Affectum Serpentis escrita por Lady Holmes


Capítulo 16
É onde meus demônios se escondem


Notas iniciais do capítulo

• Oi oi gente! Mais um capitulo aqui para vocês, explicando como é que Tommy NÃO ACABOU! Sim, calma gente, eu não ia terminar com eles daquele jeito, ia ser sacanagem. Eu torço pelo casal tanto quanto vocês!
• O título vem da musica Demons do Imagine Dragons. Não sei como seria escutar a musica junto, mas recomendo-a de qualquer maneira. Na real recomento a banda em geral e tds as musicas!
• Peço desculpas pela demora, minha aula votou e o tempo já não é o mesmo. Mas estou aqui no sábado de carnaval postando mais uma capítulo porque vocês sãos os leitores mais lindos do mundo!
• Para todos aqueles fantasmas que leiam a fic: espero que gostem! Eu não fico braba por não comentarem, mas eu adoraria saber a opinião de vocês!
• Para aqueles que comentam: continuem assim! Amo muito ler essas reviews coisas mais lindas do mundo.
• Pedido especial: será que a Affectum Serpentis merece mais recomendação? Eu sou suspeita, mas acho que sim o/ O/ o/
• Até o próximo! XO



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– Senhor Potter. - uma voz chamou Harry de seus sonhos. - Senhor Weasley. - Era a voz de Minerva McGonagall.

A última vez que ela os acordará no meio da noite o pai de Ron quase havia sido morto por Nagini. A dupla pulou da cama rapidamente.

– Se os senhores puderem me acompanhar. Creio que Srtª Granger estará nos esperando no salão comunal. - A professora passou pela porta do dormitório.

Harry e Ron colocaram chinelos e roupões. Desceram rapidamente onde encontraram Mione tão perdida quanto eles. A professora estava na saída da torre, esperando que o grupo se reunisse.

– Professora Minerva. - Mione começou. - Posso perguntar para onde estamos indo?

– Para a ala hospitalar. Eu já enviei uma coruja a seus irmãos Sr. Weasley. Achei que gostariam de receber a notícia.

– Que-que notícia professora? - O ruivo perguntou.

– Amelia está de volta. - E dizendo isso, o grupo acompanhou a professora rapidamente em silêncio.

Eles não demoram em chegar à ala hospitalar. Amy não estava deitada como Minerva havia lhe deixado. Tinha colocado a cama ao lado de uma janela e estava sentada olhando o céu estrelado. Mesmo da entrada podia-se escutar a menina soluçar.

– Você deveria estar deitada. Eu disse para você ficar deitada. Que bem vai lhe fazer olhar as estrelas Amy? - McGonagall continuava super protetora com a amiga. Ainda mais agora que tinha autoridade.

– Foi o que ele disse Minne. O que posso fazer? Ele me machuca, prova que nunca irá mudar, mesmo assim meu coração não consegue me perdoar por tê-lo abandonado. Oh Merlin, o que fiz para você?

– Ele - Minne não estava certa que contar a provável mudança de Tom Riddle agora iria servir de ajuda à amiga. - Ficou para trás Amelia. Você precisa descansar. Eu mandei uma carta para Fred e George. Sei que logo eles estarão aqui.

– Céus! O que irei contar a eles? Que eu me apaixonei pelo demônio? Não sei se conseguira.

Amy não fazia ideia que o trio estava ali, escutando a conversa. Ela não tirava os olhos das estrelas por alguma razão que o trio não compreendia. E ela citava um homem. Um ele. Harry deduziu que era Riddle pela maneira que a amiga falava do desconhecido.

Minerva se aproximou da amiga, puxando o rosto da loira para longe das estrelas. As duas se encararam por segundos. Amy se sentia segura ao ver os olhos da amiga. Eram os mesmos severos olhos que ela tinha na época que Amy aprontava junto de Charlus e Sep.

