..........(Longe dali, em um barco que se afasta rapidamente do porto)....................

O barco era bem grande, estava todo enfeitado para uma festa que acontecia á bordo, havia muitas moças elegantemente vestidas que transitavam pelo convés em meio a garçons, que tinham uma aparência um tanto suspeita, que serviam a comida. Não havia homem algum além dos tripulantes.

O capitão era um homem muito mulherengo que todos chamavam de Salamander. Ele estava em sua cabine sentado na poltrona e olhando a festa pela grande janela que havia. Uma taça de vinho tinto repousava ao seu lado.

O plano estava correndo bem, logo todas as moças estariam dormindo, e então eles seguiriam viajem. As moças nem ao menos saberiam quem as pegou...

As coisas pareciam que iam dar certo, as primeiras convidadas já estavam caindo no sono. Até que...

BUM!

O teto sumiu em uma nuvem de fumaça, uma pessoa vestida com uma capa negra pulou dentro da cabine. Salamender pulou de susto e no convés, as ultimas convidadas desmaiaram.

O mago negro estava furioso mas lutava para não demonstrar.

– Seu maldito! Nunca pensei que os magos da Fairy Tail fossem assim. Raptar garotas indefesas? Como um cavalheiro não posso ignorar tal afronta!

Salamander não respondeu a isso, nunca sentira tanto medo de alguém antes, e era realmente impossível não estar, pois o mago negro exalava pura magia.

Uma magia pura e branca.

E Salamander reconheceu o mago, sempre de negro cuja magia era pura e as estrelas eram seu poder. Lúcio Starlight! O cara que era temido até pelo Conselho!

Mesmo morrendo de medo do mago que poderia faze-lo em pedaços, Salamander não ia se entregar sem lutar.

– TODA TRIPULAÇÃO! TEMOS UM INTRUSO! – Berrou Salamander de supetão.

Logo, a cabine se encheu com os capangas de Salamander. Starlight nem ao menos se mexeu, parecia estar sorrindo por baixo capa.

– É melhor cair fora daqui Starlight, isso não é assunto seu! – Nada mal para quem está se descabelando de medo de um mago que ainda não mostrou o rosto e é bem mais baixinho que ele.

– Eee... Parece que vocês me reconheceram mesmo, talvez eu deva dar-lhes uma chance de reconsiderar seus atos... – Ele pensou um pouco – Ná! – Levando rapidamente a mão ao molho de chaves, selecionou com confiança uma das chaves, mas...

Bem, vocês sabem que quando um animal fica encurralado ele age com mais desespero, como com atos de pura burrice.

E foi exatamente o que o Salamander fez naquele momento em que Lúcio puxou a chave, vendo que assim que Starlight convocasse um espírito ele poderia dar adeus aos seus planos e a sua capacidade de gerar filhos, Salamander saltou em cima de Starlight, e conseguiu pegar o molho de chaves.

– Sem essas chaves você não não tem poder algum Starlight! – Disse ele triunfante – E agora hein? Que vais fazer? Hahahahah!

Lúcio não mostrou nem uma reação aparente, mas por dentro se contorcia de ódio. “Sua idiota! Como deixou-se cair em um truque tão besta?!” e pensava em um modo de recuperar as chaves.

– Essas chaves só podem ser usadas com um contrato, então elas não servem de nada para mim! – E dizendo isso, para o total desespero de Lúcio, Salamander jogou as chaves pela vigia, direto no mar.

A situação deu uma reviravolta, se Lúcio saltasse para pegar as chaves deixaria as reféns desprotegidas, sabe-se lá o que esses homens fariam com elas. Mas, por outro lado, ele não tinha poder algum sem suas chaves.

– O que vai fazer Starlight?! Hahahaha! – Riu-se Salamander do desespero do outro.