Meu Vizinho é um Vampiro! escrita por KaulitzT


Capítulo 2
Lista de coisas para fazer antes de morrer.


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá, olá! Se eu demorei para postar esse capítulo? Sim. Se isso foi proposital? Também. Eu estava esperando pelos reviews, e quando vi que não adiantava mais esperar, resolvi postar de uma vez haha. Vocês devem ter percebido que a fic que antes chama-se "Fatal" agora chama-se "Meu vizinho é um vampiro" pois bem, eu fiz isso para tentar chamar atenção de alguns leitores... Vamos ver se funciona. E podem ficar tranquilas, a fic não tomará rumos diferentes por conta disso. Continuará sendo um mistério. Ah, e quero agradecer imensamente a Camila Rojas, por ser a primeiríssima a deixar um review, a Traficante de Cupcake por me fazer rir com seu review, a 483Mikaela por me acompanhar desde minha primeira fic, a Egoísta Kaulitz por prometer acompanhamento nessa fic e a kah mandi por ser tão fofa em seu review! Agradeço a 483Mikaela, Egoísta Kaulitz e a Jubs por favoritarem a história! E bom, eu tenho 6 leitores, de acordo com o gerenciamento e gostaria de pedi-los para que me deixem conhecê-los, eu realmente quero muito. Sem mais delongas, obrigada por tudo. Espero que gostem do capítulo e prometo não demorar tanto com o próximo.Apreciem, boa leitura!



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Como era de se esperar, papai contou a minha vida inteira aos Bathory, enquanto eles mal falavam sobre o que os trouxeram á Califórnia. Papai falava sobre o campeonato de surf, sobre minhas notas na escola e minhas pequenas conquistas extracurriculares. Enquanto isso, Judite apenas sorria, um sorriso ligeiramente tedioso. Quando falava sobre Alek, ela era direta, poupava os detalhes e falava bem pouco com os olhos fixos em mim, embora quem a estivesse indagando fosse meu pai.

– De onde vocês vieram? - Perguntou papai, enquanto se esticava para cortar um pedaço da torta de maça que ele mesmo fizera e que Judite insistiu para que saboreássemos juntos.

– Viemos da Itália. - Respondeu Alek um tanto ríspido como se quisesse que aquela baboseira terminasse logo e nós com certeza compartilhávamos o mesmo desejo.

– Onde está sua mulher, John? - Judite voltou-se para meu pai com um estranho sorriso nos lábios. Eu não sabia se aquilo foi proposital mas aquela pergunta com certeza havia abalado meu pai.

Empurrei a cadeira para trás, devagar com a intenção de não causar barulho. Levantei-me delicadamente enquanto passava as mãos sob a blusa para ajeitá-la.

– Com licença senhora Bathory, mas preciso voltar para casa, tenho algumas tarefas da escola para fazer. - Menti.

– Claro, Amélia. - Judite lançou-me um olhar frio, porém o sorriso continuava estático em seu rosto.

Meu pai sabia o quanto aquele assunto era incomodo, não só para ele como para mim também. Eu não gostava de falar sobre minha mãe, ainda mais para pessoas que eu mal conhecia. E nada doía mais que ver o rosto triste de meu pai ao reviver toda a história quando tinha de responder perguntas como esta, por isso ele não me repreendeu ou tentou de alguma forma impedir que eu saísse, ele sabia como eu me sentia a respeito de tudo isso.

Olhei para Alek e sussurrei um "até mais", tentando sorrir. Ele me olhou com um certo toque de pena ou algo do tipo, o que estranhamente me fez querer contar tudo para ele.

Passei rápido pela sala monumental com o objetivo de me retirar dali rapidamente. Dessa vez eu mal reparei nos detalhes, a não ser por um quadro pendurado em cima da lareira. A moldura dourada era preenchida por uma pintura de Alek e Judite. Os dois se abraçavam de forma fria, porém sensual. Algo que não parecia tão comum entre pessoas da mesma família. Ela segurava seu braço com as unhas cravadas em seu casaco, enquanto era envolta pelos braços de Alek que pareciam apertar a sua cintura com desejo. Resolvi ignorar aquilo. Talvez isso fosse algum tipo de incesto ou sei lá o que. Talvez os parentes tivessem uma proximidade mais intima na Itália. Que se dane.

Corri para minha casa.

– Persefone, onde você estava, hein? - Agachei para brincar com minha cachorrinha, que feliz me recebeu com vários pulinhos e seu rabo balançava freneticamente.

Durante o verão californiano era quase impossível sentir-se confortável, mediante a insuportável massa de ar quente que circulava. A tarde caia e mesmo assim ainda estava muito, muito quente.
Enquanto a banheira enchia eu procurava algo fresco para vestir.

Percebi então uma movimentação estranha em um dos quartos da casa ao lado. Judite e Alek pareciam discutir. Alek mantinha uma rígida postura enquanto ela parecia dá-lo alguma ordem na qual ele definitivamente não estava disposto a cumprir. Ela o agarrou pelo maxilar e olhava dentro dos olhos dele com se o tentasse convencer. Alek por sua vez, a empurrou deixando-a caída num canto do quarto.

