Secret Garden ||♥|| PASSANDO POR REFORMULAÇÃO escrita por chaosregia


Capítulo 16
As consequências dos nossos atos são inevitáveis.


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos super especiais a meus queridos leitores:
♥ Ha Ni
♥ Sarah Weasley Levesque
♥ Sophia san
♥ Asthenia
♥ UH
♥ Dih reis



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– E se, e se a Tsunade fizer, fizer algo com o N-Naruto-kun enquanto estamos presos a-aqui... - Soluçava em pranto, exasperada pela incapacidade de salvar seu amor.

– Não há o que fazer, teremos de esperar que ela venha até nós. - Ele tinha razão, e era justamente por isso que ela chorava. - Eu, eu realmente sinto muito, Hinata-sama.

Quando o desespero se tornou tão maior que a esperança, a única coisa que pode pensar foi em rezar, atirou-se ao chão em súplica, intercedendo pela vida de Naruto em oração. Foi então que os céus a retribuíram com a solução. Um barulho surgiu de repente, parecia que alguém arranhava a parede, causando-lhe irritação.

– Tamii! - Exclamou ao ouvir o som se transformar em uma série de miados, vindo de alguém lugar que ela logo localizou. - Mas é... É a parede. - Boquiabriu-se ao perceber que, possivelmente, Tamii estava presa atrás daquela parede.

– Não é uma simples parede, Hinata-sama... - Explicou Jiraya enquanto procurava uma abertura, um sinal de algo que pudesse apertar ou puxar, ou coisa do tipo, para fazer com que ocorresse uma abertura ali. - É uma espécie de passagem secreta...

– Passagem secreta? Mas, mas como isso é possível?

– Eu não sei, mas acho que... - O homem tocou toda a extensão da parede até encontrar, de trás de uma estante, a abertura de um antigo respiradouro que havia sido “lacrada”. - É um respiradouro. Talvez dê para escapar por aqui.. - Puxou com tanta força que acabou arrancando o selo que bloqueava a passagem, revelando corredor estreito, que supostamente deveria ligar-se a algum outro cômodo da casa. Tamii surgiu por esse mesmo lugar, pulando direto no colo de sua dona, que agora exibia um sorriso enormemente satisfeito.

– Talvez eu possa passar por ai e chegar até o Naruto-kun.

– Não sei se é seguro, mas acho que é nossa única chance, visto que eu não caibo ai, você é a única que pode.

– Mas e a Tsun...- Preocupada com o futuro do médico, que ficaria sozinho a espera da assassina demente, Hinata tentou questionar, porém...

– Não se preocupe comigo... Entre logo ai e não saia, mesmo que não conseguir encontrar a saída do outro lado recomendo que permaneça ai até as coisas se resolverem. Tsunade não vai conseguir encontrá-la, é sua única chance de escapar ilesa.

– Mas está tão escuro... - Constatou ao colocar a cabeça na abertura na parede. - Eu não enxergo nada...

– Espere! - Procurou por alguns segundos até que... - Isso vai ajudar! - Uma lamparina, e ele a ascendeu imediatamente, entregando-a a Hinata em seguida.

– Arigato e... Ganbatte, Jiraya-sama!

– Não se preocupe! Assim que eu sair daqui vou trazer a polícia para deter Tsunade de uma vez por todas. - E dizendo isso ele auxiliou a garota a entrar na passagem, e recolocou a estante no mesmo lugar, para que a loira não descobrisse por onde Hinata havia fugido.

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– SAI! - Gritou a rosada ao avistar seu irmão em frente ao consultório médico do vilarejo.

– Sakura? O que faz... - Indo até ela.

– Venha comigo, você precisa me ajudar... - Agarrou o irmão pelo braço na intenção de levá-lo imediatamente consigo, mas ele recuou, voltando ao posto inicial.

– Mas estou esperando o doutor se desocupar para...

– ESQUEÇA! - Perdendo a paciência. - HINATA SUMIU, FUGIU DA MANSÃO SABE-SE LÁ PARA ONDE...

