe mais. Ou se existe, é apenas uma pequena parte de você, que lhe perdoei. Pois Amy é minha prima. Minha única família viva. E se você a ama, se você faz bem para ela, então vocês têm todo o meu apoio.

Por alguns segundos Tom Riddle ficou em silêncio. E, pela primeira vez do mundo, ele sentiu uma compaixão extraordinária, um sentimento de paz que nunca havia sentido. Pois, mesmo que Amelia tenha começando a lhe perdoar pelos erros do caminho, era a primeira vez que ele se sentia inteiramente perdoado por alguém que ele havia ferido de uma maneira tão profunda. E, em um ato impensado, abraçou Harry Potter.

Harry nunca imaginou que um dia ira abraçar o “assassino” de seus pais. E, agora, naquele momento em que Riddle lhe abraçou, ele percebeu, que não sentia ódio algum. Que era Callidora quem ele odiava e ela era a verdadeira vilã.

– Mesmo assim, se você machucar a Amy, eu vou te quebrar em pedacinhos.

Riddle não deixou de abrir um sorriso. E então os dois se retiraram do local indo em encontro do resto do grupo.

*

Ali estavam todos, menos Amelia. Tom percebeu logo de cara que a cabeleira loira da namorada não destacava entre os ruivos. Perguntou onde Gillian estava e Mione lhe respondeu que Dumbledore e McGonagall haviam aparecido e desejavam ter uma conversa em particular com a garota.

Ele foi atrás da namorada já que também queria conversar com os dois professores. Ele ainda tinha desejo de terminar a escola e, quem sabe um dia, se tornar professor em Hogwarts.

Quando os encontrou, Amy tinha um semblante sério e um olhar triste. Minne a olhava com pena e Dumbledore terminava uma frase com o pior clichê de todos os tempos.

–... Sei que será difícil Amelia, mas sei que você é capaz.

Amy levantou a cabeça para ver Alvo e acabou encontrando o olhar de Tom. Em segundos, lágrimas surgiram no rosto e ela virou a cara, escondendo o choro do moreno.

– Mr. Riddle. - Alvo começou a falar, tentando disfarçar o ar sério do local. - Outro que eu precisava encontrar. Minerva será que você poderia preparar um chá para Mrs. Gillian? Tenho alguns assuntos a tratar com Tom e logo estaremos voltando para o castelo.

Amy se deixou ser conduzida pela amiga para outro lugar da casa dos Weasleys. Tom sentou-se junto do diretor.

– Você ainda tem a ambição de se formar em Hogwarts, Mr. Riddle?

Tom demorou alguns segundos para processar o fato que o diretor havia dito algo para Amy que havia lhe chateado a loira. Então decidiu que seria melhor deixar isso para depois, para conversar com ela.

– Sim, professor.

– Então na volta às aulas você será recebido em sua antiga casa. Apenas perguntei por que essas férias poderiam mudar sua opinião.

Tom não disse mais nada, apenas ficou encarando Dumbledore. Um silêncio constrangedor surgiu entre eles e Alvo decidiu que era melhor se retirar antes que o garoto lhe perguntasse sobre Amelia.

– Minerva! - Chamou o professor. A antiga melhor amiga de Amy apareceu com um olhar triste. - Estamos indo. - E virando-se para o moreno disse:

– Feliz natal Tom. - E entregou-lhe um livro. Era de capa branca com escritos em vermelho. Magias de sangue. Coisa poderosa, Tom havia ouvido falar algumas vezes, mas precisava de alguém extremamente poderoso para realizá-las. - Achei que seria uma boa leitura. Até o retorno ao castelo. - E então saiu em direção ao jardim.

Tom largou o livro ali e correu até a cozinha, encontrando Amy encarando a xícara de chá que Minerva havia lhe feito.

– O que aconteceu? O que eles lhe falaram?

A loira não respondeu. Apenas se levantou e envolveu o moreno em um abraço. Precisava se sentir protegida, porque isso iria terminar logo. Depois do final das férias, Amelia achava que nunca mais se sentiria segura na vida.


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