Affectum Serpentis escrita por Lady Holmes


Capítulo 17
Tom Riddle


Notas iniciais do capítulo

LH: E então Tom, você acha que os leitores e, principalmente, Amy estão preparados paras as coisas que virão nesse capítulo?
TR: Minha querida Lady Holmes, eu acredito que não. Você sabe, foi um período de adaptação muito complicado, são quase 55 anos de diferença. Quase uma vida. E há Harry também. Não. Não acho que as leitoras vão levar na boa as coisas terríveis que você fez com Amy. E nem nesse capítulo. Você percebeu em que parte você parou? Mas sei que todos irão amar o próximo. Bem, claro, eu estou nele também. E elas, principalmente Amy, amam quando eu apareço nos capítulos.
LH: Muito obrigada Tom, agora faça um favor a todos e vá encontra-se com Amy sim? Não sei se esse shipp aguenta mais alguma pedra no caminho.

Olá minha gente! Espero que gostem do capítulo, sim esse foi mais rápido! AH e muito muito obrigada pela recomendação! Até a Amy parou de chorar e abriu um sorriso. Mas depois anoiteceu e ela foi olhar as estrelas. E né...

Bem, espero que gostem e continuem acompanhando! Ah, recomendações sempre bem vindas! Hasta luego :D



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Dois dias depois Amy aparatou com os gêmeos para Toca, deixando a escola para depois e o trio de ouro para trás. Precisava descansar e, ainda mais, tirar Tom Riddle da cabeça. Sr. e Sra. Weasleys não sabiam o porque da loira ter voltado mais cedo, a única coisa que sabiam é que ela precisava de tempo e descanso e que isso trazia os gêmeos mais vezes para casa.

Enquanto isso, em Hogwarts, tudo continuava normal. Já fazia uma semana que Amelia havia indo embora e o trio contava os dias para as férias de natal. Foi em uma sexta feira particularmente fria que Hermione viu Minerva McGonagall ficar abismada pela primeira vez. Ela estava junto da professora, caminhando à noitinha pelo corredor quando um barulho chamou a atenção das duas. Olharam na direção do pátio interno e ali, caídos no meio da neve, havia a duas figuras vestidas de preto, ambos com malas aos seus pés.

– Eu não... - Minne começou a dizer quando viu Marcus, seu professor e Tom Riddle no meio do campo.

A professora começou a correr em direção dos dois visitantes. Hermione, que não entendeu nada, apenas correu atrás da professora, mas quando chegou perto o bastante, reconheceu um dos estranhos.

– Isso... Isso é impossível! É ele! - Mione não pode evitar ficar surpresa e com medo de Riddle. Afinal, ele era, ou teria sido Voldemort.

– Minerva? - O homem o qual Hermione ainda não sabia quem era perguntou. - É você?

– É professora McGonagall agora Professor Black... Quero dizer, Marcus. E Dumbledore não ficará nada feliz quando souber dessa pequena aventura.

– Ele já sabe. - Tom falou. - Marcus contou a ele. E ele gostou da ideia. Ao que parece, qualquer coisa é melhor do que eu me transformar em Voldemort.

Mione soltou um gritinho involuntário, olhando o moreno. Como se Minerva tivesse esquecido a aluna, ela se virou para Granger e disse:

– Chame Potter e Weasley e vão para minha sala. Acredito que precisamos conversar. - Ela olhou Tom que retesou com a severidade do olhar da antiga colega.

– Sinceramente Minerva! Eu quero vê-la. Eu vim pela minha neta! - Mione estava longe, mas ainda sim podia escutar.

– E você a verá. Mas ela não está no castelo. Achamos melhor que se afastasse até o final das férias. Ela ficava... Bem, encarando o céu o tempo todo. Mas sabemos que isso não iria lhe fazer bem.

– Amy... - Tom falou baixinho. - Ela está bem? Ela precisa estar!

– Ela está com os gêmeos. Você não tem o direito de perguntar sobre ela, Riddle. - Minne falou, caminhando com os dois em direção a sua sala.

– Eu deixei meu tempo para trás Minerva. - Ele respondeu de volta. - Por ela. E eu não vou voltar.

Minne sorriu. Ela sempre soube que Tom realmente se apaixonou por Amy. Foi por isso que deu o livro, anos atrás. E agora, que sua memória ia se modificando, sabia que menos de vinte e quatro horas depois, Tom havia vindo ao futuro.

