Meu Vizinho é um Vampiro! escrita por KaulitzT


Capítulo 4
Desventuras em série


Notas iniciais do capítulo

Depois do longo período de manutenção do site, cá estou!
Achei engraçado as dicas que ficam ao lado direito quando se vai postar um capítulo. Uma das que mais me chamou atenção foi: "Não diga nas notas do capítulo que ele ficou ruim. Se acha que está mesmo ruim, reescreva. Tenha confiança, nunca deprecie seu próprio trabalho." Sou vida loka fora da lei e vou "depreciar" meu próprio trabalho... Esse capítulo está sim, muito ruim. Foi difícil de escrever, e mesmo assim está uma bostinha.
Mas espero que vocês tenham paciencia, eu sou assim mesmo.. Tem dias que estou completamente louca por escrever, mas tem dias que faço simplesmente para não ficar muito tempo sem postar nada.
Mesmo assim, espero que gostem. Foi feito de coração. Boa leitura!



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Acordei pela manhã, sentindo-me totalmente indisposta. Eu havia passado o final de semana inteiro surfando, treinando para o campeonato que se aproximava a cada dia que passava. Hoje eu retomaria a escola, e não que eu estivesse animada, mas essa seria minha oportunidade de ver Alek. Depois do quase incidente em minha casa eu não o vi, o que era estranho já que morávamos um ao lado do outro. Não vi movimentação, não ouvi um barulho se quer vindo da casa ao lado e eu esperava ansiosamente para que Alek fosse á escola hoje. Embora esse desejo fosse muito, muito estranho.

.-.

– O que? - Eve vibrou enquanto caminhávamos pelo corredor em direção á sala. - Você tem um novo vizinho gato?

– Eve! - Exclamei, puxando-a pelo braço. - Agradeceria se você pudesse ao menos tentar falar baixo.

– Tudo bem, tudo bem. - Disse ela, respirando fundo a fim de se acalmar. - Diga-me, quem é ele?

– O nome dele é Alek, e pra falar a verdade eu não sei muito a seu respeito... Para ser sincera tudo que eu sei é que ele mora com a tia e ambos vieram da Itália. E eu não disse que ele era gato! - Bufei.

– "Alto, cabelos pretos, misterioso..." - Eve fez cara de pensativa. - Você tem razão, essas características não podem defini-lo como gato, mas sim como gostoso!

Involuntariamente ri do que minha amiga havia dito.

– Tudo bem, ele é bem bonito sim. - Admiti. O que eu estava dizendo? Alek era sem sombra de dúvidas o cara mais lindo que eu já vi nesses 17 anos de existência. Eve e eu fomos para sala. Nada animador. Os mesmos rostos, com as mesmas características, o mesmo estilo, tudo exatamente igual ao ano passado. E para piorar a monotonia, todos meus colegas de classe sentavam-se no mesmo lugar.

– Ótimo. - Murmurei revirando os olhos. Para tornar aquela segunda feira com ainda mais cara de segunda feira, minha primeira aula era a que eu mais detestava. Literatura. Literatura tornou-se entediante no segundo semestre do ano passado, quando a professora Mccoy foi substituída pela senhora Wolfgang, uma velha sem graça que deixava tudo sem graça, até mesmo a matéria que um dia considerei como a minha favorita. Eve e eu formaríamos dupla uma com a outra, o que tornaria a aula um pouco menos tediosa. Sentei-me na esquerda recostando na parede, abri a mochila para pegar o material.

– Meu. Deus. Que. Gato! - Olhei para Eve, ela estava boquiaberta olhando fixamente para a frente. Segui seus olhos e meu coração deu um pulo quando o vi. Alek. Alek Bathory, meu vizinho.

– É ele, Eve. Ele é meu vizinho. - Murmurei entre dentes para que Alek não percebesse que eu estava falando dele.

– Você descreve isso como "bonito"? Bonito não é um adjetivo a altura desse cara. Perfeito seria pouco para descrevê-lo.

E ela tinha razão. Se eu já achei Alek incrivelmente bonito na primeira vez em que o vi, agora então, ele estava o triplo. Embora ele ainda estivesse trajando preto dos pés a cabeça, o rosto dele tinha um brilho diferente. Um pouco de barba por fazer dava-o um ar mais relaxado e másculo.

Quando nossos olhares se cruzaram, Alek lançou-me um sorriso preguiçoso.

– Ele sorriu pra você. - Eve murmurou.

– Eu vi.

– E por que não sorriu de volta?

– Por que eu não estou nem um pouco afim.

Alek não havia feito nada contra mim, mas mesmo assim eu não me sentia totalmente segura e nós trocamos apenas algumas palavras e o fato de sermos vizinhos não nos tornava amigos. Depois de apresentado a turma, Alek caminhou até mim.

– Olá, Amélia. - Disse ele com um meio sorriso no rosto.

– Oi, Alek. - Respondi sem a mesma empolgação.

