Meu Vizinho é um Vampiro! escrita por KaulitzT


Capítulo 3
Doritos e ódio.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... Então, eu não to muito bem de saúde e hoje nem fui trabalhar :/ Portanto, vou ser breve aqui. Obrigada as minhas novas leitoras e aos reviews. Prometo dar mais ênfase nos agradecimentos no próximo capítulo. Agora, vou repousar, prq estou precisando :( Espero que gostem, embora eu tenha achado meio fraquinho... Beijos.



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Desci as escadas devagar, rezando para que Alek houvesse ido embora, mas conforme me aproximava pude ver que ele estava sentado no sofá, ainda com Persefone no colo.

Revirei os olhos ao ver a cena patética na qual meu pai havia arquitetado, colocando-me como protagonista. Sem dizer nada, dirigi-me lentamente para a cozinha, eu não queria ver Alek, não depois do vexame que eu causara minutos antes. O plano era simples: Pegar algo para comer rapidamente e voltar para o quarto, sem que fosse notada.

Bom, isso seria muito fácil se minha fiel - ou nem tanto– cachorrinha não tivesse feito um escândalo ao me ver. Persefone latiu e se debateu até conseguir se desprender dos braços de Alek, correndo em minha direção. Tentei ser mais rápida e me apressar para que Alek não me visse, mas não sei se funcionou. Persefone chegou até mim, pulando como se estivesse muito feliz.

– Sua traidora. - Murmurei dando a ela um de seus petiscos favoritos.
Abri o armário devagar, afim de não fazer barulho para não ser vista e concluir com sucesso, o plano de voltar para o quarto sem que Alek me visse.

Procurei por algo que pudesse ser preparado rapidamente, ou por qualquer coisa que eu pudesse comer e dar no pé.
Por fim, achei nas prateleiras de cima um pacote de Doritos. Peguei-o e voltei-me para a geladeira, afim de encontrar algo para beber. Peguei uma latinha de coca.

– Ótimo, até agora está dando tudo certo! - Sussurrei para que só eu pudesse ouvir.

– O que está dando certo, Amélia?
Quando ouvi a voz de Alek, pulei, batendo a cabeça numa das prateleiras frias da geladeira.

– Oh céus, você está bem? - Perguntou ele.

– Sim. - Respondi enquanto passava a mão no local da colisão, sentindo uma leve e dolorida pontada enquanto o fazia.

– Você demorou. - Alek deu um sorriso convidativo. - E veja só - Ele olhou-me dos pés a cabeça. - Agora esta vestida.
Senti minhas bochechas queimarem.

– Eu já estou subindo. - Anunciei, enquanto pegava meus pertences alimentícios.

– O que é isso? - Perguntou ele parecendo desconhecer totalmente o que eu tinha em mãos.

– Você não sabe, sério?

– Não! Me diz o que é! - Pediu impaciente.

– Isso - Levantei o pacote vermelho - Se chama Doritos. - Alek parecia realmente não saber do que se tratava. - E isso chama-se Coca-cola.

– Isso não parece muito saudável. - Disse ele com uma leve feição de enojamento.

– Você vai ter que experimentar. - Disse eu, estendendo o pacote de Doritos para que ele pudesse pegar.

Depois de colocar a mão com receio dentro do pacote, Alek pegou o pequeno nacho e o levou a boca.
– Céus, isso é delicioso. - Disse ele sorrindo com o canto da boca laranja.

Mas o que me surpreendeu não foi ele estar com a boca suja e sim o comprimento de seus caninos. Estavam tão compridos que tive um lampejo em minha memória. Uma rápida, porém, decisiva lembrança. Aquilo era muito parecido com as pressas de um.. De um VAMPIRO!

Eu mesma ri do que acabara de pensar. Embora a semelhança fosse grande aquilo era ridículo. Como não havia uma forma de escapar, resolvi me render.

– Tome. - Estendi para Alek a latina de Coca.

– Coca-Cola. - Alek lia o rótulo.

– Você nunca bebeu coca? - Perguntei incrédula. Ele era um adolescente, que parecia ser só um pouco mais velho que eu, e até onde eu sei, todos no mundo conheciam a Coca-cola.

