Meu Vizinho é um Vampiro! escrita por KaulitzT
Notas iniciais do capítulo
Novas leitoraaaaaas! *pulinho, pulinho, olhinhos brilhando, palma, palma.*
Dentro do carro eu não troquei uma palavra se quer com Alek.
– No que está pensando, Amélia? - A voz dele ecoou pelo ambiente, quebrando o silêncio que eu havia construído.
– Você pegou o caminho errado. - Respondi com a voz ríspida.
Alek deu um meio sorriso.
– Não vou te levar para casa, pelo menos não agora.
– Como assim? - A essa altura eu já estava longe da escola. E se Alek resolvesse me sequestrar e vender meus órgãos para o mercado negro? - Pra onde estamos indo?
– Você vai ver quando chegarmos. - Respondeu sem mais detalhes.
Depois de virarmos várias curvas, estávamos no centro da cidade. O céu de Los Angeles parecia uma bela pintura cheia de detalhes em tons laranjas. O por do sol estava completamente vislumbrante. Descemos para o cais. Eu conhecia aquele lugar.
– Já jantou num barco, Amélia? - Alek perguntou sorridente.
– Não. Como conhece esse lugar? - Eu já havia ouvido falar do Massy's Seaport, todo mundo da escola já havia ido lá. Desde que abriu, Eve e eu estávamos doidas para ir, sempre combinando de juntar dinheiro, mas até hoje eu nunca havia chego tão perto assim.
– Procurei no google maps.
– Sério? - Olhei para Alek incrédula. - Por que?
– Eu sabia que você queria vir aqui. - Ele sorriu, puxou-me pela mão.
O restaurante era incrível. Impecável. Era constituído por vários iates, um ao lado do outro. Alek guiou-me até a ultima embarcação, sentamos na mesa mais próxima do mar. O garçom veio até nós, sorridente, entregando-nos o cardápio. Dei uma rápida lida, e senti meu coração pular. Eu não fazia ideia do que eram aquelas coisas. Eu não saberia comer nada do que estava no cardápio.
– Vou querer um Abadejo com molho Belle Meunière, por favor. - Alek pediu elegantemente. - E você, Amélia?
– Um sorvete de morango. - Disse entregando o cardápio ao garçom, tentando parecer segura em minha escolha.
Alek riu. Riu da minha cara, chacoalhando a cabeça de um lado para o outro. Uni todas as minhas forças para não corar.
– Então, Alek. - Comecei a falar, tentando demonstrar conforto e superioridade. - Você é italiano, por que não me levou a um restaurante italiano? Talvez você pudesse querer comer algo que te lembrasse sua casa.
– Minha casa agora é aqui. - Ele disse com um sorriso vitorioso no rosto, como se aquilo parecesse óbvio.
– Você entendeu o que eu quis dizer. - Disse revirando os olhos.
– Sim. Mas não estou mais em meu país de origem, agora tenho que me adaptar com meu novo lar, e isso incluí a culinária.
O garçom voltou rapidamente com nossos pedidos. O prato de Alek não tinha sofisticação só no nome, o abadejo com molho sei lá do que, vinha num prato decorado e muito bonito, embora numa porção pequena. Confesso que parecia apetitoso. Meu sorvete não ficava tão atrás. A taça era gigantesca, com cobertura em abundancia, as bordas estavam decoradas com pedaços de morangos e uma cereja no topo do creme cor de rosa. Lindo! Peguei uma pequena colher que o garçom havia colocado ao lado da taça e comecei a devorar o sorvete.
– Por que não pediu um prato, Amélia?
Droga. Por que ele tinha que me perguntar isso?
– Sou alérgica a frutos por mar. - Respondi rápido, foi o melhor que poderia ter pensado na hora.
– Mentirosa. - Alek pegou um guardanapos, abriu-o e o colocou sob o colo. Pegou delicadamente os talheres, cortou um pedaço do peixe e o levou á boca de forma perfeitamente alinhada. - Eu sei que você queria vir ao Massy's e tenho certeza que não era para pedir um sorvete.
– Como sabe que eu queria vir aqui?
– Eu sei muito mais do que você pensa. - Alek respondeu, enquanto voltava a se concentrar na degustação do peixe.
Deixei de prestar atenção em seus movimentos quando olhando por cima dos ombros de Alek vi o casal passar pelo corredor de mesas sentando-se numa mesa de frente para a que estávamos sentados. Eram Jake e Stacie.
O que me chamou atenção, foi que ele estava usando a blusa que eu o havia dado como presente de aniversário, jeans e tênis, combinação perfeita, para o cara perfeito. Stacie, por sua vez, trajava um provocante vestido cor de rosa que deixava suas costas completamente nuas e á mostra. Olhei para mim mesma e por um momento entendi por que Jake havia me trocado por ela. O que ele poderia ter visto em mim, uma garota sem graça que se vestia como um menino? Camiseta larga e comprida, calça jeans e um all star de couro branco detonado. Alek acompanhou a direção do meu olhar, olhou discretamente para trás, voltando-se para mim segundos depois.