*

– Harry! Ron! - Os dois amigos estavam jogando uma partida de xadrez bruxo. Hermione chegou corada ao salão comunal. Tinha a respiração ofegante e parecia com pressa.

– Que foi Mione? Não vê que estamos em uma partia e... - Ron nem mesmo conseguiu terminar a frase.

– Precisamos ir para sala da McGonagall, agora! Vocês não vão acreditar quem está aqui! - Os dois desviaram a atenção do jogo para encarar a morena

– Você não vai fazer a gente perguntar, vai? - Mione já estava no quadro, em direção a saída.

– Tom Riddle e Marcus Black! - Isso foi o que precisou para que os dois amigos levantassem o mais rápido o possível e corressem em direção à sala de Minerva. Harry estava curioso em encontrar sues nêmeses, ou o que teria sido. Toda essa história de mudança no tempo estava começando a lhe dar dor de cabeça.

O trio chegou mais rápido do que Minerva contava. Marcus estava de pé, encarando a janela. Tom estava quieto, olhando o fogo na lareira e Minerva estava fora da sala, em busca de Dumbledore.

– Profes- Mione foi falando, mas parou quando viu a que McGonagall não estava na sala.

Ninguém falou, por alguns segundos. Ron e Harry entraram e encaram Tom e Marcus com a mesma curiosidade que a dupla encarou o trio.

– Suponho que você, - Marcus começou, - seja o neto de minha irmã. Prazer, Marcus Black.

– Si-sim. - Harry disse. - Esses são Ron Weasley e Hermione Granger. E eu sou Harry Potter.

– Amigos de Amelia? - Ele perguntou. Tom não falava nada, mas percebia que os três estavam lhe encarando com certa curiosidade. Perguntava a si mesmo se teria os machucado quando se tornou Voldemort. E eles estavam com medo e curiosos. Teorizou que aqueles no centro do furacão, ou seja, próximos a Amy e que soubessem sobre sua pequena viagem, tivessem duas memórias. Uma prévia a tudo que aconteceu e outra após. Perguntava-se o quão ruim era a prévia.

– Sim. - Ron falou. - Ela é quase da família.

– Weasley, você disse? Ela comentou sobre dois amigos. Gêmeos... Seus irmãos? - Black estava calmo.

– Si-sim. Ela está com eles.

– Sabemos. - Tom falou pela primeira vez. - Desculpem-me a falta de educação. Tom. Tom Riddle. Mas posso ver que já sabe quem sou.

– Sabemos. - Harry respondeu entre os dentes. - Você é o homem que matou meus pais. E me fez isso.

Tom não soube o que responder. Mas ao que parece aquilo era algo grande. Como se uma das piores coisas que ele já fez na vida. Ou iria fazer.

– Eu... - Mas parou de falar. Pedir desculpas parecia até fútil com uma acusação daquelas.

– Ele teria sido Harry. Se não tivesse optado viajar para o futuro. O destino foi selado e Tom Riddle nunca se transformou em Lord Voldemort. Outra pessoa o fez. - Dumbledore entrou na sala, acompanhando de Minerva e, para a surpresa de todos, Snape.

– Co-como assim? - Tom perguntou. - Quem teria escolhido esse caminho?

– Com toda certeza você sabe. Ela sempre foi uma pessoa próxima de você. Bem, até Amelia aparecer, claro.

Não foi preciso que Dumbledore desenhasse. Tom já sabia muito bem quem era. Não acreditava que aquela... Aquela... Serpente havia escolhido o caminho que ele criou. E usado o nome que ele fez para causar tanta tristeza e destruição. Ela não tinha aquele direito!

– O que nos leva a um problema. Tom, esse é o professor Severo Snape, o chefe da Sonserina. Por maior que tenha sido seu erro no passado Tom, eu acredito que você mudou e merece outra chance. E é por isso que, na volta das férias, eu desejo que termine o ano na casa da Sonserina e se forme. Isso se não for problema nem para Snape e nem para você.

Snape não conseguia entender o grande estardalhaço. Quem era o jovem. E como assim um dia ele fora Voldemort? Mas sabia que algo havia acontecido e ele apenas desconhecia. Dumbledore iria lhe explicar se fosse algo importante.

– Eu não vejo problema algum, diretor. - Severo disse.

