No dia seguinte Harry não estava em casa novamente. Os preparativos do casamento já haviam começado já que só faltavam apenas uma semana para o casamento tão esperado de Ron e Luna.

Hermione e Ron estavam sentados no sofá assistindo alguma coisa, descansando um pouco.

– Juro que quando o Harry chegar eu vou estrunchar ele. – disse Hermione furiosa.

– O que houve? – perguntou Ron, rindo.

– Ele saiu sem avisar. DE NOVO.

– Nossa, o Harry fez isso? Ele não é de fazer esse tipo de coisa, é todo certinho.

– Por isso mesmo vou estrunchar ele.

Ron riu.

A tarde, em volta das três hora Gina chegara com Draco na casa de seus pais. Draco olhou tudo em sua volta e sorriu meio torto.

– Sabe, eu sempre me orgulhei em falar que a casa de vocês era um quarto, mas eu nunca tinha entrado aqui e entrando aqui eu vi que estava errado – disse Draco.

– Como assim? – perguntou Gina.

– A casa de vocês é beeeeeem pequena comparada a minha casa. Mas também é bem mais aconchegante e colorida, a casa dos Malfoy é bem... digamos, sem cor.

– Vocês gostam de preto.

– Sim, gostamos.

– Olá Malfoy – disse Arthur apertando sua mão.

– Oi... sr Weasley. – disse Draco, um pouco desajeitado.

– Deixe de besteira, pode me chamar apenas de Arthur, venha. Você deve estar com fome.

– É, estou mesmo.

Eles estavam na mesa brincando, Draco ria de tudo que os Weasley diziam.

– Perdi algo? – disse Harry entrando.

Quando Harry chegou Hermione lhe deu um tapa em seu ombro (mas não aqueles tapinhas que ela costuma dar, foi um tapa de verdade, sua mão ficou vermelha).

– O que houve dessa vez? O que foi que eu fiz? – perguntou Harry.

– O que houve? Harry já é a segunda vez que você sai sem avisar, eu não estou com ciúmes dessa vez, juro. Mas você passa o dia fora, poderia pelo menos avisar aonde vai.

– Mione, calma. Eu estou... estou resolvendo umas coisas.

Hermione olhou para baixo.

– Dessa vez quem está mentindo é você – disse Hermione indo para o quarto.

– Mione, espera – Harry puxou o braço dela – O que está acontecendo com você?

– Comigo? Nada. Com você? Não sei.

– Eu só fui resolver algumas coisas.

– EU JÁ SEI DISSO HARRY! E já disse também que não estou com raiva de você por causa disso.

– Então o que foi? – perguntou ele.

– Eu só precisava conversar com o meu melhor amigo, para você esse fato pode ter mudado, mas para mim não. Você continua... quer dizer eu nem sei mais.

– Como assim não sabe mais?

– Eu... eu fui visitar meus pais – disse Hermione, por fim.

– O QUE? Hermione isso foi muito arriscado você...

– Calma Harry, eu não entrei. Só os observei da janela mesmo. Eu ando sentindo mais saudade deles ultimamente Harry, mais do que o normal.

Harry abraçou Hermione.

– Mione, desculpa por não estar aqui.

– Certo. – disse ela virando para sair dali.

– Calma, eu não terminei – anunciou Harry.

– O que foi?

– Você é tudo o que eu tenho, não quero que fique chateada comigo... eu tenho uma ideia. Você tem alguma foto sua com eles? Sem ser aquelas que você apagou você da imagem.

– Que ideia? Claro, tenho algumas ainda.– perguntou Hermione.

– Pois pegue elas. Podemos ir ver seus pais. Falar a verdade para eles.

– Não Harry, eles teriam um ataque ou coisa do tipo. E é impossível eles lembrarem.

– Mione, se nunca tentarmos nunca vamos saber, na mente deles você pode até estar esquecida, mas tem certeza que no coração? Se eles tiverem um ataque e pensarem que somos loucos é só apagarmos a memória deles novamente. Nós não iriamos perder nada se... Desculpe.