– Para ser sincero não. De onde venho nós costumamos beber outras coisas. - Ele respondeu parecendo não querer falar sobre isso, e eu também não me atrevi a perguntar.

– Ei, passa pra cá. - Apontei para o pacote de Doritos que Alek tinha em mãos.
Ele me estendeu o pacote e eu peguei alguns Nachos.

– Amélia. - Ele me chamou, aproximando-se - Está sujo aqui.
Então, com delicadeza ele pousou o polegar no canto de minha boca, fazendo leves movimentos pra frente e pra trás. O seu toque fez meu corpo ficar rígido, porém inexplicavelmente ansioso por mais.

– Obrigada. - Respondi corando. - A sua boca também está suja. - Mas não me ofereci para limpar.

Alek então recuou devagar, sorrindo e limpando ele mesmo o canto de sua boca.

– Diga-me Amélia, quando começam as aulas por aqui?

– Segunda-feira. - Respondi.

– E onde você estuda?

– Na Sant Monica High School.

– Magnifico. - Alek sorriu animado. - Estudaremos na mesma escola então.

– É, tanto faz. - Respondi dando de ombros, enquanto voltava para sala.

Joguei-me no sofá de me deixei escorregar pegando o controle. Depois de passar por vários canais, resolvi assistir Crepúsculo, estávamos numa cena onde um vampiro era morto.

– Isso é ridículo. Vampiros não morrem assim. Todos sabem disso. - Disse Alek com um tom de intolerância e deboche na voz.

– Como vampiros morrem, então? Quando entram em contato com a luz do sol ou alho? - Comecei a rir. Vampiros não existiam, e se não existiam não tinham como morrer.

– Vampiros morrem quando uma estaca é cravada em seu coração. - Ele respondeu sério.
E dessa vez, eu não pude me conter. Soltei uma gargalhada forte.

– Qual foi, Alek. Vampiros não existem, relaxa e assiste ao filme.

– Talvez existam. Quero dizer, pessoas afirmam já terem visto alguns, entretanto, outras pessoas dizem que isso não é possível. Então, em quem acreditar? Isso é tão relativo quanto a teoria de como o mundo foi criado. Uns acreditam que foi Deus quem fez tudo isso, enquanto outros preferem acreditar na teoria do Big Bang...

– Eu prefiro acreditar na parte lógica da coisa. Pessoas não podem ser mordidas e se tornarem monstros incontroláveis, sedentos por sangue. Isso é conto de fadas, adaptado ao lado obscuro da história. - Prontifiquei-me.

– Eu apenas acho que devemos acreditar naquilo que ainda não se provou o contrário. - Alek disse num tom misterioso.

– E eu apenas acredito naquilo que os meus olhos vêm. - Retruquei.

– Então, você acreditaria num vampiro se visse um? - Ele me lançou um sorriso malicioso.

– Embora isso seja improvável, sim. - Respondi.

– E se eu te provar que vampiros existem? - Ele perguntou enquanto se aproximava de mim com os olhos penetrantes.

– Eu acreditaria em você, Alek. - Sussurrei entre um quase gemido. Meu Deus, o que eu estava fazendo.

– Feche os olhos, Amélia. - Sua voz doce seduzia meus ouvidos. E então, eu o obedeci. Sentindo sua pele tocar a minha.

– Alek! - Um grito puxou-me para a realidade, fazendo com que involuntariamente eu empurrasse Alek com toda a minha força para longe. - O que esta fazendo?

– Judite. - Alek disse num tom frio, como se a odiasse.

– Vá agora para casa. - Ela ordenou.

Alek relutou, mas fez o que ela pediu.

– Desculpe por isso Amélia. - Ela olhava com ódio, como se a culpada fosse eu. - Seu pai está lá fora me ajudando com as compras.
Eu não disse uma palavra se quer, apenas subi correndo para meu quarto. O que foi aquilo? Alek iria me beijar ou o que? E como eu não ouvi Judite abrir a porta?

Joguei-me em minha cama, e eu precisava admitir: O que quer que Alek estivesse fazendo, eu odiei Judite por não o ter deixado continuar.


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