Meu Vizinho é um Vampiro! escrita por KaulitzT


Capítulo 9
Black House.


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, eu to morrendo de sono e só postei hoje por que amo vocês e não queria demorar muito. Obrigada pelo carinho, serei breve pois realmente estou morta ahaha
Boa leitura!
ps: Persefone é o nome da minha Hamster que ganhou filhotes hoje! sou vovó kkkk



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– Eu não sei o que vestir, Eve - Resmunguei para minha amiga que estava do outro lado da linha.

– Isso tudo é por que não sabe como impressionar o Ethan? Ou o Alek? - Pude ouvir ela rindo baixinho.

– Eve, dá um tempo. - Revirei os olhos.

– Bom, eu quero ir bem bonita. Sexy sem ser vulgar.

– Isso tudo se dá devido ao fato de você ir com o Alek? - Perguntei tentando fazer piada, tentando não me assustar ao pronunciar esse nome.

– Claro que não. Eu só aceitei ir com ele pra não deixá-lo sem graça. Meu alvo é Tyler Summers.

– Tyler Summers? O Tyler do grupo de teatro? - Perguntei um tanto incrédula. De todos os garotos da escola ele era uns dos que eu jamais pensei que Eve pudesse se interessar.

– Sim. Eu sei que ele tem sardas e o apelidam de ferrugem, mas eu não sei explicar... Ele tem um charme... Eu não sei, ele é fofo.

– E quantas vezes vocês conversaram, Eve?

– Nenhuma, na verdade. Mas isso pode e vai mudar a partir de hoje! - Exclamou Eve.

– Tudo bem, Eve. Boa sorte com o ferrugem - Ri da minha piada maldosa.

– Você deveria fazer Stand Up, afinal, você é sempre tão engraçada. - Disse ela, irônica. - Preciso desligar, minha mãe precisa usar o telefone.

– O que aconteceu com o seu celular?

– Minha mãe confiscou. Digamos que eu extrapolei na última semana e a conta veio um pouco cara demais.

– Entendo. É isso que dá pegar o número de todos os garotos da escola.

– Todos menos do Tyler. - Ela fez uma pausa - Por enquanto.

– Tchau, Eve. - Revirei os olhos.

– Tchauzinho, Amy. Nos vemos na Black House.
Depois de desligar o telefone, brinquei com Persefone, que estava em cima da minha cama.

– O que vou vestir, Pê? - Perguntei á minha cadelinha que mordia meus dedos de leve.


******************

Minutos depois ouvi a busina do carro de Ethan. Desci as escadas depressa passando pela sala.

– Tchau, pai. Não precisa me esperar acordado! - Gritei.

– Você precisa de dinheiro, filha? - Gritou ele da cozinha.

– Não, obrigada.

Sai pela porta e Ethan já me esperava encostado no capô do carro. Devo confessar que ele estava muito bonito. Jeans justo, blusa verde em gola v e vans vermelhos nos pés, um típico adolescente americano. Por um momento, senti-me feliz e segura por ter Ethan ao meu lado. Ele me fazia sorrir, era um cara legal e o melhor de tudo era que quando eu estava com ele eu quase me esquecia de Jake e de Alek. Olhei para a garagem da casa ao lado e por sorte o Audi relusente de Alek já não estava lá. Ethan me olhou dos pés a cabeça e abriu um largo sorriso.

– Você está linda, Amy!

– Obrigada. - Assenti corando.

Entramos no carro e seguimos para a casa noturna. Antes mesmo de dobrar o último quarteirão eu já podia ouvir a música alta.

Entramos na Black House, sem muita dificuldade, na verdade sem dificuldade alguma. Eu vi vários estudantes que assim como eu, eram menores de idade e até mesmo três anos mais novos que eu. Não era preciso apresentar identidade para entrar. O ambiente era um tanto sinistro. Senti uma terrível sensação assim que vi o amontoado de corpos no galpão. Caras bem mais velhos dançavam bem perto de meninas de 15 anos, parecia que alguém se machucaria a qualquer momento.

Ethan me levou para o bar que ficava mais a frente. O fluxo lá era mais tranquilo e reservado. Conforme nos aproximávamos pude ver Eve e Alek. Ela acenou sorrindo, enquanto Alek tinha uma expressão observadora.

– Vamos dançar? - Exclamou Eve, num convite coletivo.

– Não, obrigada. Eu não danço... - Senti-me complemente idiota por isso. Qual a graça de ir a uma boate e não dançar?