– C-COMO ASSIM "FUGIU"? - Simplesmente estupefato, a questionou.

– FOI POR CAUSA... - A garota tentou se acalmar para não arranjar confusão com o irmão, no momento tudo o que precisava era da ajuda dele, o sermão viria depois que tudo estivesse resolvido. - Por causa do seu beijo estúpido Hinata ficou desequilibrada e, segundo Tsunade, saiu em disparada sem saber o que fazer ou para onde ir. E, embora eu não confie naquela mulher, acho que pode estar certa, precisamos achar nossa amiga.

– Eu... - Mas o susto foi diminuindo em efeito, quando passou por sua cabeça a lembrança do lugar comum que costumavam frequentar, ele e Hinata: o jardim secrete de Kushina Uzumaki. - Acho que sei onde encontrar... - Já ia saindo quando a irmã o interrompeu curiosa.

– Espera Sai, onde você vai?

– Vá avisar a polícia, para o caso de não a encontrarmos sozinhos. Eu vou procurá-la em um lugar conhecido.

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– Quanto tempo ainda temos, Norton? - Minato retornava para a casa mais cedo que o esperado, não havia avisado a ninguém, mesmo porque nem mesmo ele suspeitava desse adiantamento. Tudo tinha sido decidido as pressas, no último momento, aliás, mesmo que não fosse, não cabia a ele preocupar-se com avisos sendo o patriarca e responsável pela família e mansão onde vivia.

– Dentro de vinte minutos estaremos lá senhor. - O motorista respondeu.

– Não vai se arrepender, Mister Namikaze, vou cuidar de seu garoto como se ele fosse o meu Albert. - Havia um terceiro elemento no automóvel, um homem que acompanhara Minato em sua viagem de volta, e que seria hóspede do mesmo durante algum tempo.

– Mister Longbbi, acredita mesmo que só com sua psicologia poderá livrar meu filho desses males que o acamaram a tantos anos? - Esse hóspede era um médico, mais precisamente um psicólogo, reconhecido em vários países, e contratado pelo loiro para ajudar seu filho, Naruto, a abandonar a depressão, o sedentarismo e a auxiliar na cura das enfermidades que o afligiam desde a morte da mãe.

– Não só acredito como tenho certeza. O senhor ficaria surpreso com os resultados que tenho alcançado ao longo de minha carreira. As vezes tudo o que um paciente precisa vem das coisas mais simples do cotidiano, como, por exemplo, a companhia de um alguém especial. O senhor há de convir que não há nada mais restaurador para o coração, corpo e alma de um homem, que o amor de uma mulher...

– Não creio que Naruto seria capaz de deixar aquele quarto e conviver socialmente a ponto de encontrar uma noiva... - Mal o pai imaginava, mas o filho já estava visivelmente fortalecido, praticamente curado, em virtude da pessoa que ele tinha em mente nesse exato momento. - Mas talvez possa se sentir melhor se cultivar a amizade de alguém próximo, alguém do próprio sangue, ou quase. Minha sobrinha acaba de vir morar conosco na mansão Uzumaki, talvez eu possa apresentá-los quando chegar. - É claro que ele também nem desconfiava que os dois, não só já se conheciam, como também já tinham deixado a amizade de lado para viver o maravilhoso sentimento do amor, mesmo que um não tivesse ouvido isso claramente da boca do outro.

– É uma ótima ideia, Mister Namizake...

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Quando Tsunade abriu a porta não esperava encontrar Jiraya parado a sua frente, muito menos a reação ligeira do homem em golpeá-la com um objeto qualquer, fazendo com que esta perdesse a consciência antes mesmo de poder compreender como aquilo havia acontecido.