Tom apenas acenou em confirmação. Ele ainda sentia o olhar penetrante de Harry e seus amigos. Obviamente eles estavam no centro da tempestade.

– Severo eu irei lhe pedir que prepare a cama para o Sr. Riddle. Ele irá passar a noite na masmorra.

Snape apenas confirmou e se retirou, indo em direção a masmorra da Sonserina.

– Agora, Tom - o diretor se virou ao moreno - deduzo que saiba o porquê da confusão com as memórias. Você sempre foi muito inteligente.

– Bem, sim. Tenho uma teoria, professor.

– Você pode explicá-la. - Marcus disse. - Acho que nossos novos amigos estão precisando entender que você não é mais um monstro.

Dumbledore sorriu. Ele ficou extasiado quando Minerva lhe contou quem os dois haviam chegado. Marcus e Tom eram bem vindos por ele e até por Minerva. O difícil seria explicar para Harry que, o homem que ele odiou por 16 anos, não era o mesmo que matou seus pais. Não mais.

– Eu acredito que todos nós, incluindo Amy, estamos no olho do furação. Assim, nossas memórias foram afetadas, mas as anteriores ao que aconteceu continuam vivas. É como se todos vocês tivessem duas memórias, enquanto para o resto do mundo, Tom Riddle apenas desapareceu anos atrás. E nunca se tornou Voldemort.

– Eu não explicaria melhor. - Disse Dumbledore. - Por isso, eu peço a vocês três que aceitem Tom. É preciso que Amelia também entenda isso. Será melhor para ela. Dito isso, Sr. Weasley, seria um problema se Tom e Marcus passassem as festas em sua casa junto de todos? Eu mesmo mandarei uma coruja para sua mãe.

Ron ficou vermelho até as orelhas e apenas confirmou com um aceno.

– Então tudo está ótimo! E agora está na hora do jantar. - ele se virou para Marcus e Tom - Sr. Riddle, você poderá sentar-se a mesa da Sonserina e você, Marcus, pode sentar-se a mesa dos professores. Precisamos discutir sobre você conseguir seu velho emprego de volta, certo?

Todos saíram em silêncio. Tom caminhava separado do trio. Nenhum deles tinha a coragem de conversar com o garoto, afinal, ele ainda era o herdeiro se Sonserina. Por mais que a história da câmera secreta estivesse diferente em suas mentes. Fora outra coisa. Outro fato que aconteceu naquele ano. Sem basílisco ou diário. Hermione, cansada de todo o silêncio, foi a primeira a abrir a boca.

– Dizem que você foi um grande bruxo... Para seu tempo.

– Amelia foi a única que um dia conseguiu me acompanhar. Eu tendia a ser o melhor da classe. Muitos me chamavam de sabe-tudo.

Weasley sorriu e entrou na conversa:

– Bem, Mione também é assim. Ainda bem que você está um ano na frente, eu teríamos uma competição.

Os três deram risadas. O único que ficou em silêncio foi Harry.

– Estou aprendendo ainda a ser educado... Antes de tudo que me aconteceu, eu não era um jovem muito cavalheiro.

– Imagino! - Harry soltou no canto oposto.

Tom não respondeu. Ele sabia que era complicado dividir duas linhas do tempo diferentes. Em uma ele nunca conheceu Amelia e se transformou em um monstro. E outra ele decidiu largar tudo por uma garota. Nunca achou que isso era possível. Mas ali estava ele.

– Amelia me ensinou muitas coisas. Uma delas foi a gostar de outras pessoas e confiar nelas. Quando assumimos o relacionamento, todos meus supostos amigos se afastaram. Menos Abraxas Malfoy.

– Nós também temos um Malfoy. Mas eu não acho que você iria gostar tanto dele. - Mione falou.

– Claro Mione! Ele é o demônio! - Ron complementou rindo. - Será que seu amigo não ensinou nada ao Draco?

– Draco? Supostamente ele é um Malfoy? - Os dois confirmaram. - Bem, não sei o que aconteceu com Abraxas. Espero que não tenha seguido Voldemort. Teria sido um desperdício de vida.

Os três ficaram surpresos com a fala. Mas Harry também ficou furioso.

– Você fala isso tudo, mas se Amy não tivesse aparecido, você ainda seria Voldemort. E aí? Você continua tão mal quanto era! - Harry se pôs caminhar na frente.

– Desculpe o Harry... É mais pessoal para ele. - Granger comentou.

