Meu Vizinho é um Vampiro! escrita por KaulitzT


Capítulo 7
Pain.


Notas iniciais do capítulo

OMG! Demorei mais estou de volta e muuuuuuuito feliz!!!!! Meu vizinho é um vampiro já tem 4 recomendações!!! Obrigada á John Green Lover, 483Mikaella, Egoísta Kaulitz e a Kah, por suas lindas palavras que me motivaram muito! Aos novos leitores, sejam todos bem vindos!
Esse capítulo não vai ser narrado apenas pelo ponto de vista da Amy, como também em terceira pessoa. Espero que não fique confuso e que todos possam entender!
p.s: Estou de volta e com força total!



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Sentir seu toque. Ouvir sua respiração. As gotas de chuva compondo uma bela sinfonia. Eu desejo que nem eu sabia que guardava.

Não conseguia respirar. Meu cérebro não correspondia aos meus comandos para que me afastasse de Alek. Estávamos perto de casa e eu temia caso meu pai ou Judite nos vissem nessa situação, seria tão constrangedor. Mas mesmo assim eu me sentia tentada a continuar sentindo Alek tão próximo, como se fosse um erro que de alguma forma parecesse correto.

– Você é tão bonita. - Ele sussurrou, talvez com a intenção de criar um mundo particular só para nós dois.

– Alek, eu... - Na verdade, eu não sabia o que dizer, e nem sabia o motivo de ter dito alguma coisa.

– Alek? - Uma voz feminina familiar paralisou meu corpo.

– Judite. - Alek respondeu enquanto olhava a tia com um olhar frio.

Tentei empurrar Alek para longe, mas ele só se prendeu mais a mim. Que constrangedor.

– Amelia, o que seu pai vai achar se souber que você fica por ai agarrada com meninos que você mal conhece? - Judite me observava sem expressão.

– Estamos num país livre, tia Judite - Começou Alek - Você precisa entender que não estamos mais no interior da Itália e principalmente - Ele pareceu querer transmitir melhor a mensagem, erguendo-se em direção a ela - Não vivemos mais em 1870.

Eu não gostei da forma com que a conversa se desenrolava. Primeiro por que Judite estava me ofendendo, indiretamente, mas estava. Segundo por que Alek falava como se nós estivéssemos mesmo fazendo alguma coisa.

– Eu não estou fazendo nada, Judite - Respondi fria, enquanto lutava para me livrar da pegada de Alek - Alek apenas me ajudou a chegar até aqui por causa da chuva, e como você pode ver não estamos fazendo absolutamente nada de que meu pai não se orgulharia.
Judite pareceu me ignorar completamente, voltando-se para Alek com a voz mais imponente que poderia projetar.

– Alek, queira me acompanhar por favor. - Judite parou no meio do caminho e virou-se - Isso não é um pedido.
Minhas bochechas queimavam e eu não via a hora de que toda aquela cena constrangedora terminasse. Alek fuzilou a tia, entregou-me o guarda chuvas e fez algo que eu não imaginava que ele fosse fazer.

Ele me puxou para mais perto, depositando um beijo rápido em meus lábios, saindo correndo na chuva logo em seguida. Judite tinha uma expressão que me assustava, e isso piorou ainda mais depois de ver o beijinho que Alek me deu.
Entrei correndo em casa, afim de me esconder daquela sensação estranha. Encostei-me na parede e deixei que meu corpo caísse.

(...)

Alek adentrou as portas seguindo Judite que estava borbulhando de ódio, ele já sabia.

– Por que fez isso? - Perguntou a mulher de cabelos platinados.

– Fiz o que? - Alek fazia-se não entender.

– Você a beijou, Alek. Você a beijou na minha frente! - Ela disparou as palavras lançando para ele um olhar matador.

– Aquilo? - Alek riu nervoso - Não foi nada, não pode nem ser considerado como beijo.
Judite o olhou incrédula.

