Meu Vizinho é um Vampiro! escrita por KaulitzT


Capítulo 6
Jugular.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Capítulo novo!!!! EEEEE!!
Quero dar as boas vindas a: The Four Mascteres, James Fernando e John Green Lover! Espero que vocês gostem da fic e que não me abandonem!
Quero ressaltar uma coisa que sempre tenho percebido nos comentários, vocês sempre pedem para que eu não demore não é? Pois bem, vou explicá-los. Eu estudo de manha e trabalho a tarde, chego em casa morta e por isso não tenho muito tempo para escrever. Mas faço sempre que posso. Eu sei que vocês pedem para que eu poste mais logo por que gostam da fic, mas só estou falando para que não pensem que eu parei de escrever e que não atualizo por que não quero! Eu amo escrever e amo quando vocês comentam, e realmente não faço isso com tanta frequência por falta de tempo e não de vontade.
Essa semana estou em semana de provas, e isso é tenso, então pode ser que eu demore um pouco para postar os próximos capítulos, ou talvez não... Mas não sei, se eu atrasar vocês já sabem o motivo. Talvez vocês estejam se perguntando por que eu não escrevo tudo de uma vez e agendo para postar o capítulo.. Mas eu não gosto de fazer isso, eu gosto de dar boas vindas aos meus novos leitores e gosto de interagir com eles nas notas do capítulo.
Então, é isso! Boa leitura, e no final acho que vocês vão querer me matar por ter parado onde parei, mas essa é a intenção haha! Beijos, amo vocês!



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“Eu caminhava levemente pela praia. Tão levemente que os problemas pareciam desaparecer tornando meu corpo leve o suficiente para quase flutuar. Eu andava bem perto do mar, tanto que podia sentir o sal da água em meu paladar. Uma noite serena, o céu coberto de estrelas e a água morna tocando meus pés. Mais a frente, havia uma figura escura, com porte masculino. Eu temeria aquilo, mas caminhava em direção a ele sem me preocupar. Conforme me aproximava, tive a absoluta certeza de que era um homem. Um homem trajado de preto dos pés a cabeça.

Embora eu já estivesse bem perto, não via seu rosto. Por um momento hesitei em continuar. Parei próxima a ele e me envolvi por meus próprios braços fitando o mar com intensidade, tamanha intensidade que eu podia sentir a água morna cobrir meu corpo. Subitamente senti que alguém segurava a minha mão. Olhei para o meu lado e então pude identificar a figura masculina. Era Alek, mas ignorei completamente esse detalhe.

Quando o vi senti-me protegida e ambos continuamos olhando para o mar, ou para as estrelas, ou para tudo ao mesmo tempo. Talvez olhássemos buscando algo a mais para vermos. Tempo depois me vi envolta em seus braços, sendo rodeada por seu corpo que me abraçava por trás num aperto quente e aconchegante, e ali me senti segura, como se eu pertencesse aquele lugar por mundo tempo. Como se eu houvesse viajado e só agora voltado para casa. Como se eu tivesse ficado fora por muito tempo. Essa sensação me preenchia, e eu me sentia completa. A sensação era boa.

Corri os olhos sobre Alek que carregava nos lábios um sorriso preguiçoso e os olhos cheios de ternura. Ele segurou meu rosto delicadamente, seus polegares acariciavam minha pele de forma tão suave que involuntariamente fechei os olhos, como se quisesse desligar todos os meus outros sentidos e sentir, apenas sentir aquela sensação.

Ele passou a mão por trás dos meus cabelos, dando um leve puxão. Ele olhava dentro dos meus olhos e com a outra mão foi descendo e acariciando meu pescoço. Eu estava em êxtase. Estava domada por arrepios seguidos de calafrios e calafrios seguidos de arrepios. Ele puxou-me para mais perto, prendendo-me totalmente contra seu peito. Respirei fundo para sentir seu cheiro: maresia descreveria perfeitamente o perfume que Alek exalava. Ainda de olhos fechados sentia-me cada vez mais perto dele, tanto que sentia sua respiração norma e doce roçando minhas bochechas. Senti seus lábios percorrerem minha mandíbula e a essa altura eu já ansiava por um beijo, mas eu estava imóvel, esperando que ele desse o primeiro passo. E para minha surpresa, Alek colou nossos lábios, numa valsa perfeitamente sincronizada de desejo, nossas línguas pareciam dançar dentro de nossas bocas, e desejava que aquilo não acabasse nunca.