– É o Jake? - Perguntou.
– Sim. - Voltei a me consentar no meu sorvete, mas a essa altura, eu já havia perdido a fome.
– Seu ex namorado?
– Sim.
– Por que terminaram?
– Não quero falar sobre isso, Alek. Por favor. - Praticamente implorei, sentindo a voz vacilar.
– Ele não está a sua altura.
O que Alek queria dizer? Ri incrédula. Jake era lindo, um cara super legal, loiro, olhos azuis, notas excelentes... Enquanto a mim? Eu não era nada se comparada a ele, e muito menos se comprada a Stacie.
– Não se auto menospreze, Amélia. Você tem um destino glorioso pela frente! E merece algo muito melhor - Alek olhou-me com seriedade.
– Algo muito melhor, como o que?
– Como eu. - Ele respondeu, enquanto esticava sua mão para chegar até a minha.
Por sorte, senti meu celular vibrar em meu bolso.
– Com licença. - Falei enquanto retirava-me da mesa. Fui até o hall de entrada do restaurante-iate atender meu pai, a ligação durou alguns minutos. Ele ligara para saber minha localização.
Depois de desligar o celular senti alguém puxando-me pelo braço. Era Jake.
– Quem é aquele cara, Amy? - Ele me perguntou, e mesmo que estivesse sussurrando eu podia sentir a ira em sua voz.
– Solte-me, Jake. Sua namoradinha deve estar esperando por você. - Cuspi as palavras.
Jake bufou, soltando-me, mas ainda permanecia parado na minha frente.
– Stacie não é minha namorada. - Concluiu finalmente.
– Isso era exatamente o que você dizia para as outras garotas quando estávamos namorando. - Mais uma vez eu joguei a verdade em sua cara.
– Amy, eu... - Ele parecia buscar as palavras certas a dizer, mas sabia que não as encontrariam pois eu estava certa.
– Vou voltar para minha mesa. - Anunciei, enquanto projetava meu corpo para sair dali. Jake prendeu-me em seus braços, impedindo em que eu passasse.
– Está saindo com aquele cara?
– Ele é só meu vizinho. - Senti-me idiota por dar a ele tal informação. Jake não tinha mais nada com minha vida, então não precisaria saber dela.
– Você sabe que ainda gosto muito de você. - Ele se aproximou de mim, afundando as mãos em meus cabelos. - Muito mesmo.
– Jake, me solta. - Pedi.
– Então me faz parar. - Ele se aproximou ainda mais, colou nossos corpos.
– Pára. - Pedi mais uma vez, mas não resultou em nada. Jake colou os lábios nos meus, beijando-me. Um beijo lento. Talvez por que eu não sedia passagem para sua língua, eu não queria aquilo.
– Amélia? - Ouvi a voz de Alek, perto demais. Por instindo empurrei Jake para longe.
– Alek! - Exclamei envergonhada.
– Vamos embora. - Ele ordenou com a voz fria.
– E se ela não quiser ir? - Jake perguntou com um sorriso desafiador no rosto.
– Cale a boca. - Alek respondeu pausadamente, como se quisesse controlar a fúria.
– Me obrigue. - Alek então, lançou-se para cima de Jake, fazendo-o cair no chão.
Mas o que era estranho foi que Jake não reagiu. Assim que Alek o tocou, Jake ficou imóvel. Apenas olhando dentro dos olhos de Alek.
– Parem com isso. - Pedi, já com os nervos a flor da pele. Puxei Alek para que ele se levantasse, enquanto Jake havia continuado no chão. Alek puxou-me pelo braço, e passando pelo Hall de entrada pude ver Stacie correr para socorrer Jake.
– Você está me machucando.
Imediatamente, Alek deixou a algema que suas mãos faziam em torno de meu braço um pouco mais largas, mas ainda assim puxava-me até o carro.
– O que deu em você, Alek? - Perguntei em estado de choque. Ele estava irado, dirigia acima da velocidade permitida, fazendo curvas sinuosas em alta velocidade.
– O que deu em mim? - Ele finalmente olhou em minha direção, seus olhos estavam estatalados de ódio. - Você que estava beijando aquele idiota.
– Foi ele quem me beijou.
– Não faz diferença.
Ficamos em silêncio, até chegarmos em casa. Alek parou o carro, e enquanto eu tirava o cinto de segurança ele inesperadamente se esticou, dando-me um beijo na testa.
– Boa noite, Amélia. - Disse finalmente, depois de me deixar imovel. Saí do carro rapidamente, e super constrangida. Alek seguiu um pouco mais a frente, entrando com o carro na garagem. Tudo havia acontecido rápido demais, e meu coração batia estranhamente no mesmo rítmo. Acelerado, descompassado, perturbado. Talvez uma parte de mim não quisesse confessar, mas a outra parte gritava de alegria, depois de ter sentido um toque tão intimo de Alek.
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Pequeno, porém essencial!