Mais um verão escrita por Mark


Capítulo 31
Conhecendo o Acampamento Meio-Sangue




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ANDREW (Point of View)

Tudo nessa vida é possível. Notei isso depois de ver um sátiro e um centauro com meus próprios olhos. O garoto bode, Grover (acho que esse é o nome dele), parecia legal. O cara meio cavalo, meio humano, também. Já aquele outro cara, o tal Sr. D, não era tão legal assim. Depois que eu e Sophia começamos a seguir Percy e Annabeth pelo Acampamento, todas as pessoas que estavam na praia saíram de lá. Algumas foram para uma enorme construção, o pavilhão-refeitório, que eu e Sophia avistamos antes de chegar ao Acampamento. Já outras pessoas foram para outros lugares que eu ainda não conhecia.

– Bom, vamos começar por aqui então. Esses são nossos chalés. – falou Annabeth, assim que chegamos a um lugar onde havia várias construções. Tinham formato de “U”, era o que dava para perceber.

– E o que vocês fazem nos chalés? – perguntou Sophia, interessada.

– Bem... Nós dormimos neles. – respondeu Percy. Eu e Sophia assentimos. – O meu é aquele ali!

Percy nos levou até o seu chalé, que ao contrário da maioria dos outros, parecia vazio. Quando chegamos à porta do chalé de Percy, notamos que realmente estava vazio.

– Por que não tem ninguém? – perguntei. – Digo, os outros têm pessoas, não é? – Annabeth assentiu.

– Cada chalé é representado por um deus, e esse é o chalé de Poseidon. – ela explicou. – Percy é filho de Poseidon e não tem irmãos semideuses no Acampamento, por isso apenas ele vive aqui.

Sophia assentiu. Ela estava prestando bastante atenção em tudo o que Annabeth falava. Não queria perder uma informação sequer.

Entramos no chalé de Percy. O lugar não parecia muito organizado, pelo contrário: lençóis estavam jogados na cama, e camisas jogadas pelo chão.

– Então apenas os filhos de Poseidon podem viver aqui. – notei, e Percy assentiu. – Cara, você não arruma esse lugar?

Percy pareceu envergonhado.

– Eu não tive tempo, pois me mandaram procurar por dois semideuses que agora acham que meu chalé é desorganizado! – ele disse irônico. Sophia, Annabeth e eu sorrimos.

– Não te mandaram procurar, eu te chamei. – Annabeth disse. – Você aceitou por que quis.

– Não, eu aceitei por que você também iria. – Percy disse. Annabeth corou um pouco.

Depois de alguns segundos de silêncio, Sophia falou.

– Bem... Mas e você? Qual o seu chalé? – perguntou Sophia a Annabeth.

– Aquele ali. O chalé de Atena. – Annabeth respondeu, saindo do chalé de Percy e apontando para outro chalé, o que supostamente era o dela.

Ao contrário do chalé de Poseidon, onde Percy vivia, o chalé de Atena era repleto de semideuses. Annabeth nos levou até lá, e nos apresentou aos seus irmãos de Acampamento. O chalé de Annabeth era muito mais organizado do que o de Percy. Várias camas estavam no fundo da construção, mas todas elas arrumadas.

– Comparado ao seu, esse é o chalé mais organizado que deve existir. – falei, e Percy se irritou.

– Cale-se e escute! – disse Percy, eu sorri.

Annabeth continuou a falar, apresentando cada um de seus irmãos de chalé a mim e à Sophia. Depois que deixamos o chalé de Atena, ouvimos uma gritaria vinda de outro chalé.

– Me devolva isso! – gritava uma linda garota, correndo atrás de um garoto que tinha em suas mãos uma caixa. – Vamos Travis, devolva!

– Não Jasmine, só quando você me beijar! – ele disse, sorrindo.

– Parem com isso! – gritou Annabeth. Os dois pararam no mesmo instante. – O que pensam que estão fazendo?

– O Travis pegou minha maquiagem! – a garota, Jasmine, falou.

– E não vou devolver enquanto ela não me beijar! – o garoto disse, abraçando a caixa que estava em suas mãos.

– Vamos Travis, devolva a maquiagem da minha irmã. – disse outra garota, se aproximando. Eu fiquei meio confuso no momento, pois aquela voz parecia com a que Sophia usava quando queria que eu fizesse algo, e eu não conseguia recusar.