Abracei-o pela cintura e puxei-o para mais perto. Alek afastou nossos lábios com carinho, olhou para mim e sorriu. Levou sua boca até meu pescoço e sussurrou:

– Jugular.

Uma mistura de dor, prazer e adrenalina faziam meu sangue arder. Alek continuava com a boca perto de meu pescoço, mas dessa vez ele estava concentrado no que fazia, tanto que nem se mexia. Arfei de maneira descompassada enquanto apertava Alek contra meu peito numa tentativa de talvez colocá-lo dentro de mim. Ele afastou-se mais uma vez e de repente toda magia havia acabado. Os olhos de Alek estavam frios e impermeáveis, sangue escorria de sua boca, descia até seu pescoço e fazia uma poça em sua camisa. Ele me olhou com ódio e gritou:

– Você!”

Acordei num pulo com o coração martelando dentro de meu peito, tão alto que eu podia ouvir. Uma dor de cabeça insuportável havia se instalado e eu estava assustada. Morar ao lado de Alek, estudar com ele já era um castigo, porém tolerável, mas sonhar com ele era algo que fugia dos parâmetros da privacidade.

Diferente do meu sonho o dia estava feio, cinzento e chuvoso, o que não era muito comum se considerada a época em que estávamos. No verão quase não chovia, talvez um sereno brando, mas não uma tempestade como lá fora. Hoje eu não veria Eve, ela havia viajado com os pais para a cidade vizinha, assim como faziam todos os sábados. Eu ainda precisava fazer uma pesquisa para o trabalho de literatura, então teria que ir à biblioteca. E para piorar a situação, teria que ir a pé. Eu estava sem carro há uma semana, e isso me fez lembrar o favor que Alek me fizera, trazendo-me para casa de carona, embora ele tenha praticamente me obrigado. Depois do episodio vergonhoso envolvendo Jake, Alek havia passado a semana toda sem falar comigo. Ele me ignorava completamente e nos trabalhos em que precisávamos fazer trio, ele sempre se sentava ao lado de Eve e nem olhava na minha cara, embora fossemos do mesmo grupo. Eu não entendia seu comportamento, afinal, eu não havia feito nada de tão grave e na verdade Jake me agarrou. Mas para mim isso não fazia diferença, eu não precisava da atenção do Alek, e isso era bom, assim ele parava de se meter na minha vida.

No fim da tarde tomei coragem para sair de casa. Embora o céu ainda estivesse escuro a chuva havia passado. Resolvi então, ir para a biblioteca.

Chegando lá, fui logo perguntar com a bibliotecária onde encontraria mais rápido o livro que precisava.

– Estante 22, prateleira T.

Quando encontrei, sentei-me na mesa e comecei minha resenha. Minutos depois eu já havia terminado. Estava anoitecendo e eu já estava cansada. Quando saí da biblioteca deparei-me com um sereno leve que pairava pela cidade. Abri minha mochila, revirei tudo lá dentro e não encontrei meu guarda chuvas.

– Ótimo. – murmurei.

Resolvi ir andando, talvez se eu fosse rápido conseguiria chegar em casa antes da chuva. Tentativa realizada SEM sucesso. Antes da metade do caminho uma chuva forte caia do céu sem piedade. Eu pensei em voltar ou me esconder, mas optei por continuar em frente.

– Amélia! – ouvi uma voz me chamar por trás de mim, e senti um frio na espinha, por que só uma pessoa no mundo me chamaria assim.

Olhei para trás com os olhos semicerrados por causa da chuva e minha teoria foi comprovada.

– Alek?

Ele veio correndo até mim.

– Está indo para casa?

– Sim.

Ele gesticulou de forma que para que eu conseguisse me enfiar embaixo do guarda chuvas dele.

– Eu te levo. Vamos.