– O que você acharia se eu saísse por ai distribuindo beijos á homens que mal conheço na sua frente? Não significaria nada para você?

– É claro que significaria. - Alek mentiu, ele sabia que desde que ela voltou as coisas não eram as mesmas entre Judite e ele. - Você é minha.

– É bom que tenha isso em mente, eu sou sua, por completo e te quero por completo também, não aceito e nunca vou aceitar dividi-lo com ninguém. - Judite agora tinha uma voz doce e a guarda já estava baixa. - Você sabe que eu te amo, Alek. E que aceitei tudo isso por você, estamos nessa juntos, para quebrar a maldição.

– Eu sei - Alek suspirou.

– Beijá-la não está dentro do plano. - disse Judite, sem se importar em esconder o ciúme. - Você só precisa matá-la.

– Eu sei disso, mas primeiro preciso ganhar a confiança dela, e acredite em mim - Alek caminhou em direção a Judite, afastando os cabelos dela do rosto e acariciando seu pescoço. - Eu não vou desistir de ter você para sempre.

Judite sorriu com a investida do amado.

– Se soubessem o que fazemos quando estamos sozinhos em casa eu seria presa. Incesto não é muito bem visto na América. - Ela sorriu com os lábios esboçando desejo.

– Isso é excitante, titia. - Alek disse em tom de deboche.

– Esses americanos me ofendem, como podem acreditar que sou sua tia? Eu aparento ser assim, tão velha? - Judite fez o biquinho que sempre usava para seduzir Alek.

– Você é linda, meu amor! A mulher mais linda que eu já vi - Alek pronunciou as palavras, mas elas não saiam com tanta verdade e entusiasmo como antes. Judite sem dúvida era linda, mas não se comparava a Madeline, não se comparava a Amélia.

– Sou mais linda que Madeline, ou deveria dizer Amélia? - Judite sabia que isso provocaria alguma reação em Alek, um desconforto, talvez... Ela precisava saber se corria o risco de perder seu amado.
Alek, por sua vez, manteve a calma e não permitiu que qualquer emoção ao ouvir esses nomes transparecesse.

– Você é mais linda que qualquer mulher. - Disse por fim.

Judite o beijou de forma feroz. Seu amado que a faria imortal ainda pertencia exclusivamente a ela.
As caricias aumentaram e Judite já sentia através da calça de Alek que ele a desejava. Ele queria possuí-la, ele tinha sede dela, de todas as maneiras.

Então, ela cessou o beijo enquanto olhava para Alek que ainda ofegava de tanto prazer. Seus olhos eram tão profundos e vorazes como os de um predador. Ela sabia como tê-lo e sabia como deixá-lo louco. Por sua vez, Alek não entendia o motivo daquela pausa, mas Judite havia encontrado a sua deixa. Ela curvou a cabeça para o lado, deixando seu pescoço totalmente a mostra. Os olhos de Alek brilharam. A jugular pulsante de Judite o hipnotizava e ele andara com tanta sede. Isso o fez lembrar de Amélia, cujo sangue tinha um cheiro extremamente convidativo, um toque doce da descendência de sua amada Madeline, e aquela semelhança quase que sobrenatural. Ele sentiu-se tão mal por ter contato com o sangue de Judite que quase pensou em desistir de mordê-la.
Judite já estava impaciente com a demora de Alek, então puxou uma tesoura da bancada onde seu corpo era pressionado pelo de Alek e passou a lâmina no pescoço. Imediatamente sentiu seu sangue quente escorrer por sua pele e menos de um segundo depois sentiu Alek cravando suas presas, alimentando-se dela.

Aquilo era irresistível e Alek perdia totalmente os sentidos quando sangue estava em jogo. Ele sugou o que pode antes que Judite o pedisse para parar. Com os lábios encharcados de sangue, ele a beijou. Judite deliciou-se com o sabor do próprio sangue e suas presas latejavam. Alek estendeu o braço para ela que na mesma hora penetrou com força suas presas, furando-lhe a pele.