Com certeza Judite era imparcial quanto a criação de Alek. Ela parecia ser uma mulher cheia de princípios que priorizavam uma ditadura manipuladora para com seu sobrinho. Alek parecia revoltado ou amargurado, como se de alguma forma ele fora obrigado a fazer até mesmo um movimento por mais simples que fosse. Bom, mas isso definitivamente não era problema meu.

Afundei-me para dentro da banheira sentindo um leve arrepio quando a pele se chocou contra a água gelada, mas aquilo não chegava nem perto do que eu já havia suportado no mar. Lembro-me de minha ultima competição. Eu estava tão apreensiva quanto a tempestade e pelo fato de estarmos no inverno minha preocupação quase me desconcentrava. Por mais que eu estivesse trajando uma roupa apropriada para baixas temperaturas eu sentia que congelaria a qualquer momento. Meu coração batia devagar e quando aquela onda gigantesca se aproximou eu estava mais que trêmula. Aquilo fora definitivamente desafiador e por isso me orgulho por ter dado tudo de mim e ter superado minhas próprias expectativas. Quase não acreditei quando pus as mãos no troféu de primeiro lugar.

Senti meus músculos relaxando e uma onda de prazer imediato atravessou meu corpo. Como eu precisava disso. Um banho frio e relaxante para esquecer o quase incidente de minutos atrás. Continuei assim por um tempo sem pensar em nada, com a cabeça completamente vazia.

Após o banho, estava indo para o quarto quando ouvi Persefone latir. Ela não fazia isso, a não ser com pessoas que ela não conhecia e eu estava em casa, não poderia haver alguém desconhecido ali.
Devagar, caminhei pelo corredor até chegar na escada. Persefone agora estava em silêncio subindo as escadas rápido, como sempre fazia.

– O que foi garota? - Agachei-me de encontro a ela e perguntei enquanto afagava seus pêlos.

Persefone voltou a latir enquanto eu fazia carinho, e isso me deixou apreensiva. Alguém estava na casa e ela latia como se essa pessoa estivesse atrás de mim. Levantei lentamente e quando me pus de pé, virei na direção oposta ás escadas, voltada para o corredor.

– Olá, Amélia.

Dei um pulo imediato devido ao susto.

Era Alek, que agora havia trocado o sobretudo preto por uma camiseta justa cinza. O que ele estava fazendo ali?

– Você me assustou! - Disse com uma voz repreensiva. - Por que não usou a campainha?

– Desculpe. - Vi um leve sorriso se desenhar no canto de sua boca. - Eu vim a pedido de seu pai.

– O que meu pai quer?

– Ele me pediu para avisá-la que Judite e ele foram ao centro da cidade. Minha tia precisava de ajuda no mercado e como ainda estamos sem carro ele se ofereceu para ajudá-la. Como já está anoitecendo, suponho que eles vão jantar em algum restaurante por lá mesmo.

Meu pai? Saindo para jantar com Judite?

– Ah. - Alek lembrou-se de mais alguma informação. - Ele me pediu para que eu ficasse aqui com você.

O QUE? Quantos anos meu pai achava que eu tinha, 4? Eu não precisava que Alek ficasse bancando "o babá" enquanto meu pai saia para jantar com uma mulher na qual ele acabou de conhecer.

– Não precisa, Alek. - Tentei manter a voz calma, como se eu tivesse tudo sob controle.

– Desculpe, Amélia. Mas seu pai pediu para que eu não a deixasse sozinha.

– Você deve estar cansado, afinal, acabou de se mudar. Sem contar que você precisa desempacotar as coisas e arrumar tudo na sua casa. - Tentei usar argumentos óbvios ao meu favor. - Por que não vai dormir, ou assistir tv? Eu vou ficar bem, já fiquei sozinha outras vezes.

Mentira. Desde o episódio envolvendo minha mãe, papai não me deixava sozinha em casa, em hipótese alguma. Mas eu já ia fazer 18 anos e isso era ridículo.

– São recomendações dele e eu prometi segui-las. Por falar nisso - Alek deu um sorriso subentendido - É muito difícil me deixar cansado. Acredite.

Argh! Que cara chato!

– Você mora ao lado da minha casa, sabia? Se acontecer alguma coisa você vai saber. - Tentei mais uma vez.

– Está decidido, eu vou ficar. - Alek respondeu com cara de quem não ia mesmo ceder.

Listas de coisas para fazer antes de morrer: Matar meu pai assim que ele chegar em casa.

Alek chamou Persefone e inacreditavelmente ela foi para perto dele, como se já o conhece a tempos. Ele a pegou no colo, enquanto ela brincava de morder seus dedos.

– Vista-se Amélia, estarei esperando você lá embaixo. - Alek me olhou dos pés a cabeça com um sorriso malicioso que ele nem se preocupava em disfarçar - Embora eu aprecie e prefira você exatamente como está.

Do que ele está falando? Olhei para mim mesma e... OH CÉUS! Eu estava enrolada na toalha. Não havia percebido antes, eu estava preocupada demais com os latidos de Persefone que nem me dei conta de que estava nua por baixo da toalha. Imediatamente senti todo o sangue do meu corpo sendo concentrado em minhas bochechas. Droga, que vergonha!

Corri para meu quarto sem nem falar com Alek, deixando-o parado no corredor segurando minha pequena Yorkshire nos braços.

– Que vergonha, que vergonha!


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Notas finais do capítulo

Reviews para deixar uma autora muito feliz? *-*