– Acabou. Riddle ficou para trás. Não importa o que ele lhe disse. O que acha que Charlus e Sep diriam se soubesse que você está assim por causa da serpente?

– Potter e Weasley provavelmente dariam risada. E matariam Tom. - Ela abriu um sorriso.

Com a menção dos avôs, Ron e Harry seguraram o ar. O barulho foi quase imperceptível, mas no silêncio do momento Amy percebeu e olhou diretamente para onde o trio se encontrava.

– Merlin! Minne, você me deixou falando enquanto Harry escutava? Você é louca? E seu eu falasse sobre...

– Você vai precisar contar para ele. - Ela deu de ombros.

– Se for sobre Riddle. - ele disse baixinho - já sabemos.

Amelia não gostou de saber que o trio já tinha conhecimento sobre Tom Riddle e o que aconteceu entre ela e o Sonserino. Mas não era isso. Era o fato que, de uma maneira perturbada, ela era sua prima. Prima em segundo. Mas era. E, para Harry e Amelia, que nunca tiveram família alguma, qualquer coisa era coisa.

– Bom. Não era sobre Tom. - Ela disse. - Esse era um segredo que teria gostado de manter apenas comigo. O que Minne quer dizer é sobre Marcus. O irmão de sua avó.

– O que-o que quer dizer com isso?

– Em meu tempo no passado... Eu conheci seus avôs. Dorea Black e Charlus Potter. E conheci Septimus Weasley também. Mas não é sobre isso que preciso lhe contar. Eu descobri que Marcus, irmão de Dorea, é meu avô. O que faz você Harry meu primo em segundo grau. Ou algo assim.

– Quer dizer que você é família? - Harry perguntou.

– Algo parecido. - Amy abriu um sorriso fraco.

Harry se aproximou da loira. O cabelo estava embaraçado. Seus olhos vermelhos de tanto chorar. Mesmo assim, Potter se aproximou da garota e a abraçou. Ele nunca tinha tido alguém da família assim. Sirius, seu padrinho, não era de sangue. Mas Amy, por mais distante que fosse, era. E ela ainda havia conhecido seus avôs. Tinha convivido com eles.

– O que? O que está fazendo Potter? - Gillian pediu.

– Família. - Ele respondeu. - Eu não pensei que um dia encontraria uma. - Amy sorriu.

– Prometi para Charlus que tomaria conta de você. Agora, faça o favor de não se meter em confusão. De Lord Voldemort cuido eu.

Ninguém disse nada. Não seriam aqueles a contar que Lord Voldemort, provavelmente, era uma mulher. Nem contrariam a loira. Ela parecia acabada, destruída.

– Professoras têm dois ex-alunos no portão dizendo que a senhora mandou uma coruja urgente... - Filch apareceu do nada e Amy sentiu um pequeno ódio pelo aborto. A culpa de tudo aquilo era dele afinal.

– Pode deixá-los entrar Filch. E apresse-se sim.

– São eles? - Amelia perguntou.

Seu coração pulou. A relação que tinha com os gêmeos era diferente. Eles se transformaram em sua família. Ela sentiu falta deles todos os dias que ficou longe. Era queria abraçá-los. E rir. Queria dar risadas com suas pequenas piadas. Queria sentir-se parte mais uma vez do trio que aterrorizou Hogwarts por tantos anos. Ela era de uma maneira ou outra, uma Weasley. Até mesmo Sep concordou com isso.

Demorou o que pareceu anos até Amelia ver dois pontos ruivos ao longe de seu campo de visão. Eles tinham um passo apressado em caminho para a ala hospitalar. Querendo ou não, um sorriso maroto surgiu em seu rosto e quando viu que eles estavam na porta, não se conteve e correu até os dois amigos. Sentia falta deles mais que qualquer coisa no mundo!

– Weasleys! - Ela disse, abraçando os dois ao mesmo tempo!