– Eu sinto muito... Minha pombinha! - Jiraya a tomou nos braços e carregou-a pela escada, abandonando-a solitária e trancada no porão onde, a pouco, havia trancado a ele e Hinata. - Não posso permitir que isso continue... - Agora restava apenas partir rumo ao vilarejo, para comunica as autoridades responsáveis sobre o que estava acontecendo, ele entregaria Tsunade, e a si próprio, para que pagassem de veras pelos crimes desprezíveis que haviam cometido. Talvez assim sua alma pudesse ter um pouco de paz, quem sabe até mesmo, um dia, o perdão.

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Podia jurar que aquele ignoto ser, que acabara de passar sobre seus pés, tratava-se na verdade de uma ratazana gigantesca e peluda, embora enxergasse muito pouco - apenas Tamii lhe era visível, graças a lamparina que Jiraya havia lhe dado ao sair. Depois de metros e mais metros de escuridão, paredes úmidas, poeira e teias de aranha, a "luz no fim do túnel" fazia-se real - graças aos céus, pensou.

– Naruto-kun... NA-NARUTO-KUN, NARUTO-KUN! - Gritou enquanto engatinhava pelos últimos centímetros que lhe afastavam da luz, Tamii não esperou, miava e arranhava as grades do respiradouro, a única saída existente. - NARUTO-KUN... E-EU, EU ESTOU AQUI... - Usou toda a força que tinha, mas não conseguia remover a portinhola, devia estar presa ou parafusada. - NARUTO-KUN... ME AJUDE AQUI...

A voz ia ficando cada vez mais audível a medida que ele despertava, logo reconheceu ser dela, da mulher que amava e que, no momento, tanto o fazia sofrer. Desacreditado na possibilidade de voltar a vê-la, desconsiderou, a principio, a realidade de seus sentidos, pensando ser mais um sonho, um delírio do qual sua solidão infinda insistia em infligi-lo, porém quando nova vez o grito da amada ecoou por seu quarto, e o choro dela pode também ser ouvido de onde quer que estivesse vindo, tornou-se impossível ignorar o fato, Hinata estava ali e clamava por sua resposta.

– NARUTO-KUN! - Tinha medo de não encontrá-lo ali, de que Tsunade já houvesse feito aquilo que tanto almejava: acabar com a vida dele. Rezava desesperadamente para que a voz do mesmo surgisse acalmando seu coração, mas como nada escutou, foi morrendo sua força e coragem dentro daquela passagem tão fria e escura quanto seu próprio coração naquele instante. - N-Naruto-kun... V-Você, você está bem? Me responda...

– H-Hinata, Hinata-chan? - Procurou ao redor, mas nada encontrou, levantou o corpo então, sentando-se na cama.

– "Graças a Kami-sama..." - Respirou aliviada ao constatar que o rapaz ainda estava vivo, talvez até protegido das cruéis intenções da criminosa governanta - isso se ela conseguisse sair dali antes de a mesma encontrá-los. - Aqui! Estou aqui, Naruto-kun... - Avisou ao perceber que o mesmo ainda não havia compreendido sua localização.

– Mas... Mas o que...? - Questionava-se o "como e porque" daquela peculiar situação.

– Não a tempo para explicar, preciso que me ajude a sair daqui. Você consegue, consegue vir até aqui?

– Eu não entendo... - Mesmo desentendido e surpreso com tudo aquilo, reuniu todas as forças possíveis e, agarrando-se aos móveis, chegou até a parede do respiradouro, agachou-se e pôs-se a forçar a tal grade que o separava da garota. - Como conseguiu entrar... - Localizou as travas que mantinham a portinhola fixa a parede, liberando enfim a passagem de Tamii e sua dona.

– Eu te explico depois, apenas precisamos nos preocupar em deixar essa mansão imediatamente. - Pôs-se de pé, recompondo-se rapidamente. Tratou então de ajudá-lo também a se levantar.

– Do que você está fa...? - As dúvidas eram tantas.. A curiosidade, porém, calou-se, ao sentir os braços desesperados da amada o envolvendo num comovente e revelador abraço.