O grupo chegou ao grande salão. Tom vestia roupas normais e antigas. E muitas pessoas que entravam e saíam encaravam o novo aluno.

– Ele tem razão. Eu não seria tudo que sou agora sem Amelia. Eu deveria agradecer por tê-la conhecido. Mudou meu destino... Só espero que um dia o amigo de vocês possa me perdoar. E que Amy também possa. - E dizendo isso, seguiu caminho até a mesa verde e prata.

*

Uma semana se passou e já era hora de pegar o Expresso Hogwarts e ir para as casas, em busca do calor do lar e guloseimas da noite de natal. Nessa semana que passou. Harry continuou evitando Riddle, mas Mione e Ron se aproximaram do Sonserino e agora ele até podia dizer que eram amigos.

– Você tem certeza que não será um problema irmos para sua casa Ron? - Tom perguntou enquanto subiam no trem. Riddle era odiado pelos seus companheiros de casa, ou quase todos, já que de cara ficara amigo do trio, ou bem, quase isso. Então estava sentado no trem junto de Neville, Harry, Ron, Mione e Ginny, a irmã mais nova do ruivo.

– Mamãe vai adorar! Não se preocupe. Agora, quanto Amelia... Fred e George não nos mandam novidades mais. Parece que ela está melhor.

– Não acho que vá durar muito tempo. - Harry comentou do lado oposto da conversa.

– Harry! - Mione o preveniu. - Quanto tempo mais você vai ficar assim?

Harry não respondeu e deu de ombros, virando-se para a janela.

– O ignore. Ele apenas precisa de um tempo. As memórias são complicadas. Ele consegue se lembrar dos piores momentos da vida dele e todos são, ou eram, sua culpa.

– Ele não precisa me perdoar por coisas que eu teria feito. Mas eu preciso provar que não sou mais o homem que fez aquelas escolhas. - Tom falou, olhando para Harry.

*

Não longe dali um homem em vestias pretas e encapuzado apareceu em frente a uma casa afastada, nos subúrbios de Londres. Era uma casa escura e antiga. Dentro dela não se via luz alguma, mas tampou poder-se-ia ver alguma coisa dentro da casa. O homem entrou ali e tirou o capuz, deixando os longos cabelos prateados soltos.

Lucius caminhou escada acima, indo em direção ao quarto mais longe, a direita do corredor. Abriu a porta e encontrou a mulher sentada a frente do espelho, penteando os longos cabelos negros. Seus olhos perfuraram o intruso quando ela se virou para encará-lo. Vestia um vestido longo e vermelho, decotado até o umbigo. Levantou-se provocativa, caminhando em direção ao Malfoy que entrara. De dentro do seu decote tirou sua varinha e ficou brincando com a ponta dela, enquanto falava em uma voz infantil:

– Tem as informações que pedi Lucius? - O homem não falou, apenas acenou em confirmação. Então um silêncio constrangedor apareceu, dando vez para que o loiro contasse o que conseguiu.

– Milady, como você disse, um aluno novo chegou essa semana. Tom Riddle é o nome. Junto dele um professor também chegou: Marcus Black. Ao que parece, Riddle já se aliou ao Potter e o resto dos sangues ruins.

– Quem diria. Antigamente Riddle era mais seletivo com seus amigos do que eu sou. Mas o tempo muda a todos. Incluindo o grande Riddle. - Não fazia sentido algum Malfoy o que a mulher falava. - E sobre Amelia? O que descobriu sobre a mestiça?

– Segundo minha informação ela está na casa dos Weasleys se recuperando. Mas não sei do que.

A mulher gargalhou, encostando os lábios carnudos e pintados de vermelho no pescoço de Malfoy. O beijou cuidadosamente, esperando escutar um suspiro de prazer. E ele chegou. Isso era uma das brincadeiras que mais gostava. Depois que congelará o envelhecimento de seu corpo, permanecendo eternamente com seus vinte e cinco anos, ela sempre estava atrás de um novo brinquedo para se divertir. Lucius sempre era divertido porque parecia respeitá-la mais do que desejá-la.

– Espalhe a palavra, - ela disse, atrás do homem, em sua orelha esquerda - hoje a noite haverá um ataque a casa dos Weasleys e eu quero Amelia Jessica Gillian morta! - E então deixou o homem se retirar. Ela tinha preparativos para pensar. Como encontrar a roupa perfeita para rever seu amor de escola.