Não era exatamente a coisa mais confortável do mundo, na verdade aquilo não era nem um pouco confortável, mas mesmo assim aceitei sem relutância.

– Onde estava indo? – Ele perguntou.

– Á biblioteca. – Respondi diretamente a fim de encerar a conversa.

– E então, resolveu suas pendências com o Jake?

– Minhas pendências com o Jake? – Repeti parte da pergunta. O que ele queria dizer com isso? Eu não tinha nada para resolver com Jake.

– Vocês voltaram? – Alek perguntou de forma hesitante.

– Voltar? – Gritei incrédula. – Eu jamais vou voltar com ele.

– Mas vocês se beijaram aquele dia. – Ele deu um sorriso forçado.

– Aquilo foi um acidente.

– Pareceu bastante intencional. – Alek concluiu.

– Olha só, Alek. – Comecei, respirando devagar para não ter uma crise histérica. – Jake me traiu com Stacie, no dia do meu aniversário. Estávamos na festa e quando eu voltei até a cozinha pequei os dois se beijando. Desde então eu não tenho mais nada com ele.

Alek deu um sorriso, mas aquele sorriso carregava tristeza. Ele não olhava para mim, continuava fitando a rua que seguia a nossa frente.

– O amor nos dias de hoje é algo tão... – Ele parecia buscar as palavras. – banal.

– Você é homem, e sua natureza é despedaçar o coração de garotas como...

Percebi tarde demais o erro que eu havia cometido.

– Garotas como você, Amélia. – Dessa vez, Alek olhava dentro dos meus olhos e aquilo me causava desconforto. Ele parecia ter a intenção de olhar dentro de mim e descobrir o que eu estava pensando.

– Eu não disse isso. – Respondi desconfortável.

Ele então respirou fundo e começou:

– De onde eu venho os homens são muito fieis. Não fazemos como vocês, não temos isso de ficar – ele fez aspas com a mão que estava livre. – Nós só nos juntamos a alguém quando essa pessoa desperta em nós o amor. Quando essa pessoa faz o nosso coração bater.

– Mas o seu coração já bate. – Tentei fazer piada.

– Você não entenderia. Nós escolhemos e ao mesmo tempo não escolhemos isso. Essa é uma escolha arrebatadora. Depois que nossa outra metade se encaixa, ficamos presos a essa pessoa para sempre e não por questão de obrigação, mas por que o amor que sentimos é tão incondicional que a vida simplesmente não é vida sem ela. Sem ela tudo volta a perder o sentido. E tudo se torna apenas existência, e não vida.

– Isso é bonito. – Confessei.

– O amor que sentimos é intenso, nos dá a vida e nos tira ao mesmo tempo. Nós vivemos em função da pessoa que amamos. E a protegemos com tudo que temos.

Aquela conversa estava tomando rumos desnecessários. Eu não queria conversar sobre isso com Alek.

Tremi quando ele passou a mão envolta dos meus ombros.

– Assim você fica mais perto e não se molha. – ele explicou.

– Alek, as pessoas vão pensar que somos namorados. – adverti, sentindo que estava corando.

– Seria tão ruim assim namorar comigo, Amélia? – Ele abriu um sorriso vitorioso e cheio de segundas intenções. E eu não sabia o que responder.

– Eu não disse isso. – Que ótima resposta. Seria mais fácil eu ter dito que não, que seria uma maravilha namorar com Alek. – Só que eu não quero que as pessoas pensem que somos namorados.

– E por que não? – Onde ele queria chegar?

– Pelo simples fatos de não sermos namorados. – Respondi sentindo que estava perdendo a paciência.

– Podemos resolver isso, Amélia. – Ele agora me olhava com um sorriso tão, mais tão idiota que eu não pude me conter. Dei um soco no ombro dele.

– Au! – Ele reclamou sorrindo.

– É melhor eu ir sozinha. – Comecei a andar mais rápido a fim de deixá-lo para trás.

– Ei, Amy. – Ele gritou, puxando-me pelo braço e colocando-me junto a ele. – Fica. Fica aqui comigo.

Eu senti o corpo de Alek por completo através do meu. Estávamos perto, grudados, deliciosa e perigosamente perto demais.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos em breve! Beijos