– Não vai me apresentar a sua adorável amiga? - Revirei os olhos. Se Eve já estava caidinha por ele, só por achá-lo bonito, agora seria o fim. Só de pensar que Eve falaria de Alek sempre que pudesse me cansava.

– Sou, Eve. - Ela abriu um sorriso quilométrico. - Muito prazer. - Concluiu estendendo a mão.

– O prazer é todo meu, Eve. - Alek segurou a mão dela, depositando um leve beijo.

– Senhor Bathory! - Nós três olhamos simultaneamente para a professora quando ela chamou por Alek. - Vi que já familiarizou com as duas.

– Sim. - Alek abriu um largo sorriso. - Amélia é minha vizinha, e acabei de conhecer Eve, mas pude ver que é uma menina muito - Ele fez aspas com as mãos - legal! Não é assim que dizemos na América?

Isso era ridículo.

– Normalmente eu não permito nada além de duplas, mas hoje eu abro uma exceção. Pode-se sentar com elas.

NÃO! Senhora Wolfgang, não!!

– Sim, obrigado. - Alek agradeceu, enquanto puxava uma carteira para sentar-se ao lado de Eve. Nesse momento, senti-me extremamente feliz por ter a parede ao meu lado e não um italiano curioso, metido a besta e completamente atraente.

Nossa aula foi resumida a: "Uau, Alek! Conte mais sobre você." "Você está ótima, Eve. Não precisa fazer regime algum." Enquanto eu, fiz o exercício e coloquei o nome deles.

.-.

Eve precisou buscar a mãe dela que tinha ido ao dentista e foi tão "anestesiada" que estava impossibilitada de dirigir. Isso significava que eu precisaria ir andando para casa. Eu não morava tão perto da escola para me sentir aliviada, mas não morava tão longe também. Mas o calor do verão californiano castigaria e faria com que aqueles quilômetros parecessem décadas. Eu precisei emprestar meu carro para que meu pai fosse ao trabalho, depois do jantar com Judite o carro dele havia dado defeito, ele tentou me explicar mas não prestei atenção, e como o serviço dele ficava do outro lado da cidade em termos de necessidade e distância, quem ganhou foi ele.
Peguei o meu celular e conectei o fone de ouvido, enquanto procurava pela Play list algo animador para ouvir, afinal, com toda a distancia que eu teria que percorrer precisaria de muita, mais muita animação.

Depois de um tempo me dei conta de que um carro preto estava a tempo demais numa velocidade baixa para a avenida. Olhei para o lado e quase tive um treco quando o vi. Alek. Com óculos escuros, dando um sorriso de lado. Fiquei um tempo encarando ele sem reação alguma. Ele estava completamente lindo, meus pensamentos envolvendo beijos e Alek causavam-me repulsa. O carro que ele dirigia chamaria atenção em qualquer lugar. Eu não sabia de que ano era o carro, mas sabia que era um Audi, um Audi preto, impecável e com muita presença.
Alek gesticulou para que eu tirasse os fones. Depois de tirar de dentro de meus ouvidos a música extremamente alta, consegui ouvir o som de sua voz.

– Estou a quase 10 minutos atrás de você.

– O que você quer? - Perguntei segurando a alça da mochila.

– Te levar para casa.

– Eu prefiro ir andando. - Embora isso não fosse totalmente verdade, eu preferia andar do que entrar no carro dele.

– Vamos, Amy. - Alek aplicou um pouco de doçura á voz quando pronunciou meu apelido, coisa que ele quase não fazia.

– Não, obrigada.

– Se você não entrar eu juro que te coloco dentro do carro á força. - Aquela ameaça parecia bem sinistra, mas Alek estava sorrindo. Um sorriso branco e lindo, que causava um perfeito contraste com os óculos escuros. – Última chance, você vem?

– Não! - Anunciei enquanto retomava o ritmo de minha caminhada.

– Eu avisei.

Alek então, saltou do carro, subiu a calçada e veio em minha direção.

– Pare já com isso! - Gritei. - Fique longe de mim!

Mas ele ignorou completamente ás minhas ordens. Pegou-me pela cintura fazendo com que eu ficasse como um v de cabeça para baixo em seus braços. Pernas para um lado, tronco para o outro.

– É melhor você me soltar. - Gritei enquanto me debatia.

– Você fica linda quando está brava.

Alek abriu a porta do carro e ignorou a enorme fila de carros que surgia atrás de seu Audi. Parar o carro no meio da avenida em movimento definitivamente não foi uma ideia inteligente. Ele me colocou sentada no banco do carona e passou o cinto em volta de mim.

– Segurança acima de tudo! - Ele sorriu parecendo não se importar com os xingamentos e buzinas ensurdecedores vindos da fila de carros atrás. Optei por continuar no carro para que não acontecesse essa cena novamente.

Se Alek teve coragem de me pegar no colo e me forçar a entrar no carro, ele poderia fazer isso de novo.

Italiano metido a besta. Italiano gato, louco, atraente e metido a besta.


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Notas finais do capítulo

Mesmo que tenha ficado ruim, espero vocês nos reviews *-*