Os gêmeos abraçaram de volta, segurando-a firme e Fred murmurou:

– Não se preocupe agora baixinha, você está a salvo!

Aquelas palavras não foram a melhor escolha. Amy começou a respirar fundo, tentando controlar as lágrimas de felicidade e tristeza, que, ao mesmo tempo, tentavam tomar sua face.

– Não chore. - Disse o outro gêmeo. - Não estamos aqui para vê-la chorar, estamos? Faça um favor para ambas as partes e dê um sorriso.

Amelia limpou as lágrimas e deu uma risadinha fraca. Sorriu olhando os dois amigos, se afastando e voltando para a cama que estava antes. Onde o trio e McGonagall a esperavam.

– Então você voltou. - Disse Fred. - Por quê? Não havia brincadeiras novas para pregar?

– Oh sim! Você sabia que naquela época ninguém sabia sobre bombas de bosta? Se eu contar o que fiz com Calli... - Ela estava terminando o nome de Black quando um aperto em seu coração surgiu. Callidora, a verdadeira mulher de Tom Riddle. Não Amelia. Sim Callidora. Ela parou de contar e sorrir, fechando o olhar e se voltando para as estrelas.

– Nós vamos... Deixar vocês conversarem. - Minne falou, puxando Mione, Ron e Harry para longe.

– Você não parece muito feliz Amy. - George sentou do lado de esquerdo da amiga, enquanto Fred foi para o direito.

– Eu não sabia que deveria parecer feliz. Se soubesse eu tinha colocado a cara feliz quando acordei essa manhã... - O trio soltou uma risada baixa.

Houve minutos de silêncio. Ninguém se atrevia a falar nada. Até mesmo o som de respiração parecia profanar o momento. Foi quando Fred tomou coragem para dizer o que todos estavam pensando.

– Nós sabemos. Sobre Tom. Sobre você estar apaixonada por ele.

– Eu não es- Mas George não deixou a amiga terminar.

– Não negue. Mesmo que não soubéssemos, podemos ver em você. Quer falar sobre isso?

– O que há para falar? - Amelia começou. - Ele fingiu que sentia algo por mim até os últimos minutos. Ele mentiu, enganou e machucou as pessoas que eu gosto. E eu mesma. Ele pisou e abusou e eu aceitei. Eu acreditei que era possível mudar Lord Voldemort. Eu realmente acreditei nisso. E agora quem está na pior? Tenho certeza que não é a serpente nojenta que disse as palavras doces quando... Quando... - Ela não terminou a frase, mas se lembrou do toque do moreno. Da noite em que ela lhe entregou tudo. Na noite em que ele foi seu verdadeiramente. Ou era o que ela escolheu acreditar.

Mais lagrimas brotaram, e sem mais nada a dizer sobre o assunto, o trio ficou sentado, Amy no meio dos dois, entre os braços dos amigos, olhando as estrelas e chorando todas as lágrimas que tinha no corpo. E quanto mais ela pensava que tudo ficaria bem, mais ela chorava. Ela o veria. Veria com o rosto ofídico que um dia o viu. E saberia o quão terrível seria vê-lo daquela maneira. Ela protegeria Harry e seria ela a por fim na vida de Voldemort.

Não poderia ser outra pessoa.

– Acho que devemos deixá-la dormir. - Fred falou vinte minutos depois.

– Não! Por favor, fiquem aqui comigo... Eu não posso. Eu não devo ficar sozinha. - Ela falou, limpando mais uma vez as lágrimas do rosto.

– Amy, você precisa descansar. - George disse. - Você precisa dormir. Professora McGonagall pediu para madame Pomfrey uma poção para dormir sem sonhos. Espero que isso lhe ajude.

– A não ser que eu a use o resto de minha vida, não acho que será muito útil. - Gillian falou.