– Eu entendi Harry, não íamos perder nada mesmo.

– Então, vamos?

– Vamos. Deixe só eu pegar as fotos.

– Certo, eu espero você.

Enquanto Hermione pegava as fotos Gina e Draco estavam do lado de fora, sentados perto de uma árvore.

– Seus pais me trataram tão bem – disse Draco.

– Eles são maravilhosos.

– Concordo. Mas não sei se posso dizer o mesmo de meu pai... eu não sei como ele vai te tratar Gina, estou com medo de como ele vai agir.

– Hey, calma. Estou com você nessa, lembra? Eu amo você Draco.

Draco arregalou os olhos, provavelmente não tinha escutado isso de nenhuma namorada antes ou não tinha sentido isso antes e não sabia como responder.

– Eu... Gina, eu não sou muito bom com... eu também amo você – respondeu todo desajeitado.

– Eu sei.

Os dois riram e se beijaram.

– Pronto – disse Hermione descendo.

– Então vamos. – Harry segurou a mão de Hermione então os dois aparataram em frente à casa dos pais dela.

Hermione apertou a mão de Harry, ela estava insegura.

– Você também é tudo o que eu tenho – respondeu Hermione dando um leve sorriso, aquele que Harry amava.

– Vai dar tudo certo amor – murmurou Harry.

Eles tocaram a campainha e os Sres. Granger saíram.

– Pois não? – perguntou a mãe de Hermione.

– Podemos conversar? – perguntou Harry.

– Sobre o que querido? – indagou a Sra. Granger novamente.

– Dentes, quero marcar uma consulta – retrucou Harry e Hermione o olhou confusa.

– Então entre queridos.

Eles entraram e se acomodaram em um sofá, de frente para o outro sofá onde estavam os Sres. Granger.

– Para quando a consulta? – desta vez o pai de Hermione quem perguntou.

Harry apertou a mão de Hermione, estava na hora dela. Hermione tirou as fotos de uma bolsa e as segurou, nervosa.

– Na verdade, não é sobre isso que queremos falar – começou Hermione, os pais dela se mexeram pouco desapontados.

– E sobre o que é?

– Sobre uma guerra bruxa que houve há um ano e sobre uma garota bruxa que teve que apagar a memória de seus pais para que se ela morresse eles não pudessem sofrer.

– Certo, e o que temos haver com isso? – sibilou o sr. Granger.

– A garota bruxa... ela era a filha de vocês.

– Não tivemos nenhuma filha, querida. Acho que você errou a casa – anunciou sra. Granger.

– Sim, tiveram. – desta vez Hermione lhes entregou as fotos que restaram, eram poucas, mas eram valiosas para ela.

Os dois pegaram as fotos e as olharam confusos. Hermione olhou para Harry com medo, seus olhos estavam marejados.

– Calma, estou aqui – sussurrou Harry, para que não pudessem escutar.

Os dois passaram alguns minutos fitando a foto incrédulos e depois olharam para Hermione.

– Esta é você.

– Sim, sou eu.

– Eu... mas eu não a conheço... desculpe. Mas, podemos ficar com uma destas fotos? – perguntou a mãe de Hermione.

– Claro. Desculpem o incômodo, estamos indo embora.

– Eu me sinto triste por não lembrar, mas... querida me desculpe.

– Tudo bem, já estou de saída.

Quando voltaram a casa dos Weasley, Hermione tentou, mas não conseguiu segurar o choro e desabou nos ombros de Harry.

– Ela não se lembra, ela não consegue lembrar nem olhando as fotos Harry – disse Hermione chorando.

– Calma amor, calma – ele afagava os cabelos dela.

– Preciso da minha mãe, preciso deles Harry.

– Eu sei que precisa amor, mas tenha calma, possa ser que com algum tempo e com a foto que agora eles estão eles lembrem.

– Não, eles não vão.

Harry beijou o topo da cabeça de Hermione e a abraçou mais fortemente.