– Te explico quando estivermos seguros... - Hinata sentia-se a mais feliz criatura por reencontrar e abraçar seu amor, visto os últimos e possíveis acontecimentos futuros que o envolviam, bem como a ela e a Tsunade. Abandonou-o por um instante ao recordar-se sobre a megera e seus planos, caminhou até a porta do quarto do rapaz e a abriu para espiar. Não havia ninguém no corredor, exceto a gatinha,Tamii, que descia as escadas ligeira. - Se ao menos encontrássemos alguém para nos ajudar... - Buscava a seu redor uma ideia eficaz para tirá-los daquele enrosco. - Mas isso não importa! Levarei você pelas escadas, vamos tentar descer sem sermos descobertos... - Correu para o garoto, que a observava absolutamente avulso, desentendido, e colocou-se em baixo de um dos braços do mesmo. Executando função provisória de muleta humana, deu os primeiros passos para deixar o local. - Deixarei o no jardim, depois vou até o vilarejo buscar socorro e... - Mas Naruto não colaborou, pelo contrário, empacou feito mula, fitando-a com uma expressão indecifrável.

– Não vou a lugar nenhum até que me explique o que pretende com tudo isso. - Tirou o braço dela e recostou-se na parede para manter a altura frente a interrogada.

– Mas.. N-Naruto... Kun! - Não havia tempo para contar tudo o que descobrira a pouco sobre as loucuras e planos de Tsunade, no entanto, apesar de sua incredulidade ante a reação e atitude do garoto, estava claro que este nada faria antes de uma explicação. - Porque está agindo assim?

– Como "porque"? Como pode me perguntar o porque do porque de minhas ações? - Nem ele mesmo entendia o que queria dizer com aquilo, mesmo assim persistia na discussão que estava por vir. - Eu não posso acreditar no seu cinismo... - Era mais uma crise de ciúme misturada a uma tentativa ridícula de mostrar-se superior e inabalável, para que ela não sentisse pena ou compaixão de sua pessoa, devido a todo o sofrimento que viria da escolha da mesma.

– Ci-Cinismo? - Embora ele estivesse confuso, a garota estava mais do que perplexa com a ofensa e grosseria que a tanto não ouvia serem despejadas dos lábios do antigo Naruto solitário e resmungão. - Mas o que... O que está pensando a meu respeito...?

– Estou pensando que seria bem melhor que você deixasse imediatamente o meu quarto e voltasse para aquele imbecil do seu namorado. - Tentou segurar o máximo de tempo possível a frieza e desprovimento de sentimentos que aquelas palavras carregavam, quando na verdade estava prestes a desabar em pranto a qualquer minuto, pedindo, implorando para que a mulher de sua vida reconsiderasse em sua decisão.

– Namorado? - Inicialmente não captou a mensagem subentendida em tamanha despolidez, demorou alguns segundos para que a imagem daquele que devia ser o responsável por essa "discussão" se formasse em sua mente.- Você está falando do...

– Do seu namoradinho querido, quem mais seria. - Um arrepio correu pela espinha dela ao lembrar-se do acontecido naquela tarde, o beijo roubado que a amaldiçoara a viver sem amor até o fim de seus dias. Já Naruto, arrepiou-se em imaginar a mínima possibilidade de que Hinata e Sai pudessem um dia estar tão íntimos a ponto de realizarem as proezas descritas no livro de Jiraya, e isso só fez crescer ainda mais o ciúme e a dor. - Depois de tudo o que fez ainda tem a desfaçatez de entrar em meu quarto e me chamar para ir até aquele jardim nojento onde vocês devem trocar beijos e mais beijos de amor. - O que ele nem desconfiava era que tal suposição poderia causar tanto asco e sofrimento a Hinata, quanto a ideia de perdê-la lhe causava.

– Você... - E as lágrimas não pode evitar, quando pelo pensamento passou a chance de que Naruto tivesse presenciado a cena mais cedo, por isso tamanha ignorância e aspereza, devia estar com nojo, devia achar que ela não passava de uma suja, indigna de estar sobre o mesmo teto que ele. - Você viu...?