Os gêmeos se levantaram da cama e Amelia deitou, ainda encarando o céu estrelado que começava a clarear. Era tão estranho estar de volta. Sentia falta de Dorea, Charlus e Septimus. E sentia falta da Minne jovem, por mais que ainda a tivesse ao seu lado.

Mas principalmente: sentia falta de ser amada. Sentia falta de Tom. E poção alguma poderia curá-la disso.

Madame Pomfrey chegou com uma pequena xícara e lhe entregou. A loira hesitou antes de bebê-la. Porém estava tão cansada... Seria melhor dormir. Não poderia ficar ali, deitada pelo resto da vida.

Depois que virou a xícara em um gole só, logo o sono começou a chegar, como um cavalo negro feito de nada. Apenas o escuro. Sem imagens e sons. Apenas... O vazio.

E era bem assim que Amelia Jessica Gillian se sentia: vazia.

*1943*

Tom acordou na segunda desejando que tudo que aconteceu nos últimos dias tenha sido um sonho. Mas não era. Seu rosto estava inchado. Seus colegas de dormitório já haviam decido. Mas isso não faria diferença. Tirando Malfoy, que lhe era leal até o fim, leal a Tom Riddle e não a Voldemort e seus ideias, o resto dos companheiros de casa lhe odiavam e nem dirigiam a palavra. Ele acordou e percebeu que estava atrasado. Em sete anos de escola, nunca havia perdido uma aula, se atrasado para o café ou algo assim. Sempre fora um aluno exemplar.

Contudo, naquele dia, a dor de levantar da cama era tão grande que ele apenas fechou os olhos, forçando sua mente a acreditar que tudo havia sido um sonho. Que Amelia apenas existiu em sua mente.

Só que não deu certo.

E então ele se levantou. Tomou um banho e colocou suas vestias pretas, verdes e prateadas. Com um feitiço arrumou o rosto inchado e desceu. Não havia ninguém dentro do salão comunal. Todos estavam em suas respectivas aulas. Então, ele pegou seu material e saiu dali, vagando sem rumo pelo castelo.

Já era meio dia quando ele percebeu que, depois de voltas e voltas dentro do castelo, ele acabou na torre de astronomia. O lugar onde tudo começou. O lugar deles. E se lembrou dos beijos roubados, das noites cheias de cumplicidade. Da noite em que a tornou dele. E se entregou completamente, pela primeira vez, a uma mulher.

Uma mulher, que como ele, mentiu e enganou. Mas não por mal. Ele conseguia entender que Amelia não podia contar sobre sua verdadeira origem. Bruxos não devem mexer e alterar o tempo, ou irão começar um efeito borboleta. Mas Amy havia alterado algo muito importante. E isso nem mesmo Tom sabia. Ela havia alterado ele. Transformado o amargurado bruxo, que desejava o poder e destruir trouxas, sangues ruins e mestiços. Aquele bruxo não existia mais. Apenas existia um pouco das trevas que um dia Tom Riddle possuía. Agora ele era como qualquer pessoa. Havia trevas, mas havia luz. Uma luz que Amelia Gillian havia colocado ali.

Decidiu por fim ir comer. Estava com fome e não poderia fugir de mais aulas naquele dia. Afinal, ele ainda era o monitor chefe, e precisava dar o exemplo.

Chegou ao salão principal e percebeu que quase todos já estavam ali. Sentiu um olhar vindo da mesa da grifinória e sabia que vinham dos amigos de Amelia. Ela havia contado a eles, coisas terríveis que Tom iria fazer um dia. Mas que agora não iria mais. Mesmo assim, eles tinham todo o direito de odiá-lo.

Sentou-se a mesa, no canto perto da porta, excluído de todos os Sonserinos. Viu Malfoy fazer menção de ir ao seu encontro, mas apenas negou, pedindo que ficasse sozinho. Ele precisava.