– Silena! – a garota, Jasmine, gritou.

– T-tudo bem. – o garoto, Travis, falou, devolvendo a caixa à Jasmine.

– Agora peça desculpas. – Silena disse.

– D-desculpe. – ele obedeceu.

– Agora volte para o seu chalé e não perturbe novamente a Jasmine. – ela disse. Travis assentiu, e saiu correndo.

– Obrigada, Silena. Não sei o que faria se você... – Jasmine falava, quando Silena a interrompeu.

– Você também vai poder usar seu charme quando ganhar mais experiência. – a garota Silena falou. A outra garota, Jasmine, parecia triste.

– Eu nunca vou conseguir Silena. Eu sou uma imprestável. – ela disse, abraçando Silena.

– Você é nova, apenas. – Silena falou. – Você também vai poder fazer isso. Agora volte, preciso falar com Quíron sobre... Annabeth! – ela gritou, quando se separou do abraço de Jasmine.

Parecia que ela só havia notado Annabeth nesse momento. A garota, Jasmine, voltou para o seu chalé levando em suas mãos a caixa que antes estava com o Travis, enquanto Silena veio em nossa direção.

– Há quanto tempo! – Silena disse, abraçando Annabeth.

– Que bom te ver de novo. – Annabeth disse ao se separar do abraço. – Como estão as coisas?

– Tudo muito bem... Às vezes os irmãos Stoll fazem essas brincadeiras, mas nada demais... – ela disse. – Quem são eles? – ela perguntou, ao olhar para mim e Sophia.

– Andrew e Sophia. – respondeu Percy. – São novos no Acampamento. – Silena assentiu, e se aproximou de Sophia. Ela a observava com um rosto sério.

– Ela já sabe? – Silena perguntou à Annabeth, baixinho, mas deu para escutar.

– Já sei de que? – Sophia perguntou curiosa.

Annabeth balançou a cabeça, negando.

– À noite você descobrirá. – Annabeth falou.

Eu admito, fiquei confuso. Sophia também parecia não entender, até que Percy pigarreou.

– Bom... Acho melhor irmos andando. Andrew e Sophia ainda têm muita coisa para ver. – ele disse. Annabeth assentiu.

– Tem problema se eu ficar conversando com a Silena? Você pode mostrar o resto do Acampamento a eles e... – Annabeth falava, quando Percy se aproximou dela.

– Nos vemos no jantar. – ele disse, e a beijou. Annabeth corou e assentiu, e quando se separam Percy se despediu de Silena.

– Até mais, Silena. – ele falou. – Vamos. Vocês dois ainda têm muita coisa para ver. – disse, agora olhando para mim e Sophia.

Continuamos a passear pelo Acampamento. Percy respondia a todas nossas perguntas, até que perguntei quem era o garoto que havia pegado a caixa de maquiagem da garota, Jasmine.

– Ah, aquele é o Travis. – ele disse. – Ele gosta de fazer esse tipo de brincadeira.

– E ele é de qual chalé? – perguntou Sophia.

– Hermes. – disse Percy.

– O deus... – eu falava, enquanto tentava lembrar as características atribuídas a Hermes. – Dos ladrões?

Ouvimos um trovão, coisa que eu achei estranha, pois o céu estava azul, sem nuvens. Percy se aproximou de nós.

– Bom, sim. – Percy disse baixinho. – Mais vamos chamá-lo de mensageiro dos deuses, apenas.

Sophia e eu assentimos. Continuamos a andar, até que eu perguntei.

– O que foi isso?

– Isso o que? – Percy parou de andar, e olhou para mim.

– Esse trovão que ecoou quando falamos de Hermes. – respondi, e ouvimos outro trovão.

– Bem... Devemos evitar chamar o nome dos deuses. – Percy disse. – Sabem, eles não gostam. – eu assenti.

– Desculpe. – murmurei.

– É bom mesmo. – ouvi uma voz parecia àquela do dia que eu e Sophia encontramos Percy e Annabeth, na praia. Me assustei, e olhei para todos os lados, tentando encontrar o dono daquela voz. Sem sucesso.

– Algum problema? – Sophia perguntou.

– N-não. Vamos continuar. – falei. Percy assentiu, com um rosto confuso, e continuamos a andar pelo Acampamento.


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