– Qual foi, Amy! - Ethan sorria. - Dança comigo...

– Não, Ethan. Eu realmente não me sinto a vontade.

– Você vem, Alek? - Eve perguntou a sua companhia.

– Bom. - Alek abriu os braços, para enfatizar seu argumento. - Olhe para mim, eu sou um italiano que mal pronuncia a palavras corretamente. Acho que dança não faz muito o meu estilo.

Eve e Ethan riram. Eu não. De repente resolvi aceitar o convite e deixar a vergonha de lado, apenas para não ficar sozinha com Alek.

– Se vocês prometerem pegar leve eu posso tentar. - Avisei, tentando parecer animada.

– Claro, amiga! Vem! - Disse Eve me puxando para o meio da multidão, sendo seguida por Ethan.

Eve arrancou boas gargalhadas de mim com seus passos de dança ridículos. Ela era tão espontânea, parecia não se preocupar em não saber dançar e se alguém estava olhando. Senti inveja, porque eu nunca consegui ser assim. Ethan conciliava sua presença entre o bar e a pista de dança. Ele já estava fedendo a álcool.

– Amiga, preciso voltar. Alek está sozinho e foi ele quem me convidou... Ele pode estar se sentindo mal por eu tê-lo deixado.

– Tudo bem.

Ethan voltou para a pista e agarrou-se a mim de maneira na qual eu me senti desconfortada. Ele me pegou pela cintura, deslisava a mão por minha coxa e diversas vezes tentou colocar a mão em minhas partes mais íntimas.

– Para, Ethan. - Pedi, tentando ser compreensiva e considerar o fato de que ele estava pra lá de bêbado.

– Qual foi, Amy. Eu sei que você gosta.

Ele me virou para olhar meus olhos. Deu um sorriso cafajeste e começou a tentar me beijar.

– Ethan... - Tentei empurrá-lo mais ele me prendia mais perto.

– Relaxa, Amy. Eu sei que você quer, você é tão safada quanto qualquer outra menina na pista.

Depois de ouvir isso, meu sangue borbulhou. Dei uma joelhada no meio de suas pernas com toda a força, resultando num grito e queda imediata de Ethan.
Passei pelo bar e vi Alek sozinho. Eve estava mais a frente conversando com Tyler Summers. Dei a volta e saí pelas portas do fundo.

Eu não queria ficar mais naquele lugar. Minhas mãos tremiam e lágrimas insistiam em rolar. Tentei ser firme e não me abalar com isso, mas quem eu queria enganar? Ethan havia me tratado como uma vadia e isso havia acabado comigo.
Enquanto passava por entre as vielas que levariam até a estrada, um grupo de homens se aproximou de mim. Fui cercada por um circulo formado por eles, que tinham o mesmo cheiro nojento que Ethan. Tentei me afastar, mas um deles me agarrou e me jogou no chão.

– O que a garotinha guarda no meio dessas pernas? - Um deles começou, seguido de gargalhadas monstruosas. - Será que temos algo apertadinho ou largo?
– Com certeza largo e bem largo. Essa dai tem cara de vadia de colegial. - Uma outra voz respondeu.

Eu não tinha coragem para olhar. Protegi meu rosto com os braços e tentei manter a calma. Se eu corresse eles com certeza me pegariam pois estavam perto demais, então eu precisaria esperar pelo momento certo.

– Larguem a moça. - Uma voz rouca e masculina fez meu coração quase gritar de alegria. Era Alek.
Olhei por entre os braços e pude ver enquanto os homens se juntavam para partir pra cima dele. Alek perderia a batalha, com certeza. Pelo meu cálculo rápido haviam seis homens. Mais uma vez preferi não olhar. Meu salvador provavelmente precisaria ser salvo. Ouvi barulho de carne sendo atingida e ossos se quebrando. Ouvia gemidos agonizantes de dor. Quando pensei que eu seria a próxima, senti uma mão sobre meu ombro.

– Você está bem? - Alek me perguntava com a voz calma, como se estivesse numa reunião entre amigos, nem parecia que ele tinha acabado de sair de uma briga.
Fiquei ainda mais surpresa quando meus olhos pousaram sobre o rosto de Alek. Ele tinha um corte profundo no rosto, algo tão feio que poderia desfigurar a sua face. Pisquei rapidamente quando vi a ferida se fechar, como nos filmes. Como em Percy Jackson. Alek estava se curando, como o Wolverine. Arrastei-me para longe com os olhos arregalados.
– O que você é?


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