Depois de comer, logo se levantou em direção à saída. Caminhou em silêncio, ninguém falou com ele, e ele não falou com ninguém. Contudo sentiu o olhar mais uma vez, tanto dos amigos de Amy, quanto de Marcus e Dumbledore.

– Riddle! - Alguém o chamou. Era a voz de Minerva. Sabendo que provavelmente era algo sobre serem monitores chefes, se virou.

Minne vinha correndo em sua direção, rezando que os amigos não os viessem juntos. Por alguma razão, e ela desconhecia qual, ela acreditava em Tom Riddle. Realmente achava que ele havia mudado e que amava Amy.

– Eu tenho algo para lhe entregar. - Ela disse, quando finalmente o alcançou. - É de Amy.

Tom prendeu a respiração, não sabendo o que esperar do pacote. A ruiva abriu a bolsa e dali tirou um livro preto que Tom já vira antes. Era um livro de poções que ficou muito interessado em um dia que saiu com Amy. Voltará lá para comprá-lo, mas a vendedora disse que já havia vendido.

– Ela comprou para você. - Minne falou. - Achei que deveria tê-lo.

– Po-por quê? Achei que me odiassem. Por tudo que fiz com ela. Por algo que talvez um dia eu vá fazer.

– Eu não sei. - Ela disse. - Mas o que sei é que Amy deixou uma marca em você. Espero que use a lembrança dela e não faça as coisas que Amy nos contou. Você machucou muitas pessoas no futuro. Você a machucou também. Eu... Eu apenas sei que você precisa de algo para se lembrar das coisas boas. Até logo Riddle. - E a ruiva saiu.

Tom caminhou para fora, sentando-se em um banco. Estava quieto ali, pois era muito frio e ninguém se aventurava fora das paredes e salas com lareira do castelo. Abriu o livro para dar de cara um uma mensagem:

“Não é muito, se pudesse lhe dava as estrelas. Mas é de coração. E espero que seja eterno tanto quando as estrelas do céu. Da eternamente sua, Amelia.”

Não. Ele não conseguiria suportar mais um segundo sem Amy. E então ele ouviu ao longe a voz de Callidora. A verdadeira vilã. A pessoa que destruiu a vida de sua loira. E a sua própria. Enfurecido e cego pela raiva e pelo ódio, Tom se levantou e caminhou em direção ao som. Encontrou Calli em uma área vazia do castelo, sozinha.

Nem mesmo disse uma palavra, ergueu a varinha e lançou-lhe um feitiço de aviso. Calli virou-se, já coma varinha empunhada.

– Tom? - Ela não acreditou. Esperava um leão, não sua serpente predileta. Mas viu o olhar de ódio que Tom tinha. A raiva, a mágoa. E percebeu que, quando quebrou o coração da mestiça imunda, foi também o dia que perdeu qualquer chance de tê-lo como seu.

Sem responder, lançou um feitiço em resposta. E então a batalha começou.

Não havia perdedor. Calli era muito boa em duelos, melhor que muitos dos garotos. E Tom era o melhor. Mesmo assim, não conseguia pensar em nada a não ser acabar com a bruxa a sua frente, com isso nem mesmo focar sua raiva conseguia. Deixando seus ataques previsíveis e inúteis.

De longe Marcus escutou o duelo e começou a correr em direção ao som. Quando chegou lá, Callidora estava sem varinha, rendendo-se e Tom tinha um olhar diabólico. Foi quando o moreno abriu a boca pela primeira vez, durante todo o duelo e disse:

– Avada Kedavra! - O raio verde saiu em direção à morena. Mas Marcus foi mais rápido, tirando-a da linha de fogo.

– Tom Riddle! - O professor gritou. Nesse momento o bruxo saiu do transe de raiva e percebeu o que tinha acabado de fazer.

Marcus se virou para Calli, que estava tão surpresa quanto os dois.

– Black, você está bem? - Calli apenas confirmou. - Vá. Se precisar vá para a ala hospitalar. Eu cuidarem do Sr. Riddle.