*

Havia sido uma semana infernal para a loira. Ela odiava ter que ficar longe da escola. Por mais terrível que fosse as lembranças que tinha de Tom, Hogwarts era a sua casa e sentia-se intrusa no meio da família Weasley. Claro, Sr. e Sra. Weasleys tentavam a fazer sentir-se em casa, o que era difícil sendo que nunca realmente tivera uma. Mesmo assim, Molly lhe fazia café, deixava que ficasse no silêncio que desejasse e apenas a chamava para as refeições. Também não lhe perguntava o que havia acontecido. Ou o porquê que Amy estava tão quieta e distante.

Os gêmeos já eram diferentes. Sempre que voltavam do Beco Diagonal iam ao encontro da amiga e normalmente traziam novas invenções para a aprovação da loira. Também tentavam lhe perguntar como tinha sido conhecer o avô deles e Minerva McGonagall como uma adolescente. Amy não respondia diretamente as perguntas, mas sorria toda vez que se lembrava de Charlus ou Septimus. E contava histórias sobre Minne e Dô vez que outra.

Já era quase horário de todos chegarem do Expresso Hogwarts. Sr. e Sra. Weasley tinham ido a estação buscar a todos deixando apenas o s gêmeos e Amelia na casa. Era noite escura quando ela escutou o que achou serem os amigos chegando. Saindo da porta ela teve uma triste surpresa. No lugar dos amigos estavam seguidores de Voldemort já conhecidos de Amelia. Lucius Malfoy era um deles, o homem que lhe torturou. Não aguentando vê-los e saber quem era seu chefe, aproximaram-se do grupo, escutando os gêmeos atrás de si dizendo que deveria recuar.

– Não achei que ele teria a coragem de enviá-los. Mas claro, eu já esperava que ele viesse eventualmente. Onde ele está? Onde está Tom? - Ela escutou uma risada feminina vindo de mais longe e uma mulher surgiu da escuridão. Tinha longos cabelos negros e vestia um vestido preto esvoaçante que deslizava enquanto ela caminhava para a luz. Amy não pode decifrar suas feições até que a bruxa estivesse perto o bastante. Mas não foi necessário muito mais para que descobrisse contra quem estaria lutando.

– Callidora. - A loira sussurrou baixinho.

– Amelia. - A mulher lhe respondeu. - Imagine que surpresa a minha quando soube que você, na verdade, era do futuro. Tão logo me mantive informada de seu paradeiro desde que nasceu. Veja bem, sua pequena viagem ao passado me trouxe enormes benefícios.

– Casar-se com Riddle? - Black soltou uma gargalhada.

– Ninguém teve coragem para lhe contar ainda? Riddle nunca se transformou em Voldemort. Graças a você. Ele desapareceu uma semana depois que você voltou. Nunca ninguém descobriu para onde ele foi. Sem Riddle e com seguidores famintos por atenção e ordens, eu assumi o nome e a tarefa de limpar nossa sociedade de toda a sujeira que vem crescendo. Começando por você Gillian. A menina que eu deveria ter matado anos atrás! - E sem aviso nenhum, Callidora atacou.

Amy não teve muito tempo para pensar sobre o fato que abandonou o homem que amava para sempre por nada. Ela precisou pegar a varinha e, ao lado de seus dois melhores amigos, começou uma batalha que já era perdida. Amy sabia que iria morrer. Afinal ela não era nada comparada a todos aqueles comensais. Nem a Lady Voldemort. E ela nunca mais o veria. Veria o homem que ela amou. Porque ela foi burra o bastante de não ver o óbvio. Que Tom Riddle a amava. E agora ela estava presa nessa nova realidade e sem muitas chances de durar mais que cinco minutos.

Mas então ela olhou para seus dois lados. E ali estavam. Duas pessoas que dependiam dela ser forte para que sobrevivessem ao que estava acontecendo e pudessem voltar para os braços da família. Duas pessoas que por anos foram a própria família de Amelia. E por eles, pelos amigos/irmãos que tinha ao seu lado, ela não deixaria barato.

– Você quer uma batalha Calli? Tudo bem. Não vamos esquecer quem foi que ganhou nosso último duelo! - E com isso lançou uma feitiço com mais força. Pode escutar ao fundo um barulho se aproximando e rezou que fossem seus amigos ou tudo aquilo seria em vão.


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