Depois disto ambos tinham força para passar a noite toda se amando. Alek tirou a roupa de Judite com tanta força que a rasgou e ela fez o mesmo. E assim permaneceram por toda a noite.

(...)

Eve e eu estávamos na entrada da escola esperando por Robert.

– Eve, eu preciso te contar o que aconteceu ontem. - Comecei.

– Diga, querida. - Ela respondeu enquanto enrolava as pontas do cabelo com o dedo enquanto observava a multidão de alunos.

– Lembra-se do Alek?

– Como esquecer. - Ela abriu um grande sorriso, mas ainda olhava para o portão. - O que tem ele?

– Bom, ontem eu fui á biblioteca e começou a chover. por sorte encontrei Alek e que estava com um guarda chuvas e me levou até a porta de casa. - Concluí.

– E o que isso tem demais?

– Ele... bom... - respirei fundo. - Ele me beijou.

– Ele o que????? - Eve explodiu ao meu lado, agora com a atenção totalmente voltada para mim.

– Bom, não foi exatamente um beijo, sabe? Um beijãaaaao.. Foi só um selinho. E ele fez isso na frente da tia dele.

– Meu Deus!!! - Eve levantou as mãos para o ar - Isso é ótimo!
Eu não entendia onde minha amiga queria chegar.

– É? - perguntei confusa.

– Claro que é. Significa que ele não tem medo de assumir que está com você. Aposto que hoje ele vai fazer o mesmo na frente de todo mundo.

– Será? - Meu peito se inflou de esperança, agitação e medo.

– Eu aposto que sim. E a sua chance de descobrir isso acabou de chegar. - Ela sorriu enquanto olhava para os portões da escola novamente.

Segui os olhos de Eve e me deparei com o carro de Alek estacionando no portão .
"Por que ele não para o carro no estacionamento?" Perguntei a mim mesma.

As portas do carro se abriram, uma de cada lado e do lado do motorista levantou-se Judite. Alek estava no banco do carona.

Ela exibia um largo sorriso no rosto. A pele branca contrastava perfeitamente com o batom exageradamente vermelho. Os cabelos louros soltos em ondas caiam sobre a jaqueta de couro preto e assim como Alek, ela estava de óculos escuros. Ela deu um forte abraço no sobrinho, juntos demais para se considerar normal. Aquele abraço tinha um toque de sensualidade. Judite cochichou algo no ouvido de Alek e ele sorriu maliciosamente. Depois ela voltou para o carro, dando partida e seguindo em frente.

Meu corpo formigava conforme Alek se aproximava de onde Eve e eu estávamos. Depois de arrumar o cabelo rapidamente com as mãos sem que ele percebesse eu me sentia pronta para recebê-lo, da forma que fosse. E com sorte, eu o receberia com um beijo.
Eve afastou-se um pouco de mim, agarrando o braço de Robert, nosso amigo gay e deixando-se engolir pela multidão.

Embora não fizesse sentido eu estava nervosa e queria que Eve ficasse comigo para me dizer palavras nas quais eu me sentiria mais calma.
Eu mal conseguia respirar com a aproximação de Alek. Ele tirou os óculos escuros no momento em que passou por mim. Sem nem olhar na minha cara. Senti todo meu sangue descer para os pé, deixando-me gelada por dentro. Forcei-me para não chorar.
Quando olhei para trás pude ver Alek passando por Eve e acenar para ela, que respondeu com um aceno confuso. Logo ela olhou para trás e me viu ali parada, imediatamente sua expressão suavizou e ela sabia exatamente o que havia acontecido. Corri para o banheiro, esbarrando em vários corpos. Quando finalmente cheguei, tranquei-me em uma das cabines e deixei que as lágrimas finalmente escapassem.


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