Mais um verão escrita por Mark


Capítulo 32
A filha da beleza e o filho do sono




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PERCY (Point of View)

Assim que terminei de mostrar o Acampamento para Andrew e Sophia, já eram seis da tarde. Estava quase na hora do jantar, e eu ainda não havia tomado um banho desde que retornei ao Acampamento. Levei os dois para o meu chalé, onde eles ficariam me esperando para irmos juntos ao pavilhão-refeitório, para o jantar. No caminho, encontramos Grover, e ele veio conosco até o chalé de Poseidon. Deixei Grover, Andrew e Sophia conversando no meu chalé, e fui ao banheiro, para tomar o meu banho, antes de jantar.

Enquanto tomava o banho, pensei em Annabeth: o que será que ela queria falar com Silena? Espero poder encontra-la no pavilhão...

Sai do banheiro, e Grover e os outros já não estavam mais no meu chalé. Encontrei um bilhete na minha cama, dizendo:

Você demora muito para tomar banho, Cabeça de Alga! Eu, Grover e os outros estamos te esperando no pavilhão. Beijos, Annabeth.

Então percebi que realmente havia demorado um pouco no banho. Já eram seis e meia. Apenas um pouco de atraso, quem nunca ficou trinta minutos em baixo do chuveiro? Vesti uma calça jeans e uma camisa laranja, do Acampamento Meio-Sangue. Deixei meu chalé e fui em direção ao pavilhão-refeitório.

Quando finalmente cheguei ao pavilhão, Annabeth, Grover, Samara, Andrew e Sophia estavam na minha mesa, conversando.

– Finalmente! – falou Grover, levantando-se e apertando minha mão.

– Eu demorei tanto assim no banho? – perguntei, olhando para Annabeth. Ela assentiu.

– Quando cheguei em seu chalé, Grover, Andrew e Sophia já estavam impacientes. Decidi trazê-los logo para cá, e esperar você aqui. – Annabeth explicou. Eu assenti.

Olhei para Samara, e ela estava linda como sempre. Ela sorriu para mim.

– Acho que Quíron quer falar com você. – Samara disse. Eu assenti, e olhei para o centro do pavilhão, onde Quíron estava sentado à mesa principal, junto com Sr. D, olhando para mim.

– Tem razão. Já volto. – falei, indo em direção à Quíron.

Quando cheguei, Quíron me convidou a sentar com eles. Assim o fiz. Não tinha a mínima ideia do que ele queria falar comigo, mas acho que coisa boa não deve ser. Dava pra notar isso pela expressão facial dele.

– Bem, Percy... – ele começou.

– Sim? – perguntei, sentando em uma das cadeiras.

– Por que não bebe alguma coisa, Peter Johnson? Aceita vinho? – Sr. D perguntou, enquanto segurava uma latinha de Diet Coke em uma das mãos, e um jornal na outra.

Peguei a taça que estava encima da mesa, e quando Sr. D pensou que eu ia realmente pedir vinho, a taça ficou preenchida por um líquido azul, que logo levei à boca.

– Suco de blue berry. – falei, e Sr. D suspirou.

– Você não deveria oferecer bebida alcóolica à menores, Sr. D. – Quíron advertiu.

– Bem, desculpe. – falou Dionísio, sem se importar.

– Bem... Não quero parecer grosseiro, mas por que me chamou, Quíron? – perguntei, após tomar mais um pouco daquele suco mágico. Sério, era muito bom.

– Certo, vamos lá... Apresentaremos os dois novos semideuses mais tarde, após o jantar, em frente à fogueira. É lá onde eles devem ser reclamados também. – falou Quíron. Eu escutava tudo, enquanto tomava mais do meu suco azul.

Tudo bem, tudo bem... Eu estava errado quando pensei que ele ia me dar uma notícia ruim.

– Não fique mais vazia. – falei baixinho, e a minha taça de suco de blue berry ficou novamente preenchida.

– O que disse? – perguntou Quíron.

– Ah, nada. – respondi.

– Muito bem, então nos vemos novamente na fogueira, Percy. – disse Quíron, eu assenti.

– Com licença, vou até minha mesa. – disse, levantando da minha cadeira e deixando minha taça de suco azul mágico para trás.

– Como ele ousa recusar vinho!? É inacreditável. – pude ouvir o Sr. D falar, enquanto me dirigia à mesa de Poseidon. Sorri e continuei a andar.

Chegando à minha mesa, sentei-me e todos queriam saber sobre o que Quíron havia falado.

– Não foi nada demais. – disse – Ele só falou para irmos ao anfiteatro depois do jantar, para a fogueira. Como sempre. – Annabeth assentiu.

– Então tudo bem... – disse Grover. – O que vamos comer?

– Hum, que tal pizza? – Andrew sugeriu.

– Por mim tudo bem. – falou Annabeth.

– Sem problema. – disse Sophia.

– É uma boa ideia. – falou Samara.

– Pronto. Então vai ser pizza. – falei.

– Mas de quê? – Grover perguntou.

– Mozzarella. – respondi, e todos concordaram.

Assim que pedimos, uma pizza grande de mozzarella surgiu magicamente sobre uma forma. Servimo-nos, e cada um escolheu uma bebida. Eu, como sempre, escolhi suco de blue berry.

– Não fique mais vazia. – falei, com minha taça de suco de blue berry na mão.