– Diz para mim, diz que nunca me quis a seu lado. - Se aproximou bruscamente, segurando Hinata pelo ombros e a fitando intensamente, como se desejasse ler os pensamentos da mesma, porém com medo de encontrar neles as respostas que ele mesmo cobrava dela neste instante. - Diz que sempre preferiu estar com ele, que nunca, em hipótese alguma, me viu como homem, como seu homem... - Os olhos marejados não escondiam a mágoa, mas principalmente, o medo de ouvir o "sim" que antes tanto desejara obter, só que com outro propósito.

– O que, o que está d-dizendo...?

Vê-lo como homem? Hinata não poderia acordar para a significância daquela oração, muito menos de todas as outras coisas das quais ele fazia questão de pedir que ela dissesse. Não podia aceitar que ele prosseguisse com aquilo, sequer sabia o que se passava dentro dela depois de tudo que havia vivido, ela não desejara aquele beijo, sinceramente se um dia o pretendesse, guardaria o primeiro e todos os outros que viessem a seguir para um único dono, Naruto.

Então como ele podia pensar que Sai significava algo tão importante, sendo que jamais havia demonstrado isto, pelo contrário, se tivesse de escolher um dos dois, sempre escolheria permanecer ao lado do loiro. Essas insinuações já estavam indo longe demais, precisava contar para ele o que havia de fato acontecido, e o que estava se passando por sua cabeça e coração desde o maldito instante daquele beijo indesejado. Talvez ele não tivesse compreendido a cena, embora, mesmo assim, não houvesse explicação para essa revolta. Porque ele agia assim quando não existia nada concreto entre os dois, quando nem mesmo gostava dela na mesma proporção e sentido que ela gostava dele?

– DIZ HINATA, DIZ DE UMA VEZ! - Ele a chacoalhava segurando seus braços com firmeza, embora não tivesse qualquer intenção em causar-lhe mau, estava apenas transtornado, desnorteado, sem saber o que fazer, como agir com sua própria dor e confusão. - PORQUE O MEU CORAÇÃO JÁ NÃO AGUENTA MAIS TANTA DOR, ESTOU SUFOCANDO, ESTOU EXASPERADO, CONFUSO E LOUCO POR UMA RESPOSTA. - A verdade era que desejava abraçá-la, beijá-la e amá-la para todo o sempre, pela eternidade, sem sequer pensar em nada além deles dois, da felicidade que não caberia dentro de si quando estivessem juntos. Não importaria o beijo, ou Sai, ou o que quer que fosse se ela dissesse ali, agora, que não queria o outro, que queria a ele, que o amava e que ficaria com ele porque o desejava tanto quanto ele a ela. Por isso se expressava com visível desespero, e certa incongruência.

– V-Você... - Os gritos não a assustaram tanto quanto a confissão mal distinta e o pedido ininteligível do rapaz que a segurava como se tentasse evitar que a garota fugisse. - Está, está me machucando.

– DIZ HINATA, DIZ QUE AMA ELE... - Afrouxou as mãos, mas manteve ela segura para que pudesse ir até o fim. - DIZ QUE BEIJOU ELE PORQUE NÃO CONSEGUE AMAR UM ALEIJADO, PORQUE É ISSO QUE EU SOU PRA VOCÊ, UM ALEIJ... - Calou-se com o esbofetear da própria face por meio da mão indignada da moça.

– Porque cargas d'água ainda estão na mansão? - Jiraya invadiu o recinto de repente assustando ainda mais o casal. - Mas.. O que está acontecendo aqui? - Questionou ao perceber a tensão evidente entre os dois. Hinata fixara os orbes perolados no chão, evitando qualquer contato com que quer que fosse. Já Naruto esfregava a própria bochecha, marcada, avermelhada, enquanto fitava com uma expressão indecifrável a moça a sua frente. - Hinata-sama... Aconteceu alguma..?

