O Legado de Lily Potter escrita por O Coração Negro, Lana


Capítulo 25
Capítulo 24 – Uma outra visão




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Capítulo 24 – Uma outra visão

Pequena mudança no ponto de vista.

Alexander Miller

Eu havia acabado de acordar na ala hospitalar. Levei alguns momentos para descobrir o que fazia naquele leito de enfermo, fechei os olhos e pisquei varias vezes para me acostumar com a claridade. O Lorde das Trevas havia renascido e alguém me estuporou por trás. Meu ex amigo havia me traído e impedido de fazer justiça, esse pensamento me causou dor.

Fazia tanto tempo que eu havia acordado de um longo sono da mesma maneira... Ainda doía lembrar, mas com o primeiro pensamento, as lembranças seguintes vieram em fluxo.

Quantos anos eu tinha naquela época? Seis? Sete? Era o auge da ascensão de Voldemort, caçar trouxas era um esporte para os devotos Comensais da Morte, mas eu estava alheio a tudo isso. Eu era apenas uma criança, apenas uma inocente criança que brincava com os amigos no pátio da escola primária local, e desconhecia a existência dos bruxos ou magia.

Lembro-me daquele dia como se fosse ontem, eu brincava de bola quando um dos meus amigos chutou a bola muito longe, ela ultrapassou a cerca e eu fui pegar, uma mulher estava com ela. Eu devia ter corrido de volta para a escola, mas eu queria a bola, a mulher me assustava e tinha uma aparência tão impressionante que fiquei pasmo observando as excêntricas roupas bruxas da mulher que eu viria, a saber, ser BellatrizLestrange.

– O bebezinho perdeu sua bolinha – disse a mulher com sua voz de estridente. Eu havia sentido um arrepio de medo, algo no olhar dela me fez sentir como se a morte tivesse colocado as mãos em volta de meu pescoço. Os bruxos que estavam com ela riram do meu medo e a bola explodiu me fazendo dar um salto para trás.

– Ora! Um sangue-ruim! – riu a bruxa deliciada, então ela tirou uma pequena vareta de dentro das vestes e com algumas palavras conjurou uma rosa do ar, eu fiquei maravilhado, lembro de ter pensando: “Talvez ela não seja tão ruim”...Eu estava enganado, aquela bela flor possuía veneno.

Há séculos, antes dos bruxos entrarem para a clandestinidade, quando os bruxos e trouxas viviam em guerra, existiam magias feitas exatamente para dizimar trouxas. Aquela era uma delas, uma rosa mágica com um feitiço mortal, que tornava seu aroma em veneno, era algo feito especificamente para matar trouxas. Não um problema para um bruxo formado que resolveria a situação com um simples feitiço cabeça de bolha e um “FiniteIncantatem”, mas era algo muito além de um nascido trouxa como eu.

Eu devia ter corrido, ou pelo menos me afastado, ás vezes me pego pensando em que rumo minha vida teria tomado se eu apenas não tivesse ido buscar aquela bola. Peguei a flor, em toda sua beleza, seu delicioso aroma e seus espinhos que se encravaram na carne da minha mão, mas não doeu, estava maravilhado com aquela rosa verde de delicioso aroma, e voltei para dentro feliz, como se tivesse ganho o melhor presente do mundo.

A flor possuía um veneno cruelque se espalhou pelo ar, água e solo, de pessoa para pessoa. Foi de imediato, todos no pátio adoeceram e os professores também, matando tudo, mas eu não morri. Apesar de doente, eu era um bruxo e aquele veneno era feito para matar trouxas. Eu entrei no mais absoluto desespero ao ver que todos que se encontravam comigo morreram, mas eu não entendia que ao mesmo que eu me aproximava de alguém família ou desconhecido para pedir ajuda estava apenas espalhando a doença, assim que perdi tudo.

Depois de todos os demais morrerem, minha mãe, pai, irmãos, eu fiquei apenas deitado no chão da minha escola, doente, morrendo de pouco a pouco, contaminado. Foi quando eu vi a luz, uma claridade roxa e pura que deu fim ao meu sofrimento. Mais tarde, uma década depois, eu viria a saber ao certo como me salvei.

O Ministério localizou a fonte da bruxaria e enviou medibruxos e aurores. Cobriram tudo como uma epidemia, uma doença macabra que me tirou tudo. Eu sobrevivi apenas por ser bruxo, mas contaminado como eu estava precisei ser posto em sono mágico em coma por anos, sem envelhecer, vivendo dentro de um pesadelo dentro da minha própria cabeça.

Depois, tenho que considerar que viver em um orfanato bruxo, onde aprendi sobre o mundo que habitava, sobre aqueles que usaram a magia em crianças indefesas e o pior, que os culpados já estavam mortos! Eu jurei a mim mesmo que viveria para caçar bruxos das trevas, e quatro anos depois entrei em Hogwarts com um objetivo de me tornar um bruxo poderoso que poderia ir contra malfeitores.

Era uma obsessão profunda que queimava minhas entranhas, consumia meu corpo e mente, corria minha alma de uma forma tão poderosa que era enlouquecedor. Eu aprendi e pesquisei, me esboçava duas, três vezes mais que os outros, pois eu tinha uma razão de viver, não algo talvez até mais profundo e imutável que isso, não havia uma palavra para descrever. Eu apenas devia buscar a minha justiça, e me desviar desce caminho por um milímetro que fosse me fazia sentir como se fosse ser consumido pelo meu ódio.

Arika

Quando eu comecei a ouvir, eu me pergunto? Começou com um sopro, um sussurro do vento, que mais tarde se tornou uma voz, um conselho, e ás vezes um comando. Eu não sabia o que era, mas era óbvio que não estava sozinha, eu nunca estava sozinha.

Fui criada em berço de ouro por uma madrasta gentil e pai de pulso firme, ambos bruxos. Fui adotada porque minha mãe biológica havia morrido no parto, meu pai não falava muito a respeito e com o tempo aprendi a amar minha segunda mãe, como eu me referia a ela.

Eu cresci com aquela voz me guiando, me moldando... E me atormentando, pouco a pouco me levando a loucura, ás vezes me levando a cometer pequenas travessuras. Tudo que eu queria era paz e silêncio. Achei q poderia ter encontrado alento em Hogwarts, mas a voz apenas se fortalecia, era mais fácil me deixar levar e pouco a pouco me entreguei completamente.

Fui uma aluna modelo. Mas pelas sombras fundei um grupo, induzi à violência, manipulei e usei,tudo sob o comando daquela voz. O que consegui com isso foi a paranoia, insônia, loucura e eventualmente nada.

Dor, aquela voz me causava dor, e a pior dor era quando eu me recusava a obedecer. Era tão mais fácil aceitar. Matei meu pai e minha mãe, e agora tudo que eu sentia era o vazio, um nada, como se eu tivesse mergulhado em um sono eterno equivalente à morte, porém eu despertava.

Porque isso não acabava? Eu me perguntava, afinal eu já havia entregado tudo para a voz, por que eu não podia apenas ter paz?


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Notas finais do capítulo

Sentiram minha falta? Eu sumi porque tenho feito umas provas no domingo, ontem mesmo fiz uma, desculpem a demora.



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