– É bom que seja expulso! Ele tentou me matar. - Ela disse, entre soluços falsos que o professor percebeu.

– Sim, sim, falarei com Dippet. Agora vá! - A morena juntou os materiais e correu para longe. Mas sentia-se vitoriosa. E também com um plano. Um plano que daria muito certo.

– Você tem sorte que tenha sido eu a encontrá-los nesse duelo! E que cheguei ao momento que cheguei. Imagina se consegue matá-la Riddle? Sua vida estaria terminada. Você iria para Azkaban.

– Minha vida, professor Black? Ela pegou um vira-tempo e voltou para o futuro. Eu não tenha mais nada aqui. Apenas essa tristeza e esse ódio.

– Não teremos essa conversa aqui. Siga-me.

Tom seguiu Marcus para uma sala que ele desconhecia. Dentro dela, uma lareira acessa e duas poltronas.

– Sente-se. - Ele percebeu também uma mesinha entra as poltronas e, sobre ela, um vira-tempo. - Tenho uma coisa para perguntar e uma proposta a fazer.

– Qual seria a proposta?

– Antes uma pergunta: você a ama? Ama de verdade? A ponto de mudar tudo aquilo que acreditou por quase toda a sua vida?

– Amelia? Mas é claro que sim! E eu faria qualquer coisa para que ela acreditasse nisso. Sim eu a enganei no começo... Mas Amy é diferente. Ela me fez ver o mundo diferente. De uma maneira melhor. Ver que eu era capaz de algo melhor. E eu a deixei escapar.

Houve silêncio. Mortal até mesmo. Então, minutos depois, Marcus pegou o vira-tempo da mesinha.

– Eu não poderei deixá-lo ir Tom. Eu preciso contar o que aconteceu ao Dippet. Callidora não ficaria quieta de maneira alguma. Porém... Eu tenho uma proposta. Creio que não saiba, mas eu sou o avô de Amelia. - Tom ficou surpreso. - Eu descobri recentemente. E eu também sei que passarei o resto de minha vida sozinho nesse tempo. Dando aulas. Então eu decidi uma coisa. Eu vou ir para o tempo dela. Encontrar-se com ela e cuidar dela. Eu sou a única família que restou para Amy.

– E qual é sua proposta?

– Venha comigo. Aqui você será expulso e perderá a varinha para todo sempre. Condenado a viver com trouxas pelo resto da vida. Mas não lá. E ainda terá a chance de provar para Amy que você não será o monstro que ela acredita. É sua única chance, de vê-la novamente e continuar com sua varinha... O que me diz?

Tom não pode acreditar. Era sua única chance. Isso estava certo. E não havia pais, ou qualquer família lhe prendendo aqui. Não havia nada. E Black estava certo. Ele poderia provar para Amy que ele realmente mudou. Que ele a ama acima de tudo. Acima do poder.

– Quando é que partimos? - Ele respondeu ao professor. Black sorriu. Ele sabia que Amy demoraria a aceitar Tom. Seria teimosa, afinal, ela era assim. Mas também seria impossível que Tom mate os pais do amigo e todas as outras pessoas, afinal, ele nunca teria crescido em seu tempo correto. Era o que Amy quis o tempo todo, salvá-lo.

Ele apenas deixaria uma carta a Dumbledore e diria adeus. Tom era como ele, não havia ninguém lhe prendendo ali. Estava na hora de mudar as coisas. E para melhor.

– Hoje mesmo. Meia noite, no mesmo lugar que Amy partiu. E não se atrase.

– Eu nem sonharia com isso. - E Tom se levantou com um sorriso se alívio nos lábios.

Logo estaria com Amy e poderia lhe provar que tudo estava diferente. Que ele estava diferente.

Olhou para o céu claro, e, por mais que não houvesse estrelas na luz do dia, sabia que estavam lá. E sabia que ela também estaria olhando.


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