– Vá embora e leve ela com v... - Ele nem pode reclamar, foi impedido por um cascudo inesperadamente oferecido pela garota a cabeça loira atordoada dele. - Ittai! - Arregalou os olhos sem compreender necas do que estava se passando ali.

Primeiro Hinata havia lhe abandonado por outro, Sai, e beijado-o - o que era ainda pior - partindo o coração do jovem Uzumaki. Depois a moça surgira da parede, literalmente, afoita, desesperada, querendo retirá-lo da mansão sabe-se lá por qual motivo. E por fim, mesmo sendo ela a traidora de seu amor incorruptível, esbofeteara-lhe a face e, como se não bastasse, dera um cascudo nele sem nenhum motivo.. Aquilo estava esquisito, confuso demais.

– V-Você vai conosco nem que eu tenha que te carregar nas costas. - Hinata evitou olhar naqueles orbes azuis perplexos, tinha medo de encontrar neles algum tipo de rejeição, ódio, ou qualquer outro sentimento incompatível com o amor puro e verdadeiro que ela sentia pelo mesmo. Tentou então agarrá-la novamente, para ajudar o rapaz a se locomover pelo quarto e caminho que lhes esperava até a saída.

– O que está acontecendo aqui.. Jiraya? - Dirigiu-se ao homem, evitando troca de palavras com a garota. Era uma espécie de provocação.

– Não temos tempo para explicar. Só posso adiantar que nós todos estamos correndo perigo. Tsunade enlouqueceu, está decidida a matar a mim, a você e a Hinata-sama também. - Resumiu. Informação demais, tempo de menos. Pelo menos com essas palavras poderia inteirá-lo da problemática em si.

– COMO É QUE É? - Tamanho foi o espanto, não tão maior que a raiva que o acometeu. - MATAR A HINATA? - Jamais sentira tanto ódio de alguém, nem mesmo do homem que supostamente havia tomado sua amada, nem por ele sentira essa revolta. A vontade que tinha era de fazer Tsunade sangrar, dilacerá-la, esquartejá-la, tudo era pouco perto da menor ideia da mulher em fazer qualquer maldade que fosse a Hinata. - O QUE ESTÁ HAVENDO?

– No caminho eu te explico rapaz. O importante é que saiamos daqui para..

– EU NÃO SAIO DAQUI. VOU FICAR E ACABAR COM ESSA DESGRAÇADA! - Não fosse o momento tão perigoso e desesperador, talvez seu espírito denodado tivesse sido aclamado pela amada. No entanto, tal atitude só fez com que a garota se irritasse ainda mais com o gênio forte e impetuoso do rapaz. Estavam correndo risco de vida, todos ali, heroísmos tolos não serviam para nada.

– Seja racional meu rapaz.. - Jiraya tentou fazer o loiro enxergar, mas era difícil fazê-lo agir desconhecendo o desenrolar dos fatos.

– EU VOU TORCER O PESCOÇO DELA COM MINHAS PRÓPRIAS.. - Gesticulou suas intenções, prestes a narrar e ilustrar suas futuras intenções para com a governanta maldita, porém a paciência de Hinata havia se esgotado.

– E EU VOU TORCER O SEU SE NÃO SAIRMOS DAQUI AGORA MESMO! - A garota se posicionou de um dos lados do rapaz, colocando-se em baixo do braço do mesmo como era para ser desde o inicio, antes da crise do loiro enciumado.

– Não perca tempo Naruto... - Naruto fez que ia protestar, mas o médico alertou calando-o. - A vida da Hinata-sama depende disso.. - Vencido pela replica, o herdeiro Uzumaki deixou-se levar. Só então Jiraya copiou a atitude da Hyuuga, ficando do lado oposto para facilitar o transporte durante o caminho até o mais longe possível da mansão.

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Notas finais do capítulo

Só tenho a agradecer por estarem prestigiando a minha humilde FF com suas presenças nos reviews (bem, também gostaria de poder ler os comentários daqueles que apenas leem a história sem deixar reviews). Espero que continuem acompanhando até o fim, bjs e até a próxima.