Andrew e Sophia olharam espantados para mim. Os outros não esboçaram nenhuma emoção, apenas tomaram um pouco de suas bebidas.

– O que foi? – perguntei.

– Você disse “Não fique mais vazia”. – Sophia falou.

– Sim... – eu falei, fazendo-a concluir o seu pensamento.

– Então ela não vai mais ficar vazia? – Andrew perguntou, segurando sua taça preenchida com suco de uva.

– Não. – disse Grover.

– Por que o espanto? – perguntei.

– Ah, deixa pra lá. – falou Andrew, levando sua taça à boca.

Eu sorri. Eles só haviam visto estas taças mágicas uma vez, enquanto estávamos no Large Ship. Acho que eles não sabiam que pedir para uma taça nunca mais esvaziar era possível. A pizza de mozzarella do Acampamento era sensacional, minha preferida. Quando nossos pratos estavam preenchidos com a pizza, levantamos para ir à fogueira, fazer nossas oferendas.

– Para onde estamos indo? – perguntou Andrew.

– Fazer uma oferenda aos deuses. – respondeu Annabeth. – Quando chegarem à fogueira, joguem um pedaço da comida. – Andrew e Sophia assentiram.

Quando voltamos à nossa mesa, começamos a jantar. Assim que terminamos de comer, as outras mesas já haviam ido ao anfiteatro.

– Onde eles estão indo? – perguntei. Grover olhou sério para mim, mas logo cedeu.

– É mesmo, você ficou fora nos últimos dias. – ele começou – Agora temos uma fogueira também no anfiteatro. É lá onde vamos toda noite após o jantar.

– Não deveríamos ir também? – perguntou Sophia. – Digo, o centauro mandou irmos, certo?

– Não há problema em alguns minutos de atraso! – disse Grover – Vocês estão com Percy Jackson e Annabeth Chase!

Os dois assentiram, e tomaram um pouco mais de suas bebidas. Poucos minutos depois, todos nós já estávamos indo ao anfiteatro, que com certeza já estava lotado. Quando chegamos lá, Sr. D comemorou.

– Finalmente! – ele disse.

– Feliz por me ver, Sr. D? – perguntei, entrando no anfiteatro com os outros.

– Não fique se achando, Peter. Só quero que isso acabe rápido, pois não quero perder muito de meu tempo. – ele falou indiferente.

– Percy, Annabeth! Venham aqui. – falou Quíron, aproximando-se. Grover e os nossos outros amigos foram para a arquibancada. – Peço a atenção de todos, por favor.

No mesmo instante todos pararam com as conversas paralelas e prestaram atenção no que Quíron queria falar.

– Assim está melhor. – ele começou – Percy Jackson e Annabeth Chase trouxeram mais dois meio-sangues para nosso Acampamento hoje, e quero parabeniza-los por isso.

Todos no anfiteatro bateram palmas. Eu e Annabeth acenamos para alguns amigos conhecidos, como Silena, Grover e os outros, e até Clarisse.

– Conseguimos trazê-los em segurança, Sabidinha. – falei no ouvido de Annabeth.

– Sim, Percy. Conseguimos. – ela falou, sorrindo.

A minha Annabeth de agora estava muito mais feliz que a minha Annabeth de antes dessa missão. Ela estava chateada por causa do ‘incidente do sequestro’, mas agora ela parecia nem lembrar disso. Eu estava feliz por vê-la feliz.

Andrew e Sophia também pareciam estar felizes na sua nova casa. Eles olhavam admirados a parte interna do anfiteatro, já que quando passamos por aqui só foi possível ver a parte externa.

– E agora, venham aqui, Andrew e Sophia. – disse Quíron. – Os dois mais novos semideuses do Acampamento.

As pessoas nas arquibancadas também bateram palmas para eles dois. Vieram até nós, e esse deve ser o momento. O momento tão esperado por todos nós. O momento de saber quem é o pai ou mãe de Sophia e Andrew.

Enquanto Sophia se dirigia ao centro, uma espécie de insígnia rosa brilhante surgiu sobre sua cabeça. Ela, notando o brilho do holograma, olhou para cima, e viu de relance o objeto rosa brilhante.

– Sophia! – Quíron gritou – Você é filha de Afrodite.

– Isso! – Annabeth falou, comemorando.

– O quê? – perguntei, confuso.

– Eu já sabia disso, Cabeça de Alga! Vai dizer que você não sabia? – Annabeth perguntou, levantando uma sobrancelha.

– Como eu poderia saber?! – perguntei, e Annabeth balançou a cabeça, sorrindo.

– Ela tem charme na voz. Esse charme pode fazer qualquer pessoa obedecer aos comandos da Sophia. – Annabeth explicou e eu assenti.

Mais uma vez, os semideuses da arquibancada comemoraram. Como um passe de mágica, Sophia ficava a cada passo mais bonita. Com certeza era a benção de Afrodite, que é dada aos filhos e filhas da deusa do amor, quando eles são reclamados.

Andrew olhava admirado para sua companheira, mas de repente, algo semelhante surgiu sobre a cabeça do outro semideus que trouxemos para o Acampamento: eu admito que nunca havia visto uma insígnia igual àquela antes. Quíron pareceu não acreditar no começo. Ele estava pálido. Parecia não acreditar, mas se expressou:

– Hipnos! – gritou o centauro.


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